25/04/2013

QUINTO DOMINGO DA PÁSCOA

Introdução.

Nossa caminhada pascal nos faz nesse domingo encontrar com o Ressuscitado que aponta um caminho para que concretizemos nossa missão de seguidores dele: um novo mandamento. Os Apóstolos entenderam esta missão e espalharam o Evangelho (Boa noticia) para muitos lugares A proposta é de superação de todos os obstáculos: criar um novo céu e uma nova terra! Devemos nos empenhar muito para que isso se concretize.

 

Primeira Leitura - At 14, 21b-27

Por que as comunidades cristãs são perseguidas? Porque o Evangelho por elas vivido e testemunhado é o anúncio do Reino, e este propõe uma libertação da idolatria que escraviza e sacrifica o povo, e assim instaurar uma sociedade baseada na justiça, na liberdade e na vida. A sociedade injusta, alicerçada nos ídolos da riqueza e do poder, sente-se desmascarada por esse testemunho e reage de todos os modos, tentando reprimir e anular a novidade que ameaça destruí-la. Os cristãos devem perseverar na fé, isto é, manter a autenticidade do testemunho, vigiando para que o fermento evangélico não seja deturpado nem falsamente assimilado pela estrutura da sociedade injusta.

 

Segunda Leitura - Ap 21, 1-5a

A nova relação que existe entre Deus e os homens é apresentada como céu novo e terra nova. O mar já não existe, porque os antigos o consideravam moradia dos poderes do mal. A Nova Jerusalém é a cidade que Deus vai construir como dom (vem do céu) para os homens. É a Esposa do Cordeiro, o novo Adão que esposa a nova Eva. Realiza-se a Aliança de Deus com toda a humanidade. Ela se tornou a Tenda (Ex 25,8), na qual Deus está presente. Doravante tudo é vida e realização plena. Deus promete a renovação de tudo, pois ele é o Senhor da história, a fonte e o fim da vida. Ele dá a vida a quem a desejar. Quem for perseverante entrará para a realidade da Aliança: tornar-se-á filho, participando da realidade do próprio Cristo. O fato de conhecer o fim, porém, não dispensa a conversão.

 

Evangelho - Jo 13, 31-33a.34-35

A longa noite da paixão começa com a traição de Judas, símbolo da traição que pode estar presente dentro da própria comunidade cristã.O mandamento novo supera todos os outros mandamentos. Deus e o homem são inseparáveis. E é somente amando ao homem que amamos a Deus. Em Jesus, Deus se fez presente no homem, tornando-o intocável. Tal mandamento novo gera uma comunidade, que oferece uma alternativa de vida digna e liberdade perante a morte e a opressão.

 

Reflexão

1. Estamos empenhados na missão?

2. Somos protagonistas de um novo céu e de uma nova terra?

3. Na prática como vivemos o mandamento novo?

 

Dinâmica.

Distribuir um coração onde está escrito: "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."

 

17/04/2013

4º DOMINGO DE PÁSCOA

Introdução:

Este Domingo é o Domingo do Bom Pastor. Dia de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas.  Olhando para Jesus, O Bom Pastor, queremos pedir mais pastores para o nosso rebanho. Não só pastores instituídos (padres, religiosos ou religiosas), mas também pastores que assumam com generosidade nossas pastorais. Este é um nome tão repetido e assumido em nossa Diocese, mas que muitas vezes não motivou ainda nossas Comunidades a assumir o modelo de Igreja proposto para a nossa caminhada diocesana. A Celebração de hoje deve nos ajudar a rezar ao Bom Pastor mas também a nos comprometer com o rebanho!

 

I Leitura: At 13, 14.43-52

O primeiro discurso de Paulo reflete a estrutura da sua catequese (comparar com a catequese de Pedro em At 10,34-43). A idéia-chave é a salvação, fruto da ressurreição de Cristo. A história de Israel, conduzida por Deus, é um passado de promessas em tensão para o seu cumprimento. É em Jesus que Deus as cumpre, transformando a história passada num presente que antecipa todo o futuro. Embora conhecendo as promessas, as autoridades de Israel rejeitaram Jesus e o mataram. Deus, porém, o ressuscitou, tornando-o salvador de todos os homens. É o que as Escrituras anunciam e os apóstolos testemunham. A profissão de fé expressa nessa catequese não é teoria abstrata; é experiência profundamente ligada à história, na qual se revela o acontecimento salvífico e na qual Deus nos chama para construirmos o futuro libertador antecipado em Jesus ressuscitado. Os missionários cristãos estão entre dois grupos: os pagãos, que os acolhem com entusiasmo e alegria, e os judeus, que têm ciúmes, os recusam e reagem com violência. É um momento histórico para o cristianismo: a passagem do mundo judaico para o mundo dos pagãos. E a espada de dois gumes que divide os grupos não é mais a Lei, mas a Palavra de Deus, isto é, o anúncio da salvação; este exige ser acolhido para que possa introduzir os homens na vida inaugurada por Jesus ressuscitado. A experiência cristã não é apenas uma variante reformista do judaísmo.

 

II Leitura: Ap 7, 9.14b-17

O povo de Deus reconhece que a salvação vem de Deus e do Cordeiro. Não são as coisas e nem os homens absolutizados que salvam. Unido aos anjos e à criação, o povo de Deus adora a Deus e reconhece que a plenitude do louvor pertence somente a Deus. João enfatiza a salvação do povo de Deus. A grande tribulação são as perseguições. A veste branca significa a participação no testemunho de Jesus. Os vv. 15-17 lembram a festa das Tendas, que era um sinal da Aliança. A salvação é a realização da Aliança: a morada de Deus com os homens. Com a realização futura da Aliança não haverá mais limitações nem sofrimentos: Jesus será o pastor que leva o povo a viver em plenitude.

 

Evangelho: Jo 10, 27-30

O único meio de libertar-se de opressores ou de uma instituição opressora é comprometer-se com Jesus, pois ele é a única alternativa (a porta). Jesus é o modelo de pastor: ele não busca seus próprios interesses; ao contrário, ele dá a sua própria vida a todos aqueles que aceitam sua proposta. Jesus provoca divisão: para uns, suas palavras são loucura; para outros, sua ação é sinal de libertação. Jesus define sua condição de Messias, apresentando-se como o Filho de Deus. As provas de seu messianismo não são teorias jurídicas, mas fatos concretos: suas ações comprovam que é Deus quem age nele.

 

Reflexão.

1. Como estamos vivendo o nosso Batismo? Nosso rebanho está aumentando?

2. Como estão nossas pastorais? Temos preocupação com as pastorais sociais?

 

Dinâmica:

Apresentar as atividades de nossa Comunidade. Interrogar-se sobre as atividades que ainda não existem.

 

10/04/2013

TERCEIRO DOMINGO DA PÁSCOA

Introdução:

O tempo Pascal nos coloca em íntima comunhão com o Ressuscitado. Mas deve nos colocar também em íntima comunhão com a Comunidade. Jesus se manifesta muitas vezes, depois de ressuscitado, fácil de ser reconhecido. Outras vezes não se o reconhece. É assim hoje. Muitas vezes é fácil viver a religião. Outras vezes é difícil reconhecer na face do outro a própria face de Jesus. A Eucaristia nos ajuda encontrar Jesus, mas, nos compromete a ir ao encontro de Jesus mesmo quando o outro não se parece com Ele.

Frases fortes: "É preciso obedecer  a Deus antes que aos homens" (At 5, 29)

"Os apóstolos saíram do Conselho, muito contentes, por terem sido considerados dignos de injúrias, por causa do nome de Jesus" (At 5, 41)

 

Primeira Leitura: At 5, 27b-32.40b-41

As autoridades se reúnem para decidir sobre a sorte dos apóstolos. Enquanto isso, estes ensinam o povo, que já está disposto a tomar uma atitude contra os poderosos. Apesar da proibição (cf. 4,18), os apóstolos continuam ensinando em nome de Jesus. Interrogado, Pedro mostra a razão da desobediência: Ressuscitando a Jesus, Deus julga e desautoriza a autoridade do Sinédrio, que o condenou e matou. A ressurreição é o fundamento da liberdade de testemunhar. Para as autoridades, o fenômeno cristão é movimento de insurreição política, como qualquer outro. Gamaliel apresenta o significado profundo do confronto com o movimento cristão. Por trás do princípio de tolerância e também de liberdade, mais acima afirmada por Pedro (4,19s), está em jogo uma opção radical: obedecer a Deus ou aos homens; adotar a lógica de Deus na liberdade que provém da vitória sobre a morte, ou obedecer à lógica humana, que tem como fundamento o medo da morte e que se firma no poder repressivo que provoca tortura e morte. Mas, o cristianismo vem de Deus, ninguém poderá detê-lo...

 

Segunda Leitura: Ap 5, 11-14

Quando o Cordeiro recebe o livro, ouvem-se três grandes louvores. O primeiro é da criação e do povo de Deus, mostrando por que o Cordeiro pode receber o livro. O segundo é dos anjos, atribuindo a Jesus todas as qualidades possíveis; pois o Senhor da história é somente Jesus, e não os poderes que se absolutizam. O terceiro é de todas as criaturas, que reconhecem Deus e o Cordeiro no mesmo plano. O povo de Deus adora somente a Deus e a Jesus Cristo, e não os homens nem as coisas.

 

Evangelho: Jo 21, 1-19

A comunidade cristã que age sem estar unida à pessoa e missão de Jesus continua nas trevas e não produz fruto, pois trabalha sem perceber a presença do ressuscitado e sem conhecer o modo correto de realizar a ação. No momento em que ela segue a palavra de Jesus, o fruto surge abundante. A missão termina sempre na Eucaristia, onde se realiza a comunhão com Jesus. A ideia de superioridade e domínio no exercício do pastoreio é absolutamente contrária ao ensino e atitude de Jesus, que considera todos os seus discípulos como amigos e irmãos. O verdadeiro pastor é aquele que segue a Jesus, colocando-se a serviço da comunidade e sendo capaz de amá-la até o fim, dando por ela até a própria vida.

 

Conclusão:

1. Temos a coragem do enfrentamento e do testemunho?

2. Acolhemos o ressuscitado e o anunciamos aos outros?

3. Respondemos com AMOR ao chamado de Jesus?

 

Dinâmica:

Destacar o Círio Pascal e a oferta dos dons