19/06/2013

XIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução

Quando nos perguntam sobre Jesus nem sempre temos respostas seguras. Contentamos-nos com a superficialidade de nossos conhecimentos iniciais de religião. Afinal quem é Jesus? O povão vai responder fazendo comparações – João Batista, Elias, um antigo profeta... Mas o discípulo, quem está perto, quem convive qual a resposta deve dar? “O Cristo de Deus.” Parece ser simplista. Mas não é. Tem o peso de toda a promessa cumprida por Deus para nos dar o Messias prometido. A palavra Cristo significa Ungido, do hebraico Messias. De Deus. Não auto-proclamado, mas revestido da autoridade divina. O que dá a Ele toda condição de ser o Redentor da humanidade. Tudo aponta para a cruz!

 

Primeira Leitura - Zc 12, 10-11;13,1

O texto da 1ª leitura (Zc 12, 10-11;13,1) faz uma promessa da regeneração espiritual do povo de Israel. Faz-nos perceber que vão chorar Jesus que levaram à morte. Mas essa morte é purificadora. Jesus, o prometido, vai sem medo em direção à cruz, pois sabe que é dali que vai brotar a salvação para a humanidade. O Espírito derramado (lembra Pentecostes!) de graça e de consolação, de piedade e súplica, para a ablução e purificação. Tudo isso brota da cruz.

 

Evangelho - Lc 9, 18-24

Identidade.

a)     Uma primeira pergunta: “Quem diz o povo que sou eu?” (Lc 9, 18).

João Batista, Elias, algum profeta antigo... A fantasia do povo até hoje não tem segurança de quem é Deus. Colam nele os mais diversos fenômenos naturais, paranormais e sobrenaturais. Se chover: é Deus quem manda. Um desastre: é Deus quem quer. Uma doença grave: é da vontade de Deus...

b)     Uma pergunta para aos apóstolos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9, 20)

Uma resposta que compromete: “O Cristo de Deus”. Mas não basta declarar e aceitar que Jesus é o Messias; é preciso rever a idéia a respeito do Messias, o qual, para construir a nova história, enfrenta os que não querem transformações.

c)     Um balde de água fria: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no terceiro dia.” (Lc 9, 22)

Não adiante ficar entusiasmado e pensando ser esse o momento da conquista do poder material. Por isso, Jesus apresenta outra proposta: Ele vai sofrer, ser rejeitado e morto. Sua ressurreição será a sua vitória. E quem quiser acompanhar Jesus na sua ação messiânica e participar da sua vitória, terá que percorrer caminho semelhante: renunciar a si mesmo e às glórias do poder e da riqueza.

Três passos: Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga.” (Lc 9, 23).

a)     Renuncia:

Deixar de lado os projetos humanos e assumir os projetos de Jesus. Jesus não que o poder material. Quer que o Reinado aconteça. Para isso é preciso conversão. Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Ga 2,20).  

b)     Tomar a cruz de cada dia

A cruz aqui não é o sofrimento, as dores, as doenças. É assumir o projeto de Jesus para a salvação da humanidade. Como Cirineu, devemos assumir o levar o projeto de Jesus, junto com Ele para sermos também redentores da humanidade.

c)     Seguimento

Na prática assumir o que Aparecida quer de nós. Discípulos = seguidores do Mestre. Missionários = propagadores da Boa Noticia do Mestre.

 

Dinâmica

Depois do Evangelho entra com uma cruz grande e colocá-la em destaque no presbitério

 
Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

16/06/2013

XIº DOMINGO DO TEMPO COMUM



 
Introdução
A realidade do pecado nos atinge: pessoal e socialmente. Nossos pecados, nossas fraquezas nos levam a não vivenciar as propostas de amor que Deus tem por nós. Há uma lista enorme de pecados que nos atingem e nos atrapalham no nosso relacionamento com Deus, com o próximo e consigo mesmo. E há ainda uma lista enorme de pecados sociais, dos quais nós também participamos e somos responsáveis: escravidão, fome, miséria, infância abandonada, a cultura de morte e de violência... Mas não devemos ficar olhando só nossas misérias. Temos que contemplar sobretudo misericórdia infinita de Deus que está sempre pronto a nos perdoar!
Primeira leitura - 2Sm 12.7-10.13 (interessante ler o início do capitulo 12 para melhor compreensão)
A parábola contada por Natã força Davi a dar uma sentença contra si próprio. O erro de Davi foi usar o poder em proveito pessoal, e isso desencadeou ambições e competições dentro de sua própria família. Começa então a luta pela sucessão. Davi se arrepende e recebe o perdão. A Palavra de Deus nos leva a nos corrigir e nos leva a fazer justiça.
Segunda Leitura - Gl 2, 16.19-21
O Apóstolo relembra o triunfo do Evangelho que se espalha através do testemunho vivo dos missionários. Esse Evangelho apresenta o testemunho de Jesus Cristo, para provocar uma opção decisiva: para a vida ou para a morte, para o verdadeiro sentido da vida ou para uma alienação completa. Quem poderia arrogar-se o direito de exercer tal missão, sem ser chamado por Deus? Quando Paulo nos fala que somos justificados pela fé em Jesus, é justamente para termos a consciência que não recebemos a salvação por sermos bons ou por fazer as “coisas” tudo certinho, mas que a salvação é gratuita e fruto do amor de Deus por nós.
Evangelho - Lc 7, 36-8,3
As autoridades religiosas do tempo de Jesus se comportam de maneira infantil: acusam João Batista de louco, porque é severo demais; acusam Jesus de boa-vida, porque parece muito condescendente. O povo e os cobradores de impostos se comportam de maneira sábia: acolhem João Batista e Jesus, reconhecendo neles a revelação da misericordiosa justiça de Deus. O fariseu não se considera pecador; por isso, fica numa atitude de julgamento, e não é capaz de entender e experimentar o perdão e o amor. Jesus mostra que a justiça de Deus se manifesta como amor que perdoa os pecados e transforma as condições das pessoas. O amor é expressão e sinal do perdão recebido. Que bom quando acusamos os nossos pecados e reconhecemos que ofendemos a Deus, melhor ainda se não for só por remorso, por medo, mas sim por ter machucado, maculado o relacionamento de amizade com Deus e chegar ao arrependimento sincero. Deus se alegra e a libertação acontece na vida da pessoa, Ele quer que participemos plenamente de Seu amor.
Reflexão.
1. Gostamos de acusar os outros ou temos coragem de ver também nossos pecados?
2. O processo de conversão nos leva a dizer como Paulo: É Cristo que vive em mim?
3. Olhamos muito para nossas fraquezas e nos esquecemos da misericórdia infinita de Deus?
Dinâmica: fazer uma lista de pecados e queimar no Ato Penitencial.

02/06/2013

SANTÍSSIMA TRINDADE


Introdução:
Quando celebramos a Ssma. Trindade não celebramos um mistério curioso, que nossa razão não alcança! Celebramos um mistério que cada vez mais que mergulhamos nele, mais infinito se torna. Aprendemos que há um só Deus em três Pessoas. A Trindade passa para nós uma maneira de se viver em Comunidade. Ela é a Comunidade perfeita. Nossa Comunidade deve se esforçar para vivenciar aqui os atributos vividos em Deus: Amor, partilha, doação, comunhão, comunicação,... Depois de Pentecostes, a Igreja sai em missão, pregando a fé, batizando a todos em nome da Trindade. A celebração de hoje deve renovar em nós um ato de adoração ao nosso Deus, um compromisso de vida em Comunidade e um esforço missionário.
Primeira Leitura Pr 8, 22-31
É o ponto mais alto da reflexão dos sábios. A Sabedoria é a primeira criatura de Deus, uma espécie de arquiteto que o acompanhou e inspirou em toda a sua atividade criadora. Pode-se dizer, portanto, que ela é o sentido vital que Deus imprimiu a toda a criação. Observando o mundo e a história, a humanidade pode encontrá-la e tomar consciência dela, tomando-a como guia para a realização da vida. O autor do Evangelho de João se lembrou desse texto quando escreveu o prólogo do seu evangelho.
Segunda Leitura Rm 5, 1-5
Justificados pela fé em Jesus Cristo, estamos em paz com Deus; por isso, começamos a viver a esperança da salvação. Essa esperança é vivida em meio a uma luta perseverante, ancorada na certeza, garantida pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Evangelho Jo 16, 12-15
Estando prestes a deixar seus discípulos, Jesus que recebe tudo do Pai, dá a eles o dom do Espírito Santo. Tudo vem do Pai, se realiza em Cristo e se completa por meio do Espírito Santo.
Reflexão.
1. Somos fiéis à vida de Comunidade?
2. Como nossa Comunidade retrata a Trindade?
3. Como vivemos na prática nosso batismo
Dinâmica:
Renovar as promessas do Batismo.