1. Introdução.
Existem duas linhas de relação para com Deus. Uma primeira, que espera que tudo venha dele, como mágica. E a segunda que dispensa a ação de Deus na vida dos humanos. Hoje vamos perceber que nossa confiança deve ser total, mas não passiva e alienante. Gosto muito da proposta que foi transformada em oração: "Reze como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como se tudo dependesse de você."
2. Primeira Leitura – “Eu não te esquecerei.” (Is 49, 15).
O contexto é o da volta do exílio da Babilônia. No exílio a reclamação: Deus se esqueceu de nós! A resposta de Deus aponta para o carinho materno: mesmo que a mãe se esqueça do filho, Deus não se esquecerá dos exilados e os fará retornar. O salmo 61 é a resposta de confiança de quem entendeu isso.
3. Segunda Leitura - “O Senhor manifestará os projetos dos corações” (1Cor 4, 5).
Diante das dificuldades vividas pela comunidade de Corinto, Paulo traça o perfil do agente pastoral que não deve temer os julgamentos humanos. “Só Deus pode fazer verdadeira justiça, pois só ele conhece a totalidade e profundidade do homem, para além das aparências e interesses.”
4. Evangelho – “Não vos preocupeis com o dia de amanhã.” (Mt 6, 34).
Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça. Estamos divididos entre Deus e o dinheiro. Os bens materiais devem ser buscados para a sobrevivência e não para ser o apoio de segurança. E, sobretudo para a partilha. Alimento, roupa, coisas materiais são preocupações pagãs... Se vivermos a busca do Reino e a sua justiça isso nos será dado por acréscimo. Não podemos ficar esperando as coisas caírem do céu, como mágica. O processo é dinâmico = BUSCAR...
5. Conclusão.
Deus jamais nos abandona. Ele se faz presente em nossa história. Mas será preciso escolher valores perenes. As coisas deste mundo passam. “O céu e a terra desaparecerão, mas as minhas palavras não desaparecerão”. (Mt 24, 35). É até poético perceber o feminino de Deus, que cuida de nós mais do que uma mãe. É até poético ouvir Jesus falar das aves dos céus, dos lírios dos campos. Mas será preciso assumir a busca daquilo que realmente tem valor. Devemos ser incansáveis e dinâmicos buscadores dos valores do Reino. O mais nos será dado por acréscimo.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
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