28/11/2012

Iº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução

Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada"), tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.

Primeira Leitura: Jr 33, 14-16

Os repatriados desanimam diante das dificuldades para reconstruir a vida civil e religiosa. O oráculo abre nova esperança: o povo reencontrará a forma de sociedade desejada, se confiar nas promessas que Deus fez aos antepassados.

Segunda Leitura: 1Ts 3, 12-4,2

A vivência do amor é o critério último para discernir se é autêntica ou não a vida da comunidade cristã. Trata-se de amor recíproco que faz a comunidade crescer por dentro e, ao mesmo tempo, impulsiona a comunidade para fora de si mesma, a fim de testemunhar o Evangelho a todos. É esse amor que constitui a santidade da comunidade, fazendo-a enfrentar sem temor o julgamento de Deus. Paulo frisa que o cristão é chamado à santificação, e isso significa compreender de maneira nova a si mesmo, os outros e as relações humanas.

Evangelho: Lc 21, 25-28. 34-36

A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14).  Jesus indica  como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.  O Tempo do Avento, nesta sua primeira parte, nos ajuda a fazer um sério exame de consciência, para ver se de verdade estamos atentos.

Reflexão.

1. Temos consciência de que Deus é o nosso Pai e Redentor? Pedimos sua vinda?

2. Em quem depositamos nossas esperanças?

3. Estamos acordados, construindo o Reino?

4. Lembrar da Campanha para a Evangelização.

 Dinâmica:

Começar a montar o presépio.

 Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

 

20/11/2012

34º Domingo do Tempo Comum – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

.11.03

Introdução:

Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. Sua realeza liberta torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?

 

 I Leitura: Dn 7,13-14 – Rei vencedor

O Livro do profeta Daniel, escrito num momento de enfrentamento de crise, mostra que Deus será vencedor. A figura do Filho do Homem é Deus mesmo. A Ele pertencem o Poder, a Glória, o Juízo. No NT o título de Filho do Homem é dado a Jesus. Ele se auto-intitula Filho do Homem, no sentido de ser aquele que traz o reinado de Deus a este mundo. 

 

II Leitura: Ap 1,5-8 – Rei do reis.

O início do livro do Apocalipse apresenta Jesus como a Testemunha Fiel, o Primogênito entre os mortos e o que reina sobre os reis da terra. Ele tem condições de ser aclamado rei, pois nos libertou, encarnando-se e ressuscitando dentre os mortos. Ele nos adquiriu pelo seu sangue e nos torna então seus súditos. Sem dúvida é o rei dos reis!

 

Evangelho: Jo 18,33b-37 – O meu reino...

Pilatos quer condenar Jesus politicamente. Insinua que Ele é rei, afrontando o império romano. No entanto Jesus aproveita para dizer que o seu reino não segue os moldes dos reinos deste mundo. Jesus afirma que veio ao mundo com um projeto claro. Por meio dele o Pai atua seu plano de liberdade e vida para todos. A função da realeza de Jesus é dar testemunho da verdade. Aí está sua missão: testemunhar, até o fim, na cruz e com a morte, que o amor de Deus está presente como dom de vida para as pessoas. A última afirmação de Jesus é um desafio à comunidade cristã: pertencer à verdade e ouvir a voz de Jesus.

 

Reflexão.

1. Temos consciência de que Deus é o nosso Rei?

2. Como vivemos a nossa dimensão real, recebida no Batismo?

3. Assumimos a verdade e ouvimos a voz de Jesus?

4. Lembrar a Campanha para a Evangelização...

 

Dinâmica:

Hoje é dia do leigo. Um leigo entra com o Círio Pascal aceso, e depois do Evangelho se renovam as promessas do Batismo.

 

 

CNBB disponibiliza material da EVANGELI.JÁ – Campanha para a Evangelização 2012


 

De 25 de novembro a 16 de dezembro a Igreja do Brasil realiza mais uma Campanha para a Evangelização, como acontece todos os anos no tempo litúrgico do Advento que antecede o Natal do Senhor.

O que é?  

A Campanha para a Evangelização inicia no domingo de Cristo Rei e segue até o 3º domingo do Advento, associando a Encarnação do verbo e o nascimento de Jesus com a missão permanente da Igreja que é evangelizar. O trabalho evangelizador é uma exigência da graça que recebemos no Batismo. A Igreja, com esta campanha, convida todos os fiéis a participarem na sua obra evangelizadora, seja em iniciativas de sua comunidade eclesial, seja pela oração, seja pela sua oferta material para garantir os recursos necessários à manutenção das estruturas e projetos de evangelização.

EVANGELI.JÁ  - Este slogan da Campanha é um neologismo derivado da palavra EVANGELIZAR. Mostra a urgência da evangelização e da cooperação de todos neste processo. A campanha deste ano tem como fundamento bíblico “Eu vi e por isso dou testemunho: Ele é o filho de Deus” (Jo 1,34).

Coleta para a evangelização - Dia 16 de dezembro

A Campanha para a Evangelização significa a abertura de um caminho para despertar a solidariedade de todos os católicos
no sustento da missão da Igreja em nosso país. A coleta será, assim, a colheita dos frutos amadurecidos no Advento a serem colocados em comum e a serviço da Evangelização.

Como é distribuída a Coleta?

Com esse espírito de solidariedade e testemunho, os recursos arrecadados por essa campanha são repartidos como
segue abaixo:
35% para a evangelização da CNBB nacional;
20% para a evangelização da CNBB regional;
45% para a evangelização na própria diocese;

Oração da Campanha para a Evangelização

Ó Deus, quisestes que a vossa Igreja
fosse no mundo o sacramento da salvação
para todas as nações,
a fim de que a obra do Cristo que vem
continuasse até o fim dos tempos.
Derramai o Espírito prometido,
para que aumente em nós
o ardor da evangelização
e faça brotar nos corações a resposta da fé.
Por Cristo, nosso Senhor.

Obs.: Você pode fazer download de todo o material da campanha (cartaz, folder, objetivos, texto-base, oração, etc)  no seguinte endereço:


 

14/11/2012

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

A palavra que ouvimos neste domingo nos faz pensar na transitoriedade da vida e no julgamento de Deus. Não temos aqui habitação permanente. Peregrinamos em busca de uma morada definitiva e estável. Por isso, a pessoa que crê sente a urgência de viver intensamente a vida e de trabalhar para que se estabeleça, aqui e agora, os novos céus e a nova terra. A atitude básica é vigiar: viver como se cada dia fosse o dia do julgamento de Deus. A nova páscoa inaugura para os cristãos uma noite de vigília, até que amanheça o dia sem ocaso, mas já percebendo na escuridão da noite, a claridade de Jesus Cristo.

 I Leitura: Daniel 12,1-3 

Duzentos anos antes de Cristo, o rei queria acabar com os costumes e com a religião dos judeus, impondo sobre o povo de Israel os costumes gregos. Muitos morreram por isso. E havia uma pergunta angustiante entre eles: será que depois da morte bons e maus vão para o mesmo lugar? O livro de Daniel que ouvimos responde a esta pergunta.

II Leitura: Hebreus 10,11-14.18

Continuamos a meditar sobre a missão de Jesus, seguindo as comparações com o sacerdócio judaico, feitas pelo autor da Carta aos Hebreus. O que são Paulo diz sobre a Lei, o autor repete sobre a liturgia judaica. Esta faz reviver a experiência do pecado, mas não consegue libertar dele. O sacrifício de Cristo, a existência inteira de Jesus, todo o movimento de sua consciência é o verdadeiro ato sacerdotal, o grande e perene ato de oferta. Ele tira o pecado, restabelece a ligação com Deus mediante a sua própria pessoa e experiência viva. Funda a nova aliança, o povo novo que pode ter acesso a Deus. E o caminho para esse acesso é o compromisso de fé com Cristo, compromisso que nenhuma liturgia pode substituir.

 Evangelho: Marcos 13,24-32

Com a ajuda de imagens que sugerem, ao mesmo tempo, catástrofe e nova criação, Marcos coloca na boca de Jesus ensinamentos importantes. A «abominação da desolação» indica a profanação do Templo pelos romanos. O tempo de crise é terrível: os discípulos devem estar atentos para não desanimar e não se deixar enganar por pessoas que apresentam falsos projetos de salvação. A queda de Jerusalém manifesta e antecipa o julgamento com que Deus acompanha toda a história, e que se consumará no fim dos tempos. O Filho do Homem é Jesus que, pela sua morte e ressurreição, testemunhadas pelos discípulos, irá reunir todo o povo de Deus (cf. Dn 7,13-14). Somente agora Jesus responde à pergunta dos discípulos (v. 4). Mas, em vez de dizer «quando» ou «como» acontecerá o fim, ele indica apenas como o discípulo deve se comportar na história. A tarefa do discípulo é testemunhar sem desanimar, continuando a ação de Jesus. A espera da plena manifestação de Jesus e do mundo novo por ele prometido impede, de um lado, que o discípulo se instale na situação presente; de outro, evita que o discípulo desanime, achando que o projeto de Jesus é difícil, distante e inviável.

Reflexão

1. Estamos empenhados em fazer parte do Povo de Deus?

2. Vivemos de fato unidos à única oferenda de Cristo?

3. Como nos preparamos para o fim?

 Dinâmica

Entrar com um cartaz onde está escrito: "Ficai atentos e vigiai!" (Mt 24, 42)

 

06/11/2012

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

Estamos chegando ao finalzinho do tempo comum e, com a reflexão que a Liturgia da Palavra de hoje nos propõe, podemos reavaliar nossa atividade eclesial durante todo este ano litúrgico. Como a intervenção de Jesus Cristo, que nos apresenta a imagem da viúva que soube doar de sua pobreza, pode nos ajudar a nos tornar mais responsáveis e comprometidos com as necessidades dos irmãos e irmãs? Precisamos saber doar do pouco que temos. Esta reunião comunitária de Escuta e Partilha é o momento em que podemos juntos reconhecer os sinais de amor que nos colocam em comunhão.

 

1ª Leitura - 1Rs 17,10-16

O Senhor se manifesta no meio dos pobres e necessitados, dando a vida através do gesto capaz de repartir o pouco que se tem. Deus não deixa faltar nada para aqueles que estão dispostos a repartir. O episódio lembra de perto Mc 6,30-44.

 

2ª Leitura - Hb 9, 24-28

O que o sacerdócio, o culto e os ritos buscavam sem obter, torna-se realidade na morte e ressurreição de Cristo: o pecado é perdoado, abre-se o acesso a Deus e a reconciliação se realiza. O acontecimento pascal é vivo, eficaz e eterno. Jesus se ofereceu e agora está continuamente junto a Deus, intercedendo em favor dos homens. Ele voltará, não para um novo sacrifício, mas para dar aos fiéis a plenitude da salvação.

 

Evangelho - Mc 12, 38-44

Jesus critica os intelectuais da classe dominante, que transformam o saber em poder, aproveitando-se da própria situação para viverem ricamente à custa das camadas mais pobres do povo. Disfarçando tal exploração com orações, isto é, com motivo religioso, tornam-se ainda mais culpados. Enquanto os doutores da Lei "exploram as viúvas e roubam suas casas", uma viúva pobre deposita no Tesouro do Templo "tudo o que possuía para viver". É o único fato positivo que Jesus vê em Jerusalém. Por isso proclama solenemente esse gesto ("eu garanto a vocês"), em contraposição à solenidade ostensiva dos ricos. Mostra, assim, o significado dessa oferta: as relações econômicas que devem vigorar numa sociedade que crê em Deus são as relações de doação total, que deixam as próprias seguranças, e não as relações baseadas no supérfluo.

 Reflexão

1. Cremos que as promessas de Deus se cumprem em nós?

2. Na Eucaristia se realiza o perfeito sacrifício de Cristo.

3. Vivemos a simplicidade e a autenticidade do coração?


Dinâmica
Entrar com uma cruz com a imagem do crucificado e um cartaz onde está escrito: "Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo..." (Fl 2, 7)