26/04/2012

4º DOMINGO DE PÁSCOA

Introdução:

Este Domingo é o Domingo do Bom Pastor. Dia de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas.  Olhando para Jesus, O Bom Pastor, queremos pedir mais pastores para o nosso rebanho. Não só pastores instituídos (padres, religiosos ou religiosas), mas também pastores que assumam com generosidade nossas pastorais. Este nome tão repetido e assumido em nossa Diocese, mas que muitas vezes ainda não motivou nossas Comunidades a assumir o modelo de Igreja proposto para a nossa caminhada diocesana. A Celebração de hoje deve nos ajudar a rezar ao Bom Pastor, mas também a nos comprometer com o rebanho!



 I Leitura: At 4, 8-12 – Só Jesus salva!

 Este trecho apresenta a réplica de Pedro diante do sinédrio por causa da cura do aleijado, cura que ele operou em nome de Jesus; diz-se aqui que Jesus não só está vivo, mas que é o único salvador. Esta verdade é confirmada por uma passagem profética, para acentuar o fato de que em Cristo se realiza o plano salvífico de Deus. O profeta Isaías havia falado de uma pedra sobre a qual se apoiarão todas as coisas; quando se desenvolveu a teologia de um Messias sofredor, compreendeu-se que essa pedra haveria de ser uma pedra desprezada e rejeitada. Assim, é por meio da sua paixão que Jesus se toma pedra angular.



II Leitura: 1Jo 3, 1-2 -  Filhos e filhas = irmãos e irmãs

João considera aqui o cristão em sua realidade concreta de individuo, que está em comunhão com o Pai e o Filho e indica o motivo disso no fato de que ele é agora realmente filho de Deus  e objeto do amor do Pai. Essa nossa realidade que não pode ser compreendida pelos que não conhecem a Deus abre para a esperança da revelação total daquilo que somos.



Evangelho: Jo 10,11-18 – Pastor X Mercenário.

Este trecho continua o discurso sobre Jesus, bom pastor, insistindo particularmente sobre porque é bom: dá livremente a sua vida para cumprir a ordem do Pai, que quer a salvação; procura reunir todos os filhos de Deus dispersos, vencendo a barreira do nacionalismo; mantém-se em relação de conhecimento com os seus discípulos (na imagem parabólica, com suas ovelhas). O conhecimento, dado característico do trecho, não é simples ato intelectual, mas é experiência e presença e, por isso, tem sua expressão no amor.



Reflexão.

1. Como estamos vivendo o nosso Batismo? Nosso rebanho está aumentando?

2. Como estão nossas pastorais? Temos preocupação com as pastorais sociais?



Dinâmica:

Apresentar as atividades de nossa Comunidade. Interrogar-se sobre as atividades que ainda não existem.



a) Substituir o Rito penitencial pelo Rito da Benção e aspersão da água (fazer sempre durante o tempo pascal)

b) Enquanto se canta o Glória – entrar com o Círio Pascal aceso.




17/04/2012

TERCEIRO DOMINGO DA PÁSCOA.

Introdução.
A centralidade de nossa fé é que Jesus foi crucificado, mas Deus o ressuscitou. Aqueles que O viram e ouviram depois de ressuscitar, colheram estas experiências e as transmitiram para nós.  Neste tempo de Páscoa esta verdade está sempre sendo proposta para nós. Para guardamos na mente e no coração. “Vós sereis testemunhas de tudo isso”. (Lc 24, 48). Devemos nos empenhar, para que, junto com o Ressuscitado, façamos crescer em todo o mundo a nova vida pascal. A ressurreição é tempo de esperança e de empenho para que esta verdade seja conhecida por todos. É o insistente pedido da Igreja para nós, agora: discípulos/missionários. Não podemos cruzar os braços.

Primeira Leitura – At 3, 13-15.17-19
A coragem de Pedro em enfrentar aqueles que condenaram Jesus, mostra muito bem que apesar de tudo o que aconteceu (entrega, rejeição, troca por Barrabás, morte), Deus ressuscitou Jesus. Depois desta bela catequese sobre Jesus, depois da denúncia do mal, depois do desnudamento do pecado do povo, Pedro anuncia a possibilidade de perdão e vida: “Arrependam-se e convertam-se”. Também a nós é proposta a atitude de conversão. 

Segunda Leitura – Jo 2, 1-5a
Conhecer a Deus é guardar os seus mandamentos. Não pode ser apenas algo na teoria, no mundo das idéias, mas na prática. O autor anda preocupado com aqueles que difundem no seio da comunidade um modo de pensar errado, uma salvação através do conhecimento de Deus desvinculado da vida prática através do amor, da boa convivência, da luta pela transformação do mundo.

Evangelho – Lc 24, 35-48
O Ressuscitado se manifesta de novo aos seus seguidores. Recordamos os dois de Emaus, Tomé, o grupo todo... O susto, o medo, o fantasma se desfazem quando Ele mostra que está vivo mesmo: tocar nEle, comer. Diante desta realidade será preciso tomar uma atitude. A partir de agora será preciso anunciar ao mundo que Ele está vivo. E essa verdade chega até nós por meio daqueles que O viram e ouviram. Hoje somos nós os encarregados de levar esta noticia a todos.

Reflexão
1.      Jesus é para nós apenas um personagem da história ou uma Pessoa viva?
2.      Como estamos vivendo nossa prática religiosa? Cumprindo os mandamentos ou só teorizando?
3.      Estamos assumindo o ser discípulo/missionário?

Dinâmica
a) Substituir o Rito penitencial pelo Rito da Benção e aspersão da água (fazer sempre durante o tempo pascal)
b) Enquanto se canta o Glória – entrar com o Círio Pascal aceso.


Mons. Antonio Romulo Zagotto

arz@dci.org.br  


LEIS PARA SEREM DESOBEDECIDAS.

Em plena Semana da Páscoa a estupidez toma conta de nossos Ministros do Supremo Tribunal. Arvoram-se em votar sobre a descriminalização dos fetos anencefálicos. Dois apenas votaram contra. Os outros, usando argumentos falaciosos se colocaram acima de Deus e deram licença para que a mãe pudesse optar pelo aborto. Mas são muito limitados! Basta uma reflexão simples, que qualquer menino do primário seria capaz de fazer: a criança nasce com vida? Vai durar vivo dois segundos depois do parto? Vai durar alguns minutos, alguns dias, algumas semanas? Se nascer vivo é porque tem vida! E se tem vida é um ser vivo! E se é um ser vivo não se pode matar! HÁ UMA LEI NATURAL – O QUINTO MANDAMENTO – QUE DIZ QUE NÃO SE PODE MATAR! Se se mata um ser vivo é crime. E se é crime está sujeito à punição. No fim disseram que a decisão é da mãe. Mas uma mãe cristã não vai poder tomar uma posição contra a vida e assumir o aborto. Ela não é dona da vida que está gerando. Dono da vida é Deus. Matar é crime! Como é crime os outros abortos descriminalizados por lei humana, mas não por lei natural: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez e quando a gravidez é resultante de um estupro. Nossa preocupação é o passo que se dá para a legalização plena do aborto. Como foi no caso do divórcio: no começo só para alguns casos especiais. Depois se escancarou a porta aos poucos e hoje se faz uma separação legal por qualquer motivo e num estalar de dedos... Lí estarrecido, outro dia: nos Estados Unidos, de 91% a 93% das crianças diagnosticadas com Síndrome de Down são abortadas!! Como disse D. Luiz na sua fala de quarta-feira, na TV Gazeta, pela manhã: é a volta do nazismo que quer uma raça pura. Só os perfeitos terão direito à vida. Quem não serve será descartado. Essas leis emanadas dos Senhores Ministros foram feitas para serem desobedecidas. Como disse Pedro e João no texto da primeira leitura de hoje: “Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! Quanto a nós, não nos podemos calar sobre o que vimos e ouvimos”.  (At 4, 19-20).

CI140412
MOns. Antonio Romulo Zagotto
arz@dci.org.br  

11/04/2012

2º DOMINGO DE PÁSCOA.

Introdução:

Tempo Pascal. Tempo do confronto entre morte e vida. A vida sai vitoriosa! Mesmo diante dos desafios não podemos desanimar. A vida continua. Jesus ressuscitou e nós ressuscitamos com Ele! Nossas esperanças são redobradas e nossas expectativas, mesmo diante das crises, são de superação. A vida em Comunidade, como a dos primeiros cristãos é um sonho! Quem dera pudéssemos retratar hoje este jeito de se viver. Jesus nos ensina como viver este modelo de vida: uma comunidade cheia de paz, cheia do Espírito, cheia de graça!



 I Leitura: At 4,32-35 - Comunidade: que saudade, que esperança!

 Lucas descreve as primeiras Comunidades! Seria a realidade? Seria um sonho?  O primeiro resumo de Atos (At 2,42-47) descreve a Comunidade em seus diversos aspectos, mas insiste especialmente na piedade. Este segundo texto, apresentado hoje, desenvolve o tema da partilha, da comunhão dos bens. A verdadeira comunhão só é possível se tudo for colocado em comum: o que se exige do cristão não é viver na miséria, mas a disponibilidade de ajudar os mais necessitados.



II Leitura: 1Jo 5, 1-6 - Fé para enfrentar os desafios!

A verdadeira comunhão é feita com Deus e com os irmãos. Só se pode medir a comunhão para com Deus através da nossa comunhão com o próximo. Mas de onde nasce a comunhão para com Deus e para com o próximo?: nasce da fé que nos torna filhos e filhas  de Deus, que tem como objeto o próprio Jesus, Messias e Filho de Deus, e que nos leva a observar os seus mandamentos, que segundo João se resume na caridade



Evangelho: Jo 20, 19-31 - O Ressuscitado na Comunidade.

É Domingo! Jesus ressuscitado aparece, de modo extraordinário, no meio dos discípulos. A primeira mensagem é de paz! No Natal, os anjos desejaram a paz a todos os de boa vontade. Aqui é o próprio ressuscitado que nos dá a paz. Cheios do Espírito, a Comunidade será capaz de superar os desafios, os pecados. Somos enviados para continuar a missão Dele: onde não haja mais pecado, mais intervenção do mal, da morte, mas a vitória da vida. Tempo novo e história nova.



Reflexão.

1. Nossa Comunidade vive na prática o que viviam os primeiros cristãos?

2. Qual a prática da caridade entre nós? Que gestos concretos assumimos?

3. Estamos continuando a missão de Jesus?



Dinâmica:

Depois da homilia fazer o abraço da paz.