QUINTA-FEIRA SANTA
Introdução:Esta celebração
lembra três fatos importantes do fim da vida terrena de Jesus: a instituição da
Eucaristia, a instituição do sacerdócio e o exemplo de humildade no lava-pés.
Sinais do grande serviço prestado à humanidade na cruz, Eucaristia, sacerdócio
e caridade-serviço, formam uma unidade inseparável: a Eucaristia é o sacrifício
da cruz por meio do sinal sacramental. O sacerdócio é a continuação do
sacerdócio de Jesus, plenificado na cruz. A caridade é o amor doação que tem
como maior exemplo o amor doação de Jesus na cruz. Celebrar a Quinta-feira
Santa é estar com Jesus nos seus últimos momentos e participar da entrega total
que Ele faz. Reunidos ao redor da mesa, também nós renovemos o nosso
compromisso de entrega total.
I Leitura: Ex
12,1-8.11-14 - Páscoa = Deus liberta o seu povo.
O cerimonial da Páscoa lembra ao
povo que Deus está do seu lado. Derrota o faraó opressor e protege o oprimido.
Celebrada até hoje, como festa mais importante, ela é para os cristãos a
lembrança de um Deus que liberta o seu povo através do novo cordeiro, que é
Jesus Cristo.
II Leitura: 1 Cor
11,23-26 - Alimento para todos.
As refeições eucarísticas, em
Corinto, não primavam pela delicadeza em esperar os mais simples, entre eles os
escravos e operários. É neste contexto que Paulo relata o mais antigo
testemunho sobre a Eucaristia. (seria interessante ler 1 Cor 11, 17-33).
Evangelho: Jo 13,1-15 -
Lavadores de pés!
O Senhor se torna servo. Toda a
sua vida tinha sido assim. Amanhã, na cruz, será assim! Servo, entrega a
própria vida. O lava-pés, não é apenas um gesto simbólico, mas é na realidade o
que fez par dizer que também nós devemos ser lavadores de pés. Estar sempre a
serviço: A Eucaristia é total doação: o sacerdócio deve ser total doação; o
mandamento do Amor só pode ser entendido como doação; a cruz é total doação.
Como o Servo, também devemos ser servos. Fica fácil repetir o rito do lava-pés!
O difícil é concretizá-lo em nossa vida!
Reflexão.
1. Como são nossas celebrações?
2. Quem está na liderança da
Comunidade está a serviço?
3. Comunidade e Eucaristia têm
que significado para nós? Qual a importância que damos às nossas celebrações?
São substituídas facilmente pelo passeio, pela preguiça, pela TV...?
Dinâmica:
No lava-pés, escolher jovens,
para que lhes sejam lavados os pés.
LUCERNÁRIO
QUINTA-FEIRA SANTA
(Depois da saudação inicial)
COMENTÁRIO ‑ Nos lares das famílias judias, cabia à mãe acender
as luzes dos candeeiros e, assim, dar vida e alegria ao ambiente em que se
realizavam as solenidades. Podemos supor que, na última Ceia, foi Maria quem o
fez. A Igreja Católica, conservando essa bela tradição, inicia a Missa da Ceia
Pascal com a "bênção" da luz, símbolo da vinda de Cristo, o Messias,
luz do mundo. Também o uso das velas nos altares tem sua origem nesse antigo
costume israelita.
SETE MULHERES
(acendendo as luzes do Menoráh)
1.
Bendito sejas tu,
Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos santificaste por teus
mandamentos.
2.
Bendito sejas tu,
Adonai, nosso Deus, rei do universo que nos ordenaste benignamente esta
festa das luzes.
3.
Bendito sejas tu,
Adonai, nosso Deus, rei do universo, que nos conservaste a vida até o dia de
hoje.
4.
Que esta casa
seja abençoada, ó Deus, e que a luz da tua benevolência brilhe sobre todos nós,
trazendo‑nos a paz.
5.
Bendito sejas Tu
Eterno, nosso Deus, Rei do Universo, que nos santificaste com os Teus
Mandamentos e nos ordenaste acender as velas desse dia festivo.
6.
Bendito seja Deus
pelo pão e pelo vinho, fruto da terra e do trabalho humano que para nós se
transformam no Corpo e no Sangue de Jesus.
7.
Em nome de Jesus
o Messias. Amém.
COMENTARISTA ‑ Neste momento, a pessoa mais jovem presente faz as
quatro perguntas tradicionais. Na última Ceia, quem as formulou foi
provavelmente o apóstolo João.
CRIANÇA – 1.
Por que essa noite é diferente de todas as outras? Podemos comer pão fermentado
todas as outras noites. Por que nesta noite especial de Páscoa, só podemos
comer pão ázimo?
CELEBRANTE:
Eis por que: No Egito nosso povo tornou a ser oprimido, perseguido e obrigado
aos mais penosos trabalhos. Clamamos, então, ao Senhor, Deus de nossos pais, e
Ele nos ouviu e nos socorreu em nossas aflições, trabalhos e desgraças. E nos
conduziu, cheios de espanto, para fora do Egito, por meio de muitos sinais e
prodígios. Em todas as noites do ano, podemos comer pão com fermento, mas na
Páscoa só comemos o pão sem fermento. Fazemos assim apenas para lembrar
quando os filhos de Israel saíram às pressas do Egito e não tiveram tempo para
deixar a massa do pão crescer e fermentar.
CRIANÇA – 2. Por que em todas as outras noites nós comemos
todo tipo de verduras e nesta noite nós só comemos ervas amargas?
CELEBRANTE: As Ervas Amargas têm seu lugar porque os egípcios
tornaram a vida dos israelitas amarga com o sofrimento da escravidão.
"Assim lhes amargurava a vida com pesados serviços em barro e em tijolos,
e com toda sorte de trabalho no campo, enfim com todo o seu serviço, em que os
faziam servir com dureza (Ex 1.14)".
CRIANÇA – 3. Por que nesta noite nós mergulhamos as ervas
na água com sal, e ervas amargas em água doce?
CELEBRANTE: Tudo isso para lembrar que as nossas lágrimas do
gosto amargo da escravidão do Egito eram sempre temperadas com a doçura da
esperança
CRIANÇA – 4. Por que em todas as outras noites nós comemos
sentados ou reclinados, e nesta noite nós comemos em pé?
CELEBRANTE:
Os hebreus enquanto escravos no Egito não podiam ficar reclinados no momento
das refeições. Foram instruídos pelo Eterno para comer a Páscoa apressadamente,
com a cintura cingida, os cajados em suas mãos e as sandálias nos pés, pois
aguardavam a qualquer momento a saída do Egito. Que a recordação desta noite,
com as palavras e os gestos de Jesus, inspire nossa conduta ao longo de nosso
caminho.
Em seguida se faz o Ato Penitencial
Segue-se o Glória com sinos, foguetes...
SEXTA-FEIRA SANTA
Obs.: Após a Leitura da
paixão, haja uma BREVE homilia.
Introdução:
Neste dia "em que Cristo,
nossa Páscoa foi imolado”, (1Cor 5,7), torna-se clara realidade o que
desde ha muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira
substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se
plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava. Com efeito,
"a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus,
prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a
Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada
Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, mistério este pelo
qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando, restaurou a nossa vida
Foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de
toda a Igreja. (SC, n. 5)
Ao contemplar Cristo, seu Senhor
e Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender
a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje
celebra em ação de graças por dom tão inefável. (CB, n. 312).
Reflexão:
1 - A cruz redentora e
libertadora de Cristo.
2 - Não parar na morte, mas
apontar para a ressurreição.
3 - Os que morrem hoje, vítimas
da violência, do desemprego, do sistema.
4 - Somos convidados a seguir os
passos de Jesus: nossos sofrimentos, dores, desafios...
Obs.: a) na oração universal,
acrescentar uma, pelos jovens.
b) na adoração da cruz, colar nela cartazes, para serem retirados, escrito:
drogas, bebidas, sexo precoce, ambição ...
SÁBADO SANTO -
VIGÍLIA PASCAL
Obs.: Para a Vigília Pascal,
propõem-se nove leituras: sete do AT e duas do NT. Se as circunstâncias o
exigirem, por razões particulares, o número de leituras pode ser reduzido. Mas,
devem-se ler ao menos três do AT ou, em casos mais urgentes, duas antes da
Epístola e do Evangelho. Nunca se omita a leitura do Êxodo, sobre a
passagem do Mar Vermelho.(3ª leitura).
1ª.Gn 1,1-2,2
2ª.Gn 22,1-18 3ª.Ex 14,15-15,1 4ª.Is
54,5-14 5ª.Is 55,1-11 6ª.Br 3,9-15.32-4,4
7ª.Ez 36,16-17a.18-28 Epístola: Rm 6,3-11 Evangelho:
Mt 28,1-10
Introdução:
Páscoa quer dizer “passagem”. Deus passa entre os homens, os homens passam o
Mar Vermelho, Cristo passa da Morte à Vida, o batizado passa do pecado à Graça.
Passamos das Trevas para a Luz. Iniciamos nossa vigília, com a mais bela das
cerimônias: a benção do fogo novo que acende o Círio Pascal, iluminando nossa
noite. E cantamos a alegria desta noite... Depois ouvimos a história da
salvação, desde o começo da criação, até a noticia de que Aquele que estava
morto Ressuscitou! Cantamos o alegre Aleluia, anunciando ao mundo esta
verdade: a morte foi vencida!
Leitura: Ex 14,15-15,1
- Liberdade, liberdade...
A passagem do Mar Vermelho divide a história do povo judeu entre o
passado da opressão e futuro da liberdade. Não há mais caminho de volta. O mar
se fecha, os inimigos são derrotados. Há agora uma caminhada pela frente. É
proclamada a independência de um povo. O hino de Moisés, que canta esta vitória
é a forma poética de narrar o mesmo fato: Deus libertou o seu povo.
Epístola: : Rm 6,3-11 -
Morte e vida
Jesus foi
morto por um sistema religiosa fanático e por um sistema político opressor. Mas
Deus o ressuscitou. Pela fé e pelo batismo, o cristão participa desta sua
morte-ressurreição. È preciso morrer (=converter-se) para participar da Vida.
Evangelho: Mt 28,1-10 -
Da morte para a vida
É manhã do
primeiro dia da semana. É manhã de Domingo. É o dia do Senhor. Por causa desta
manhã, os cristãos vão se reunir todos os Domingos para lembrar este Dia: neste
dia Jesus ressuscitou! Sua história não para na morte. Ele ressuscitou. Esta é
a verdade central de nossa fé. E somos continuadores do anúncio desta verdade.
Devemos continuar em todos os lugares e em todos os momentos a anunciar esta
verdade, transformando o medo da morte na alegria da vida. Com Jesus devemos
também fazer esta passagem, esta Páscoa.
Reflexão.
1. Somos da Trevas ou somos da
Luz? Escravos ou Livres?
2. Como estamos vivendo o nosso
Batismo? Procuramos nos converter a cada dia?
3. Estamos anunciando a Vida? Que
projetos nossa Comunidade tem para dar valor à Vida?
Dinâmica:
Depois da homilia, fazer o abraço
da paz e desejar Feliz Páscoa.
DOMINGO DE PÁSCOA
Introdução:
A ressurreição não é mero milagre
que mostra a divindade de Jesus: Deus não pode morrer! Também não é uma
vingança sobre os inimigos que o mataram! É muito mais: é a resposta de Deus às
nossas mais profundas interrogações e por isso é a mais bela noticia que temos.
Nossa história não termina com a morte. E através da Ressurreição Jesus vem
selar o que pregou, vem dar fundamentação ao seu projeto, vem dizer que o Reino
anunciado é de verdade o Reino de Vida, de Verdade e de Justiça!
I Leitura: At
10,34a.37-43 - Testemunhar a Vida.
Pedro faz um resumo da história
de Jesus. Fala do Jesus da história e do Cristo ressuscitado. É a ressurreição
que ilumina todo o passado de Jesus e projeta luz para a caminhada da Igreja:
anunciar esta novidade é tarefa nossa. Não mais morte, não mais sofrimento, não
mais doença, mas Vida. Ressuscitados com o ressuscitado!
II Leitura: Cl 3, 1-4 -
Batizados = ressuscitados.
Todo batizado deve viver de
acordo com o seu Batismo. A Liturgia Batismal salienta bem o morrer (mergulhar,
dar um banho, lavar) e o viver (o sair da água, a roupa nova, a luz). Não
podemos nos comportar mais como antes. Se batizados devemos procurar viver esta
vida nova que recebemos. Agora estamos incorporados à Cristo. E a Cristo
ressuscitado!
Evangelho: Jo 20,1-9 -
Ele não está morto!
Um túmulo vazio! É o que encontram
Pedro e João. E mais tarde Jesus vai aparecer a Madalena, aos apóstolos... Tudo
para confirmar que Ele não está morto. As testemunhas passaram para nós esta
verdade. É por causa desta verdade que estamos reunidos hoje. É por causa desta
verdade que nos reunimos a cada Domingo. A verdade da Ressurreição deve tomar
conta de nossa vida a tal ponto, que devemos anunciá-la aos outros, e como os
mártires dar a vida para defendê-la. Jesus está vivo! Esta é a grande noticia
que devemos espalhar para o mundo inteiro. E porque Ele está vivo todos têm o
direito à vida.
Reflexão.
1. Qual o sentido de nossa
esperança?
2. Estamos lutando para defender
a vida?
3. Vale a pena lutar pela vida,
se a morte toma conta da história? Somos anunciadores da Ressurreição?
Dinâmica:
Depois da homilia fazer o abraço da paz e desejar Feliz
Páscoa.