Introdução:
Durante toda esta semana nos preparamos para esta festa tão importante da nossa
caminhada de Comunidade. Fomos orientados a nos envolver neste clima de
preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito. Celebramos também nestes
dias a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Nesta noite nos reunimos
para celebrar vigilantes a vinda daquele que é a Alma da Igreja. As grandes
festas litúrgicas sempre têm uma celebração de vigília que as antecede. Do
nosso coração deve brotar constantemente esta oração: “Vinde Espírito Santo!”
Neste clima preparamos nosso coração, nossa Comunidade para receber o nosso
Defensor, aquele que vai nos animar a continuar a missão de Jesus.
I
Leitura: Gn 11, 1-9 - De pecado em
pecado, a humanidade se dispersa.
O texto apresenta uma explicação
para a diversidade de povos e línguas: por causa do orgulho. Babel é o lugar da
auto-suficiência, que produz uma estrutura injusta, exploradora e opressora. A
reunião dos povos e línguas acontecerá em Pentecostes e no final dos tempos. É
preciso, por meio do Espírito Santo, construir uma sociedade fundada na justiça
e na fraternidade.
II
Leitura: Rm 8, 22-27 - Espírito
que converte.
A ação do Espírito Santo é uma ação transformadora. Do
egoísmo à partilha! Do individualismo à solidariedade! Sair de nós, de nossos
projetos e assumir o projeto apontado pelo Espírito Santo! Ele nos ajuda a
assumir um jeito novo de ser. Ele nos impulsiona para o projeto de Jesus.
Evangelho:
Jo 7, 37-39 - Rios de água viva!
Jesus é a água viva. Ele veio matar a sede do homem.
Quem se julga saciado, auto-suficiente não terá esta água. Só os que estão
abertos ao projeto de Jesus é que conseguirão ter em si o Espírito Santo,
aderindo a Ele e creditando Nele.
Reflexão.
1.
Que tipo se sociedade estamos construindo?
2.
Estamos procurando nos converter e nos convencer?
3.
Temos água suficiente para matar a sede do outros?
Dinâmica:
Fazer
uma bela vigília, depois da celebração (parte da noite!), continuando no clima
de preparação para grande festa de Pentecostes.
PENTECOSTES
Introdução:
Com a celebração de Pentecostes termina o Tempo Pascal. A Comunidade passa a
viver sob a ação do Espírito Santo. É um tempo novo para a Igreja, é um tempo
novo para o mundo! Somos sacudidos interiormente por um fogo novo e um vento
impetuoso! Não há mais o que temer! Aquele que venceu a morte se torna
presente, de forma invisível, mas real, para que, por meio do Espírito Santo, o
cristão deixe de lado as obras da carne e construa a obra de Deus. É o
aniversário da Igreja, que corajosamente abre as portas e anuncia um tempo
novo. Pela força do Espírito Santo somos constituídos missionários. Este mesmo
Espírito nos renova interiormente e renova a face da terra.
I
Leitura: At 2,1-11 - O Espírito
gera a Igreja.
Lucas reúne várias passagens do
AT para relatar o fato Pentecostes: os 50 dias após a Páscoa, no Sinai, onde o
povo celebra a Aliança e recebe a Lei; a manifestação de Deus, no Sinai, entre
fogo e fumaça; o inverso do acontecimento de Babel (Gn11,1-9). O que importa é
crer no que está na base de toda Comunidade cristã: o Espírito Santo faz
compreender e continuar o testemunho de Jesus. As portas se abrem e começa o
tempo da Igreja.
II
Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13 -
Ministérios, carismas e serviços
O Espírito Santo suscita na Comunidade vários
carismas, ministérios e serviços. São habilidades para fazer seus trabalhos
para o bem de todos. Os fenômenos carismáticos não têm finalidade em si mesmos,
mas para a Comunidade. Entender a ação do Espírito Santo na Comunidade exige
delicadeza e discernimento: ninguém pode se dizer dono do Espírito Santo nem se
pode duvidar da sua ação na Igreja.
Evangelho:
Jo 20,19-23 - O Espírito derramado.
Infundindo na Comunidade pós-pascal o Espírito Santo, Jesus
quer dar a ela uma vida nova e mostrar-lhe o objetivo de sua missão: sem medo,
continuar a atividade dele. Somos construtores da Paz, somos missionários da
Boa Nova e anunciadores de um novo tempo, Tempo de Graça.
Reflexão.
1.
Estamos tendo a coragem par abrir as portas e anunciar o projeto de Jesus?
2.
Os ministérios, carismas e serviços são dons para a Comunidade?
3.
Vivemos o sacramento da Crisma?
Dinâmica:
Duas
vasilhas com óleo perfumado. Formam-se duas filas. Cada um faz uma cruz na
fronte do outro, renovando o Sacramento da Crisma, dizendo: O DOM
de Deus esteja contigo!
No
final da celebração, dar a benção com Círio Pascal aceso, depois apagá-lo,
guardando-o em uma caixa bonita.
RITO
PARA APAGAR DO CÍRIO PASCAL
(Domingo de Pentecostes)
Terminada
a oração depois da comunhão o que preside se dirige junto ao círio
ainda aceso e faz uma breve introdução à liturgia da luz:
Irmãos
e irmãs,
na noite na qual se deu vida ao
alegre tempo Pascal,
o “dia de cinqüenta dias”,
no momento de acender o Círio, nós
aclamamos a Cristo nossa Luz.
E a luz do Círio pascal
nos acompanhou nestes cinqüenta dias
e contribuiu não pouco a nos fazer recordar
a grande realidade do Mistério pascal.
Hoje, no dia de Pentecostes,
ao fechar-se o Tempo da Páscoa,
o Círio é apagado,
este sinal nos é tirado,
também porque,
educados na escola pascal do mestre
Ressuscitado
e cheios do fogo dos dons do Espírito
Santo,
agora, devemos ser nós,
“Luz de Cristo” que se irradia,
como uma coluna luminosa que passa no
mundo,
em meio aos irmãos,
para guiá-los no êxodo em direção ao céu,
à “terra prometida” definitiva.
Veremos agora,
no desenrolar do ano litúrgico,
resplender a luz do Círio Pascal,
sobretudo em dois momentos importantes
do caminhar da Igreja:
Na primeira Páscoa que viveram os
seus filhos
com a recepção do Batismo,
e por ocasião da última Páscoa,
quando, com a morte,
ingressarão na verdadeira vida.
O
cantor dirige-se ao ambão, e de lá canta as invocações a Cristo.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Presidente:
Cantando, em reto tom estas e as
demais invocações.
Ó Sol da justiça, raio bendito, primeira
fonte de luz, o ardentemente desejado, acima de tudo e de todos; poderoso, inescrutável
e inefável; alegria do bem, visão da esperança satisfeita, louvado e celeste,
Cristo criador, Rei da glória, certeza da vida/, preenche os vazios da nossa
voz com a Tua Palavra onipotente, oferecendo-a como súplica agradável ao teu
Pai altíssimo/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Presidente: Esplendor da glória do Pai, que
difunde a claridade da verdadeira luz, raio da luz, fonte de todo esplendor/.
Tu, dia que ilumina o dia, Tu verdadeiro sol, penetra com a tua luz constante e
infunde nos nossos sentidos a chama do teu Espírito/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Presidente: Sois a lâmpada da casa paterna
que ilumina com luz ardente/. Sois o sol da justiça, o dia que jamais escurece,
a luminosa estrela da manhã/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Presidente:
Sois do mundo o verdadeiro doador da Luz, mais luminoso que o sol pleno, todo
luz e dia/, ilumina os profundos sentimentos do nosso coração/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Presidente: Ó Luz dos meus olhos, doce
Senhor, defesa dos meus dias, ilumina Senhor o meu caminho, pois sois a
esperança na longa noite/. Ó chama viva da minha vida, ó Deus, minha luz/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos: Demos graças a Deus!
Coral: Hino Pascal “Cristo venceu
Aleluia”
Terminado
o Hino Pascal, o Presidente faz a inclinação ao Círio Pascal, e o toma
nas mãos. Depois, voltado para o povo, canta a oração.
Digna-Te,
ó Cristo,
nosso
dulcíssimo Salvador,
de
acender as nossas lâmpadas da fé;
que
em Teu templo elas refuljam constantemente,
alimentadas
por Ti, que sois a luz eterna;
sejam
iluminados os ângulos escuros do nosso espírito
e
sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo/.
Faz
que vejamos, contemplemos, desejemos somente a Ti,
que
só a Ti amemos,
sempre
no fervente aguardo de Ti,
Que
vives e reinas pelos séculos dos séculos/.
E
abençoe-nos o Deus Todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
E toda a assembléia aclama, cantando: Amem!
Amem! Amem!
Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.
No final da celebração, depois de dar a
benção com Círio Pascal aceso, apagá-lo, guardando-o em uma caixa bonita.
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