29/03/2011

BANHADOS EM CRISTO. - 4º Domingo da Quaresma

1. Introdução:

No dia do nosso batismo fomos ungidos sacerdotes, profetas e reis. Esta unção nos marcou como filhos e filhas de Deus, pelo banho na água. Recebemos uma vela acesa, no compromisso de viver como filhos da luz. A liturgia de hoje evoca toda esta dimensão batismal. Davi ungido rei, lembra a cada um de nós nosso chamado ao serviço pastoral e social. Paulo quer que vivamos como filhos da luz. Ao curar o cego de nascença, Jesus pede que ele se lave na piscina... A quaresma é este tempo forte de preparação para a Páscoa da Ressurreição, tempo em que os catecúmenos se preparam para o Batismo. Somos hoje chamados a reviver a intensidade deste sacramento em nossa vida. Diante de desafios, como o aborto, as violências, as agressões à natureza lembrados pela Campanha da Fraternidade, devemos assumir o anúncio e a denúncia proféticas, o serviço, sobretudo à causa dos excluídos e celebrar a vida, Dom precioso que Deus nos dá e que está sendo tão negligenciada!

2. I Leitura: Quem vê cara não vê coração.

Davi é ungido rei de Israel.

A unção de Davi mostra que Deus não age de acordo com os critérios humanos. A unção carismática, feita pelo profeta, legitima esta escolha por parte de Deus. A história está cheia de exemplos claros dos erros cometidos, quando se escolhe algo ou alguém seguindo apenas os critérios humanos. Deus escolhe sempre o que não tem valor, elege sempre o pobre, está do lado do excluído...

3. II Leitura: Ser filhos da luz

“Levanta-te dentre os mortos e sobre ti Cristo resplandecerá.” (Ef 5, 14)

São Paulo termina o texto de hoje com um hino batismal: “Desperte você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos e Cristo o iluminará.” Quem assumir de verdade o seu batismo vai produzir frutos de bondade, de justiça, de verdade, de solidariedade e de paz.


4. Evangelho: Não basta ter olhos abertos para enxergar...

“O cego foi, lavou-se e voltou enxergando.” (Jo 9,7)

O cego é todo o oprimido, alienado. Jesus quer libertá-lo. Mas o poder não quer deixar! Curado, tem que enfrentar os desafios e precisa mudar de lado. Jesus então o admite na nova comunidade. O poder não quer sair perdendo. Mas Jesus desmascara o poder. Não basta ter olhos abertos para enxergar...

5. Conclusão.

1. Como estamos vivendo a nossa tríplice missão batismal: profetas, sacerdotes, servos?

2. Lutamos para construir uma sociedade onde exista bondade, verdade e justiça?

3. Temos coragem de enfrentar o poder e denunciar as injustiças? Sobretudo tudo o que Campanha da Fraternidade/2011 vem denunciando?

Dinâmica:

Sugestão para o Ato penitencial, que deve ser feito após a homilia:

Todos fecham os olhos. Enquanto se canta, todos são convidados a abrir os olhos.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


catedral@dci.org.br

25/03/2011

ÁGUA DE BEBER - IIIº Domingo da Quaresma


Introdução:

No deserto da vida estamos constantemente buscando água para matar a nossa sede. Mas muitas vezes preferimos a acomodação da situação de escravos, perdemos a vontade de ir à busca da água, não queremos nos libertar e nem ser instrumento de libertação. A liturgia de hoje, neste tempo forte de quaresma, nos ensina que o Senhor está no meio de nós. Repetimos isto tantas vezes nas nossas celebrações, mas esta resposta não se concretiza ainda, diante de uma sociedade que exclui, mata, desemprega, extermina povos... Devemos assumir um gesto concreto de libertação e salvação, como o grande líder Moisés e como o Salvador Jesus. Devemos buscar água e ao mesmo tempo ser água! A água, tema central deste domingo vem para matar nossa sede no deserto e vem para ser VIDA para nós. Jesus é a água VIVA. Nos lava, nos

purifica. A água de hoje nos remete ao nosso batismo. Encontrar-se com Jesus à beira do poço de nossa vida supõe uma revisão de vida, uma missão e um compromisso. De novo a insistência na conversão.

I Leitura: Ex 17,3-7 - Água para matar a sede e a saudade.

A contestação do povo, que se pergunta o que está fazendo no meio do deserto, com sede, com vontade de voltar ao Egito, revoltado contra Moisés, a ponto de ameaçá-lo, que se sente abandonado pelo seu Deus, faz novamente Deus intervir com sua presença: o mesmo bastão que libertou o povo do Egito, agora mata a sua sede. “Será que Ele está no meio de nós?” Com certeza! Não só liberta, mas também sustenta! O povo pensa que Deus os abandonou. Estão com fome. Estão com sede. Se sentem perseguidos. E Deus intervém. Moisés, com o mesmo bastão que mostrou o poder de Deus diante do Faraó e que abriu as águas do Mar Vermelho vai agora tirar água do rochedo para saciar a sede do povo. Deus é o Deus da Libertação, o Deus da Vida. No nosso deserto Deus se faz presente. Para nos libertar. Para nos dar a vida.


II Leitura: Rm 5,1.2.5-8 - Água derramada, amor derramado

A graça, pela fé, nos liga a uma fonte inesgotável. Nesta fonte devemos nos manter para não ter mais sede. Somos inundados pelo Espírito Santo. Esta água nos dá condições de sobreviver às diversas situações: ser amado e poder amar. O amor maior de Jesus, que dá a sua vida por nós, sacia plenamente a nossa sede. O itinerário de nossa vida dever ser uma constante busca de Deus. Pela fé buscamos a salvação em Jesus. Pela esperança, confiamos que seremos salvos por Ele. A morte de Jesus mostra quanto Deus nos ama. Estávamos longe dele, pelas nossas misérias e fraquezas e, no entanto Ele morreu por nós.

Evangelho: Jo 4,4-42 - Água corrente...

Jesus tem sede. Pede água. Para uma mulher! Para uma samaritana! É preciso entender todo o contexto histórico para saborear o diálogo... Jesus lê o livro da vida desta mulher. Ela pede água corrente, não de poço! E torna-se anunciadora desta Água. Depois que terminam as razões de supostas defesas, então Jesus pode agir. Enquanto existir barreiras racionais, a graça não se faz. O encontro de Jesus com a samaritana desencadeia uma série de quebras de preconceitos. Estar em território samaritano. Conversando com uma mulher. Que teve vários “maridos”! Jesus vem trazer a água viva. Ele não é uma água estagnada. É água corrente. Aos que buscam e descobrem Jesus Ele tem uma proposta: Ele é a água viva! Quem beber desta água jamais

terá sede! O encontro com Jesus transformou a samaritana em missionária.

Devemos ter o coração aberto para acolher Jesus e para anunciá-lo.

Reflexão.

1. Preferimos o comodismo da escravidão, ou buscamos de verdade os desafios da libertação. Basta acomodar-se como desempregado, ou podemos fazer algo mais?

2. Estamos fazendo a experiência de ser amado e de amar?

3. Respondemos com firmeza “Ele está no meio de nós?” Ele é a nossa força, que nos ajuda a modificar a sociedade? Bebemos desta água.

Nossa caminhada quaresmal é também uma caminhada batismal. Hoje temos o encontro com a água viva que nos lava e nos purifica. Essa água é Jesus. Renovar nossos compromissos batismais significa renovar nossos compromissos cristãos: discípulos/missionários. A CF/20110 pede de nós um empenho para salvar a vida do planeta. Pequenos gestos vão ajudar a assumir este compromisso.

Dinâmica:

Sugestão para o Ato penitencial (depois da homilia):

Enquanto se canta, pessoas saem de vários pontos da igreja, trazendo jarros de água e derramam numa grande bacia.

Fonte: Mons. Antonio Rômulo Zagotto


catedral@dci.org.br

16/03/2011

TRANSFIGURADO - TRANSFIGURADOS! - 2º Domingo da Quaresma.

1. Introdução:

A caminhada quaresmal continua. Ouvir o chamado de Deus e dar a ele uma resposta é um processo contínuo de conversão. Abraão ouve este apelo e se torna o pai de um grande povo. Jesus ouve este apelo e se torna o redentor da humanidade. Cada um de nós é chamado. Que resposta estamos dando? O mundo hoje, cada vez mais exclui e empobrece as pessoas. Somos chamados a realizar uma vocação libertadora. A Campanha da Fraternidade abre nossos olhos para uma realidade cruel, da desfiguração de nosso planeta... A celebração de hoje deve nos ajudar a encontrar meios para solucionar os desafios que são colocados diante de nós. Não podemos ficar de braços cruzados.

2. Primeira Leitura. Vocação de Abraão, pai do povo de Deus.

Quando se descreve o chamado de Abraão, se pretende descrever um tipo de chamado que Deus faz a todos. É o povo todo que é chamado. É o começo de um novo povo, que vai vencendo os desafios e que se contenta com aquilo que de mais preciosos o povo precisa: terra e filhos. São as necessidades vitais do povo que são supridas pelo Deus que nunca os desampara. Deus cumpre sua promessa e caminha com este povo. A resposta deve ser uma resposta de fé.

3. Segunda Leitura. Deus nos chama e ilumina.

Paulo insiste com Timóteo para que anuncie um Evangelho que compromete. Os desafios enfrentados devido ao conteúdo do Evangelho fazem com que sempre se corra o risco até do enfrentamento da prisão e da morte. Mas a garantia está no anúncio, na libertação dada pelo próprio Jesus, que nos salva. Ele enfrentou a morte para nos salvar. Devemos correr riscos para salvar outros.

4. Evangelho. “O seu rosto brilhou como o sol.” (Mt 17, 2).

Depois de anunciar sua morte e propor um caminho difícil para o seu seguimento, Jesus sobe a montanha para se transfigurar. É o sinal de sua Ressurreição. Nada mais vai detê-lo! Ele supera Moisés e Elias. Ele é o próprio Filho amado de Deus. É preciso superar a tentação de se instalar longe dos sofrimentos do mundo e é preciso descer a montanha. Nada conseguirá deter a pessoa e a atividade de Jesus, que irão continuar através de seus discípulos. A voz de Deus mostra que, daqui por diante, Jesus é a única autoridade. Todos os que ouvem o convite de Deus e seguem a Jesus até o fim, começam desde já a participar da sua vitória final, quando ressuscitarão com ele.

5. Conclusão.

1. As necessidades vitais do povo estão sendo supridas? Fome, desemprego, sem terra, sem teto,.... Que povo novo é este?

2. Aceitamos correr o risco ao anunciar um Evangelho libertador? Diante da situação em que se vive, vale a pena anunciar e denunciar? Em quem depositamos nossa esperança?

3. A Campanha da Fraternidade está ajudando a transfigurar o nosso planeta? Qual o gesto concreto que estamos assumindo, defendendo a vida?

Sugestão para o Ato penitencial (sempre depois da homilia):

Enquanto se canta trazer uma grande cruz com uma toalha branca ou uma figura de Jesus Glorioso.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


catedral@dci.org.br





09/03/2011

VENCEDORES COM O VENCEDOR - Iº Domingo da Quaresma


1. Introdução.

Começamos a Quaresma. Um tempo de enfrentamentos. Vamos nos enfrentar, fazendo um sério exame de consciência. Vamos enfrentar um modelo social excludente, que empobrece e produz morte e morte violenta. Vamos enfrentar desafios tentadores. Como enfrentaram nossos primeiros pais e como enfrentou Jesus. No paraíso houve uma desistência da luta, uma derrota. No deserto houve um enfrentamento corajoso, que saiu vitorioso. Jesus é exemplo de luta, de ousadia, de coragem! Devemos imitá-lo! A celebração que nos reúne nos fortalece para que possamos enfrentar as diversas tentações. “Se é prá ir prá luta eu vou...”.

2. Quem tudo quer tudo perde. Criação e pecado dos primeiros pais.

A descrição poética da criação não quer dar informações cientificas sobre a origem do homem, mas entender e interpretar a existência humana, com seus desafios e mistérios herdados de seu passado. Saídos das mãos de um Deus oleiro, mostra a nossa fragilidade. O jardim com a árvore da vida, a bondade de Deus que nos sustenta. A árvore do bem e do mal, a ganância de ter tudo, algo só de Deus e que o homem queria para si. A serpente, o deus dos vizinhos, tentação de apostasia e superstição. Ao homem nu, diante do mal, é oferecida a veste nova, na esperança de um Redentor.

3. Da morte para a vida. Onde se multiplicou o pecado, ai superabundou a graça.

Paulo faz as comparações entre Adão e Jesus, entre o pecado e a graça, entre a morte e a vida. A humanidade, mergulhada no reino do pecado e da morte, assemelha-se a Adão. A humanidade, introduzida no reino da graça e da vida, assemelha-se a Jesus. Um só levou todos ao pecado. Um só levou todos à vida. Neste tempo de quaresma contemplamos Jesus que assume com coragem o caminho para a cruz, de onde redimirá a humanidade toda.
4. Ele venceu, nós venceremos! Jesus jejuou durante quarenta dias e foi tentado.

Diante de nós está um Jesus humano, que enfrenta os desafios do demônio. É a experiência da própria Comunidade que no dia-a-dia enfrenta os desafios. Faltaria algo, se no inicio de sua vida Jesus não tivesse enfrentado o demônio e o vencido. Mas Ele o fez para mostrar à humanidade a possibilidade de também vencer as tentações. Jesus é tentado a satisfazer suas necessidades imediatas (prestígio, poder, riquezas), mas supera as tentações, apresentando um projeto que transforma as estruturas. A Palavra que sai da boca de Deus, não tentar o Senhor, adorar ao Senhor Deus, são expressões que mostram sua confiança e sua obediência ao projeto do Pai.

5. Conclusão.

1. Quais as tentações que nos rodeiam? O Ter, o Prazer, o Poder...

2. Como estamos participando da Campanha da Fraternidade? Estamos nos empenhando em resolver o problema do planeta. Que gestos concretos vamos assumir?

3. Somos sinceros ao rezar “e não nos deixeis cair em tentação...”?
Dinâmica:

Sugestão: Fazer o Ato Penitencial depois da homilia. (Em todos os domingos)

- Trazer numa cesta ou bandeja, uma sacola representando dinheiro, uma roupa rica, uma garrafa de bebida e enquanto se canta, coloca-se sobre estas coisas uma cruz.

01/03/2011

QUARTA-FEIRA DE CINZAS.

1. Introdução:

Iniciamos hoje a nossa caminhada para a Páscoa do Senhor! Iniciamos também a Campanha da Fraternidade. Durante todo este tempo seremos chamados à conversão. A Igreja nos dará a oportunidade para o sacramento da Penitência, teremos também oportunidade para assumir as obras que caracterizam este tempo: o jejum, a esmola e a oração... A Campanha da Fraternidade vai nos ajudar a refletir sobre um grave problema de nosso planeta. A Quaresma e a Campanha da Fraternidade são apelos de conversão. Devemos chegar à Páscoa com o coração preparado para também ressuscitar com Jesus. As cinzas que hoje recebemos são o sinal do nosso nada e do nosso propósito de mudança de vida.

2. Primeira Leitura – “Rasgai os vossos corações e não as vossas vestes.” (Jl 2, 13)

Diante de uma terrível calamidade que varre o país, o profeta pede a participação de todos numa grande manifestação de penitência e jejum, para suplicar a Deus que afaste a catástrofe. Deus, porém não quer um rito puramente exterior. A conversão, a mudança, deve ser do coração. Deus não desampara o seu povo arrependido e convencido da necessária conversão.

3. Segunda Leitura – “Reconciliai-vos com Deus. Eis agora o tempo favorável.” (2Cor 5, 20 e 6, 2).

O apóstolo suplica aos cristãos que se reconciliem com Deus. Por meio de Jesus conseguiremos alcançar esta reconciliação. Este tempo, tempo de nossa história, é que é o tempo oportuno que temos para mudar de vida. Não vamos desperdiçá-lo. “Temo Deus que passa e que talvez não volte nunca mais” (Santo Agostinho).


4. Evangelho – “Teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa.” (Mt 6, 4).

Os três gestos que devem caracterizar nossa caminhada quaresmal, não podem ser apenas práticas externas, para que os outros vejam. A esmola, gesto de partilha, é ir ao encontro do próximo, destruindo o egoísmo da posse. A oração é ir ao encontro com Deus, reconhecendo-o como criador, destruindo nossa auto-suficiência. Jejuar é ir ao interior de si mesmo, privando-se do necessário, para ser partilhado, destruindo o egocentrismo. Não precisamos de recompensas humanas, mas a recompensa do Pai.

5. Conclusão.

1. A quaresma tem um significado de conversão? Quais os gestos concretos que vamos assumir para nos preparar para a Páscoa?

2. Comentar rapidamente sobre a Campanha da Fraternidade/2011.

Tema: Fraternidade e Vida no Planeta.

Lema: “A criação geme em dores de parto.” (Rm 8, 22)

Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

TEORIA E PRÁTICA. - IXº Domingo do Tempo Comum.


1. Introdução.

Temos acompanhado Jesus na pregação do Sermão da Montanha. Nossos encontros dominicais estão sendo iluminados pelas propostas de Jesus para a busca da perfeição e implantação do Reinado de Deus. Ressoam em nossos corações as últimas orientações de Jesus: ser sal da terra e luz do mundo (Vº Domingo), “Eu, porém, vos digo” (VIº Domingo), amar os inimigos (VIIº Domingo), confiança em Deus (VIIIº Domingo), por em prática a Palavra (IXº Domingo). Jesus, como novo Moisés, aponta para nós o caminho a ser seguido.

2. Primeira Leitura – “Eis que ponho diante de vós benção e maldição.” (Dt 11, 26).

Os dois caminhos a serem escolhidos dependem do povo. Se escolher a benção o povo deverá viver a fidelidade às propostas de Deus. Se escolher a maldição, vai viver propostas contrárias ao projeto de Deus. Vai buscar outros deuses. Diante de nós também este dois caminhos. Que escolha fazemos?


3. Segunda Leitura - “O homem é justificado pela fé sem a prática da lei.” (Rm 3, 28).

A lei nos aponta caminhos. Paulo nos ajuda a entender que a lei judaica foi superada e que nossa salvação vem de Jesus, por meio da redenção (cruz, sangue). Assim, se acolhermos as propostas de Jesus, pela fé seremos salvos. Deus espera uma resposta nossa.

4. Evangelho – A casa construída sobre a rocha e a casa construída sobre a areia.

Este texto fecha o Sermão da Montanha. A exigência é séria: PRATICAR A PALAVRA. Podemos construir nossa casa, nossos projetos, nossas ações sobre a rocha. Mas também poderemos fazer a opção por construir sobre a areia, com todas as suas conseqüências. Buscar os valores deste mundo evoca as propostas de domingo passado: não podemos buscar bens materiais. Buscar bens materiais é próprio dos pagãos. (cf. Mt 6, 32). Construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do Reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática.

5. Conclusão.

Fechamos um ciclo de reflexões. Vamos entrar no Tempo da Quaresma. Nossa caminhada vai ser a de optar por caminhar com Jesus. Este tempo forte que nos prepara para a grande festa da Páscoa deve nos ajudar a fazer opções. Ele nos faz um convite para caminharmos com Ele. O caminho aponta para cruz. Mas vai além da cruz. Vai para a Páscoa. Vamos caminhar com Ele?

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

catedral@dci.org.br