25/09/2012

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais a liberdade que Deus tem ao distribuir os seus dons. Pensamos muitas vezes ser os donos da verdade, monopolizando a religião, enquanto, muitas vezes outros fazem mais bem dos que muitos cristãos. O que acontece são as rivalidades, os ciúmes, a ganância, a busca do poder. “Quem dera que todo o povo de Deus fosse profeta e que o Senhor lhe concedesse seu espírito!” Despertar em nosso tempo o espírito profético, recebido no dia do nosso batismo e levar em frente a proposta do Reino e sendo capazes de escutar a todos e perceber a voz de Deus que age no mundo estando abertos e atentos. É preciso reconhecer que a Palavra de Deus está em toda a parte pela livre iniciativa de Deus.

 I Leitura: Nm 11, 25-29 –  Se calarem a voz dos profetas

O texto de Nm nos ajuda a entender que os dons que Deus distribui ao povo não podem ser monopólio de uma instituição. Ser profeta não pode ser algo como um título ou um diploma, mas como um serviço que se presta a comunidade e à sociedade. Recebemos esta função no dia de nosso batismo e devemos fazer com que ela seja colocada em prática. Na Comunidade não existem privilegiados que receberam dons e outros que não receberam! E entender também que fora da Comunidade muita gente está fazendo o bem sem pertencer a ela. Nada de rivalidade e ciúme...

II Leitura: Tg 5, 1-6 – Riqueza podre.

Tiago adverte a Comunidade sobre os perigos do acúmulo de riqueza sem que esta seja colocada como um bem comum. É preciso fazer com que ela seja utilizada para atender, sobretudo às necessidades dos indigentes. Se a vinda do Senhor está próxima não há razão de ser em acumular bens. Esta deve ser uma lição para a nossa sociedade de hoje, do acúmulo de bens, dos ricos cada vez mais ricos, de uma elite que quer só para si. Nossa sociedade seria diferente se houvesse partilha, solidariedade, acolhida...

 Evangelho: Mc 9, 38-43.45.47-48 – Podar o próprio corpo

Caminhar com Jesus exige de nós uma transformação radical. A maneira de pensar de Jesus é diferente da maneira de pensar dos discípulos. É preciso ser tolerante para os que estão à margem da comunidade (“Quem não é contra nós é a nosso favor”); É preciso viver na caridade e defender os pequenos do mal (“... escandalizar um desses pequeninos...”) e livrar-se de tudo (“se tua mão (...) se teu pé (...) se teu olho (....) te levar a pecar (....) a escandalizar (...) corta-os” ). Ele não só cortou, mas deu a própria vida....

Reflexão.

1. Como exercemos nosso ministério profético?

2. Como está nossa solidariedade e nossa partilha?

3. Estamos nos amoldando ao projeto e seguimento de Jesus?

 Dinâmica:

Entrar com uma bela Bíblia e colocá-la em destaque entre flores e velas (encerrando o mês da Bíblia)


 

19/09/2012

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Neste Domingo a Palavra de Deus nos ajuda a entender um pouco mais o projeto de Deus a respeito da humanidade. O que Deus quer é a justiça e o direito. No entanto, os que se colocam ao lado da justiça e do direito são perseguidos a ponto de serem mortos. O que Deus quer é toda a comunidade seja exemplo de fraternidade e de partilha. Mas o que acontece são as rivalidades, os ciúmes, a ganância, a busca do poder. O que Deus quer é o serviço desprendido para com os outros, sem procurar recompensas. Mas o que acontece é a busca insaciável do poder, do prazer e do ter. A proposta de Deus para que o seu projeto se realize é totalmente diferente dos projetos humanos. Os caminhos de Deus são diferentes. Nós propomos guerras. Deus propõe a paz. Nós propomos poder. Deus propõe ser servo, ser como crianças. Há necessidade de conversão de nossa parte se quisermos que o Reino aconteça.

I Leitura: Sb 2, 12.17-20 – A “sorte” do justo.

O texto do Livro da Sabedoria é o discurso do injusto. O justo o incomoda. Ser bom, no mundo de hoje, incomoda. Viver a justiça e o direito incomoda. Quantos, ainda hoje são mortos porque querem fazer valer o direito e a justiça. O crime organizado, para fazer calar a voz dos que denunciam suas ações corruptas, manda matar. Quantos já tombaram porque quiseram ser justos! Para o cristão a confiança e a esperança de que tudo isso seja superado está em Deus. Agir de modo que o projeto de Deus aconteça. Justiça e paz se abraçarão e um mundo novo acontecerá. Esta é a nossa esperança.

 II Leitura: Tg 3, 16-4,3 – Comunidade doente.

Tiago adverte a Comunidade sobre os perigos da inveja e da rivalidade no meio da comunidade. Será preciso superar estes males com frutos de paz e bondade. O Autor descreve a "sabedoria que vem do alto" com sete qualidades: pura, pacífica, indulgente, conciliadora, cheia de misericórdia e bons frutos, sem parcialidade, sem fingimento. Cada comunidade deve fazer uma revisão séria de sua vida para ver se não estão “matando” as pessoas, se não há divisão e inveja... Nossas Comunidades são espelho de nossa Igreja. Quem vê uma Comunidade doente fica sem estímulo para freqüentar a vida cristã. Quem vê uma comunidade sadia passa a se interessar para participar da vida daquela Comunidade.

 Evangelho: Mc 9, 30-37 – “Lavadores de pés”

Jesus anuncia que vai assumir sua caminhada até a cruz. Os discípulos pensam que será o momento em que vai se proclamar rei e vencedor político. Querem um cargo. Querem poder. Jesus corta a maneira humana de eles pensarem pela raiz. O jeito é outro. A maneira é outra. “Quem quiser ser o maior, seja o menor, quem quiser ser o primeiro seja o último”. Quanta diferença da maneira de pensar e de agir daqueles que estão no poder político, religioso e social! Jesus mostra que na nova sociedade os valores não são a riqueza e o poder, mas o serviço sem pretensões e interesses. .

 Reflexão.

1. Lutamos para fazer valer o Direito e a Justiça?

2. Como está nossa Comunidade?

3. Acreditamos nessa maneira nova de se viver em Comunidade e na Sociedade?

 Dinâmica:

Durante a leitura do Evangelho trazer uma criança para que fique diante da Comunidade. Trazer crianças para que fiquem ao redor do altar, até a Comunhão.


 

 

 

14/09/2012

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução

Seguir Jesus não é fácil: as propostas dele são claras: renúncia, cruz e seguimento. O caminho que Ele nos propõe é o mesmo que Ele caminhou. Assumir estes valores requer de cada um de nós coragem, desprendimento e confiança. Cada celebração que nos reúne é um apelo a este seguimento e um fortalecimento pessoal e comunitário para assumir este projeto. Muitas vezes nos sentimos desanimados e é preciso reabastecer nossas forças nos sacramentos e no convívio comunitário. Há necessidade de mudança de atitudes para entender este apelo que Jesus nos faz. A cruz não é final, mas nos aponta para a Ressurreição e para a vida. Depois de apontar a Pedro qual o caminho que vai seguir, Jesus mostra que este caminho é também o do discípulo. Ele não oferece facilidades. Renúncia significa deixar de lado nossos projetos; tomar a cruz significa assumir o projeto libertador dele e  segui-lo é enfrentar os desafios que Ele mesmo enfrentou. Ele não nos ilude: quem quiser, sabe que vai assumir algo difícil. Mas Ele não nos deixa sozinhos. Caminha na frente para dar o exemplo.

Primeira Leitura: Is 50, 5-9a

Israel tem nos próprios pecados o único documento para provar por que está separado de Deus. Apesar de tudo, Deus continua fiel e, como no primeiro êxodo, está disposto a lutar contra tudo e contra todos para libertar e reunir o seu povo. Este, porém, parece não confiar em Deus. É o terceiro «cântico do Servo do Senhor». A missão do Servo é, aqui, apresentada como encorajamento aos fracos e abatidos. Para isso, não resiste ao que Deus lhe pede e não recua diante das dificuldades e ataques de adversários. Quem o acusará se o seu advogado é o próprio Deus? Os adversários serão apanhados na mesma armadilha que lhe tinham preparado. Tal foi a atitude de Jesus, e é a característica fundamental de seus seguidores.

Segunda Leitura - Tg 2, 14-18

Tiago insiste em uma fé que se concretiza nas obras, sobretudo no amor ao próximo e na oração. É provável que Tiago reaja a interpretações ou conseqüências abusivas e unilaterais da doutrina de Paulo. Na verdade, Paulo não é contra as obras, pois uma fé autêntica deve produzi-las (cf. Rm 2,6.15-16; Gl 5,6; 1Ts 1,3). Paulo afirma, para quem não tem fé em Jesus Cristo, que a fé é indispensável. Tiago afirma, para quem tem fé que concretizá-las em obras é indispensável. Dizer que tem fé, mas não mostrar as obras é como dizer “Senhor, Senhor”. Não salva ninguém. Nos vv. 15 a 16, Tiago apresenta uma comparação concreta: se você não ajuda seu irmão necessitado suas palavras bonitas não servem para nada. Assim também diz o v. 17: fé sem obras é morta, ou seja, para nada serve. O v. 18 quer dizer que mostrar a fé pelas obras é possível, mas é impossível demonstrar uma fé sem as obras. Numa palavra a fé é inseparável das obras. Fé e obras de caridade são os dois lados de uma única moeda.

 

Evangelho - Mc 8, 27-35

A pergunta de Jesus força os discípulos a fazer uma revisão de tudo o que ele realizou no meio do povo. Esse povo não entendeu quem é Jesus. Os discípulos, porém, que acompanham e vêem tudo o que Jesus tem feito, reconhecem agora, através de Pedro, que Jesus é o Messias. A ação messiânica de Jesus consiste em criar um mundo plenamente humano, onde tudo é de todos e repartido entre todos. Esse messianismo destrói a estrutura de uma sociedade injusta, onde há ricos à custa de pobres e poderosos à custa de fracos. Por isso, essa sociedade vai matar Jesus, antes que ele a destrua. Mas os discípulos imaginam um messias glorioso e triunfante. A morte de cruz era reservada a criminosos e subversivos. Quem quer seguir a Jesus esteja disposto a se tornar marginalizado por uma sociedade injusta (perder a vida) e mais, a sofrer o mesmo destino de Jesus: morrer como subversivo (tomar a cruz).
Reflexão.

1. Apesar das perseguições temos esperança?

2. Nossa fé se traduz em obras?

3. Somos sérios seguidores? Renuncia; tomar a cruz e seguimento...

Dinâmica:

Entrar com uma grande cruz ao se proclamar o evangelho

04/09/2012

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM


 
Introdução:

A cada Eucaristia que celebramos nossa esperança se renova. Vemos diante de nós um mundo onde as diversas mazelas se multiplicam: nosso país, "maior nação católica do mundo", é composto por maioria de deserdados, imenso exército de mutilados pela pobreza, fome, desemprego, doença, miséria… São verdadeiros "pobres do Senhor", sem terra e sem teto, privados de liberdade e vida. Mas diante deste quadro não podemos desanimar. Deus optou por eles. Devemos construir uma história nova e uma sociedade nova. Nossa Eucaristia deve se transformar num compromisso de criar condições de redenção desses que estão à margem da vida, excluídos e esquecidos pelo sistema. Temos que devolver a dignidade e a liberdade aos que foram privados delas. Dar condições para que todos possam ouvir, isto é, tenham participação ativa e para que todos possam falar, isto é, condições de fazer uma análise crítica de tudo quanto nos rodeia. 

 I Leitura: Is 35,4-7a – Vez e voz...

A profecia de Isaías fala da volta dos exilados. O texto se dirige as pessoas privadas de esperança e vida. Isaías chama essas pessoas de desanimadas: são os que foram traídos em suas expectativas, manipulados e roubados em sua dignidade por serem mutilados fisicamente. A eles dirige-se o encorajamento do profeta: "Coragem! Não tenham medo! Aí está o seu Deus!". O texto esclarece quem são esses desanimados: são cegos, surdos, coxos e mudos, em síntese, os mutilados da sociedade (em sentido físico ou não!). Deus dos inválidos e mutilados posiciona-se a favor dos que foram privados de ver, ouvir, andar e falar. São imagens do sonho de Deus em relação à humanidade - uma nova criação - não mais mutilados, mas todos saudáveis. Não mais deserto, mas abundância de água. Um novo paraíso é possível!

II Leitura: Tg 2, 1-5 – Opção pelos pobres.

Quem tem fé não faz acepção de pessoas. O texto da carta de São Tiago é muito claro: é impossível ser fiel a Deus e continuar explorando e oprimindo os pobres. Isso é difamar o nome cristão. A fé torna todos iguais. Por isso, devem cessar opressões e explorações, pois não se trata de igualdade teórica. A fé conduz a relações sociais justas.

Evangelho: Mc 7, 31-37 – Faz tudo bem!

A missão de Jesus inicia nova criação. Para isso Ele abre os ouvidos e a boca dos homens, para que eles sejam capazes de ouvir e falar, isto é, discernir a realidade e dizer a palavra que transforma. Não poder ouvir nem falar torna a humanidade incapaz de se comunicar com Deus e entre si. Jesus vem tornar isso capaz: de novo a humanidade pode ouvir Deus e falar com Ele e pode ouvir o outro e falar com ele. Assim se cria uma nova sociedade e uma nova história.


Reflexão.

1. Temos esperança em nosso coração?

2. Criamos condições sociais justas?

3. Ajudamos a construir uma nova sociedade e uma nova história?

Dinâmica:

Entrar com a Bandeira do Brasil (Lembrando o 7 de setembro)