21/02/2011

EXIGÊNCIA ESTRANHA - VIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução.

As exigências de Jesus têm sido estranhas. Não quer a superficialidade “dos escribas e fariseus”. O legalismo pura e simplesmente não tem razão de ser para o cristão. Jesus quer algo mais. Para nós não basta assumir o estrito necessário. O “Vós ouvistes o que foi dito” e o “Eu, porém, vos digo” deve ressoar como um apelo à conversão. Já no domingo passado éramos chamados a mergulhar na questão do cuidado para não matar o irmão com as diversas mortes, cuidado para não se permitir comportamentos adulterinos,... Hoje somos instigados por uma proposta estranha aos nossos conceitos humanos: amar até o inimigo!

2. Primeira Leitura – “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. (Lv 19, 18).

Para ser santo é preciso amar o próximo. O cap. 19 retoma todas as exigências já expostas no Decálogo. Seguir os mandamentos é buscar a santidade. Amar o próximo é fazer aquilo que Deus é: AMOR. São João vai definir assim Deus: “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele”. (1 Jo 4, 16).

3. Segunda Leitura – “Tudo é vosso, mas vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus”. (1Cor 3, 22-23).

Dentro do contexto deste Domingo, Paulo nos ajuda a buscar uma sabedoria baseada nas propostas de Deus. Paulo faz um confronto entre a sabedoria do mundo (insensatez) e Deus, para que não nos fundamentemos em propósitos humanos. Daí a exigência maior para o cristão.

4. Evangelho – “Amai os vossos inimigos.” (Mt 5, 44).

O algo mais que Deus quer de nós, a necessidade de ir além, nos incomoda. É sobre-humano. Mas é isso mesmo que Deus quer de nós: algo mais, ir além. O texto de hoje aponta duas das ações para colocar em prática esta ação: AMAR e REZAR. Em Lucas 6 temos as outras ações – “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam. Falai bem dos que falam mal de vós e orai por aqueles que vos caluniam.” – FAZER O BEM e FALAR BEM. Nestas quatro ações estará contido nosso verdadeiro amor ao próximo.

5. Conclusão.

É complicado ser cristão. Mas é preciso fazer a diferença. Jesus não nos chama para coisas fáceis. É bom lembrar o convite feito: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz, e me siga”. (Mt 16, 24). O exemplo vem dele: entrega total. Para todos. Na nossa celebração vivemos de uma maneira prática esta proposta de Jesus. Mas será preciso fazer com que isso se torne realidade também no nosso dia-a-dia. Conversão.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


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