27/12/2012

SANTA MÃE DE DEUS

Introdução:

A festa de hoje nos ajuda a contemplar a Mãe de Deus, dentro das celebrações do Natal e a celebrar a Paz tão necessária para os nossos dias. A Eucaristia que nos reúne nos mostra que Maria dá ao mundo Jesus, que é a nossa paz. Contemplamos mais a presença do Senhor em nosso meio do que a presença da Mãe. Ela sempre se coloca de lado, para realçar a figura de seu Filho. Um hino de ação de graças deve brotar de dentro de nós, pela paz que o Senhor quer nos dar. Reunidos aqui vamos transformar os votos de feliz ano novo em um pedido de benção de graça e paz.

 

 I Leitura: Nm 6, 22-27 - O Senhor te abençoe e te guarde!

Esta fórmula de benção, escolhida para a primeira leitura do Ano Novo, é uma benção solene com que se encerravam as grandes celebrações do Templo e mais tarde das reuniões nas sinagogas. Estamos pedindo uma benção para o nosso ano que se inicia e para que haja paz.

 

II Leitura: Gl 4, 4-7 - A Mulher dá ao mundo Jesus, que é a nossa paz

... nascido de uma mulher = com todos os nossos limites humanos. Jesus é homem mesmo, faz parte de nossa humanidade.

... a fim de resgatar = mas Deus, com todo o seu poder, que liberta e salva toda a humanidade.

 

Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 (R/. 2a)

 

Evangelho: Lc 2, 16-21 - O nome de Jesus = Deus salva.

Jesus recebe um nome que exprime toda a sua missão. Será o realizador da salvação da humanidade toda. “Eu vim para que todos tenham vida... (Jo 10, 10). Também nós, pelo nosso batismo temos uma missão.

 

Reflexão.

1. Como foi vivido o nosso ano que passou?

2. Ao iniciar um novo ano temos chances de irradiar a paz, a liberdade, bondade, compreensão, justiça e fraternidade.

3. O dia mundial de oração pela paz nos ajuda a assumir projetos de paz para nós mesmos, para nossa casa, para nossa Comunidade Eclesial, e para a Sociedade. O que de concreto vamos assumir?

 

Dinâmica:

Com alegria e entusiasmo vamos nos desejar a paz e um feliz Ano Novo.

 

 

SAGRADA FAMÍLIA


Introdução:

Contemplando a família de Nazaré, pensamos na nossa família doméstica e na nossa família Comunidade. Nossa família deve ser uma pequena igreja e nossa Igreja deve ser uma grande família. Os problemas enfrentados ontem e hoje pelas famílias serão superados a partir de uma reação frente aos danos morais e econômicos que limitam o ser familiar. A Celebração que forma esta Comunidade família deve nos ajudar a encontrar estes caminhos.

 

 I Leitura: Eclo 3, 3-7.14-17a  - Um mandamento, uma obrigação.

O mandamento de “Honrar pai e mãe...” é uma proposta do próprio Deus para a alegria e felicidade dos filhos. O cuidado com quem cuida de nós é antes de tudo uma forma carinhosa de retribuir o Dom da vida que brotou de nossos pais.

 

II Leitura: Cl 3, 12-21 - Modo de viver em família.                   

As virtudes relacionadas neste texto ajudam a por em prática a boa vivência familiar de uma maneira cristã. Estamos vivendo todas elas?

 

Salmo 83 (84),  2-3.5-6.9-10 (R/ cf. 5a)

 

Evangelho: Lc 2, 41-52 - Encontrado no meio de doutores

Neste Evangelho, as primeiras palavras de Jesus mostram que toda a sua missão decorre da sua relação filial com o Pai. Isto significa que essa missão provém do próprio mistério de Deus e da realização de sua vontade entre os homens. Contudo, ela se processa dentro do mistério da Encarnação, aonde Jesus vai aprendendo a viver a vida humana como qualquer outro homem.

 

Reflexão.

1. Como estamos enfrentando as crises que atingem nossas famílias? Crises morais e crises econômicas que esfacelam nossas casas?

2. A família é de verdade a Igreja Doméstica?

3. Nossa Pastoral Familiar está preocupada apenas em fazer “cursos de noivos” ou está atingindo a pessoa desde o momento que nasce até momento que morre?

 

Dinâmicas:

Pedir para a família ficar sentada no mesmo banco. Renovar a benção das alianças e as promessas do matrimônio. Preparar texto com antecedência.

 

20/12/2012

4º DOMINGO DO ADVENTO

(21.12.
Introdução:
Deus escolhe os lugares desconhecidos, as pessoas desconhecidas para se tornar humano. A figura central deste domingo é a mulher grávida. Maria e Isabel se encontram grávidas e na expectativa de um novo parto da Salvação de Deus. Maria, portadora da salvação, põe-se a caminho e, no encontro serviçal e gratuito com Isabel, experimenta a alegria da realização das promessas de Deus. A terra e toda a humanidade se encontram grávidas do reino e entram no dinamismo do amor e da fidelidade de Deus que conduz a nossa história. Belém é a menor entre as cidades de Judá, que terá a honra de dar o Messias prometido pelos profetas, aquele que estenderá seu reino de paz até "os extremos confins da terra". Humildes e pastoris são também as origens de Davi. O futuro Messias é apresentado mais como o descendente do Davi pastor de Belém, do que do Davi glorioso da cidade real. Humildes e pobres são os primeiros portadores da esperança e da salvação. Assim é Maria para com Isabel. Com a mesma humildade e pobreza, Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, reconhece em Maria a mãe do salvador, e proclama o mistério que nela se realizou.
I Leitura: Mq 5, 1-4a – Exaltou os humildes.
O novo Messias virá de Belém, como Davi. Deus escolhe os incapazes e fracos para confundir os poderoso e os fortes. As esperanças do povo são renovadas. Belém, uma aldeia do interior, desprezível aos olhos da corte instalada em Jerusalém. Essa localidade, pequena entre as vilas de Judá, será pátria daquele que vai governar Israel. estão repletos de otimismo, alegria e esperança. A salvação, portanto, não vem da capital e do poder aí instalado, mas da periferia, do meio dos pobres...
Salmo - 79(80), 2ac.3b.15-16.18-19 (R/.4)
II Leitura: Hb 10, 5-10 – Vim fazer a tua vontade.
Deus opera suas grandes obras naqueles que são pequenos. São os despojado. O próprio Jesus, enviado de Deus, confirma esta maneira. “Eis que venho para fazer a tua vontade”. Esta frase do salmo 40 realiza-se plenamente no Servo por excelência, Jesus, que vem ao mundo para tornar supérfluos todos os sacrifícios e holocaustos, já que ele mesmo de modo insuperável sua existência, em prol dos seus irmãos.
Evangelho: Lc 1, 39-45 – Eis a serva.
A cena mostra o encontro de duas mães agraciadas com o dom da fecundidade e da vida (Isabel, além de idosa, era estéril; Maria não teve relações com nenhum homem). O trecho mostra também o encontro de duas crianças, o Precursor e o Salvador, sob o dinamismo do Espírito Santo. Jesus fora concebido por obra do Espírito; João Batista exulta no seio de Isabel que, cheia do Espírito Santo, proclama Maria bem-aventurada. A cena mostra, sobretudo, que Deus se revela nos pobres e faz deles sua morada permanente.
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus tem outros métodos para realizar seu projeto?
2. Como rezamos o “seja feita a vossa vontade”?
3. Como concretizamos ações de serviço e humildade?
Dinâmica:
Durante a aclamação ao Evangelho entrar com uma imagem de Maria ou colocar a imagem de Maria no presépio.

11/12/2012

3º DOMINGO DO ADVENTO

 
Introdução:
A celebração deste domingo nos convida à alegria, pois o Senhor, o esposo fiel, se aproxima. Ele já está entre nós! Mas com ele preparamos o Advento do seu Reino. É tempo de redobrar nossa esperança, fortalecer nossa caminhada e correr decididos e alegres ao seu encontro. Terceiro Domingo do Advento. Domingo da alegria. Por várias vezes, foi proclamada a palavra alegria nas diversas leituras. É que estamos próximos ao Natal do Senhor. "O que devemos fazer?" Esta pergunta aparece três vezes no evangelho deste domingo. Sua resposta traça um programa de vida para os cristãos em suas comunidades. O Natal que está para chegar marca a presença de Deus em nosso meio, "pequeno resto" que procura manter-se fiel ao Senhor. Conosco Deus quer construir nova história e nova sociedade. A celebração eucarística é o momento em que damos graças ao Pai, por meio de Jesus, no Espírito. Nossa oração, feita de agradecimento e súplica, é momento de discernimento e de compromisso com Jesus e seu projeto, pois ele irá pôr às claras quem somos e o que fazemos para construir sociedade e história novas. A partilha do Pão da vida nos ensina a partilhar os bens da criação, na justiça e no serviço aos marginalizados.
I Leitura: Sf 3, 14-18a – O Senhor está no meio de nós!
Essa parte é um oráculo de restauração. É uma mensagem de esperança dirigida à minoria que sobreviveu à catástrofe nacional (um pequeno resto). A história do povo de Deus reinicia a partir desse pequeno resto, composto de pobres. Com eles Javé irá construir a nova sociedade. Os versículos escolhidos para a liturgia deste domingo estão repletos de otimismo, alegria e esperança. É um convite à festa, à dança, pois chegou o dia do casamento entre Deus e seu povo. O motivo de tanta alegria é este: O Senhor é rei de Israel!
Cântico: Is 12,2-3.4bcd.5-6 (R/.6)
II Leitura: Fl 4, 4-7 –Alegrai-vos.
A carta aos Filipenses é uma coleção de três bilhetes que Paulo escreveu a essa comunidade, em breve espaço de tempo. Cada um desses bilhetes tem preocupação própria. O texto de hoje contém algumas recomendações feitas em nome do Senhor. O Apóstolo ficou sabendo que havia desentendimento entre duas mulheres líderes da comunidade. Isso causou divisões e descontentamento. Depois de fazer um apelo ao diálogo e à união das lideranças, Paulo convoca todos à alegria, um dos temas fortes da carta.
Evangelho: Lc 3, 10- 18 – Preparai os caminhos.
João prega e batiza para a conversão, não só em sentimentos, mas em atos: voltar ao caminho de Deus. Cita três exemplos práticos. Exige caridade, justiça, humanitarismo. No fim ouvimos palavras fortes: vai limpar a eira, vai separar, vai queimar... O evangelho de hoje mostra alguns requisitos básicos para se construir a nova história. É uma espécie de "programa de vida": partilha, justiça e acabar com os abusos de poder.
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus nos conduz à vitória?
2. Como vivemos a nossa preparação para o dia do Senhor?
3. Andamos, ainda, por caminhos tortuosos?
4. Lembrar a Campanha para a Evangelização (Coleta hoje)
Dinâmica:
No abraço da paz, realçar a alegria como fruto da paz. Realizar, neste domingo, a coleta em favor da evangelização.

04/12/2012

2º DOMINGO DO ADVENTO

 

Introdução:

O Advento é tempo de conversão, tempo para preparar os caminhos do Senhor, para endireitar as veredas, a fim de que chegue o Reino de Deus. O homem moderno não é muito atento ao tema da conversão a Deus. Diante dos graves desafios que se lhe impõem (fome, ignorância, guerra, injustiça), mobiliza todas as suas energias, abandona até o comodismo, impõe-se uma conversão cotidiana: a conversão do homem a si mesmo. Mas a conversão a Deus como disponibilidade radical a ele é renúncia total a si mesmo, deixa-o insensível ou até hostil, porque o coloca diante de sua fraqueza e parece desviá-lo de sua verdadeira tarefa. O cristão de hoje está consciente do dever de contribuir para a realização do desígnio de Deus e a solução dos problemas do mundo, colaborando na obra da criação, e dando-lhe o melhor de si mesmo. Mas, em tudo isso, onde se encontra a conversão a Deus? Se os cristãos perdem o senso da conversão a Deus, e se o cristianismo apresenta apenas o aspecto de um humanismo sem dimensão religiosa, priva-se o mundo de um dom divino.

 

I Leitura: Br 5, 1-9 – Deus guiará seu povo para a vitória!

Esse texto serviu para animar o povo de Deus em tempos de crise. A lição que aprendemos é esta: a misericórdia de Deus é maior que todas as crises e tragédias humanas. Por ser Pai e esposo, ele não abandona seus filhos, mas os reconduz para as fontes de vida, a fim de que saibam viver a justiça e a paz, criando assim uma sociedade em que não se repitam mais os erros que levaram o povo de Deus à quase ruína total.

 

Sl 125(126), 1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R/.3) - Deus transforma o sofrimento em alegria

 

II Leitura: Fl 1, 4-6.811 – Puros para o dia de Cristo

A oração de Paulo é ação de graças a Deus pela perseverança da comunidade e pela solidariedade que a caracteriza. Ele tem uma convicção: quem está agindo nas pessoas é o próprio Deus, capaz de levar sua obra à perfeição até o Dia de Cristo Jesus. Paulo crê que o evangelho é uma força extraordinária capaz de criar o mundo novo, levando a comunidade a se comprometer em profundidade com o projeto de Deus. Sua oração é movida pelo amor que sente pela comunidade como um todo: amor que traduz a ternura do próprio Cristo.

 

Evangelho: Lc 3, 1-6 – Preparai os caminhos.

O processo de construção do Reino de Deus é diferente do processo de construção do reino humano. A história da salvação não passa pela "história oficial". A finalidade da missão de João: proclamar o fim da "história oficial" e o início da história que Jesus irá construir com os pobres e a partir deles. O caminho de Jesus é proposta aberta a todos, inclusive aos que pertencem à "história oficial", desde que se convertam e endireitem o próprio caminho para serem salvos. Duas coisas se destacam: conversão e necessidade de preparar os caminhos do Senhor.

 

Reflexão.

1. Temos consciência de que Deus nos conduz à vitória?

2. Como vivemos a nossa preparação para o dia do Senhor?

3. Andamos, ainda, por caminhos tortuosos?

4. Lembrar Campanha para a Evangelização

 

Dinâmica:

Encenar o Evangelho.

 

28/11/2012

Iº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução

Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada"), tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.

Primeira Leitura: Jr 33, 14-16

Os repatriados desanimam diante das dificuldades para reconstruir a vida civil e religiosa. O oráculo abre nova esperança: o povo reencontrará a forma de sociedade desejada, se confiar nas promessas que Deus fez aos antepassados.

Segunda Leitura: 1Ts 3, 12-4,2

A vivência do amor é o critério último para discernir se é autêntica ou não a vida da comunidade cristã. Trata-se de amor recíproco que faz a comunidade crescer por dentro e, ao mesmo tempo, impulsiona a comunidade para fora de si mesma, a fim de testemunhar o Evangelho a todos. É esse amor que constitui a santidade da comunidade, fazendo-a enfrentar sem temor o julgamento de Deus. Paulo frisa que o cristão é chamado à santificação, e isso significa compreender de maneira nova a si mesmo, os outros e as relações humanas.

Evangelho: Lc 21, 25-28. 34-36

A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).  Jesus indica  como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.  O Tempo do Avento, nesta sua primeira parte, nos ajuda a fazer um sério exame de consciência, para ver se de verdade estamos atentos.

Reflexão.

1. Temos consciência de que Deus é o nosso Pai e Redentor? Pedimos sua vinda?

2. Em quem depositamos nossas esperanças?

3. Estamos acordados, construindo o Reino?

4. Lembrar da Campanha para a Evangelização.

 Dinâmica:

Começar a montar o presépio.

 Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

 

20/11/2012

34º Domingo do Tempo Comum – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

.11.03

Introdução:

Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. Sua realeza liberta torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?

 

 I Leitura: Dn 7,13-14 – Rei vencedor

O Livro do profeta Daniel, escrito num momento de enfrentamento de crise, mostra que Deus será vencedor. A figura do Filho do Homem é Deus mesmo. A Ele pertencem o Poder, a Glória, o Juízo. No NT o título de Filho do Homem é dado a Jesus. Ele se auto-intitula Filho do Homem, no sentido de ser aquele que traz o reinado de Deus a este mundo. 

 

II Leitura: Ap 1,5-8 – Rei do reis.

O início do livro do Apocalipse apresenta Jesus como a Testemunha Fiel, o Primogênito entre os mortos e o que reina sobre os reis da terra. Ele tem condições de ser aclamado rei, pois nos libertou, encarnando-se e ressuscitando dentre os mortos. Ele nos adquiriu pelo seu sangue e nos torna então seus súditos. Sem dúvida é o rei dos reis!

 

Evangelho: Jo 18,33b-37 – O meu reino...

Pilatos quer condenar Jesus politicamente. Insinua que Ele é rei, afrontando o império romano. No entanto Jesus aproveita para dizer que o seu reino não segue os moldes dos reinos deste mundo. Jesus afirma que veio ao mundo com um projeto claro. Por meio dele o Pai atua seu plano de liberdade e vida para todos. A função da realeza de Jesus é dar testemunho da verdade. Aí está sua missão: testemunhar, até o fim, na cruz e com a morte, que o amor de Deus está presente como dom de vida para as pessoas. A última afirmação de Jesus é um desafio à comunidade cristã: pertencer à verdade e ouvir a voz de Jesus.

 

Reflexão.

1. Temos consciência de que Deus é o nosso Rei?

2. Como vivemos a nossa dimensão real, recebida no Batismo?

3. Assumimos a verdade e ouvimos a voz de Jesus?

4. Lembrar a Campanha para a Evangelização...

 

Dinâmica:

Hoje é dia do leigo. Um leigo entra com o Círio Pascal aceso, e depois do Evangelho se renovam as promessas do Batismo.

 

 

CNBB disponibiliza material da EVANGELI.JÁ – Campanha para a Evangelização 2012


 

De 25 de novembro a 16 de dezembro a Igreja do Brasil realiza mais uma Campanha para a Evangelização, como acontece todos os anos no tempo litúrgico do Advento que antecede o Natal do Senhor.

O que é?  

A Campanha para a Evangelização inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do Advento, associando a Encarnação do verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. O trabalho evangelizador é uma exigência da graça que recebemos no Batismo. A Igreja, com esta campanha, convida todos os fiéis a participarem na sua obra evangelizadora, seja em iniciativas de sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material para garantir os recursos necessários à manutenção das estruturas e projetos de evangelização.

EVANGELI.JÁ  - Este slogan da Campanha é um neologismo derivado da palavra EVANGELIZAR. Mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo. A campanha deste ano tem como fundamento bíblico “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1,34).

Coleta para a evangelização - Dia 16 de dezembro

A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos
no sustento da missão da Igreja em nosso país. A coleta será, assim, a colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização.

Como é distribuída a Coleta?

Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os recursos arrecadados por essa campanha são repartidos como
segue abaixo:
35% para a evangelização da CNBB nacional;
20% para a evangelização da CNBB regional;
45% para a evangelização na própria diocese;

Oração da Campanha para a Evangelização

Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja
fosse no mundo o sacramento da salvação
para todas as nações,
a fim de que a obra do Cristo que vem
continuasse até o fim dos tempos.
Derramai o Espírito prometido,
para que aumente em nós
o ardor da evangelização
e faça brotar nos corações a resposta da fé.
Por Cristo, nosso Senhor.

Obs.: Você pode fazer download de todo o material da campanha (cartaz, folder, objetivos, texto-base, oração, etc)  no seguinte endereço:


 

14/11/2012

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

A palavra que ouvimos neste domingo nos faz pensar na transitoriedade da vida e no julgamento de Deus. Não temos aqui habitação permanente. Peregrinamos em busca de uma morada definitiva e estável. Por isso, a pessoa que crê sente a urgência de viver intensamente a vida e de trabalhar para que se estabeleça, aqui e agora, os novos céus e a nova terra. A atitude básica é vigiar: viver como se cada dia fosse o dia do julgamento de Deus. A nova páscoa inaugura para os cristãos uma noite de vigília, até que amanheça o dia sem ocaso, mas já percebendo na escuridão da noite, a claridade de Jesus Cristo.

 I Leitura: Daniel 12,1-3 

Duzentos anos antes de Cristo, o rei queria acabar com os costumes e com a religião dos judeus, impondo sobre o povo de Israel os costumes gregos. Muitos morreram por isso. E havia uma pergunta angustiante entre eles: será que depois da morte bons e maus vão para o mesmo lugar? O livro de Daniel que ouvimos responde a esta pergunta.

II Leitura: Hebreus 10,11-14.18

Continuamos a meditar sobre a missão de Jesus, seguindo as comparações com o sacerdócio judaico, feitas pelo autor da Carta aos Hebreus. O que são Paulo diz sobre a Lei, o autor repete sobre a liturgia judaica. Esta faz reviver a experiência do pecado, mas não consegue libertar dele. O sacrifício de Cristo, a existência inteira de Jesus, todo o movimento de sua consciência é o verdadeiro ato sacerdotal, o grande e perene ato de oferta. Ele tira o pecado, restabelece a ligação com Deus mediante a sua própria pessoa e experiência viva. Funda a nova aliança, o povo novo que pode ter acesso a Deus. E o caminho para esse acesso é o compromisso de fé com Cristo, compromisso que nenhuma liturgia pode substituir.

 Evangelho: Marcos 13,24-32

Com a ajuda de imagens que sugerem, ao mesmo tempo, catástrofe e nova criação, Marcos coloca na boca de Jesus ensinamentos importantes. A «abominação da desolação» indica a profanação do Templo pelos romanos. O tempo de crise é terrível: os discípulos devem estar atentos para não desanimar e não se deixar enganar por pessoas que apresentam falsos projetos de salvação. A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14). Somente agora Jesus responde à pergunta dos discípulos (v. 4). Mas, em vez de dizer «quando» ou «como» acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.

Reflexão

1. Estamos empenhados em fazer parte do Povo de Deus?

2. Vivemos de fato unidos à única oferenda de Cristo?

3. Como nos preparamos para o fim?

 Dinâmica

Entrar com um cartaz onde está escrito: "Ficai atentos e vigiai!" (Mt 24, 42)

 

06/11/2012

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

Estamos chegando ao finalzinho do tempo comum e, com a reflexão que a Liturgia da Palavra de hoje nos propõe, podemos reavaliar nossa atividade eclesial durante todo este ano litúrgico. Como a intervenção de Jesus Cristo, que nos apresenta a imagem da viúva que soube doar de sua pobreza, pode nos ajudar a nos tornar mais responsáveis e comprometidos com as necessidades dos irmãos e irmãs? Precisamos saber doar do pouco que temos. Esta reunião comunitária de Escuta e Partilha é o momento em que podemos juntos reconhecer os sinais de amor que nos colocam em comunhão.

 

1ª Leitura - 1Rs 17,10-16

O Senhor se manifesta no meio dos pobres e necessitados, dando a vida através do gesto capaz de repartir o pouco que se tem. Deus não deixa faltar nada para aqueles que estão dispostos a repartir. O episódio lembra de perto Mc 6,30-44.

 

2ª Leitura - Hb 9, 24-28

O que o sacerdócio, o culto e os ritos buscavam sem obter, torna-se realidade na morte e ressurreição de Cristo: o pecado é perdoado, abre-se o acesso a Deus e a reconciliação se realiza. O acontecimento pascal é vivo, eficaz e eterno. Jesus se ofereceu e agora está continuamente junto a Deus, intercedendo em favor dos homens. Ele voltará, não para um novo sacrifício, mas para dar aos fiéis a plenitude da salvação.

 

Evangelho - Mc 12, 38-44

Jesus critica os intelectuais da classe dominante, que transformam o saber em poder, aproveitando-se da própria situação para viverem ricamente à custa das camadas mais pobres do povo. Disfarçando tal exploração com orações, isto é, com motivo religioso, tornam-se ainda mais culpados. Enquanto os doutores da Lei "exploram as viúvas e roubam suas casas", uma viúva pobre deposita no Tesouro do Templo "tudo o que possuía para viver". É o único fato positivo que Jesus vê em Jerusalém. Por isso proclama solenemente esse gesto ("eu garanto a vocês"), em contraposição à solenidade ostensiva dos ricos. Mostra, assim, o significado dessa oferta: as relações econômicas que devem vigorar numa sociedade que crê em Deus são as relações de doação total, que deixam as próprias seguranças, e não as relações baseadas no supérfluo.

 Reflexão

1. Cremos que as promessas de Deus se cumprem em nós?

2. Na Eucaristia se realiza o perfeito sacrifício de Cristo.

3. Vivemos a simplicidade e a autenticidade do coração?


Dinâmica
Entrar com uma cruz com a imagem do crucificado e um cartaz onde está escrito: "Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo..." (Fl 2, 7)

 

 

30/10/2012

31º DOMINGO DO TEMPO COMUM – TODOS OS SANTOS

 
Introdução:

Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão como dizemos, no céu. Mas olhamos para cada um de nós que deve constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: Sede santos pois Eu sou santo (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo de extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário. Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça para sermos santos. Mas os desafios são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Mas temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade....

 I Leitura: Ap 7,2-4-9.14 – João viu o número...

A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença a Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios. Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.

 II Leitura: 1Jo 3, 1-3 – Filhos do Santo.

Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...

Evangelho: Mt 5, 1-12a -Bem-aventurados...

Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.

Reflexão.

1. Estamos buscando a santidade, apesar dos desafios?

2. Como estamos vivendo o nosso Batismo?

3. As Bem-aventuranças são sonho ou realidade?

 Dinâmica:

Entrar com imagens de vários santos de ontem e de hoje, na procissão de entrada.

FINADOS: COMEMORAÇÃO DE TODOS OS FIÉIS DEFUNTOS

Introdução: A morte permanece para a humanidade como um mistério profundo. Mistério também cercado de respeito pelos que não crêem.  Para o cristão não é um fim do caminho, mas o começo. Este dia, marcado pelas orações, coloca diante de nós símbolos muito expressivos: a vela acesa recorda a ressurreição; as flores, todo o sentido da vida... Podemos fazer alguma coisa pelos mortos? A oração pelos defuntos é uma tradição da Igreja. De fato, subsiste no homem, também quando morre em estado de graça, muita imperfeição, muita coisa a ser mudada, purificada do antigo egoísmo! Tudo isso acontece na morte. Morrer significa morrer também ao mal. É o batismo de morte com Cristo, no qual encontra acabamento o batismo de água.  Esta morte vista pelo outro lado - assim crê a Igreja – pode ser uma purificação, a definitiva e total volta à luz de Deus. Quanto tempo durará? Isto está fora do nosso tempo. Não podemos determinar tempo nem lugar. Mas, partindo do nosso ponto de vista humano, há um tempo, durante o qual consideramos alguém como "morto" e o ajudamos com nossa oração. De quantos meses ou anos se trata, ninguém pode dizê-lo. O importante é crer na vida. E vida de ressuscitados.

Primeira Leitura: Jó 19, 1.23-27a – Ele está vivo!

Jó, embora mergulhado na dor, proclama sua esperança em Deus. Deus está ao seu lado e tem certeza, que na vida e na morte será seu defensor e vingador. A tradição vê  neste texto um ato de fé de Jó na ressurreição. Saber que o nosso Redentor está vivo deve nos impulsionar a viver buscando sempre a vida e ter a certeza que viveremos com Ele.  

Segunda Leitura: Rm 5, 5-11- Povo de ressuscitados...

A grande demonstração do amor de Deus é de ter dado a sua vida por nós quando ainda éramos pecadores. Devido a isso temos a esperança de que seremos salvos, pois já fomos reconciliados. A morte-ressurreição de Jesus é esta garantia: devemos caminhar em meio aos desafios, cheios de fé e esperança. Ele ressuscitou, nós vamos ressuscitar com Ele.

 Evangelho: Jo 6, 37-40 – Ver e crer para ter vida.

Jesus é o que veio de Deus para dar a vida definitiva aos homens. Ele vai nos ressuscitar no último dia. A ressurreição é o centro de nossa fé. Paulo insiste que se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa fé. Mas não bastam teorias (só ver), é preciso crer (atitudes dinâmicas).

Reflexão.

1. Apesar dos desafios, mantemos viva a nossa fé na ressurreição?

2. Somos uma Comunidade viva, alegre, festiva?

3. Em que ou em quem depositamos nossa fé?

 Dinâmica:

Um jovem caracterizado de Cristo ressuscitado distribui um papel onde está escrito: “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim terá a vida eterna.” (Jo 11, 25-26)

 

 

25/10/2012

30º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

A cada Domingo nos reunimos para celebrar a Eucaristia. Todos somos chamados a participar da Ceia do Senhor. Mas opção de toda a Comunidade deve ser para aqueles por quem o próprio Jesus fez opção: os cegos, os aleijados e indefesos, porque Deus os tem como filhos primogênitos, os organiza, os reúne e os reconduz à vida. Celebrar a Eucaristia é  pois optar por aqueles que estão à margem, os excluídos. Esta é também a opção da Igreja. Este é o momento de professar a fé, abrir os olhos, romper com a sociedade que marginaliza, para seguir Jesus, construindo assim uma sociedade justa e fraterna. Este caminho não é fácil. Muitas vezes somos tentados a pedir um primeiro lugar no poder, pensando no projeto do reino como um projeto político apenas. Mas o reino não tem limites. Será preciso curar nossa cegueira para sermos seguidores.

I Leitura: Jr 31, 7-9 – Javé o Pai dos pobres, do povo sofredor...

Jeremias explode de alegria e felicidade quando fala da volta dos exilados.  O próprio Deus se encarrega de reunir e organizar o povo sofrido, trazendo-o de volta à sua pátria. Quem ele reúne, organiza e reconduz? Aqueles que estão na miséria, sofredores e fracos, marginalizados e indefesos, porque estes é que são o povo de Deus, os que ele privilegia e liberta. No meio de toda a multidão que retoma, esses são os únicos lembrados. Eles sintetizam os sofredores e marginalizados do povo (cegos e aleijados), os indefesos e que precisam de amparo. Mas há esperança de vida (mulheres grávidas e que amamentam)

 II Leitura: Hb 5, 1-6 – Sumo e eterno servidor.

Jesus é o sacerdote solidário para com a humanidade. Assumiu nossa natureza humana,  em tudo – menos no pecado, e nos deu condições para que possamos nos apresentar diante de Deus cheios de graça. Ele é o sacerdote por excelência. Sua linhagem de origem desconhecida supera todas as linhagens sacerdotais. Jesus é o único mediador entre Deus e a humanidade, pois sua morte é o sacrifício que apaga nossos pecados e nos aproxima, de modo extraordinário e único, de Deus.

 Evangelho: Mc 10, 46- 52 – Olhos abertos.

O milagre proposto pelo evangelho de hoje, realizado próximo à paixão e colocado junto à incompreensão dos apóstolos, nos ajuda a entender quem está apto para seguir Jesus. Só na fé é possível ver claramente e seguir a Jesus no caminho que leva a salvar a vida, perdendo-a. Os gestos do cego são lições para quem deseja ser seguidor: gritar (profissão de fé); jogar o manto (ruptura com o passado – roupa nova); dar um pulo (sair da condição de comodismo); seguir Jesus (assumir o caminho até à cruz).

 Reflexão.

1. O que temos feito para devolver a vida aos que dela foram privados?

2. Como assumimos nosso sacerdócio comum, recebido no batismo?

3. Temos nossos olhos abertos para enxergar a realidade e nos comprometer?

 Dinâmica:

Na hora da Profissão de Fé, trazer o Círio Pascal e todos acendam velas nele e fazer a renovação das Promessas Batismais, como na Vigília Pascal. Lembrar o Ano da Fé (perguntas e respostas).

 

17/10/2012

29º DOMINGO DO TEMPO COMUM


 
Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender como deve ser a postura do cristão no dia-a-dia: ser um servo. Entender que a marca registrada do cristão é estar a serviço, muda a maneira de ser da humanidade. Nossas relações seriam diferentes se entendêssemos a necessidade de um estar a serviço do outro. Isto vale tanto para o relacionamento dentro da família como no relacionamento na sociedade. Não tem razão de ser manipular, marginalizar e oprimir as pessoas. Devemos estar a serviço uns dos outros, construindo uma sociedade de servidores. Mas para entender isto é preciso uma mudança radical no nosso modo de entender a proposta de Deus. O exemplo de Jesus nos aponta como exercer nossos ministérios, nossos cargos, nossas lideranças. Fomos chamados a servir e não ser servidos. Há necessidade de conversão de nossa parte se quisermos que o Reino aconteça.

I Leitura: Is 53, 10-11 – Quem pode mais serve mais...

Esta primeira leitura faz parte do 4º Cântico do Servo de Javé. Este personagem, a princípio tomado como uma pessoa foi aplicado a todo o povo pobre e fiel, que no seu sofrimento mereceu ser redimido. É do sofrimento, do ser servo que brota uma condição nova para todos: parece que a humanidade precisa primeiro saciar a sua sede de sangue, para depois entender a necessidade de viver a paz. Parece que precisamos de vítimas da injustiça social para depois se implantar a justiça. Mas uma certeza prevalece. Do sofrimento brota a esperança de se criar uma condição nova para a humanidade. Da morte brota a vida!

II Leitura: Hb 4, 14-16 – Sumo e eterno servidor.

Jesus é o sacerdote solidário para com a humanidade. Assumiu nossa natureza humana, em tudo – menos no pecado, e nos deu condições para que possamos nos apresentar diante de Deus cheios de graça. Mas para isso tornou-se um igual a nós. No seu aniquilamento, tornou-se o servo da humanidade inteira, assumindo a cruz como lugar de resgate de todos.  Tornou-se último, servo de todos.

 Evangelho: Mc 10, 35-45 – Servindo dando a vida.

Jesus anuncia que vai assumir sua caminhada até a cruz. Os discípulos pensam que será o momento em que vai se proclamar rei e vencedor político. Querem um cargo. Querem poder. Jesus corta a maneira humana deles pensarem pela raiz. O jeito é outro. A maneira é outra. “Mas entre vós não deve ser assim: quem quiser ser grande seja o vosso servo, quem quiser ser o primeiro, seja escravo de todos”. Uma séria lição para aqueles que estão no poder político, religioso e social! Jesus mostra que na nova sociedade os valores não são a riqueza e o poder, mas o serviço sem pretensões e interesses.

 Reflexão.

1. Como lutamos contra a opressão, a escravidão e a ganância?

2. Também estamos sendo servos-solidários?

3. Acreditamos nessa maneira nova de se viver em Comunidade e na Sociedade?

 Dinâmica:

·       Durante a leitura do Evangelho trazer uma cruz grande e depois da homilia fazer diante dela a profissão de fé (Lembrar o Ano da Fé).


·       Lembrar a coleta do Mês Missionário

 

 

 

09/10/2012

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais o verdadeiro significado da mensagem do Reino, anunciado por Jesus, em relação aos bens materiais. Na nossa cultura do TER as propostas de Jesus parecem até desumanas. A radicalidade que ele exige nos assusta! Os bens, a riqueza, o dinheiro não são maus em si.  Tornam-se maus quando são absolutizados e colocados no lugar de Deus. Os bens, a riqueza, o dinheiro devem estar a serviço do homem e não o homem a serviço dos bens... Sabemos quanta injustiça e iniqüidade se comete quando, na ganância, se procura acumular e conquistar riquezas. A pobreza não significa “não ter nada”, mas comprometer-se com os pobres, especialmente com os excluídos e marginalizados, a quem nossa sociedade não dá condições de se organizar, defender-se e libertar-se. Os princípios do bem comum, da solidariedade, da partilha e da justiça social, iluminados pelas propostas do Reino irão construir um novo modo de organizar nossa sociedade e criar condições de vida e dignidade para todos. A Palavra de Deus é exigente e deve provocar em nós conversão.

 I Leitura: Sb 7, 7-11 – A maior riqueza é a pobreza.

Nossa sociedade hoje endeusa o poder, a riqueza, a beleza exterior, criando até a ditadura das medidas físicas ideais... Tudo isso gera dependência, tornando as pessoas gananciosas e opressoras. O texto nos ajudar a buscar a Sabedoria e por meio dela perceber que poder, riqueza e beleza devem estar a serviço e não nos escravizar. Tudo passa, menos a Sabedoria.

 

II Leitura: Hb 4, 12-13 - A força da Palavra.


O texto pretende motivar os que estão desanimados por causa das perseguições e dificuldades surgidas em vista do testemunho e da construção da sociedade justa e fraterna. A Palavra de Deus, o próprio Jesus, promessa de vitória, está junto dos que lutam pelo mundo novo. Ele e sua Palavra têm força para demolir, desnudar, desarmar e destruir as sementes de injustiça que tornam nossa sociedade cada dia mais opressora.


Evangelho: Mc 10, 17-30 – O tesouro maior.

Um drama em três atos. No primeiro ato (vrs 17-22), um novo discípulo deixa de seguir a Jesus, pois tem nas riquezas seu bem maior. Não é capaz de dar o salto necessário do desapego e assumir o seguimento. No segundo ato (vrs 23-27) o exagero da metáfora do camelo e do buraco da agulha, dá a verdadeira dimensão da necessária conversão em relação aos bens deste mundo. No terceiro ato (vrs 28-30) se descreve a possibilidade de se criar uma condição nova onde tudo é de todos (cem vezes mais) e a participação no Reino definitivo, que é a maior riqueza que devemos almejar.

 Reflexão.

1. Como estamos defendendo os valores do Reino?

2. Como está nossa solidariedade e nossa partilha?

3. Estamos nos amoldando ao projeto e seguimento de Jesus?

 Dinâmica:

Apresentar nossas Pastorais Sociais e onde não existir fazer o apelo para se organizarem.

 

 

03/10/2012

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais o verdadeiro significado do amor entre marido e mulher, a delicada questão da fidelidade conjugal, hoje colocada na berlinda, e, sobretudo o significado do casamento ser sinal (sacramento) do amor de Deus (aliança de Deus para com a humanidade) e do amor de Cristo para com a sua Igreja (“Este sinal é grande, e o digo em relação a Cristo e sua Igreja...” – Ef 5, 32). Ser uma só carne é a proposta de Deus. Esta unidade faz com que o matrimônio cristão tenha características próprias: amor-doação, fidelidade e vínculo indissolúvel. Viver o sentido pleno do matrimônio, nos dias de hoje, requer uma busca constante desses valores, pois a sociedade aponta para outros caminhos: amor-egoísta, adultério e união superficial e passageira – “eterno enquanto dure”. O resgate dos valores matrimoniais deve ser um empenho de todos, sobretudo das famílias cristãs, para que o casamento seja de verdade sinal de amor, fidelidade e indissolubilidade.

 I Leitura: Gn 2, 18-24 – Uma só carne...

A poesia do texto nos ajuda a compreender o que Deus quer da humanidade: não pode ser solitária, egoísta... Sem o outro somos incompletos e inacabados. A primeira parte (vrs 18-20) mostra o desejo de Deus: “Não é bom que o homem esteja só.” A segunda parte (vrs 21-23) mostra como homem e mulher se completam: estar ao lado, caminha juntos, ser companheiros... A terceira parte (vr 24) mostra a força do amor.

 II Leitura: Hb 2, 9-11 – Solidariedade.

Encarnando-se Jesus torna-se solidário irmão solidário da humanidade e assume todos os problemas dela, chegando a entregar-se à morte para introduzir os homens no reino da vida. O texto nos ajuda a perceber como Deus ama. Assim deve ser o amor entre aqueles que assumem o casamento: total entrega, não querendo para si, mas buscando o bem do outro.

 Evangelho: Mc 10, 2-16 – O que Deus uniu... O que Deus incluiu...

O texto tem dois tempos. O primeiro (vrs 2-11) Jesus faz a defesa do matrimônio. Retoma o que aconteceu no início da criação para defender valores diante de uma sociedade permissiva e discriminadora. Aos poucos vão se introduzindo costumes que ameaçam as famílias. É preciso voltar ao que Deus propõe. O segundo tempo (vrs 13-16), Jesus faz a defesa dos pobres e se enche de ira, a ira de Javé – tão presente no Antigo Testamento – ao ver que os pobres, seus preferidos, aos quais pertence o Reino, são excluídos de sua presença, e isso por aqueles que se dizem cristãos! Jesus garante que o Reino é dos pobres (crianças), porque a graça de Deus foi destinada a eles.

 Reflexão.

1. Como estamos defendendo os valores do matrimônio?

2. Como está nossa solidariedade e nossa partilha?

3. Estamos nos amoldando ao projeto e seguimento de Jesus?

 Dinâmica:

Entrar com alianças – Renovar as promessas do matrimônio – Benção das alianças.
 

 

25/09/2012

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais a liberdade que Deus tem ao distribuir os seus dons. Pensamos muitas vezes ser os donos da verdade, monopolizando a religião, enquanto, muitas vezes outros fazem mais bem dos que muitos cristãos. O que acontece são as rivalidades, os ciúmes, a ganância, a busca do poder. “Quem dera que todo o povo de Deus fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse seu espírito!” Despertar em nosso tempo o espírito profético, recebido no dia do nosso batismo e levar em frente a proposta do Reino e sendo capazes de escutar a todos e perceber a voz de Deus que age no mundo estando abertos e atentos. É preciso reconhecer que a Palavra de Deus está em toda a parte pela livre iniciativa de Deus.

 I Leitura: Nm 11, 25-29 –  Se calarem a voz dos profetas

O texto de Nm nos ajuda a entender que os dons que Deus distribui ao povo não podem ser monopólio de uma instituição. Ser profeta não pode ser algo como um título ou um diploma, mas como um serviço que se presta a comunidade e à sociedade. Recebemos esta função no dia de nosso batismo e devemos fazer com que ela seja colocada em prática. Na Comunidade não existem privilegiados que receberam dons e outros que não receberam! E entender também que fora da Comunidade muita gente está fazendo o bem sem pertencer a ela. Nada de rivalidade e ciúme...

II Leitura: Tg 5, 1-6 – Riqueza podre.

Tiago adverte a Comunidade sobre os perigos do acúmulo de riqueza sem que esta seja colocada como um bem comum. É preciso fazer com que ela seja utilizada para atender, sobretudo às necessidades dos indigentes. Se a vinda do Senhor está próxima não há razão de ser em acumular bens. Esta deve ser uma lição para a nossa sociedade de hoje, do acúmulo de bens, dos ricos cada vez mais ricos, de uma elite que quer só para si. Nossa sociedade seria diferente se houvesse partilha, solidariedade, acolhida...

 Evangelho: Mc 9, 38-43.45.47-48 – Podar o próprio corpo

Caminhar com Jesus exige de nós uma transformação radical. A maneira de pensar de Jesus é diferente da maneira de pensar dos discípulos. É preciso ser tolerante para os que estão à margem da comunidade (“Quem não é contra nós é a nosso favor”); É preciso viver na caridade e defender os pequenos do mal (“... escandalizar um desses pequeninos...”) e livrar-se de tudo (“se tua mão (...) se teu pé (...) se teu olho (....) te levar a pecar (....) a escandalizar (...) corta-os” ). Ele não só cortou, mas deu a própria vida....

Reflexão.

1. Como exercemos nosso ministério profético?

2. Como está nossa solidariedade e nossa partilha?

3. Estamos nos amoldando ao projeto e seguimento de Jesus?

 Dinâmica:

Entrar com uma bela Bíblia e colocá-la em destaque entre flores e velas (encerrando o mês da Bíblia)


 

19/09/2012

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais o projeto de Deus a respeito da humanidade. O que Deus quer é a justiça e o direito. No entanto, os que se colocam ao lado da justiça e do direito são perseguidos a ponto de serem mortos. O que Deus quer é toda a comunidade seja exemplo de fraternidade e de partilha. Mas o que acontece são as rivalidades, os ciúmes, a ganância, a busca do poder. O que Deus quer é o serviço desprendido para com os outros, sem procurar recompensas. Mas o que acontece é a busca insaciável do poder, do prazer e do ter. A proposta de Deus para que o seu projeto se realize é totalmente diferente dos projetos humanos. Os caminhos de Deus são diferentes. Nós propomos guerras. Deus propõe a paz. Nós propomos poder. Deus propõe ser servo, ser como crianças. Há necessidade de conversão de nossa parte se quisermos que o Reino aconteça.

I Leitura: Sb 2, 12.17-20 – A “sorte” do justo.

O texto do Livro da Sabedoria é o discurso do injusto. O justo o incomoda. Ser bom, no mundo de hoje, incomoda. Viver a justiça e o direito incomoda. Quantos, ainda hoje são mortos porque querem fazer valer o direito e a justiça. O crime organizado, para fazer calar a voz dos que denunciam suas ações corruptas, manda matar. Quantos já tombaram porque quiseram ser justos! Para o cristão a confiança e a esperança de que tudo isso seja superado está em Deus. Agir de modo que o projeto de Deus aconteça. Justiça e paz se abraçarão e um mundo novo acontecerá. Esta é a nossa esperança.

 II Leitura: Tg 3, 16-4,3 – Comunidade doente.

Tiago adverte a Comunidade sobre os perigos da inveja e da rivalidade no meio da comunidade. Será preciso superar estes males com frutos de paz e bondade. O Autor descreve a "sabedoria que vem do alto" com sete qualidades: pura, pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade, sem fingimento. Cada comunidade deve fazer uma revisão séria de sua vida para ver se não estão “matando” as pessoas, se não há divisão e inveja... Nossas Comunidades são espelho de nossa Igreja. Quem vê uma Comunidade doente fica sem estímulo para freqüentar a vida cristã. Quem vê uma comunidade sadia passa a se interessar para participar da vida daquela Comunidade.

 Evangelho: Mc 9, 30-37 – “Lavadores de pés”

Jesus anuncia que vai assumir sua caminhada até a cruz. Os discípulos pensam que será o momento em que vai se proclamar rei e vencedor político. Querem um cargo. Querem poder. Jesus corta a maneira humana de eles pensarem pela raiz. O jeito é outro. A maneira é outra. “Quem quiser ser o maior, seja o menor, quem quiser ser o primeiro seja o último”. Quanta diferença da maneira de pensar e de agir daqueles que estão no poder político, religioso e social! Jesus mostra que na nova sociedade os valores não são a riqueza e o poder, mas o serviço sem pretensões e interesses. .

 Reflexão.

1. Lutamos para fazer valer o Direito e a Justiça?

2. Como está nossa Comunidade?

3. Acreditamos nessa maneira nova de se viver em Comunidade e na Sociedade?

 Dinâmica:

Durante a leitura do Evangelho trazer uma criança para que fique diante da Comunidade. Trazer crianças para que fiquem ao redor do altar, até a Comunhão.