Introdução:
Esta celebração lembra três fatos importantes do fim da vida terrena de Jesus:
a instituição da Eucaristia, a instituição do sacerdócio e o exemplo de
humildade no lava-pés. Sinais do grande serviço prestado à humanidade na cruz,
Eucaristia, sacerdócio e caridade-serviço, formam uma unidade inseparável: a
Eucaristia é o sacrifício da cruz por meio do sinal sacramental. O sacerdócio é
a continuação do sacerdócio de Jesus, plenificado na cruz. A caridade é o amor
doação que tem como maior exemplo o amor doação de Jesus na cruz. Celebrar a
Quinta-feira Santa é estar com Jesus nos seus últimos momentos e participar da
entrega total que Ele faz. Reunidos ao redor da mesa, também nós renovemos o
nosso compromisso de entrega total.
O cerimonial da Páscoa lembra ao povo que Deus está do seu lado.
Derrota o faraó opressor e protege o oprimido. Celebrada até hoje, como festa
mais importante, ela é para os cristãos a lembrança de um Deus que liberta o
seu povo através do novo cordeiro, que é Jesus Cristo.
As refeições
eucarísticas, em Corinto, não primavam pela delicadeza em esperar os mais
simples, entre eles os escravos e operários. É neste contexto que Paulo relata
o mais antigo testemunho sobre a Eucaristia. (seria interessante ler 1 Cor
11, 17-33).
Evangelho: Jo 13,1-15 -
Lavadores de pés!
O Senhor se
torna servo. Toda a sua vida tinha sido assim. Amanhã, na cruz, será assim!
Servo, entrega a própria vida. O lava-pés, não é apenas um gesto simbólico, mas
é na realidade o que fez par dizer que também nós devemos ser lavadores de pés.
Estar sempre a serviço: A Eucaristia é total doação: o sacerdócio deve ser
total doação; o mandamento do Amor só pode ser entendido como doação; a cruz é
total doação. Como o Servo, também devemos ser servos. Fica fácil repetir o
rito do lava-pés! O difícil é concretizá-lo em nossa vida!
1. Como são nossas celebrações?
2. Quem está na liderança da
Comunidade está a serviço?
3. Comunidade e Eucaristia têm
que significado para nós? Qual a importância que damos às nossas celebrações?
São substituídas facilmente pelo passeio, pela preguiça, pela TV...?
Dinâmica:
No lava-pés, escolher
desempregados e desempregadas, para que lhes sejam lavados os pés.
SEXTA-FEIRA SANTA
Obs.: Após a Leitura da
paixão, haja uma BREVE homilia.
Introdução:
Neste dia "em que Cristo,
nossa Páscoa foi imolado”, (1Cor 5,7), torna-se clara realidade o que
desde ha muito havia sido prenunciado em figura e mistério: a ovelha verdadeira
substitui a ovelha figurativa, e mediante um único sacrifício realiza-se
plenamente o que a variedade das antigas vítimas significava. Com efeito,
"a obra da Redenção dos homens e da perfeita glorificação de Deus,
prefigurada pelas suas obras grandiosas no povo da Antiga Aliança, realizou-a
Cristo Senhor, principalmente pelo mistério pascal da sua bem-aventurada
Paixão, Ressurreição de entre os mortos e gloriosa Ascensão, mistério este pelo
qual, morrendo, destruiu a nossa morte e, ressuscitando, restaurou a nossa vida
Foi do lado de Cristo adormecido na Cruz que nasceu o admirável sacramento de
toda a Igreja. (SC, n. 5)
Ao contemplar Cristo, seu Senhor
e Esposo, a Igreja comemora o seu próprio nascimento e a sua missão de estender
a todos os povos os salutares efeitos da Paixão de Cristo, efeitos que hoje
celebra em ação de graças por dom tão inefável. (CB, n. 312).
Reflexão:
1 - A cruz redentora e
libertadora de Cristo.
2 - Não parar na morte, mas
apontar para a ressurreição.
3 - Os que morrem hoje, vítimas
da violência, do desemprego, do sistema.
4 - Somos convidados a seguir os
passos de Jesus: nossos sofrimentos, dores, desafios...
Obs.: a) na oração universal,
acrescentar uma, pelos que são vitimas do tráfico humano
b) na adoração da cruz, colar nela cartazes, para serem retirados, escrito:
desemprego, fome, morte, ...
SÁBADO SANTO -
VIGÍLIA PASCAL
Obs.: Para a Vigília Pascal, propõem-se
nove leituras: sete do AT e duas do NT. Se as circunstâncias o exigirem, por
razões particulares, o número de leituras pode ser reduzido. Mas, devem-se ler
ao menos três do AT ou, em casos mais urgentes, duas antes da Epístola e do
Evangelho. Nunca se omita a leitura do Êxodo, sobre a passagem do Mar
Vermelho.(3ª leitura).
1ª.Gn
1,1-2,2 2ª.Gn 22,1-18 3ª.Ex
14,15-15,1 4ª.Is 54,5-14 5ª.Is
55,1-11 6ª.Br 3,9-15.32-4,4 7ª.Ez
36,16-17a.18-28 Epístola: Rm 6,3-11 Evangelho: Mt
28,1-10
Introdução:
Páscoa quer dizer “passagem”. Deus passa entre os homens, os homens passam o
Mar Vermelho, Cristo passa da Morte à Vida, o batizado passa do pecado à Graça.
Passamos das Trevas para a Luz. Iniciamos nossa vigília, com a mais bela das
cerimônias: a benção do fogo novo que acende o Círio Pascal, iluminando nossa
noite. E cantamos a alegria desta noite... Depois ouvimos a história da
salvação, desde o começo da criação, até a noticia de que Aquele que estava
morto Ressuscitou! Cantamos o alegre Aleluia, anunciando ao mundo esta
verdade: a morte foi vencida!
Leitura: Ex 14,15-15,1
- Liberdade, liberdade...
A passagem do Mar Vermelho divide a história do povo judeu entre o
passado da opressão e futuro da liberdade. Não há mais caminho de volta. O mar
se fecha, os inimigos são derrotados. Há agora uma caminhada pela frente. É
proclamada a independência de um povo. O hino de Moisés, que canta esta vitória
é a forma poética de narrar o mesmo fato: Deus libertou o seu povo.
Epístola: : Rm 6,3-11 -
Morte e vida
Jesus foi
morto por um sistema religioso fanático e por um sistema político opressor. Mas
Deus o ressuscitou. Pela fé e pelo batismo, o cristão participa desta sua
morte-ressurreição. É preciso morrer (=converter-se) para participar da Vida.
Evangelho: Mt 28,1-10 -
Da morte para a vida
É manhã do
primeiro dia da semana. É manhã de Domingo. É o dia do Senhor. Por causa desta
manhã, os cristãos vão se reunir todos os Domingos para lembrar este Dia: neste
dia Jesus ressuscitou! Sua história não para na morte. Ele ressuscitou. Esta é
a verdade central de nossa fé. E somos continuadores do anúncio desta verdade.
Devemos continuar em todos os lugares e em todos os momentos a anunciar esta
verdade, transformando o medo da morte na alegria da vida. Com Jesus devemos
também fazer esta passagem, esta Páscoa.
Reflexão.
1. Somos das Trevas ou somos da
Luz? Escravos ou Livres?
2. Como estamos vivendo o nosso
Batismo? Procuramos nos converter a cada dia?
3. Estamos anunciando a Vida? Que
projetos nossa Comunidade tem para dar valor à Vida?
Dinâmica:
Depois da homilia, fazer o abraço
da paz e desejar Feliz Páscoa.
DOMINGO DE PÁSCOA
Introdução:
A ressurreição não é mero milagre que mostra a divindade de Jesus: Deus não
pode morrer! Também não é uma vingança sobre os inimigos que o mataram! É muito
mais: é a resposta de Deus às nossas mais profundas interrogações e por isso é
a mais bela noticia que temos. Nossa história não termina com a morte. E
através da Ressurreição Jesus vem selar o que pregou, vem dar fundamentação ao
seu projeto, vem dizer que o Reino anunciado é de verdade o Reino de Vida, de
Verdade e de Justiça!
I Leitura: At
10,34a.37-43 - Testemunhar a Vida.
Pedro faz um resumo da história de Jesus. Fala do Jesus da história e
do Cristo ressuscitado. É a ressurreição que ilumina todo o passado de Jesus e
projeta luz para a caminhada da Igreja: anunciar esta novidade é tarefa nossa.
Não mais morte, não mais sofrimento, não mais doença, mas Vida. Ressuscitados
com o ressuscitado!
II Leitura: Cl 3, 1-4 -
Batizados = ressuscitados.
Todo batizado
deve viver de acordo com o seu Batismo. A Liturgia Batismal salienta bem o
morrer (mergulhar, dar um banho, lavar) e o viver (o sair da água, a roupa
nova, a luz). Não podemos nos comportar mais como antes. Se batizados devemos
procurar viver esta vida nova que recebemos. Agora estamos incorporados à
Cristo. E a Cristo ressuscitado!
Evangelho: Jo 20,1-9 -
Ele não está morto!
Um túmulo
vazio! É o que encontram Pedro e João. E mais tarde Jesus vai aparecer a
Madalena, aos apóstolos... Tudo para confirmar que Ele não está morto. As testemunhas
passaram para nós esta verdade. É por causa desta verdade que estamos reunidos
hoje. É por causa desta verdade que nos reunimos a cada Domingo. A verdade da
Ressurreição deve tomar conta de nossa vida a tal ponto, que devemos anunciá-la
aos outros, e como os mártires dar a vida para defendê-la. Jesus está vivo!
Esta é a grande noticia que devemos espalhar para o mundo inteiro. E porque Ele
está vivo todos têm o direito à vida.
Reflexão.
1. Qual o sentido de nossa
esperança?
2. Estamos lutando para defender
a vida?
3. Vale a pena lutar pela vida,
se a morte toma conta da história? Somos anunciadores da Ressurreição?
Dinâmica:
Depois da homilia fazer o abraço
da paz e desejar Feliz Páscoa.
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