13/12/2011

IVº DOMINGO DO ADVENTO


Introdução:

Neste quarto Domingo do Advento refletimos sobre os planos de Deus, que prepara a sua presença entre nós, na caminhada da história da salvação. Escolhe um povo, o liberta da escravidão, dá a ele a posse da terra... Finalmente assume a nossa natureza humana e vem habitar entre nós! As lições da Palavra de Deus em nossa celebração de hoje são especiais: de nada vale uma igreja ou uma capela muito bonita se nós não formarmos a verdadeira morada de Deus. Um templo de pedras de nada significa se os que participam das celebrações não realizam o ser morada de Deus e presença d’Ele na sociedade. A verdadeira casa de Deus, sua morada, somos nós. Ele se manifesta hoje ao mundo através de nós. Quando Maria abre o seu coração para acolher o Filho, ela se torna morada por excelência de Deus. Mas não o guarda para si. Concebe Jesus e o entrega ao mundo. Viver o Natal é viver esta partilha de Jesus com os outros.
Primeira Leitura: 2 Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16– Cumprindo as promessas.
Davi quer construir um templo para Deus, com o intuito de perpetuar a sua memória. Mas, através do profeta, Deus inverte a proposta: é o próprio Deus quem vai construir uma casa para Davi. Casa tem os diversos sentidos: moradia, templo, descendência... Deus não vai construir uma casa de pedras, mas vai dar a Davi uma descendência incomparável: dela vai nascer o Messias prometido.
Segunda Leitura: Rm 16,25-27 – Glória!
São Paulo termina sua carta com uma exclamação de louvor: é a alegria da comunidade que já vive o tempo em que se realizam as promessas feitas no passado. Na pessoa e na obra de Jesus tudo se realiza. E Ele assume nossa humanidade para selar a veracidade das promessas. Por isso a alegria de poder viver estas realizações.
Evangelho:Lc 1, 26-38 – Somos templos.
As promessas se cumprem. Maria faz com que as promessas de Deus, feitas no passado se tornem realidade. Ela concebe em seu ventre e em sua vida o Messias prometido. Deus faz sua morada em meio as nossas moradas. As realizações das promessas em Jesus é obra exclusiva de Deus e não do homem, embora não se dê sem a colaboração humana, representada pela aceitação de Maria. Ela se torna templo vivo de Deus. Semelhantes a ela, somos também templos vivos. Devemos dar à luz a Jesus para o mundo!
Reflexão.
1. Confiamos na realização das promessas de Deus?
2. Celebrar o natal é apenas celebrar com comidas e bebidas?
3. Estamos sendo templos vivos?
Dinâmica:
Colocar novas peças no presépio, deixando a manjedoura vazia, para só colocar o Menino Jesus na celebração da noite do Natal.

Mons. Antonio Romulo Zagotto

06/12/2011

IIIº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução:
Estamos nos aproximando do Natal do Senhor. As figuras de Isaías e de João Batista, nos ajudam na liturgia de hoje a perceber qual o projeto de Deus em Jesus, para conosco. O plano de vida de Jesus é um plano que inverte os planos humanos. Nada de grandiosidade, nada de fantástico, mas um projeto para os pobres, excluídos, marginalizados. Ungido pelo Espírito, Jesus vem trazer algo de novo para a humanidade. Mas não podemos ter uma atitude passiva, como se Ele fosse, magicamente solucionar tudo. Ele quer a nossa participação para que o seu projeto seja o nosso projeto também.
Primeira Leitura: Is 61, 1-2a. 10-11 – A missão do profeta.
O texto de Isaías destaca a missão do profeta: ser um anunciador de vida, de liberdade e de paz, para as categorias mais esquecidas e excluídas da sociedade. Jesus toma para si este projeto e o assume até as últimas conseqüências: Ele é o verdadeiro ungido (Messias), que vem dar a sua vida para que todos tenham vida.
Segunda Leitura: 1 Ts 5, 16-24 – Vida em comunidade.
São Paulo traça modos de comportamento em Comunidade: viver em alegria, respeitar os dirigentes, ajudar quem está em dificuldade, criar um clima de oração... Ter um espírito crítico para optar sempre pelo bem, sem se deixar enganar pelo mal.
Evangelho:Jo 1, 6-8.19-28 – Ele que é!
João tem a humildade profética de dizer que não é o Messias, nem Elias, nem profeta. Aponta para Jesus. Ele sim que é a luz. É aquele que batiza no Espírito: essa expressão define a obra primordial de Jesus – regenerar a humanidade no Espírito Santo. João é a testemunha que prepara os caminhos. Sincero, não quer o lugar de Jesus. Cada um de nós deve apontar para Jesus, dando testemunho d’Ele.
Reflexão.
1. Nosso projeto de vida é semelhante ao do profeta?
2. Como nos comportamos em Comunidade?
3. Apontamos para Jesus, dando testemunho?
4. Coleta da Campanha para a Evangelização...
Dinâmica:
Colocar novas peças no presépio.
Mons. Antonio Romulo Zagotto

IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Introdução:
Esta é uma festa que está no coração dos cristãos desde o começo do cristianismo. A tradição cristã sempre sentiu que a Mãe seria isenta do pecado para poder dar à luz ao Santo dos Santos. Pio IX, em 1854, proclama este sentimento cristão como dogma da Igreja: Maria foi concebida sem a marca do pecado! A força que preservou Maria do pecado é a mesma força que nos remiu na Cruz. Em vista dos méritos redentores de Jesus, Maria foi isenta do pecado. O Pai quis preparar uma digna habitação para o seu Filho. Por isso preserva a Mãe do pecado. Também nós, purificados no Batismo, devemos ser uma digna habitação d’Ele. Nós participamos desta força redentora, segundo nossas limitações, mas também segundo a graça de Deus. Maria, Mãe e modelo, deve apontar para nós o caminho da santidade, na contínua conversão.
Primeira Leitura: Gn 3, 9-15.20 – Nova Eva.
Hoje o texto não quer destacar o castigo. Destaca a figura da Mulher e sua descendência, que vai pisar a cabeça da serpente. A tradição cristã vê aqui a figura de Maria, a Mãe do Messias prometido. O NT vai chamar Maria de Mulher (Jo 2,4; 19,26). Se a primeira cede à tentação, Maria vence a serpente e dá esperança á toda humanidade.
Segunda Leitura: Ef 1, 3-6.11-12 –Escolhidos e predestinados.
A riqueza do texto é um resumo de tudo o que o Pai fez por nós, por meio de seu Filho. Somos filhos, destinados à santidade e ao amor, e por isso herdeiros. Tudo isso se realiza em Maria, de um modo único e admirável.
Evangelho:Lc 1, 26-28 – Cheia de graça!
Deus cumpre a sua promessa. Maria é a colaboradora para que estas promessas se cumpram. O anjo a chama de “cheia de graça”. No momento da encarnação, o Filho vai encontrar um lugar digno d’Ele: Ele que não conheceu o pecado quis que Maria, sua Mãe, para salvar-nos do pecado, fosse imune da culpa. Assim o mal é definitivamente vencido. A Mulher pisa a cabeça da serpente. Com isso, também saímos vencedores.
Reflexão.
1. Procuramos como Maria, pisar a cabeça da serpente?
2. Temos consciência de que somos destinados à santidade?
3. Vemos em Maria nossa Mãe e nosso modelo?
Dinâmica:
Fazer o Ato Penitencial após a homilia: Um coração manchado, com diversos pecados, rasgado depois do Ato Penitencial. Um coração, com a figura de Jesus, no hino de louvor.

Mons. Antonio Romulo Zagotto

29/11/2011

IIº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução:
O tempo do Advento é tempo de conversão. Como na Quaresma fazemos uma preparação para a Páscoa, também no Advento fazemos uma preparação para o Natal. Num primeiro momento refletimos sobre o final dos tempos. Num segundo momento nos preparamos imediatamente para a festa do Natal. Preparar-se para esta festa significa converter-se. Nosso coração, nossas atitudes, nosso modo de viver e agir devem passar por um processo de conversão, de mudança. O apelo profético é justamente este: sair da escravidão (do exílio) e ir para a liberdade. Aguardar o Dia do Senhor é ficar atento, não com medo, mas com o coração aberto à justiça, mudando nossas atitudes. A Boa Notícia é que vem o Messias prometido. Mas é preciso conversão para acolhê-lo.



Primeira Leitura: Is 40, 1-5.9-11 – Uma boa notícia!

O profeta anuncia palavras consoladoras: os exilados estão voltando. A escravidão acabou. É tempo de um novo êxodo. Deus, como outrora no deserto, caminha com o seu povo. Agora com a ternura de um pastor que cuida do rebanho. Da opressão, da tristeza, da escravidão, agora brota a esperança, a alegria, a libertação. É Deus agindo de novo.  



Segunda Leitura: 2Pd 3, 8-14 – Convertidos e renovados.

Pedro insiste para que não se fique de braços cruzados esperando o fim do mundo. O tempo de Deus não é o nosso tempo. Aguardar o Dia do Senhor, na prática, é a cada dia buscar a santidade, esperando este tempo de justiça. Ele deve nos encontrar sem mancha nem culpa, vivendo na paz.



Evangelho: Mc 1, 1-8 – A Boa Notícia de Jesus.

A pregação de João Batista é o grito profético de advertência: vai chegar o Messias tão esperado. É preciso conversão. Sua figura já é uma pregação viva: modo de se vestir, modo de se alimentar, lugar onde mora... Totalmente diferente dos valores assumidos pelos poderosos. Acolher o Messias é acolher este novo estilo de vida. Para isso, é preciso conversão.



Reflexão.

1. Estamos vivendo um processo de conversão?

2. Buscamos a santidade? Construímos justiça?

3. Qual estilo de vida buscamos?

4. Lembrara a Campanha para a Evangelização. Distribuir envelopes...



Dinâmica:

Colocar outras peças no presépio.






22/11/2011

Iº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução
Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada"), tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.
Primeira Leitura: Is 63, 16b-17.19b; 64,2b-7 – Volta como Pai e Redentor.
A súplica, uma das mais belas páginas da Escritura, lembrando os bens outrora vividos pelo povo e devido ao seu pecado, é justamente castigado. Novamente é Deus quem deve tomar a iniciativa e voltar para o seu povo, como Pai e Redentor. Pai como fonte de vida e redentor como aquele que liberta. Deus não abandona a obra de suas mãos. Como o oleiro, tem cuidado com o vaso frágil.
Segunda Leitura: 1Cor 1, 3-9 –Esperar contra toda esperança...
São Paulo sabe da necessidade de se ficar atento, aguardando a vinda do Senhor. Deus dá este Dom de esperança à Comunidade para que persevere. Deus é fiel! Esta verdade deve nos estimular a viver atentos até ao fim, até ao Dia do Senhor. Nossa força é Ele!
Evangelho: Mc 13,33-37 –Vigiai!
Esta deve ser a nossa atitude: de vigilância. Não sabemos nem o dia nem a hora. Não podemos ficar dormindo. É responsabilidade nossa construir o projeto do reino, para não ser pegos desprevenidos, de mãos vazias... O Tempo do Avento, nesta sua primeira parte, nos ajuda a fazer um sério exame de consciência, para ver se de verdade estamos atentos.
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus é o nosso Pai e Redentor? Pedimos sua vinda?
2. Em quem depositamos nossas esperanças?
3. Estamos acordados, construindo o Reino?
4. Lembrar da Campanha para a Evangelização.
Dinâmica:

Começar a montar o presépio.


Mons. Antonio Romulo Zagotto

18/11/2011

WALL STREET

Certos movimentos de rua acabam dando certo. As convulsões no mundo árabe derrubaram os instalados ditadores em efeito dominó. O fim trágico de Muamar Kadafi demonstra que o“povo unido jamais será vencido!” Começa agora uma invasão ao coração do capitalismo – Wall Street. A moçada quer por que quer uma distribuição justa de rendas. Olha o comunismo ai gente! Vejo o movimento mais na perspectiva cristã do que na perspectiva comunista. Volto para o início do cristianismo e vejo as primeiras comunidades se organizando: “Todos os que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.” (At 2, 42-45) e “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em comum entre eles. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E todos eles gozavam de grande aceitação. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos; depois, ele era distribuído a cada um conforme a sua necessidade.(At 4, 32-35). Um estudo realizado por um instituto de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado na terça-feira, 06 de dezembro de 2006, revelou que dois por cento dos adultos do planeta detêm mais de metade da riqueza mundial, incluindo propriedades e ativos financeiros. Apesar de a renda global estar distribuída de forma desigual, a distribuição da riqueza é ainda mais distorcida, afirmou o estudo do Instituto Mundial de Pesquisa sobre a Economia do Desenvolvimento, da Universidade das Nações Unidas. "A riqueza está fortemente concentrada na América do Norte, na Europa e nos países de alta renda da Ásia e do Pacífico. Os moradores desses países detêm juntos quase 90 por cento do total da riqueza do planeta", disse a pesquisa. Delfim Neto dizia da necessidade de fazer o bolo crescer para depois ser distribuído. Mas parece, não só para o Brasil, mas para todo mundo que o bolo cresce, mas a distribuição não acontece. “Farinha pouca? Meu pirão primeiro!” A questão está no ponto de vista. Visto pelos ricos, este negócio de distribuição de riqueza vai engendrar uma discussão danada. Jean Jacques Rousseau (1712– 1778) escreveu a sua obra Sobre a origem da desigualdade entre os homens: a desigualdade social e política não é natural, não deriva da vontade divina, nem sequer é uma conseqüência da desigualdade natural entre os homens. Pelo contrário, a sua origem é o resultado da propriedade privada, da apropriação privada da riqueza do mundo inteiro, e dos benefícios privados derivados dessa apropriação. A ironia é que a revolução não começa na Praça Vermelha, em Moscou, mas em Wall Street, em Nova Iorque, coração do capitalismo selvagem. “Occupy Wall Street!”.



CI181111
Mons. Antonio Romulo Zagotto
arz@dci.org.br

16/11/2011

34º Domingo do Tempo Comum – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

Introdução:

Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. O Evangelho de hoje mostra claramente quem vai participar deste reinado. Sua realeza liberta, torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?
Primeira Leitura: Ez 34, 11-12.15-17.30-31– Libertos e conscientes.
O povo tem consciência de que Deus é a verdadeira autoridade: Ele tem um projeto de vida e que liberta. É preciso escolher governantes que façam com que o projeto de Deus se torne realidade. Deus será o pastor de seu povo. Ele será Rei e Juiz. Quem estiver no poder, deverá fazer com que este modo de governar se concretize.
Segunda Leitura: 1 Cor, 1520.26.28 – Rei ressuscitado!
Paulo demonstra que Cristo ressuscitou dentre os mortos para reassumir a sua realeza. E esta realeza perpassa para cada um de nós: desde o Batismo somos constituídos reis. Só que nas condições dele e não nos modelos que a sociedade nos apresenta. Com uma vantagem: reinaremos com Ele!
Evangelho: Mt 25, 31-46 – Rei que julga e colhe.
O Rei-pastor, de Ezequiel, é Jesus, sentado no trono, julgando suas ovelhas. O seu juízo não levará em conta as obras megalomaníacas, mas as obras de misericórdia. Assim a cada dia devemos nos perguntar o que estamos fazendo para estar em sintonia com esta proposta. Para a salvação, para estar ao lado do Rei é preciso estender a mão aos pobres, excluídos, marginalizados. Esta é o projeto dele. Este também deve ser o nosso projeto, se quisermos eternamente reinar com ele. O resto é perda de tempo...
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus é o nosso Rei?
2. Como vivemos a nossa dimensão real, recebida no Batismo?
3. Vivemos as obras de misericórdia?(1. Dar de comer a quem tem fome; 2. Dar de beber a quem tem sede; 3. Vestir os nus; 4. Acolher os peregrinos; 5. Visitar os enfermos; 6. Visitar os presos; 7. Sepultar os mortos)
4. Lembrar que iniciamos hoje a Campanha para a Evangelização. Neste ano, o lema a nos iluminar, “Ele veio curar nossos males”, foi escolhido em sintonia com o da próxima Campanha da Fraternidade (Saúde Pública). Objetiva sensibilizar os fiéis sobre a responsabilidade diante do sofrimento humano como elemento essencial para a realização do trabalho evangelizador a fim de que, pela palavra, pela ação e pela doação pessoal e material, todos contribuam de maneira mais efetiva para a ação evangelizadora da Igreja.
Dinâmica:
Apresentar a lista das obras de misericórdia e fazer aqui o exame de consciência para ver se estamos de acordo com o projeto do Reino.

Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

08/11/2011

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Quando chega o fim do ano litúrgico, a Igreja pedagogicamente nos ajuda a refletir no fim dos tempos. Não para que tenhamos medo, não para que nos angustiemos, mas para que, cheios de esperança e prudência, estejamos preparados. Não de uma maneira alarmista, mas de uma maneira sábia, a Igreja, sobretudo na liturgia, nos ajuda a refletir sobre este tema tão importante. Muitas vezes passamos nossas vidas ocupados com as coisas deste mundo que nos esquecemos de meditar sobre as coisas que irão acontecer no fim dos tempos. Enquanto esperamos a vinda do Senhor, devemos estar ocupados, não por força, mas com alegria, com a causa do Reino. Não podemos desfalecer, nem ficar apegados às coisas adquiridas. Não podemos colocar nossa segurança nos bens que passam, mas no Bem que não passará nunca. Atentos à vinda do Senhor devemos ser como a mulher virtuosa, para que este dia não nos surpreenda como um ladrão, sendo fiel na administração dos bens que o Senhor colocou em nossas mãos e que devem ser multiplicados.



Primeira Leitura: Pr 31, 10-13.19-20.30-31 – Bonita por fora e por dentro.

O texto canta as virtudes da mulher dona-de-casa e a sua alegria: é trabalhadora, tem interesse pelos pobres, tem sabedoria e bondade, doa-se totalmente e tem temor a Deus. Cada cristão deve assumir este tipo de comportamento na expectativa da vinda do Senhor. O texto já aponta para a emancipação da mulher. Deve nos ajudar a nos emancipar dos projetos do mundo e assumir os projetos de Deus, para estarmos preparados.



Segunda Leitura: 1Ts 5, 1-6 – Sempre alerta!

São Paulo enumera as condições para aguardar a vinda do Senhor: não sabemos quando Ele vem; chega momento mais inesperado; devemos estar sempre atentos (vigilantes) e sóbrios. Esta sobriedade aqui pode ser interpretada como uma atitude de tranqüilidade, fugindo da histeria...



Evangelho: Mt 25, 14-30 – Mão cheias...

Os talentos devem ser frutificados. Enquanto o Senhor não volta de sua “viagem”, é preciso não perder de vista o empenho da generosidade no agir. O projeto do Reino exige de nós participação. Não podemos ficar acomodados, preguiçosamente aguardado o fim do mundo. Se não, até o pouco que temos nos será tirado. Neste tempo a Igreja tem insistido e nos convoca a todos para um mutirão de evangelização! Não cruzemos nossos braços.  




Reflexão.

1. Procuramos os valores do Reino ou outros valores?

2. Como aguardamos a vinda do Senhor?

3. Estamos multiplicando nossos talentos?



Dinâmica:
Apresentar os diversos serviços da Comunidade como dons recebidos e que devem ser multiplicados. Encenar quem está de fora, não fazendo nada, para que seja convidado a participar do grupo que já atua na vida da Comunidade


03/11/2011

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – TODOS OS SANTOS

Introdução:

Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão, como dizemos, no céu. Mas olhamos também para cada um de nós que devemos constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje para que demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: “Sede santos, pois Eu sou santo!” (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário.  Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça  para sermos santos. Mas os desafios  são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade...



Primeira Leitura: Ap 7,2-4-9.14 – João viu o número...

A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença as Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios.  Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.



Segunda Leitura: 1Jo 3, 1-3 – Filhos do Santo.

Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...



Evangelho: Mt 5, 1-12a - Bem-aventurados...

Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e se quisermos um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.




Reflexão.

1. Estamos buscando a santidade, apesar dos desafios?

2. Como estamos vivendo o nosso Batismo?

3. As Bem-aventuranças são sonho ou realidade?



Dinâmica:

Entrar com imagens de vários santos de ontem e de hoje, na procissão de entrada.






31/10/2011

FINADOS: Comemoração de todos os fiéis defuntos


Introdução:A morte permanece para a humanidade como um mistério profundo. Mistério também cercado de respeito pelos que não crêem. Para o cristão não é um fim do caminho, mas o começo. Este dia, marcado pelas orações, coloca diante de nós símbolos muito expressivos: a vela acesa recorda a ressurreição; as flores, todo o sentido da vida... Podemos fazer alguma coisa pelos mortos? A oração pelos defuntos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo! Tudo isso acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água. Esta morte vista pelo outro lado - assim crê a Igreja – pode ser uma purificação, a definitiva e total volta à luz de Deus. Quanto tempo durará? Isto está fora do nosso tempo. Não podemos determinar tempo nem lugar. Mas, partindo do nosso ponto de vista humano, há um tempo, durante o qual consideramos alguém como "morto" e o ajudamos com nossa oração. De quantos meses ou anos se trata, ninguém pode dizê-lo. O importante é crer na vida. E vida de ressuscitados.
Primeira Leitura: Jó 19, 1.23-27a – Ele está vivo!
Jó, embora mergulhado na dor, proclama sua esperança em Deus. Deus está ao seu lado e tem certeza, que na vida e na morte será seu defensor e vingador. A tradição vê neste texto um ato de fé de Jó na ressurreição. Saber que o nosso Redentor está vivo deve nos impulsionar a viver buscando sempre a vida e ter a certeza que viveremos com Ele.
Segunda Leitura: Rm 5, 5-11- Povo de ressuscitados...
A grande demonstração do amor de Deus é de ter dado a sua vida por nós quando ainda éramos pecadores. Devido a isso temos a esperança de que seremos salvos, pois já fomos reconciliados. A morte-ressurreição de Jesus é esta garantia: devemos caminhar em meio aos desafios, cheios de fé e esperança. Ele ressuscitou, nós vamos ressuscitar com Ele.
Evangelho: Jo 6, 37-40 – Ver e crer para ter vida.
Jesus é o que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Ele vai nos ressuscitar no último dia. A ressurreição é o centro de nossa fé. Paulo insiste que se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé. Mas não bastam teorias (só ver), é preciso crer (atitudes dinâmicas).
Reflexão.
1. Apesar dos desafios, mantemos viva a nossa fé na ressurreição?
2. Somos uma Comunidade viva, alegre, festiva?
3. Em que ou em quem depositamos nossa fé?
Dinâmica:
Um jovem caracterizado de Cristo ressuscitado distribui um papel onde está escrito: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim terá a vida eterna.” (Jo 11, 25-26)

Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

26/10/2011

31º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:
Diante das questões que surgem na vida da Comunidade, muitas vezes não sabemos como abrir caminhos. Tentamos passar por cima, deixar de lado, “tapar o sol com a peneira”... Facilmente acusamos as estruturas injustas da Sociedade e não corrigimos os desmandos dos líderes de nossas Comunidades. O profeta Malaquias investe seriamente contra as autoridades religiosas... São Paulo mostra como deve ser a atitude do verdadeiro agente de Pastoral... Jesus ensina como deve ser a atitude de quem está na liderança: ser servo... A celebração de hoje deve nos ajudar a fazer um sério pedido de perdão pelas vezes que nossa vida em Comunidade não está sendo exemplo para se construir uma sociedade mais justa e honesta.
Primeira Leitura: Ml 1, 14b-2, 2,b.8-10 –Vestir a carapuça...
O profeta insiste que os sacerdotes devem mudar de atitudes. O único referencial para o povo era a religião. Se quem deveria estar dando exemplo, estava se afastando do caminho reto e se tornado pedra de tropeço para o povo, como o povo iria se comportar? Mas o povo não é bobo: sabe quem está a serviço da vida e quem usa a religião para manter privilégios.
Segunda Leitura: 1Ts 2, 7b-9.13 – Espelho para o Agente de Pastoral.
O texto ajuda a ver o caminho que deve seguir toda pessoa comprometida com Deus e com a Comunidade. Um caminho de doação, entrega, sacrifícios e testemunho. Não bastam belos discursos, mas é necessário uma prática coerente.
Evangelho: Mt 23, 1-12 – Fé e Vida
O texto já prepara o clima da armação que se vai fazer para prender, torturar e matar Jesus. É uma forte catequese contra a hipocrisia. Muitos se apresentam como mestres e observantes da lei, mas... As palavras do Evangelho são uma séria advertência para quem é “mestre”na Comunidade. Não podemos desmentir o Evangelho por uma vivência falsa. Nossa atitude deve ser a de serviço. Jesus deu o exemplo primeiro. Devemos ser seus seguidores.
Reflexão.
1. Temos a coragem de denunciar os desmandos dentro da Comunidade?
2. Que tipo de atitude temos: esperamos o que a Comunidade tem para nós ou nos oferecemos em serviço?
3. O discurso de nossa Comunidade está sendo um discurso profético?
Dinâmica:
Entrar com um espelho: o que o espelho reflete é verdadeiro, não esconde, tira a máscara....
 Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

31º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Diante das questões que surgem na vida da Comunidade, muitas vezes não sabemos como abrir caminhos. Tentamos passar por cima, deixar de lado, “tapar o sol com a peneira”... Facilmente acusamos as estruturas injustas da Sociedade e não corrigimos os desmandos dos líderes de nossas Comunidades. O profeta Malaquias investe seriamente contra as autoridades religiosas... São Paulo mostra como deve ser a atitude do verdadeiro agente de Pastoral... Jesus ensina como deve ser a atitude de quem está na liderança: ser servo... A celebração de hoje deve nos ajudar a fazer um sério pedido de perdão pelas vezes que nossa vida em Comunidade não está sendo exemplo para se construir uma sociedade mais justa e honesta.



Primeira Leitura: Ml 1, 14b-2, 2,b.8-10 – Vestir a carapuça...

O profeta insiste que os sacerdotes devem mudar de atitudes. O único referencial para o povo era a religião. Se quem deveria estar dando exemplo, estava se afastando do caminho reto e se tornado pedra de tropeço para o povo, como o povo iria se comportar?  Mas o povo não é bobo: sabe quem está a serviço da vida e quem usa a religião para manter privilégios.



Segunda Leitura: 1Ts 2, 7b-9.13 – Espelho para o Agente de Pastoral.

O texto ajuda a ver o caminho que deve seguir toda pessoa comprometida com Deus e com a Comunidade. Um caminho de doação, entrega, sacrifícios e testemunho. Não bastam belos discursos, mas é necessário uma prática coerente.



Evangelho: Mt 23, 1-12 – Fé e Vida

O texto já prepara o clima da armação que se vai fazer para prender, torturar e matar Jesus. É uma forte catequese contra a hipocrisia. Muitos se apresentam como mestres e observantes da lei, mas... As palavras do Evangelho são uma séria advertência para quem é “mestre” na Comunidade. Não podemos desmentir o Evangelho por uma vivência falsa. Nossa atitude deve ser a de serviço. Jesus deu o exemplo primeiro. Devemos ser seus seguidores.



Reflexão.

1. Temos a coragem de denunciar os desmandos dentro da Comunidade?

2. Que tipo de atitude temos: esperamos o que a Comunidade tem para nós ou nos oferecemos em serviço?

3. O discurso de nossa Comunidade está sendo um discurso profético?



Dinâmica:

Entrar com um espelho: o que o espelho reflete é verdadeiro, não esconde, tira a máscara....




19/10/2011

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:
A celebração de hoje nos ajuda a perceber que só podemos ir a Deus se passarmos pelo próximo, com suas angústias, esperanças e limitações. Esta é a novidade cristã: não basta só amar a Deus. Jesus, sabiamente une os dois mandamentos:“Amar a Deus” e declara que o segundo é semelhante ao primeiro, “Amar o próximo”! Não se podem separar. São João vai nos alertar: “Se alguém diz “Eu amo a Deus” e, no entanto odeia o seu irmão, esse tal é mentiroso...” (I Jo 4, 20). A celebração de hoje deve ser um compromisso para por em prática as propostas de Jesus em nossas vidas, para que cresçamos sempre em direção a Deus sem nunca nos esquecermos de estender nossas mãos para o próximo.
Primeira Leitura: Ex 22, 20-26 –Bem-aventurados os pobres...
O texto apresentado defende os direitos dos mais desprotegidos: estrangeiros, as viúvas, os órfãos, os empobrecidos e os endividados. Não têm quem os defenda. Quem vai defendê-los e ouvi-los será o próprio Deus. As necessidades vitais de cada uma dessas categorias estão acima de qualquer direito de propriedade. Se a justiça humana usurpar os direitos desses mais desprotegidos, a justiça de Deus estará pronta para defendê-los.
Segunda Leitura: 1Ts 1, 5c-10 – Manter-se firme.
Paulo incentiva a Comunidade de Tessalônica a manter-se firme, resistir. Tornam-se modelos para as outras Comunidades: apesar das tribulações, acolhem a Palavra; tornam-se missionários; abandonam os falsos deuses; mantêm-se firmes na esperança.
Evangelho: Mt 22, 34-40 – Amores inseparáveis.
Jesus resume como centro da vida, um único amor inseparável: amar a Deus e ao próximo. Armam contra Jesus outra cilada: diante das 365 proibições e 248 prescrições, qual seria a opção de Jesus? A explicação de Jesus faz com que se entenda que o segundo é explicação do primeiro. Não existe um amor a Deus e um amor ao próximo. Os fariseus imaginavam ser possível ser fiel a Deus sem ser fiel ao próximo, sobretudo o povo, excluído e marginalizado. Jesus vai insistir que esses amores são inseparáveis...
Reflexão.
1. Que atitudes concretas nossa Comunidade está assumindo em favor dos excluídos?
2. Somos uma Comunidade que dá exemplo para as outras Comunidades?
3. Que tipo de religião estamos praticando? Só em direção a Deus? Só em direção ao próximo?
Dinâmica:
Entrar com uma grande Cruz. Na haste vertical escrever: “Amar a Deus sobre todas as coisas” e na haste horizontal, escrever: “Amar o próximo como a si mesmo”

 Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

13/10/2011

NOVOS CAMINHOS

Depois das confissões com os adolescentes da Comunidade Santa Edwiges, perguntei a  eles se já haviam participado de Grupo Jovem. A grande maioria tinha participado. Só  que acabou. Ai deu o estalo! Por que não convidar o grupo a continuar se encontrando?  Tinham feito amizade, bagunçaram juntos, estreitaram o convívio. Um ano inteiro se  encontrando e cada um ir para o seu canto. Seria desperdiçar uma oportunidade e depois  da crisma todo mundo sumir. Lancei o desafio: que tal formarem um grupo que  continuaria a se encontrar, a rezar juntos, a assumir certas tarefas juntos. Sem os moldes  da tal de perseverança, que desgasta todo mundo, que o atrai e que é uma carga que  poucos conseguem suportar. Um mínimo de adolescentes chega a Crisma por meio da  perseverança! Já havíamos lançado um desafio à Pastoral da Catequese: transformar a  enfadonha perseverança em Infância Missionária. Depois da Primeira Eucaristia os a  adolescentes formariam grupos da Infância Missionária e nem teríamos a necessidade  de ter formação para a Crisma. O engajamento depois da Primeira Eucaristia por meio  da Infância Missionária seria o aval para serem crismados. Uma passagem normal da  Catequese para a Crisma. E agora vem a proposta para os crismandos: também fazerem  parte da Infância e Adolescência Missionária. Juntar a Infância pós Primeira Eucaristia  com os adolescentes pós a Crisma. Não sei se descobri a pólvora ou a roda. Mas  descobri. O grupinho da Santa Edwiges já elegeu e já tem a coordenadora e tudo. E vou dar essa idéia à todos os crismandos. Não sei se vai pegar. Mas se pegar vamos incendiar a Paróquia. Penso que se engajarmos os jovens em alguma atividade na Comunidade e dermos um acompanhamento sério a eles, muita coisa poderá ser feita. Acostumados a um ritmo diferente do ritmo dos adultos será preciso resgatar o sentido de pertença, de engajamento, com o rosto próprio do jovem para que sintam que também têm voz e vez. Será um entrosamento contínuo: batizou e logo a catequese deverá ter uma atividade, como nos prés da escola, uma como que pré-catequese, já aos três ou quatro anos. Em seguida um engajamento na Catequese para Primeira Eucaristia. A partir daí entra então a Infância e Adolescência Missionária que vai acompanhá-los até a Crisma. Às vésperas da Crisma um ou outro encontro específico apara a recepção deste Sacramento. Sonho? Vamos sonhar juntos?



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Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



CATÓLICOS DESOBEDIENTES

Existe uma organização que se auto-intitula “Católicas com direito de decidir”. É uma espécie de grupo feminista, que só assume o que lhes for de bom agrado. Se for bom para elas, aceitam. Se não for bom, rejeitam. Funciona mais ou menos assim: escolho do Evangelho e da Igreja o que me agrada. O que me desagrada jogo fora. Faço essa introdução, pois tenho me preocupado com uma espécie de católicos desobedientes. Nas pequenas coisas e nas grandes coisas. Por exemplo: aprendemos no Catecismo que nos preparou para Primeira Eucaristia que devemos nos confessar pelo menos uma vez por ano. Atendendo aos adolescentes em confissão para a Crisma vejo que a grande maioria só vai se confessar agora, quatro ou cinco anos depois. Desobedecemos a um dos mandamentos (o segundo) da Igreja que nos propõe – “Confessar-se ao menos uma vez por ano”. O mesmo acontece com a participação dominical na Comunidade. A questão da Missa ou Celebração é assumida como proposta vaga, sem obrigação, sem peso de mandamento. E, sobretudo sem a necessidade de se colocar a Eucaristia como centro da vivência cristã. Se der tempo... Se não tiver jogo... Se as visitas forem embora... Se a praia... A Missa ou Celebração não é um dado prioritário. É secundário. Em primeiro lugar as coisas que me interessam. Depois, se der, as coisas de Deus. Aqui também uma questão de mandamento (o primeiro) – “Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias”. Coisas que aprendemos (?) na preparação para a Primeira Eucaristia. E depois são colocadas no fundo da gaveta, junto com a lembrancinha recebida no dia da festa e que serão esquecidas. E as desobediências vão se acumulando a ponto da consciência ficar como que anestesiada, que não nos incomodamos mais com os compromissos que temos com para com Deus e para com a Igreja. Fica difícil pedir ao jovem, agora que reassuma uma caminhada comprometedora, com uma participação fiel a tudo o que aprendeu e deve colocar em prática. Se é “de pequenino que se torce o pepino”, agora já não dá mais. “O costume do cachimbo põe a boca torta!” Chegamos tarde. Colocar o trem nos trilhos agora é uma tarefa árdua. Batizou e sumiu. Voltam para crismar e somem. Voltam para o casamento e seja lá o que Deus quiser... Presas fáceis para estas incontáveis seitas que atraem o jovem mais pelo emocional do que pelo compromisso sério! “Aquele que é fiel nas coisas pequenas, será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, será também nas grandes” (Lc 16, 10) ...

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Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



11/10/2011

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:
A profundidade da reflexão dos textos de nossa celebração de hoje nos faz assumir um compromisso sério com o Projeto do Reino. Afinal de que lado estamos? Do lado do poder opressor, que mata, que exclui, que domina e empobrece? Ou do lado do Deus libertador, que nos cria à sua imagem e semelhança, e nos quer filhos e filhas. É necessário devolver a Deus o seu verdadeiro lugar, tomado pelas estruturas injustas, que prefere o lucro e dá mais valor ao capital do que às pessoas. Deus nos quer um povo de libertados, povo organizado e unido em torno de objetivos claros e lutas específicas. Somos levados a assumir o que o sistema nos impõe e nos esquecemos dos direitos de Deus. “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo...” Muitas vezes nos esquecemos deste primeiro e tão importante mandamento!

Primeira Leitura: Is 45,1.4-6 – Senhor das história.

Deus se serve de um rei pagão para reconduzir seu povo à sua terra e lhe dar a liberdade. Ciro é instrumento para “dar a Deus o que é de Deus”. Deus age na história e na vida. Cioso do seu lugar, Deus se proclama o Senhor, o Criador,... Libertar o povo, dar a ele de novo a sua terra, reconstruir o país, renovar a aliança: tudo para que seu lugar seja mantido como primeiro e único. É preciso que o povo reconheça este lugar de Deus.



Segunda Leitura: 1Ts 1,1-5b – Organizados em torno de Deus

Paulo funda uma pequena comunidade em Tessalônica. Perseguido tem que fugir. Envia Timóteo e Silas par ver como vão as coisas. Recebe deles notícias de que a Comunidade continua ativa e fervorosa. Escreve então para comunicar sua alegria e estimular a Comunidade a viver com perseverança e organização.



Evangelho: Mt 22, 15-21 – Direitos humanos, direitos divinos...

Mais do que uma lição de civismo, Jesus quer ensinar o valor do lugar de Deus e da própria pessoa, numa sociedade que privilegia o ter. A armadilha que preparam contra Jesus se volta contra seus interrogadores: eles devem fazer um sério exame de consciência e ver qual o lugar do imperador e qual o lugar de Deus em suas vidas. Só Deus pode ser considerado o Senhor das pessoas e do mundo. Não se pode ser fiel a Deus se se está ligado a um sistema que oprime. Dizer não a César é dizer não a todo o poder que absolutiza, que gera exploração e dominação.



Reflexão.

1. Estamos sendo instrumentos de libertação ou de opressão?

2. Apesar dos desafios nos mantemos fiéis aos ensinamentos recebidos?

3. Qual o lugar de Deus em nossas vidas?



Dinâmica:

Distribuir a frase “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”, no início ou no final da celebração.


Nª Sª DA CONCEIÇÃO APARECIDA

Introdução:

Em 1773, nas águas do Rio Paraíba, apareceu, isto é, foi achada por alguns pescadores, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, que se tornou objeto de crescente devoção do povo brasileiro. O apelido popular dado à imagem é "Nossa Senhora Aparecida". Em seu santuário, na cidade de Aparecida do Norte (Estado de São Paulo), vêem-se aos milhares os testemunhos de sua proteção celestial sobre os filhos da nação brasileira: inúmeros ex-votos ali estão a recordar os benefícios obtidos com a invocação da Mãe de Deus sob o título de "Nossa Senhora Aparecida". Com toda a razão foi ela proclamada Padroeira e Rainha do Brasil.

 Primeira Leitura: Est 5, 1b-2; 7, 2b-3 – Vida para o meu povo.

Ester, sendo judia e sabendo da trama do primeiro ministro contra os judeus e queria seu extermínio, intercede m favor de seu povo e alcança as boas graças do rei. É figura de Maria, enquanto intercede pela salvação do povo.

Segunda Leitura: Ap 12, 1.5.13a.5-6a – Vencer o dragão de ontem e de hoje

A mulher adornada simboliza o povo de Deus: o antigo povo da aliança e o novo povo, a Igreja. Ambos são perseguidos pelo dragão do mal. O menino se dúvida é o Messias. Tradicionalmente se aplica esta figura da mulher à Maria, que, como diz o Vaticano II, é Mãe e modelo da Igreja. Ela vence o dragão, que não tem domínio sobre ela.

Evangelho: Jo 2, 1-11 – Mulher e Mãe

O texto das bodas de Caná apresenta a intercessão de Maria junto a Jesus. O título de “mulher” remete ao Calvário, onde estará de pé, no momento da redenção da humanidade. Como Mãe tem a preocupação dos que não têm mais vinho. Como mulher tem o olhar atento para as pequenas coisas... Está presente na hora da salvação e nesta hora torna-se também mãe da humanidade. Maria é Mãe e modelo para a Igreja.
Reflexão.

1. Enfrentamos os desafios para conquistar vida para o povo?

2. Maria nos ajuda a vencer os dragões de hoje?

3. Que tipo de devoção temos para com Nossa Senhora?

Dinâmica:

a)    Entrar com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida.

b)    Encenar as Bodas de Caná.

c)    Lembrar que hoje é o dia das crianças...

 Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

04/10/2011

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:
Quando nos reunimos para celebrar, celebramos uma festa. E o centro da festa é o banquete: alimentamo-nos da Palavra e da Eucaristia. A Celebração de hoje nos fala de banquetes: preparados para todos. Só que os ricos e poderosos rejeitam o convite e serão excluídos. No banquete, todos, sem distinção devem tomar parte: é um sonho que deve se tornar realidade. Deus quer liberdade e vida para todos. Viver a solidariedade, a partilha, o convite amigo para participar de nossos bens é a meta a ser alcançada pelos cristãos. Não podemos deixar ninguém de fora. Se necessário for, devemos partir em missão para buscar os excluídos, os marginalizados, os esquecidos de nossa sociedade para que eles também, com todo o direito, partilhem do banquete da Vida.
Primeira Leitura: Is 25, 6-10a – Felizes os convidados...
O profeta sonha com a união de todos os povos em Sião, onde Deus vai preparar um banquete com finas iguarias para todos os povos. É o banquete da vida. A morte será destruída. Não haverá mais choro, sofrimento ou dor. Quem não quiser participar, devido a sua prepotência e ao seu orgulho, será desprezado. Outros tomarão o seu lugar...
Segunda Leitura: Fl 4, 12-14.19-20 – Gratuidade e Solidariedade.
Paulo termina sua carta aos Filipenses agradecendo os presentes recebidos. Não é seu costume receber recompensa pela sua missão. Faz questão de ganhar o seu sustento com o trabalho de suas próprias mãos. Mas a recompensa será dada por Deus. A gratuidade, a solidariedade e a partilha devem marcar a vida do cristão.
Evangelho: Mt 22, 1-14 – Novo tempo, nova história.
A parábola do Banquete mostra que os convidados que rejeitam o convite são os que estão ligados a uma estrutura do ter (“seu campo”), do poder (seus negócios) e da morte(mataram os empregados). Quem se alia a estas estruturas não pode participar do banquete. Os novos convidados são os pobres e oprimidos. Com estes, Deus começa um novo tempo e uma nova história. Mas é preciso realizar na prática esta nova proposta. Não basta ser convidado. É preciso viver este convite (traje de festa)
Reflexão.
1. Estamos construindo uma sociedade onde haja vida e solidariedade?
2. Somos solidários com os empobrecidos?
3. Estamos fazendo da justiça o nosso traje para o banquete?
4. Neste mês missionário, estamos convidando mais gente para participar do banquete?
Dinâmica:
Convidar os mais pobres de nossa Comunidade e partilhar com eles, no final da celebração, uma confraternização bem farta. Arrecadar cestas básicas para serem doadas a eles...
 
 
Fonte : Mons. Antonio Romulo Zagotto

27/09/2011

PERTENÇA

Depois de ler em ZENIT uma reflexão sobre o que o Papa Bento XVI disse sobre a IGREJA, demonstrando que pertencer à Igreja é questão séria, convidando a não ficar com uma idéia “superficial” sobre a Igreja, pensei que o texto deveria ser panfletado nas nossas missas dominicais, depois de lido e refletido pelo que presidisse naquele domingo.  O Papa fez essa afirmação no fim da tarde da quinta-feira, 21 de setembro de 2011, em Berlim, ao presidir à celebração da missa no Estádio Olímpico, com a presença de 70 mil católicos, no contexto de sua viagem à Alemanha: A Igreja não é “uma das muitas organizações presentes numa sociedade democrática”, mas o próprio corpo de Cristo; pertencer ao Corpo de Cristo constitui uma “decisão séria” que cada um tem de tomar. “Alguns olham para Igreja, detendo-se no seu aspecto exterior – constatou o Papa – e assim “ela aparece-lhes apenas como uma das muitas organizações presentes numa sociedade democrática; e, segundo as normas e leis desta, se deve depois avaliar e tratar inclusive uma figura tão difícil de compreender como é a “Igreja””. “Se depois se vem juntar ainda a experiência dolorosa de que, na Igreja, há peixes bons e maus, trigo e joio, e se o olhar se fixa nas realidades negativas, então nunca mais se desvenda o grande e profundo mistério da Igreja.” “Crescem insatisfação e descontentamento, se não virem realizadas as próprias idéias superficiais e errôneas de “Igreja” e os próprios “sonhos de Igreja””, disse o Papa. Bento XVI se referiu ao evangelho recém-proclamado: “Jesus não diz: “Vós sois a videira”; mas: “Eu sou a videira, vós os ramos”. Isto significa: “Assim como os ramos estão ligados à videira, assim também vós pertenceis a Mim! Mas, pertencendo a Mim, pertenceis também uns aos outros””. Esta relação recíproca – advertiu o Papa – “não se trata de qualquer relação ideal, imaginária, simbólica, mas é – apetece-me quase dizer – um pertencer a Jesus Cristo em sentido biológico, plenamente vital”. “Ele continua a viver na sua Igreja neste mundo. Ele está conosco, e nós estamos com Ele. “Porque Me persegues?”: destas palavras se conclui que é a Jesus que ferem as perseguições contra a sua Igreja. E, ao mesmo tempo, não estamos sozinhos quando somos oprimidos por causa da nossa fé. Jesus está conosco.” A Igreja é o ““universal sacramento de salvação”, que existe para os pecadores, a fim de lhes abrir o caminho da conversão, da cura e da vida. Esta é a verdadeira e grande missão da Igreja, que Cristo lhe conferiu”, afirmou, rejeitando outras “visões superficiais”. “Cada um de nós vê-se aqui confrontado com tal decisão. E o Senhor, na sua parábola, insiste na seriedade da mesma: “Se alguém não permanecer em Mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem””. “A escolha aqui pedida faz-nos compreender, de modo insistente, o significado existencial da nossa opção de vida.” “Ao mesmo tempo a imagem da videira é um sinal de esperança e confiança”, pois Deus “sabe transformar em amor mesmos as coisas pesadas e acabrunhadoras da nossa vida. Importante é “permanecermos” na videira, em Cristo”. “No nosso tempo de inquietação e indiferença, em que tanta gente perde a orientação e o apoio; em que a fidelidade do amor no matrimônio e na amizade se tornou tão frágil e de breve duração; em que nos apetece gritar, em nossa necessidade, como os discípulos de Emaús: “Senhor, fica conosco, porque anoitece, sim, é escuro ao nosso redor!”; aqui o Senhor ressuscitado oferece-nos um refúgio, um lugar de luz, de esperança e confiança, de paz e segurança. Onde a secura e a morte ameaçam os ramos, aí, em Cristo, há futuro, vida e alegria.”
Que possamos nos deliciar com esta bela reflexão sobre a pertença à Igreja e a nossa responsabilidade de batizados nesta Igreja. Não podemos ficar apenas olhando o negativo, mas perceber a grandiosidade de sermos católicos, apostólicos romanos.

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Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto