23/08/2011

22º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:
Seguir Jesus não é fácil: as propostas dele são claras: renúncia, cruz e seguimento. O caminho que Ele nos propõe é o mesmo que Ele caminhou. Assumir estes valores requer de cada um de nós coragem, desprendimento e confiança. Cada celebração que nos reúne é um apelo a este seguimento e um fortalecimento pessoal e comunitário para assumir este projeto. Muitas vezes nos sentimos desanimados e é preciso reabastecer nossas forças nos sacramentos e no convívio comunitário. Há necessidade de mudança de atitudes para entender este apelo que Jesus nos faz. A cruz não é final, mas nos aponta para a Ressurreição e para a vida.

Primeira Leitura: Jr 20, 10-13 – Angustiados sim! Derrotados nunca!
O profeta se sente desanimado diante da seriedade de sua missão. Está interiormente abalado e externamente perseguido. Não se sente capaz e vê ao seu redor as maquinações para derrubá-lo. Mas confia no Senhor. Sabe que é dele que brota toda a sua força. Termina glorificando a Deus que lhe dá ânimo e coragem para continuar sua missão profética. O texto nos ajuda a compreender o Evangelho que nos é proposto hoje.

Segunda Leitura: Rm 12, 1-2 – Convertei-vos!
São Paulo faz um apelo à conversão! O cristão não pode se amoldar às estruturas corrompidas da sociedade, pelas injustiças, corrupção, violência, exclusão. Os valores a serem buscados são outros: fazer aquilo que é bom, agradável e o que é perfeito. Isto demanda conversão. Não procurar os valores da sociedade, mas as propostas de Deus. Numa palavra: conversão!

Evangelho: Mt 16, 21-27 – Jesus não que nos enganar...
Depois de apontar a Pedro qual o caminho que vai seguir, Jesus mostra que este caminho é também o do discípulo. Ele não oferece facilidades. Renúncia significa deixar de lado nossos projetos; tomar a cruz significa assumir o projeto libertador dele e  segui-lo é enfrentar os desafios que Ele mesmo enfrentou. Ele não nos ilude: quem quiser, sabe que vai assumir algo difícil. Mas Ele não nos deixa sozinhos. Caminha na frente para dar o exemplo.

Reflexão.
1. Estamos passando para a sociedade desânimo ou coragem?
2. Nosso processo de contínua conversão está sendo assumido?
3. Estamos assumindo as propostas de Jesus concretamente ou só no discurso?

Dinâmica:
Enquanto se proclama o Evangelho entrar com uma cruz feita de tronco de madeira.

Mons. Antonio Romulo Zagotto


16/08/2011

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM – ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Introdução:
No dia 1º de Novembro de 1950, Pio XII declarou, como verdade infalível de nossa fé, que Maria “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”. Celebramos hoje esta festa, que declara Maria já assumindo a condição de resgatada para junto de Deus, como seu Filho. As correntes de pensamento que se dividem entre a sua possível morte ou a sua simples arrebatação, já na velhice, sem experimentar as sombras da morte não são contempladas pela declaração papal. Para a Igreja importa é que Maria já está junto de Deus, destino que cada um de nós deve procurar, assumindo o que Maria assumiu aqui, enquanto personagem de nossa história: o projeto de Deus, se colocando totalmente disponível a Ele. Para Maria, Assunção significa o definitivo reencontro entre a Mãe e o Filho. Para nós, significa a concretização do nosso próprio destino futuro.

Primeira Leitura: Ap 11, 19 a; 12, 1-6 a. 12ab – Vencer os dragões de ontem e de hoje...
A figura da mulher é a figura da vida. A figura do dragão é a figura da morte. A mulher, para o redator, sem dúvida é a Igreja que vence as tribulações e perseguições de seu início. O dragão, sem dúvida, é sinal de todos os desafios que queriam impedir o avanço do Reino. A tradição junta à figura desta mulher a pessoa de Maria, que vence o dragão e assume o projeto de Deus. Nós hoje somos chamados a enfrentar os desafios e assumir o Reino, para também alcançar o que Maria alcançou.

Segunda Leitura: 1 Cor 15, 20-27 – Ressuscitada com o Ressuscitado!
São Paulo discorre sobre a ressurreição de um modo apaixonado. Prova que pela morte vem a vida. Uma transformação gloriosa, descrita por Paulo, de uma maneira não científica, mas que entra na dimensão da fé: um corpo glorioso, semelhante ao corpo do Ressuscitado. Maria antecipa esta transformação é já está glorificada junto de seu Filho, no céu. Um aceno para todos nós nos chamando a participar também desta glorificação!

Evangelho: Lc 1, 39-56 – Cantar as belezas da vida...
O cântico de Maria é o cantar das maravilhas que Deus realizou, realiza e vai realizar. O mistério da presença de Deus na nossa história traz a segurança de que não estamos sozinhos. Caminhar com Ele é ter certeza que os excluídos, os fracos, os famintos terão vez e voz. A jovem que cantou estas maravilhas concretiza este sonho de todos nós é já recebeu a recompensa definitiva: já está junto de Deus em corpo e alma.

Reflexão.
1. Como enfrentamos os desafios e contravalores que querem destruir o Reino?
2. Já procuramos viver uma vida de ressuscitados?
3. A Assunção de Maria tem que significado para nós?

Dinâmica:

Enquanto se proclama o Evangelho, entrar com uma imagem de Maria, com flores, velas, bandeirinhas.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


09/08/2011

20º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:

Antigamente se pensava o mundo dividido entre duas partes: de um lado o povo de Deus, povo da promessa, da aliança, protegido por Deus; do outro lado, os outros. Os que não conheciam a Deus (pagãos) e os que não participavam da vida do povo de Deus (estrangeiros). Em alguns momentos do AT, principalmente nos profetas, se pensa em Deus que quer a salvação de todos. Logo no seu início, a Igreja teve dificuldades para entender a salvação para todos. As nossas relações ainda estão marcadas pelas barreiras de raça, cor, riqueza, cultura, religião... Mas Deus não exclui ninguém. E se nós ousássemos fazê-lo, estaríamos pervertendo o direito e a justiça de Deus (I leitura). A fé não depende de raças, fronteiras ou culturas. Quem está aberto à fé em Jesus Messias constitui família com todos os que crêem em todas as partes do mundo (evangelho). Mesmo aqueles que não aceitam Jesus como o Messias não foram abandonados por Deus, que é misericordioso para com todos (II leitura).

Primeira Leitura: Is 56,1.6-7 – Fim do exclusivismo.

Isaías promete uma “casa de oração”; um local onde todos os povos e todas as pessoas se encontrarão na fraternidade e com Deus. Deus não está ligado a uma terra, a uma nação. Todos, desde que aceitem viver o direito e a justiça, fazem parte do povo de Deus. A salvação não se destina apenas a Israel: destina-se a todos os homens e mulheres que aceitarem o convite para integrar a comunidade do Povo de Deus.

Segunda Leitura: - Rm 11,13-15;29-32 – Salvação para todos

Mesmo reconhecendo que a salvação divina é para todos os povos, Paulo não deixa de perseguir um de seus objetivos apostólico: conduzir o povo da Aliança a Jesus Cristo. A segunda leitura sugere que a misericórdia de Deus se derrama sobre todos os seus filhos, mesmo sobre aqueles que, como Israel, rejeitam as suas propostas. Deus respeita sempre as opções dos homens; mas não desiste de propor, em todos os momentos e a todos os seus filhos, oportunidades novas de acolher essa salvação que ele quer oferecer..

Evangelho: Mt 16 13-20 – Enfrentando Jesus!

A mulher pagã entende que Jesus vem realizar um projeto concreto: constituir o povo de Deus. Reconhecendo isto, ela e sua filha participam deste projeto. Jesus, depois de constatar como os fariseus e os doutores da Lei recusam a sua proposta do Reino, entra numa região pagã e demonstra como os pagãos são dignos de acolher o dom de Deus. Face à grandeza da fé da mulher cananéia, Jesus oferece-lhe essa salvação que Deus prometeu derramar sobre todos os homens e mulheres, sem exceção.

Reflexão.

1. Entendemos que é preciso acolher a todos?

2. Acolhemos as oportunidades de Deus?

3. Diante de tantas exclusões, como agimos?

4. Dia dos pais...

5. Abertura da Semana Nacional da Família...

Dinâmica:

Representar as diversas exclusões, no Ato Penitencial, e pedir perdão por elas...

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



05/08/2011

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

A celebração de hoje nos ajuda a perceber como grandes figuras como Elias, Paulo e Pedro experimentaram a presença de Deus nas suas vidas de profeta, de apóstolo e de discípulo de Jesus. Nas nossas vidas muitas vezes encontramos situações em que sentimos mais a presença de Deus. Precisamos dar valor a estes momentos, pois podem ser momentos decisivos para a nossa vida. Santo Agostinho dizia: “Temo o Senhor que passa e talvez não volte nunca mais”! Por isso sejamos atentos ao modo de Deus entrar na vida do profeta Elias, na vida do apóstolo Paulo e na vida dos discípulos de Jesus, entre eles, Pedro. O convite que o Senhor faz a cada um de nós é que não tenhamos medo, não nos isolemos desanimados... Tenhamos coragem para enfrentar os desafios. A sua Palavra e a Eucaristia são nossa força!

Primeira Leitura: 1 Rs 19, 9 a 11-13 a – Não dá para fugir!

O profeta Elias foge diante das ameaças de morte. Deus entra em cena e o encoraja a voltar para reconstruir a sociedade nos moldes propostos por Deus: na justiça e na fraternidade. Elias se dirige ao monte da aliança e lá tem um encontro particular com Deus, que lhe dá uma nova missão. Também nós devemos fazer esta experiência de um encontro com Deus e assumir com coragem o que Ele aponta como tarefa para nós..

Segunda Leitura: Rm 9, 1-5 – Missão apostólica.

São Paulo é rejeitado pelos judeus. Sente uma imensa tristeza pela incredulidade deles. O amor do apóstolo é tanto que estaria disposto a passar por situações as mais difíceis, em favor deles. Ser até separado de Cristo! É claro que a interpretação não passa pela simples lógica, mas pelo valor de ver o outro inserido na graça. Só quem ama tem gestos extremos como este. Cristo enfrenta até a morte por nós. Como seguidores dele devemos também assumir gestos concretos para salvar o irmão!

Evangelho: Mt 14, 22-33 – Ter fé!

Pedro, figura da Comunidade, no momento das grandes crises, duvida da presença de Jesus e pede um sinal, um milagre. E mesmo vendo sinais, continua com medo. É preciso pedir socorro. Jesus atende ao pedido da Comunidade, mas deixa claro que ela precisa crescer na fé. As águas agitadas, os desafios não podem nos intimidar. Como disse a Pedro, “Venha!”, diz também a cada um de nós, “Venham!”. Qual a nossa resposta?

Reflexão.

1. Temos coragem de tomar o caminho de volta para reconstruir uma nova sociedade?

2. Como apóstolos assumir gestos corajosos para levar a fé a nossos irmãos?

3. Como enfrentamos os desafios? Com medo? Com coragem? Como respondemos ao apelo de Jesus?

4. Lembrar o dia do Padre...
Dinâmica:

Fazer aqui o Ato penitencial, com pessoas deitadas e que são socorridas e levantadas por três pessoas caracterizadas de Elias, de Paulo e de Jesus.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto