05/06/2014

CELEBRAÇÃO VESPERTINA DA VIGÍLIA DE PENTECOSTES


Introdução:

                   Durante toda esta semana nos preparamos para esta festa tão importante da nossa caminhada de Comunidade. Fomos orientados a nos envolver neste clima de preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito. Celebramos também nestes dias a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Nesta noite nos reunimos para celebrar vigilantes a vinda daquele que é a Alma da Igreja. As grandes festas litúrgicas sempre têm uma celebração de vigília que as antecede. Do nosso coração deve brotar constantemente esta oração: “Vinde Espírito Santo!” Neste clima preparamos nosso coração, nossa Comunidade para receber o nosso Defensor, aquele que vai nos animar a continuar a missão de Jesus.

 

 I Leitura: Gn 11, 1-9 - De pecado em pecado, a humanidade se dispersa.

                   O texto apresenta uma explicação para a diversidade de povos e línguas: por causa do orgulho. Babel é o lugar da auto-suficiência, que produz uma estrutura injusta, exploradora e opressora. A reunião dos povos e línguas acontecerá em Pentecostes e no final dos tempos. É preciso, por meio do Espírito Santo, construir uma sociedade fundada na justiça e na fraternidade.

 

II Leitura: Rm 8, 22-27 - Espírito que converte.

A ação do Espírito Santo é uma ação transformadora. Do egoísmo à partilha! Do individualismo à solidariedade! Sair de nós, de nossos projetos e assumir o projeto apontado pelo Espírito Santo! Ele nos ajuda a assumir um jeito novo de ser. Ele nos impulsiona para o projeto de Jesus.

 

Evangelho: Jo 7, 37-39 - Rios de água viva!

Jesus é a água viva. Ele veio matar a sede do homem. Quem se julga saciado, auto-suficiente não terá esta água. Só os que estão abertos ao projeto de Jesus é que conseguirão ter em si o Espírito Santo, aderindo a Ele e creditando Nele.

 

Reflexão.

1. Que tipo se sociedade estamos construindo?

2. Estamos procurando nos converter e nos convencer?

3. Temos água suficiente para matar a sede do outros?

 

Dinâmica:

Fazer uma bela vigília, depois da celebração (parte da noite!), continuando no clima de preparação para grande festa de Pentecostes.                                        

                                                      

 

PENTECOSTES

Introdução:

                   Com a celebração de Pentecostes termina o Tempo Pascal. A Comunidade passa a viver sob a ação do Espírito Santo. É um tempo novo para a Igreja, é um tempo novo para o mundo! Somos sacudidos interiormente por um fogo novo e um vento impetuoso! Não há mais o que temer! Aquele que venceu a morte se torna presente, de forma invisível, mas real, para que, por meio do Espírito Santo, o cristão deixe de lado as obras da carne  e construa a obra de Deus. É o aniversário da Igreja, que corajosamente abre as portas e anuncia um tempo novo. Pela força do Espírito Santo somos constituídos missionários. Este mesmo Espírito nos renova interiormente e renova a face da terra.

 

 I Leitura: At 2,1-11 - O Espírito gera a Igreja.

                   Lucas reúne várias passagens do AT para relatar o fato Pentecostes: os 50 dias após a Páscoa, no Sinai, onde o povo celebra a Aliança e recebe a Lei; a manifestação de Deus, no Sinai, entre fogo e fumaça; o inverso do acontecimento de Babel (Gn11,1-9). O que importa é crer no que está na base de toda Comunidade cristã: o Espírito Santo faz compreender e continuar o testemunho de Jesus. As portas se abrem e começa o tempo da Igreja.

 

II Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13 - Ministérios, carismas e serviços

O Espírito Santo suscita na Comunidade vários carismas, ministérios e serviços. São habilidades para fazer seus trabalhos para o bem de todos. Os fenômenos carismáticos não têm finalidade em si mesmos, mas para a Comunidade. Entender a ação do Espírito Santo na Comunidade exige delicadeza e discernimento: ninguém pode se dizer dono do Espírito Santo nem se pode duvidar da sua ação na Igreja.

 

Evangelho: Jo 20,19-23 - O Espírito derramado.

Infundindo na Comunidade pós-pascal o Espírito Santo, Jesus quer dar a ela uma vida nova e mostrar-lhe o objetivo de sua missão: sem medo, continuar a atividade dele. Somos construtores da Paz, somos missionários da Boa Nova e anunciadores de um novo tempo, Tempo de Graça.

 

Reflexão.

1. Estamos tendo a coragem par abrir as portas e anunciar o projeto de Jesus?

2. Os ministérios, carismas e serviços são dons para a Comunidade?

3. Vivemos o sacramento da Crisma?

 

Dinâmica:

Duas vasilhas com óleo perfumado. Formam-se duas filas. Cada um faz uma cruz na fronte do outro, renovando o Sacramento da Crisma, dizendo: O DOM de Deus esteja contigo!

No final da celebração, dar a benção com Círio Pascal aceso, depois apagá-lo, guardando-o em uma caixa bonita.

 

RITO PARA APAGAR DO CÍRIO PASCAL

 

(Domingo de Pentecostes)

 

Terminada a oração depois da comunhão  o que preside se dirige  junto ao círio ainda aceso e faz uma breve introdução à liturgia da luz:

  

Irmãos e irmãs,

na noite na qual se  deu vida ao alegre tempo Pascal,

o “dia de cinqüenta dias”,

no momento de acender o Círio, nós aclamamos a Cristo nossa Luz.

E a luz do Círio pascal


nos acompanhou nestes cinqüenta dias

e contribuiu não pouco a nos fazer recordar

a grande realidade do Mistério pascal.

 Hoje, no dia de Pentecostes,

ao fechar-se o Tempo da Páscoa,

o Círio é apagado,

este sinal nos é tirado,

também porque,

educados  na escola pascal do mestre Ressuscitado

e cheios do fogo dos dons do Espírito Santo,

agora, devemos ser nós,

“Luz de Cristo” que se irradia,

como uma coluna luminosa que passa no mundo,

em meio aos irmãos,

para guiá-los no êxodo em direção ao céu,

à “terra prometida” definitiva.

Veremos agora,

no desenrolar do ano litúrgico,

resplender a luz do Círio Pascal,

sobretudo em dois momentos importantes

do caminhar da Igreja:

Na primeira Páscoa que viveram os  seus filhos

com a recepção do Batismo,

e por ocasião da última Páscoa,

quando, com a morte,

ingressarão na verdadeira vida.

 

O cantor dirige-se ao ambão, e de lá canta as invocações a Cristo.

 

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

  

Presidente:

 

 Cantando, em reto tom estas e as demais invocações.

 

Ó Sol da justiça, raio bendito, primeira fonte de luz, o ardentemente desejado, acima de tudo e de todos; poderoso, inescrutável e inefável; alegria do bem, visão da esperança satisfeita, louvado e celeste, Cristo criador, Rei da glória, certeza da vida/, preenche os vazios da nossa voz com a Tua Palavra onipotente, oferecendo-a como súplica agradável ao teu Pai altíssimo/.

 

 

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

 

 

Presidente: Esplendor da glória do Pai, que difunde a claridade da verdadeira luz, raio da luz, fonte de todo esplendor/. Tu, dia que ilumina o dia, Tu verdadeiro sol, penetra com a tua luz constante e infunde nos nossos sentidos a chama do teu Espírito/.

 

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

 

Presidente: Sois a lâmpada da casa paterna que ilumina com luz ardente/. Sois o sol da justiça, o dia que jamais escurece, a luminosa estrela da manhã/.

  

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

 

Presidente: Sois do mundo o verdadeiro doador da Luz, mais luminoso que o sol pleno, todo luz e dia/, ilumina os profundos sentimentos do nosso coração/.

 

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

 

Presidente: Ó Luz dos meus olhos, doce Senhor, defesa dos meus dias, ilumina Senhor o meu caminho, pois sois a esperança na longa noite/. Ó chama viva da minha vida, ó Deus, minha luz/.

  

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

 

Todos: Demos graças a Deus!

 

Coral: Hino Pascal “Cristo venceu Aleluia”

 

Terminado o Hino Pascal, o Presidente faz a inclinação ao Círio Pascal,  e o toma nas mãos. Depois, voltado para o povo, canta a oração.

 

Digna-Te, ó Cristo,

nosso dulcíssimo Salvador,

de acender as nossas lâmpadas da fé;

que em Teu templo elas refuljam constantemente,

alimentadas por Ti, que sois a luz eterna;

sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito

e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo/.

Faz que vejamos, contemplemos, desejemos somente a Ti,

que só a Ti amemos,

sempre no fervente aguardo de Ti,

Que vives e reinas pelos séculos dos séculos/.

E abençoe-nos o Deus Todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

 

E toda a assembléia aclama, cantando: Amem! Amem! Amem!

 

Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

 

No final da celebração, depois de dar a benção com Círio Pascal aceso, apagá-lo, guardando-o em uma caixa bonita.

 

20/05/2014

6º DOMINGO DE PÁSCOA


Introdução:

                        Estamos nos aproximando da Festa de Pentecostes. A liturgia aproveita e começa a nos preparar para este grande acontecimento. O Espírito Santo dinamiza a Igreja e faz com que ela cresça. Este mesmo Espírito encoraja os cristãos a enfrentar os desafios. O Evangelho declara que não ficaremos órfãos: o Espírito Santo estará conosco como nosso consolador e nosso defensor. A celebração de hoje nos ajuda a assumir uma caminhada confiante. Não estamos sozinhos. A Palavra que é semeada em nosso coração e a Eucaristia que nos alimenta são dons gerados pelo Espírito para a vida de nossa Comunidade.

 

 I Leitura: At 8,5-8.14-17 - Missão de Jesus, missão da Igreja.

                        Lucas descreve o crescimento da Igreja. Os discípulos continuam a ação de Jesus: anuncio do reino, expulsão dos demônios, curas. Mas não são obras humanas: são obras produzidas pelo Espírito. Sem Ele nada disso estaria acontecendo! Hoje ainda a Igreja continua a obra de Jesus, impulsionada pela força do Espírito Santo.

 

II Leitura: 1Pd 3,15-18 - Não tenham medo!

No versículo anterior (14), há uma pista para se entender que tipo de sofrimento é este descrito no texto de hoje: o sofrimento por causa da justiça. Pedro escreve aos injustiçados, marginalizados, peregrinos, já considerados como subversivos e conspiradores. É preciso enfrentar o sofrimento, para que a exemplo de Jesus, pelo Espírito, tenhamos vida.

 

Evangelho: Jo 14,15-21 - Temos um Defensor. Não estamos sozinhos.

Jesus envia o Espírito Santo como nosso defensor. Não nos deixa órfãos. A Comunidade deve viver o projeto de Jesus: assumir o seu mandamento. Esta é a condição para que o Espírito haja. Se não retratarmos a obra de Jesus, se não dermos continuidade ao seu projeto, estaremos optando pela mentira, pela morte. Amar significa optar pela Verdade, pela Vida.

 

Reflexão.

1. Nossos projetos são meramente humanos ou estamos nos deixando conduzir pelo Espírito?

2. Como estamos enfrentando os desafios?

3. Somos continuadores da obra de Jesus?

 

Dinâmica:

Fazer aqui o Rito da Misericórdia: a) pedir perdão pelo nosso comodismo.

                                                       b) pedir perdão pelo nosso medo.

                                                       c) pedir perdão por não assumir o projeto de Jesus.

 

16/05/2014

5º DOMINGO DE PÁSCOA


 

Introdução:

                        As palavras chaves deste Domingo são: serviço, construção, caminho. Viver como o Ressuscitado é comprometer-se com o seu projeto. Depois do lava-pés Jesus diz: “O que Eu fiz, fazei vós também” (Jo 13,15) Devemos servir. Jesus é a pedra fundamental, nós somos chamados a ser pedras na construção deste projeto novo. Ele se apresenta como Caminho, Verdade e Vida. Jesus não indica caminhos, ensina verdades, promete vida! Ele mesmo em pessoa, é Deus no meio de nós. Só Ele pode se proclamar Caminho, Verdade e Vida. A celebração que nos reúne deve nos ajudar a assumir o serviço, a ser pedra na construção eclesial e a assumir Jesus como Caminho, Verdade e Vida.

 

 I Leitura: At 6,1-7 - Rezar sim, trabalhar também!

                        Diante das primeiras dificuldades, a comunidade inteira é convocada  para examinar a questão e chegar a uma decisão. Os serviços (ministérios) vão surgindo na Igreja diante das necessidades concretas. Os bens são colocados a serviços dos necessitados (viúvas). Por causa destas atitudes muitos começaram a participar da vida da comunidade cristã. (cf. Mt 5,16 e 1Pd 2,12).

 

II Leitura: 1Pd 2,4-9 - Pedra Viva, pedras vivas...

Pedro descreve Jesus como uma pedra viva e quer que cada cristão seja também uma pedra viva. A pedra serve para a construção mas serve também para tropeço. Quem aceita Jesus, constrói com Ele. Quem o rejeita tropeça e cai. Pelo Batismo passamos a fazer parte desta construção: sacerdotes, profetas e servos!

 

Evangelho: Jo 14,1-12 - Caminho, Verdade e Vida.

Jesus é o caminho verdadeiro para a vida. Ninguém poderia se proclamar caminho, Verdade e Vida a não ser Jesus! Ele é o caminho seguro que nos conduz ao Pai! Só Ele é a verdade encarnada. É pela sua morte-ressurreição que temos Vida! Quem vê Jesus vê o Pai; quem vê o cristão deve ver Jesus. Devemos ser continuadores desta presença libertadora de Jesus na Comunidade e na Sociedade.

 

Reflexão.

1. Como estão nossos ministérios (serviços) na Comunidade?  Somos servos ou queremos que nos sirvam?

2. Estamos participando da construção de uma sociedade nova?

3. Seguimos atalhos, mentiras e morte?

 

Dinâmica:

Cada pessoa do CPC trazer uma pedra (paralelepípedo ou tijolo), com o nome de sua pastoral ou serviço e montar uma parede. Deixar buracos na parede e dinamizar, perguntando o que falta (pastorais, serviços) para a parede (comunidade) ficar mais a serviço.

 

29/04/2014

3º DOMINGO DE PÁSCOA


Introdução:

                        O tempo Pascal nos coloca em íntima comunhão com o Ressuscitado. Mas deve nos colocar também em íntima comunhão com a Comunidade. Jesus se manifesta muitas vezes, depois de ressuscitado, fácil de ser reconhecido. Outras vezes não se o reconhece. É assim hoje. Muitas vezes é fácil viver a religião. Outras vezes é difícil reconhecer na face do outro a própria face de Jesus. A Eucaristia nos ajuda encontrar Jesus, mas, nos compromete a ir ao encontro de Jesus mesmo quando o outro não se parece com Ele.

 

 I Leitura: At 2,14.22-33 - O que morreu está vivo!

                        Pedro apresenta um resumo do anuncio fundamental da igreja. Tudo o que o Primeiro Testamento anunciara se realiza em Jesus. Uma estrutura injusta o matou, mas o Pai, condenando esta estrutura o ressuscita. Jesus passa a ser o Senhor do Universo. Cabe a nós, como testemunhas destes fatos anunciar esta grande notícia e denunciar toda estrutura injusta, causadora da morte.

 

II Leitura: 1Pd 1,17-21 - Que preço!

Pedro descreve o valor do cristão resgatado pelo sangue precioso de Jesus. Daí a nossa importância e a nossa dignidade. Temos a Deus como Pai, somos filhos e filhas, irmãos e irmãs. Uma sociedade que empobrece, que discrimina e que exclui, vai contra estes princípios. O nosso testemunho de anuncio e de denuncia deve ajudar a construir uma sociedade justa e solidária.

 

Evangelho: Lc 24,13-35 - Ele está no meio de nós!

É outra vez Domingo! Jesus ressuscitado aparece agora caminhando com dois discípulos. Eles, de imediato, não o reconhecem. A caminhada é eucarística: liturgia da Palavra/liturgia Eucarística. Jesus continua caminhado com a humanidade; Jesus continua anunciado e denunciando por meio de sua Palavra; Jesus continua a questionar a humanidade para que partilhe o pão, partilhe a vida. A nossa celebração nos ajuda apor em prática estes ensinamentos. Mas é preciso levá-los para a vida.

 

Reflexão.

1. Nossa Comunidade denuncia a estrutura injusta que hoje continua excluindo, continua matando?

2. Temos consciência do nosso preço?

3. Como são nossas celebrações? Só Fé? Só Vida? Levamos para casa um compromisso de transformar a sociedade?

 

Dinâmica:

Encenar o Evangelho. Ofertar uma cesta de pão que deve ser partilhado no final da celebração.

 

 

15/04/2014

QUINTA-FEIRA SANTA


Introdução:

                        Esta celebração lembra três fatos importantes do fim da vida terrena de Jesus: a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio e o exemplo de humildade no lava-pés. Sinais do grande serviço prestado à humanidade na cruz, Eucaristia, sacerdócio e caridade-serviço, formam uma unidade inseparável: a Eucaristia é o sacrifício da cruz por meio do sinal sacramental. O sacerdócio é a continuação do sacerdócio de Jesus, plenificado na cruz. A caridade é o amor doação que tem como maior exemplo o amor doação de Jesus na cruz. Celebrar a Quinta-feira Santa é estar com Jesus nos seus últimos momentos e participar da entrega total que Ele faz. Reunidos ao redor da mesa, também nós renovemos o nosso compromisso de entrega total.

  I Leitura: Ex 12,1-8.11-14 - Páscoa = Deus liberta o seu povo.

                        O cerimonial da Páscoa lembra ao povo que Deus está do seu lado. Derrota o faraó opressor e protege o oprimido. Celebrada até hoje, como festa mais importante, ela é para os cristãos a lembrança de um Deus que liberta o seu povo através do novo cordeiro, que é Jesus Cristo.

 II Leitura: 1 Cor 11,23-26 - Alimento para todos.

As refeições eucarísticas, em Corinto, não primavam pela delicadeza em esperar os mais simples, entre eles os escravos e operários. É neste contexto que Paulo relata o mais antigo testemunho sobre a Eucaristia. (seria interessante ler 1 Cor 11, 17-33).

Evangelho: Jo 13,1-15 - Lavadores de pés!

O Senhor se torna servo. Toda a sua vida tinha sido assim. Amanhã, na cruz, será assim! Servo, entrega a própria vida. O lava-pés, não é apenas um gesto simbólico, mas é na realidade o que fez par dizer que também nós devemos ser lavadores de pés. Estar sempre a serviço: A Eucaristia é total doação: o sacerdócio deve ser total doação; o mandamento do Amor só pode ser entendido como doação; a cruz é total doação. Como o Servo, também devemos ser servos. Fica fácil repetir o rito do lava-pés! O difícil é concretizá-lo em nossa vida!

 Reflexão.

1. Como são nossas celebrações?

2. Quem está na liderança da Comunidade está a serviço?

3. Comunidade e Eucaristia têm que significado para nós? Qual a importância que damos às nossas celebrações? São substituídas facilmente pelo passeio, pela preguiça, pela TV...?


Dinâmica:

No lava-pés, escolher desempregados e desempregadas, para que lhes sejam lavados os pés.

 

SEXTA-FEIRA SANTA


Obs.: Após a Leitura da paixão, haja uma BREVE homilia.

Introdução:

Neste dia "em que Cristo, nossa Páscoa foi imolado”, (1Cor 5,7), torna-se clara realidade o que desde ha muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício  realiza-se plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava. Com efeito, "a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus,  prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, mistério este pelo qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando, restaurou a nossa vida Foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de toda a Igreja. (SC, n. 5)

Ao contemplar Cristo, seu Senhor e Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje celebra em ação de graças por dom tão inefável. (CB, n. 312).

 
Reflexão:

1 - A cruz redentora  e libertadora de Cristo.

2 - Não parar na morte, mas apontar para a ressurreição.

3 - Os que morrem hoje, vítimas da violência, do desemprego, do sistema.

4 - Somos convidados a seguir os passos de Jesus: nossos sofrimentos, dores, desafios...

 

Obs.: a) na oração universal, acrescentar uma,  pelos que são vitimas do tráfico humano

        b) na adoração da cruz, colar nela cartazes, para serem retirados, escrito: desemprego, fome, morte, ...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SÁBADO SANTO - VIGÍLIA PASCAL

 

Obs.: Para a Vigília Pascal, propõem-se nove leituras: sete do AT e duas do NT. Se as circunstâncias o exigirem, por razões particulares, o número de leituras pode ser reduzido. Mas, devem-se ler ao menos três do AT ou, em casos mais urgentes, duas antes da Epístola e do Evangelho. Nunca se omita a leitura do Êxodo, sobre a passagem do Mar Vermelho.(3ª leitura).

.Gn 1,1-2,2    .Gn 22,1-18   3ª.Ex 14,15-15,1   4ª.Is 54,5-14   5ª.Is 55,1-11  6ª.Br 3,9-15.32-4,4   7ª.Ez 36,16-17a.18-28  Epístola: Rm 6,3-11   Evangelho: Mt 28,1-10

 

Introdução:

                        Páscoa quer dizer “passagem”. Deus passa entre os homens, os homens passam o Mar Vermelho, Cristo passa da Morte à Vida, o batizado passa do pecado à Graça. Passamos das Trevas para a Luz. Iniciamos nossa vigília, com a mais bela das cerimônias: a benção do fogo novo que acende o Círio Pascal, iluminando nossa noite. E cantamos a alegria desta noite... Depois ouvimos a história da salvação, desde o começo da criação, até a noticia de que Aquele que estava morto Ressuscitou! Cantamos o alegre Aleluia, anunciando ao mundo  esta verdade: a morte foi vencida!

 

Leitura: Ex 14,15-15,1 - Liberdade, liberdade...

                        A passagem do Mar Vermelho divide a história do povo judeu entre o passado da opressão e futuro da liberdade. Não há mais caminho de volta. O mar se fecha, os inimigos são derrotados. Há agora uma caminhada pela frente. É proclamada a independência de um povo. O hino de Moisés, que canta esta vitória é a forma poética de narrar o mesmo fato: Deus libertou o seu povo.

 

Epístola: : Rm 6,3-11 - Morte e vida

Jesus foi morto por um sistema religioso fanático e por um sistema político opressor. Mas Deus o ressuscitou. Pela fé e pelo batismo, o cristão participa desta sua morte-ressurreição. É preciso morrer (=converter-se) para participar da Vida.

 

Evangelho: Mt 28,1-10 - Da morte para a vida

É manhã do primeiro dia da semana. É manhã de Domingo. É o dia do Senhor. Por causa desta manhã, os cristãos vão se reunir todos os Domingos para lembrar este Dia: neste dia Jesus ressuscitou! Sua história não para na morte. Ele ressuscitou. Esta é a verdade central de nossa fé. E somos continuadores do anúncio desta verdade. Devemos continuar em todos os lugares e em todos os momentos a anunciar esta verdade, transformando o medo da morte na alegria da vida. Com Jesus devemos também fazer esta passagem, esta Páscoa.

 

Reflexão.

1. Somos das Trevas ou somos da Luz? Escravos ou Livres?

2. Como estamos vivendo o nosso Batismo? Procuramos nos converter a cada dia?

3. Estamos anunciando a Vida? Que projetos nossa Comunidade tem para dar valor à Vida?

 

Dinâmica:

Depois da homilia, fazer o abraço da paz e desejar Feliz Páscoa.

 

 

DOMINGO DE PÁSCOA

 

Introdução:

                        A ressurreição não é mero milagre que mostra a divindade de Jesus: Deus não pode morrer! Também não é uma vingança sobre os inimigos que o mataram! É muito mais: é a resposta de Deus às nossas mais profundas interrogações e por isso é a mais bela noticia que temos. Nossa história não termina com a morte. E através da Ressurreição Jesus vem selar o que pregou, vem dar fundamentação ao seu projeto, vem dizer que o Reino anunciado é de verdade o Reino de Vida, de Verdade e de Justiça!

 

 I Leitura: At 10,34a.37-43 - Testemunhar a Vida.

                        Pedro faz um resumo da história de Jesus. Fala do Jesus da história e do Cristo ressuscitado. É a ressurreição que ilumina todo o passado de Jesus e projeta luz para a caminhada da Igreja: anunciar esta novidade é tarefa nossa. Não mais morte, não mais sofrimento, não mais doença, mas Vida. Ressuscitados com o ressuscitado!

 

II Leitura: Cl 3, 1-4 - Batizados = ressuscitados.

Todo batizado deve viver de acordo com o seu Batismo. A Liturgia Batismal salienta bem o morrer (mergulhar, dar um banho, lavar) e o viver (o sair da água, a roupa nova, a luz). Não podemos nos comportar mais como antes. Se batizados devemos procurar viver esta vida nova que recebemos. Agora estamos incorporados à Cristo. E a Cristo ressuscitado!

 

Evangelho: Jo 20,1-9 - Ele não está morto!

Um túmulo vazio! É o que encontram Pedro e João. E mais tarde Jesus vai aparecer a Madalena, aos apóstolos... Tudo para confirmar que Ele não está morto. As testemunhas passaram para nós esta verdade. É por causa desta verdade que estamos reunidos hoje. É por causa desta verdade que nos reunimos a cada Domingo. A verdade da Ressurreição deve tomar conta de nossa vida a tal ponto, que devemos anunciá-la aos outros, e como os mártires dar a vida para defendê-la. Jesus está vivo! Esta é a grande noticia que devemos espalhar para o mundo inteiro. E porque Ele está vivo todos têm o direito à vida.

 

Reflexão.

1. Qual o sentido de nossa esperança?

2. Estamos lutando para defender a vida?

3. Vale a pena lutar pela vida, se a morte toma conta da história? Somos anunciadores da Ressurreição?

 

Dinâmica:

Depois da homilia fazer o abraço da paz e desejar Feliz Páscoa.

 

11/04/2014

DOMINGO DE RAMOS



Para a benção dos Ramos: Mt 21,1-11

Para a Celebração: Is 50,4-7

                               Fl 2,6-11   

                               Mt 26,14-27,66

 

Obs.: a)Embora se recomendem as três leituras na Celebração, pode-se omitir uma ou mesmo as duas primeiras leituras.

            b) Tanto depois da Leitura do Evangelho da Benção dos Ramos, como após a Leitura d Paixão, se recomenda uma BREVE homilia:

 

Para a Benção dos Ramos: a) Com esta cerimônia se inicia a Semana Santa.

                                            b) Jesus é aclamado pela multidão (ramos, aclamações), mas entra de uma forma humilde (jumentinho). Ele será rejeitado.

                                             c) Jesus enfrenta com coragem o desafio de sua condenação.

                                            d) Devemos caminhar com Jesus, enfrentando os desafios. Responder ao mundo, pelas nossas atitudes o -“Quem é este?” - Mártires de ontem e de hoje.

 

Para a Celebração:

Introdução:

                        Iniciamos a Semana Santa. Preparamo-nos para ela, com a nossa caminhada quaresmal. Foi-nos pedido conversão. A Campanha da Fraternidade nos mostrou a necessidade de se construir uma sociedade sem escravos, sem trafico humano, com respeito à dignidade das pessoas. Nossa coleta, encerrando com um gesto concreto, nossa Campanha da Fraternidade, vai ajudar ao atendimento às vítimas de violência e da exclusão social, a ações que visam a educação pela paz e a promoção da cidadania de direitos humanos. A Celebração de hoje não pode ser apenas a vitoriosa aclamação do Senhor que entra em Jerusalém, mas um compromisso de acompanhá-lo até a cruz, para com Ele ressuscitar.

 

 I Leitura: Is 50,4-7 - Sei que não serei envergonhado...

A profecia do servo sofredor antecipa a cena da paixão de Jesus. Ele enfrenta os sofrimentos. A Comunidade deve ter a coragem de enfrentar os sofrimentos, pois geram a vitória final. Não podemos chegar à Ressurreição e à vida se não passarmos pela paixão e morte. É da fraqueza que devemos tirar a força para vencer os desafios.

 

II Leitura: Fl 2,6-11 - Quem se humilha será exaltado...

São as contradições de Deus; a força na fraqueza e a fraqueza na força. O que foi descrito na primeira leitura, aqui se concretiza. Aquele Jesus glorioso, da entrada triunfante em Jerusalém se torna o nada, na cruz. Mas depois se torna o Senhor.

 

Evangelho: Mt 26,14-27,66 - Paixão de Deus, paixão do mundo. (fazer dialogada)

Saltamos do clima alegre da entrada triunfante para o clima da paixão, tortura, cruz, sofrimento... As paixões, as torturas, as cruzes e os sofrimentos de tantos calvários de hoje devem nos estimular a enfrentar os desafios. Mas não paramos na morte. Caminhamos para a Páscoa.

 

Na leitura da Paixão, que deve sempre ser dialogada, não se faz a saudação inicial - "O Senhor esteja convosco...”, mas no fim se diz - "Palavra da Salvação", mas não se beija o livro. Quando se anuncia a morte do Senhor se faz uma pequena pausa e todos se ajoelham em silêncio. Optar sempre pela forma mais longa. A forma mais breve só deve ser usada em ocasiões especiais (idosos hospitais...). A assembléia pode acompanhar a leitura sentada.

Terminada a história da Paixão, haja uma BREVE homilia.

 

01/04/2014

5º DOMINGO DA QUARESMA


 

Introdução:

                        Uma leitura crítica de nossa sociedade nos faz perceber claramente que vivemos em um contexto onde se privilegia a morte, a exclusão, o empobrecimento. A paisagem é aterradora. Ossos secos, sem vida, opção por projetos que matam, visão de morte por todo o lado. Além da angústia que toma conta de nós, muitas das vezes parece que nada podemos fazer. Mas existe uma luz no fim do túnel. A esperança de que algo pode ser feito é apontado pela primeira leitura de hoje: Deus está do nosso lado. São Paulo nos fala de vida conquistada por meio da justiça. Jesus não apenas lamenta e chora seu amigo morto, mas o restitui à vida. Não podemos ficar só nos lamentado, mas devemos assumir algo concreto, para mudar a cara desta nossa sociedade, sobretudo nesta dimensão denunciada pela Campanha da Fraternidade/2014, sobre a terrível questão do trafico humano.

 

 I Leitura: Ez 37,12-14 - Sopro de vida.

(Favor ler todo o capitulo 37 para poder entender o contexto) A ação libertadora de Deus, ao livrar o seu povo do exílio de Babilônia, lembra uma nova criação, através do sopro vitalizador de Deus, dando vida ao primeiro homem. O povo é reconduzido à sua terra. Tomando consciência de sua dignidade o povo começa a se reunir e se organizar, lutando para construir uma nova sociedade, um novo país, uma nova história.

 

II Leitura: Rm 8,8-11 - Morte e vida severina

De acordo com o seu comportamento se sabe se o cristão está do lado da vida ou da morte. Se tem o sopro de Deus ou o sopro da Morte. O mesmo Espírito que ressuscitou Jesus vitaliza nossas ações, como principio de uma verdadeira Vida.

 

Evangelho: Jo 11,1-45 - Angustiados sim! Derrotados nunca!

Quando Jesus acorda Lázaro, não fica só na lamentação, no choro pelo amigo morto. A sua ação libertadora o chama à vida. Enfrenta o sofrimento, caminha ao encontro do maior desafio que é a morte e a vence. Seu amigo vive! Não duvidar deste poder  (“Senhor se estivesses aqui...”). Não deixar para depois (“...há de ressurgir no último dia”). Há uma luz no fim do túnel. Tem que ser agora.

 

Reflexão.

1. Estamos nos organizando em função das denúncias feitas pela Campanha da Fraternidade /2014?

2. De que lado estamos: da Vida ou da Morte?

3. Diante de quadro social que vivemos só nos lamentamos? Que gesto concreto estamos assumindo para criar condições de Solidariedade e Paz?

 

Dinâmica:

Fazer aqui o Ato penitencial, (um ramo seco, onde estão pendurados os pecados e na medida em que forem retirados, sejam substituídos por ramos verdes).

Depois de silêncio de oração, cada pessoa sopra na direção de quem está perto. Depois se canta.

 

Depois do Ato penitencial

Lembrando a última preparação para o Batismo, pedimos a libertação de todo o mal.

Recitar um dos exorcismos batismais...

 

“Deus todo-poderoso, que, enviando vosso Filho único, destes ao homem, cativo do pecado, a liberdade dos vossos filhos, nós vos suplicamos por estes vossos servos que, tendo conhecido as seduções do mundo e as tentações do demônio, se reconhecem pecadores diante de vós. Libertai-os do poder das trevas pela paixão e ressurreição de vosso Filho e guardai-os no caminho da vida, sustentados pela graça de Cristo.

Por Cristo, nosso Senhor.”