Introdução:
Pelo Batismo fomos constituídos profetas. Nesta celebração, nos reunimos para recordar este nosso ministério, à luz do profetismo verdadeiro, dado como Dom, ao povo de Deus e o profetismo de Jesus, que vem inaugurar um novo modo de anunciar e denunciar. O ensinamento de Jesus é uma prática libertadora, diferente da dos falsos profetas, dos que estão no poder, seja político ou religioso, de seu tempo. O valor de nossa doação, segundo o nosso estado de vida, deve ser medido pelo amor empenhado e pelo serviço que se presta ao irmão. Não bastam belos discursos: o que conta é a prática. Assim agiu Jesus, assim devemos nós agir!
I Leitura: Dt 18, 15-20 – Porta-voz de Deus
O livro do Deuteronômio dá orientações específicas sobre como deve se comportar o rei, os sacerdotes e como devem ser os profetas. Os profetas profissionais falavam o que a autoridade queria. O verdadeiro profeta vai falar aquilo que Deus quer que se fale. O profeta deve ser um instrumento de libertação e não de opressão. Jesus vai encarnar esta proposta e como novo Moisés será o Profeta libertador da humanidade.
II Leitura: 1Cor 7, 32-35 – Ocupar-se das coisas de Deus.
Paulo continua a responder a algumas perguntas dos coríntios. Hoje vem dar orientações sobre o estado de vida que devem levar: para nós, hoje, fica difícil entender o valor da virgindade se não entendermos o significado da doação sem reservas ao projeto de Deus. Mas também tem valor extraordinário, mesmo sendo casados, os que, nas nossas Comunidades doam seu tempo e suas vidas...
Evangelho: Mc 1, 21-28 – Falou e fez!
Jesus, ao iniciar sua missão, ensina libertando, agindo. No Sábado, na sinagoga, tempo e lugar sagrados. Depois da ação de Jesus, se perguntam: “O que é isto? Um ensinamento novo?” Jesus tem poder sobre o mal. Vem libertar. Sua fama começa a se espalhar. Mas Ele não se deixa levar pela fama. Vai assumir o risco, indo seguramente para Jerusalém, onde vai enfrentar o grande desafio: vai ser preso, torturado e morto. Mas vence a morte: ressuscita!
Reflexão.
1. Estamos sendo profetas a favor das estruturas que matam, destroem, excluem?
2. Nosso estado de vida nos leva à doação e ao serviço?
3. Há coerência entre o nosso falar e o nosso agir?
Dinâmica:
Entrar com o Círio Pascal ou uma grande tocha acesa, cantado o 765: “Pelo Batismo recebi uma missão...”