26/03/2013

Tríduo Pascal


QUINTA-FEIRA SANTA

 

Introdução:Esta celebração lembra três fatos importantes do fim da vida terrena de Jesus: a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio e o exemplo de humildade no lava-pés. Sinais do grande serviço prestado à humanidade na cruz, Eucaristia, sacerdócio e caridade-serviço, formam uma unidade inseparável: a Eucaristia é o sacrifício da cruz por meio do sinal sacramental. O sacerdócio é a continuação do sacerdócio de Jesus, plenificado na cruz. A caridade é o amor doação que tem como maior exemplo o amor doação de Jesus na cruz. Celebrar a Quinta-feira Santa é estar com Jesus nos seus últimos momentos e participar da entrega total que Ele faz. Reunidos ao redor da mesa, também nós renovemos o nosso compromisso de entrega total.

 

I Leitura: Ex 12,1-8.11-14 - Páscoa = Deus liberta o seu povo.

O cerimonial da Páscoa lembra ao povo que Deus está do seu lado. Derrota o faraó opressor e protege o oprimido. Celebrada até hoje, como festa mais importante, ela é para os cristãos a lembrança de um Deus que liberta o seu povo através do novo cordeiro, que é Jesus Cristo.

 

II Leitura: 1 Cor 11,23-26 - Alimento para todos.

As refeições eucarísticas, em Corinto, não primavam pela delicadeza em esperar os mais simples, entre eles os escravos e operários. É neste contexto que Paulo relata o mais antigo testemunho sobre a Eucaristia. (seria interessante ler 1 Cor 11, 17-33).

 

Evangelho: Jo 13,1-15 - Lavadores de pés!

O Senhor se torna servo. Toda a sua vida tinha sido assim. Amanhã, na cruz, será assim! Servo, entrega a própria vida. O lava-pés, não é apenas um gesto simbólico, mas é na realidade o que fez par dizer que também nós devemos ser lavadores de pés. Estar sempre a serviço: A Eucaristia é total doação: o sacerdócio deve ser total doação; o mandamento do Amor só pode ser entendido como doação; a cruz é total doação. Como o Servo, também devemos ser servos. Fica fácil repetir o rito do lava-pés! O difícil é concretizá-lo em nossa vida!

 

Reflexão.

1. Como são nossas celebrações?

2. Quem está na liderança da Comunidade está a serviço?

3. Comunidade e Eucaristia têm que significado para nós? Qual a importância que damos às nossas celebrações? São substituídas facilmente pelo passeio, pela preguiça, pela TV...?

 

Dinâmica:

No lava-pés, escolher jovens, para que lhes sejam lavados os pés.

 

LUCERNÁRIO

QUINTA-FEIRA SANTA

(Depois da saudação inicial)

 

COMENTÁRIO ‑ Nos lares das famílias judias, cabia à mãe acender as luzes dos candeeiros e, assim, dar vida e alegria ao ambiente em que se realizavam as solenidades. Podemos supor que, na última Ceia, foi Maria quem o fez. A Igreja Católica, conservando essa bela tradição, inicia a Missa da Ceia Pascal com a "bênção" da luz, símbolo da vinda de Cristo, o Messias, luz do mundo. Também o uso das velas nos altares tem sua origem nesse antigo costume israelita.

 

SETE MULHERES (acendendo as luzes do Menoráh)

1.      Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos santificaste por teus mandamentos.

2.      Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo que nos ordenaste benignamente esta festa das luzes.

3.      Bendito sejas tu, Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos conservaste a vida até o dia de hoje.

4.      Que esta casa seja abençoada, ó Deus, e que a luz da tua benevolência brilhe sobre todos nós, trazendo‑nos a paz.

5.      Bendito sejas Tu Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com os Teus Mandamentos e nos ordenaste acender as velas desse dia festivo.

6.      Bendito seja Deus pelo pão e pelo vinho, fruto da terra e do trabalho humano que para nós se transformam no Corpo e no Sangue de Jesus.

7.      Em nome de Jesus o Messias. Amém.

 

COMENTARISTA ‑ Neste momento, a pessoa mais jovem presente faz as quatro perguntas tradicionais. Na última Ceia, quem as formulou foi provavelmente o apóstolo João.

 

CRIANÇA1. Por que essa noite é diferente de todas as outras? Podemos comer pão fermentado todas as outras noites. Por que nesta noite especial de Páscoa, só podemos comer pão ázimo?

CELEBRANTE: Eis por que: No Egito nosso povo tornou a ser oprimido, perseguido e obrigado aos mais penosos trabalhos. Clamamos, então, ao Senhor, Deus de nossos pais, e Ele nos ouviu e nos socorreu em nossas aflições, trabalhos e desgraças. E nos conduziu, cheios de espanto, para fora do Egito, por meio de muitos sinais e prodígios. Em todas as noites do ano, podemos comer pão com fermento, mas na Páscoa só comemos  o pão sem fermento. Fazemos assim apenas para lembrar quando os filhos de Israel saíram às pressas do Egito e não tiveram tempo para deixar a massa do pão crescer e fermentar.

CRIANÇA2. Por que em todas as outras noites nós comemos todo tipo de verduras e nesta noite nós só comemos ervas amargas?

CELEBRANTE: As Ervas Amargas têm seu lugar porque os egípcios tornaram a vida dos israelitas amarga com o sofrimento da escravidão. "Assim lhes amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijolos, e com toda sorte de trabalho no campo, enfim com todo o seu serviço, em que os faziam servir com dureza (Ex 1.14)".

CRIANÇA3. Por que nesta noite nós mergulhamos as ervas na água com sal, e ervas amargas em água doce?

CELEBRANTE: Tudo isso para lembrar que as nossas lágrimas do gosto amargo da escravidão do Egito eram sempre temperadas com a doçura da esperança

CRIANÇA4. Por que em todas as outras noites nós comemos sentados ou reclinados, e nesta noite nós comemos em pé?

CELEBRANTE: Os hebreus enquanto escravos no Egito não podiam ficar reclinados no momento das refeições. Foram instruídos pelo Eterno para comer a Páscoa apressadamente, com a cintura cingida, os cajados em suas mãos e as sandálias nos pés, pois aguardavam a qualquer momento a saída do Egito. Que a recordação desta noite, com as palavras e os gestos de Jesus, inspire nossa conduta ao longo de nosso caminho.

 

Em seguida se faz o Ato Penitencial

 

Segue-se o Glória com sinos, foguetes...

 

SEXTA-FEIRA SANTA

 

Obs.: Após a Leitura da paixão, haja uma BREVE homilia.

 

Introdução:

Neste dia "em que Cristo, nossa Páscoa foi imolado”, (1Cor 5,7), torna-se clara realidade o que desde ha muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício  realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava. Com efeito, "a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus,  prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, mistério este pelo qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando, restaurou a nossa vida Foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja. (SC, n. 5)

Ao contemplar Cristo, seu Senhor e Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje celebra em ação de graças por dom tão inefável. (CB, n. 312).

 

Reflexão:

1 - A cruz redentora  e libertadora de Cristo.

2 - Não parar na morte, mas apontar para a ressurreição.

3 - Os que morrem hoje, vítimas da violência, do desemprego, do sistema.

4 - Somos convidados a seguir os passos de Jesus: nossos sofrimentos, dores, desafios...

 

Obs.: a) na oração universal, acrescentar uma,  pelos jovens.

        b) na adoração da cruz, colar nela cartazes, para serem retirados, escrito: drogas, bebidas, sexo precoce, ambição ...

 

SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL

           

Obs.: Para a Vigília Pascal, propõem-se nove leituras: sete do AT e duas do NT. Se as circunstâncias o exigirem, por razões particulares, o número de leituras pode ser reduzido. Mas, devem-se ler ao menos três do AT ou, em casos mais urgentes, duas antes da Epístola e do Evangelho. Nunca se omita a leitura do Êxodo, sobre a passagem do Mar Vermelho.(3ª leitura).

.Gn 1,1-2,2    .Gn 22,1-18   3ª.Ex 14,15-15,1   4ª.Is 54,5-14   5ª.Is 55,1-11  6ª.Br 3,9-15.32-4,4   7ª.Ez 36,16-17a.18-28  Epístola: Rm 6,3-11   Evangelho: Mt 28,1-10

 

Introdução:

                        Páscoa quer dizer “passagem”. Deus passa entre os homens, os homens passam o Mar Vermelho, Cristo passa da Morte à Vida, o batizado passa do pecado à Graça. Passamos das Trevas para a Luz. Iniciamos nossa vigília, com a mais bela das cerimônias: a benção do fogo novo que acende o Círio Pascal, iluminando nossa noite. E cantamos a alegria desta noite... Depois ouvimos a história da salvação, desde o começo da criação, até a noticia de que Aquele que estava morto Ressuscitou! Cantamos o alegre Aleluia, anunciando ao mundo  esta verdade: a morte foi vencida!

 

Leitura: Ex 14,15-15,1 - Liberdade, liberdade...

                       A passagem do Mar Vermelho divide a história do povo judeu entre o passado da opressão e futuro da liberdade. Não há mais caminho de volta. O mar se fecha, os inimigos são derrotados. Há agora uma caminhada pela frente. É proclamada a independência de um povo. O hino de Moisés, que canta esta vitória é a forma poética de narrar o mesmo fato: Deus libertou o seu povo.

 

Epístola: : Rm 6,3-11 - Morte e vida

Jesus foi morto por um sistema religiosa fanático e por um sistema político opressor. Mas Deus o ressuscitou. Pela fé e pelo batismo, o cristão participa desta sua morte-ressurreição. È preciso morrer (=converter-se) para participar da Vida.

 

Evangelho: Mt 28,1-10 - Da morte para a vida

É manhã do primeiro dia da semana. É manhã de Domingo. É o dia do Senhor. Por causa desta manhã, os cristãos vão se reunir todos os Domingos para lembrar este Dia: neste dia Jesus ressuscitou! Sua história não para na morte. Ele ressuscitou. Esta é a verdade central de nossa fé. E somos continuadores do anúncio desta verdade. Devemos continuar em todos os lugares e em todos os momentos a anunciar esta verdade, transformando o medo da morte na alegria da vida. Com Jesus devemos também fazer esta passagem, esta Páscoa.

 

Reflexão.

1. Somos da Trevas ou somos da Luz? Escravos ou Livres?

2. Como estamos vivendo o nosso Batismo? Procuramos nos converter a cada dia?

3. Estamos anunciando a Vida? Que projetos nossa Comunidade tem para dar valor à Vida?

 

Dinâmica:

Depois da homilia, fazer o abraço da paz e desejar Feliz Páscoa.

 

DOMINGO DE PÁSCOA

 

Introdução:

A ressurreição não é mero milagre que mostra a divindade de Jesus: Deus não pode morrer! Também não é uma vingança sobre os inimigos que o mataram! É muito mais: é a resposta de Deus às nossas mais profundas interrogações e por isso é a mais bela noticia que temos. Nossa história não termina com a morte. E através da Ressurreição Jesus vem selar o que pregou, vem dar fundamentação ao seu projeto, vem dizer que o Reino anunciado é de verdade o Reino de Vida, de Verdade e de Justiça!

 

I Leitura: At 10,34a.37-43 - Testemunhar a Vida.

Pedro faz um resumo da história de Jesus. Fala do Jesus da história e do Cristo ressuscitado. É a ressurreição que ilumina todo o passado de Jesus e projeta luz para a caminhada da Igreja: anunciar esta novidade é tarefa nossa. Não mais morte, não mais sofrimento, não mais doença, mas Vida. Ressuscitados com o ressuscitado!

 

II Leitura: Cl 3, 1-4 - Batizados = ressuscitados.

Todo batizado deve viver de acordo com o seu Batismo. A Liturgia Batismal salienta bem o morrer (mergulhar, dar um banho, lavar) e o viver (o sair da água, a roupa nova, a luz). Não podemos nos comportar mais como antes. Se batizados devemos procurar viver esta vida nova que recebemos. Agora estamos incorporados à Cristo. E a Cristo ressuscitado!

 

Evangelho: Jo 20,1-9 - Ele não está morto!

Um túmulo vazio! É o que encontram Pedro e João. E mais tarde Jesus vai aparecer a Madalena, aos apóstolos... Tudo para confirmar que Ele não está morto. As testemunhas passaram para nós esta verdade. É por causa desta verdade que estamos reunidos hoje. É por causa desta verdade que nos reunimos a cada Domingo. A verdade da Ressurreição deve tomar conta de nossa vida a tal ponto, que devemos anunciá-la aos outros, e como os mártires dar a vida para defendê-la. Jesus está vivo! Esta é a grande noticia que devemos espalhar para o mundo inteiro. E porque Ele está vivo todos têm o direito à vida.

 

Reflexão.

1. Qual o sentido de nossa esperança?

2. Estamos lutando para defender a vida?

3. Vale a pena lutar pela vida, se a morte toma conta da história? Somos anunciadores da Ressurreição?

 

Dinâmica:

Depois da homilia fazer o abraço da paz e desejar Feliz Páscoa.