25/09/2013

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM

 
Introdução
A Palavra de Deus mais uma vez vem nos apontar as preferências de Deus. Deus faz uma opção pelos pobres. Um caminho e uma opção que nós também devemos fazer. Mas isso exige conversão: de mentalidade e de atitudes. No nosso mundo, de cultura capitalista, tornar isso realidade vai custar muito. Mas é o que nos aponta a proposta de Deus.
Primeira Leitura - Am 6, 1a-4-7
A classe dominante de Israel se mantém numa vida de privilégios, às custas da exploração do povo (da «ruína de José»). Todavia, o profeta, em nome de Deus, ameaça com castigos, assegurando que isso tudo terá um fim, pois o dia fatal se aproxima.
Segunda Leitura - 1 Tm 6, 11-16
O verdadeiro doutor é aquele que foge da ambição e vive com sobriedade. Seu compromisso primeiro é com a verdade, a qual se manifesta no ministério de Cristo, O autor relembra a necessidade de viver as virtudes: "procure a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão" (v 11)
Evangelho - Lc 16, 19-31
A parábola é uma crítica à sociedade classista, onde o rico vive na abundância e no luxo, enquanto o pobre morre na miséria. O problema é o isolamento e afastamento em que o rico vive, mantendo um abismo (na realidade dois abismos: um vivido já aqui e outro vivido depois da morte) de separação que o pobre não consegue transpor. Para quebrar esse isolamento, o rico precisa se converter. Nada o levará a essa conversão, se ele não for capaz de abrir o coração para a palavra de Deus, o que o leva a voltar-se para o pobre. Assim, mais do que explicação da vida no além, a parábola é exigência de profunda transformação social, para criar uma sociedade onde haja partilha de bens entre todos.
Reflexão
1. Que opção fazemos?
2. Conservamos intacta a nossa fé?
3. Quem somos? O anônimo rico ou o identificado pelo nome, Lázaro?
Dinâmica
Um coração aberto, com um grande pão a ser partilhado...
Obs. Lembrar que neste domingo celebramos o dia da Bíblia
“MÊS DA BÍBLIA 2013 – DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS A PARTIR DO EVANGELHO DE LUCAS”.
O mês da Bíblia é celebrado em setembro. Este mês foi escolhido pela Igreja porque no dia 30 de setembro é dia de São Jerônimo (ele nasceu no ano de 340 e faleceu em 420 dC). São Jerônimo foi um grande biblista e foi ele quem traduziu a Bíblia dos originais (hebraico e grego) para o latim, que naquela época era a língua falada no mundo e usada na liturgia da Igreja. A cada ano a Igreja nos propõe a leitura e meditação de um dos livros da Bíblia. Neste ano vamos ler e meditar o Evangelho de São Lucas. O tema do mês da Bíblia deste ano é: Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas. E o Lema: “Alegrai-vos comigo, encontrei o que havia perdido” (Lc 15).O terceiro Evangelho é a primeira parte de uma obra desde o início concebida como um todo; a segunda parte ou sua continuação é o livro dos Atos dos Apóstolos (Lc 1,1-4; At 1,1ss). No Evangelho, Lucas apresenta o caminho de Jesus; em Atos, temos o caminho da Igreja. Juntos, formam o caminho da salvação, com o centro de referência em Jerusalém. Nesse sentido, encontramos antes da viagem o convite fundamental para a vida: «Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me siga» (9,23ss). Jesus é o educador que mostra, pela sua palavra e ação, pela sua morte, ressurreição e ascensão, o caminho que leva à salvação e comunhão com o Pai, fonte e fim de toda a vida. Esta cidade é o ponto de chegada do caminho de Jesus. Aí ele vai morrer, ressuscitar e subir ao céu, terminando a sua missão. É também o ponto de partida do caminho da Igreja que prossegue a missão de Jesus até os confins da terra (At 1,8). Devemos ter a coragem de caminhar com Jesus. Sua caminhada não para em Jerusalém, no Calvário, na morte. Vai além. Ele ressuscita. Continua sua caminhada na Igreja. É isso que Ele pede de nós: que sejamos discípulos missionários!
Mons. Antonio Romulo Zagotto

10/09/2013

XXIVº DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução.

O perdão e a misericórdia de Deus estão presentes, como fio condutor de nossa reflexão na Palavra de Deus, deste Domingo. Um Deus que perdoa seu povo, apesar dos desvios; um Deus que resgata Paulo, apesar de ser quem é; um Deus que tem reações de amor e misericórdia para com a ovelha perdida, para com a moeda perdida, para com o filho perdido...

 Primeira Leitura - Ex 32, 7-11.13-14

Diante da infidelidade do povo, o Senhor quer abandonar o seu projeto e escolher outro povo. Moisés, porém, chama a atenção do Senhor, mostrando que ele está comprometido com o povo por causa de sua promessa aos antepassados. O projeto de libertação não pode ser elitista: há de contar com as fraquezas e ambiguidades do povo. Moisés, prefigurando Cristo, intercede a Deus pelo povo. E deus perdoa seu povo.

 Segunda Leitura - 1Tm 1, 12-17

Em meio à confusão de ideias e interpretações, é importante voltar sempre ao sentido profundo e primeiro do Evangelho: Deus enviou Jesus ao mundo, não para condenar, mas para salvar os homens. A salvação, portanto, é ato de graça e se confirma como graça abundante porque é oferecida gratuitamente aos pecadores, isto é, a todos aqueles que jamais poderiam merecê-la. Paulo é exemplo vivo do Evangelho da graça. O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.

 
Evangelho - Lc 15, 1-32

O capítulo 15 de Lucas é o coração de todo o Evangelho (= Boa Notícia). Aí vemos que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante dos homens. Respondendo à crítica daqueles que se consideram justos, cheios de méritos, e se escandalizam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra três parábolas. A primeira e a segunda mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia dos homens. A terceira tem dois aspectos: o processo de conversão do pecador e o problema do «justo» que resiste ao amor do Pai.


Reflexão

1. Agimos como Moisés?

2. Temos consciência de que somos pecadores, necessitados da graça de Deus?

3. Acolhemos os outros apesar de seus limites e fraquezas?

 Dinâmica

Entrar com uma grande cruz, com a imagem do crucificado e um cartaz: Assim Deus agem com o pecador