Introdução
Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto
Quando
nos perguntam sobre Jesus nem sempre temos respostas seguras. Contentamos-nos
com a superficialidade de nossos conhecimentos iniciais de religião. Afinal
quem é Jesus? O povão vai responder fazendo comparações – João Batista, Elias,
um antigo profeta... Mas o discípulo, quem está perto, quem convive qual a
resposta deve dar? “O Cristo de Deus.” Parece ser simplista. Mas
não é. Tem o peso de toda a promessa cumprida por Deus para nos dar o Messias
prometido. A palavra Cristo significa Ungido, do hebraico Messias. De Deus. Não
auto-proclamado, mas revestido da autoridade divina. O que dá a Ele toda
condição de ser o Redentor da humanidade. Tudo aponta para a cruz!
Primeira
Leitura - Zc 12, 10-11;13,1
O texto da 1ª
leitura (Zc 12, 10-11;13,1) faz uma promessa da regeneração espiritual do povo
de Israel. Faz-nos perceber que vão chorar Jesus que levaram à morte. Mas essa
morte é purificadora. Jesus, o prometido, vai sem medo em direção à cruz, pois
sabe que é dali que vai brotar a salvação para a humanidade. O Espírito
derramado (lembra Pentecostes!) de graça e de consolação, de piedade e súplica,
para a ablução e purificação. Tudo isso brota da cruz.
Evangelho
- Lc 9, 18-24
Identidade.
a)
Uma primeira pergunta:
“Quem diz o povo que sou eu?” (Lc 9, 18).
João Batista,
Elias, algum profeta antigo... A fantasia do povo até hoje não tem segurança de
quem é Deus. Colam nele os mais diversos fenômenos naturais, paranormais e
sobrenaturais. Se chover: é Deus quem manda. Um desastre: é Deus quem quer. Uma
doença grave: é da vontade de Deus...
b)
Uma pergunta para aos
apóstolos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9, 20)
Uma resposta que
compromete: “O Cristo de Deus”. Mas não basta declarar e aceitar
que Jesus é o Messias; é preciso rever a idéia a respeito do Messias, o qual,
para construir a nova história, enfrenta os que não querem transformações.
c)
Um balde de água fria:
“O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos
chefes dos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto, e ressuscitar no
terceiro dia.” (Lc 9, 22)
Não adiante ficar
entusiasmado e pensando ser esse o momento da conquista do poder material. Por
isso, Jesus apresenta outra proposta: Ele vai sofrer, ser rejeitado e morto.
Sua ressurreição será a sua vitória. E quem quiser acompanhar Jesus na sua ação
messiânica e participar da sua vitória, terá que percorrer caminho semelhante:
renunciar a si mesmo e às glórias do poder e da riqueza.
Três passos: “Se
alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e me
siga.” (Lc 9, 23).
a)
Renuncia:
Deixar de lado os
projetos humanos e assumir os projetos de Jesus. Jesus não que o poder
material. Quer que o Reinado aconteça. Para isso é preciso conversão. “Eu vivo, mas já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Ga 2,20).
b)
Tomar a cruz de cada
dia
A cruz aqui não é
o sofrimento, as dores, as doenças. É assumir o projeto de Jesus para a
salvação da humanidade. Como Cirineu, devemos assumir o levar o projeto de
Jesus, junto com Ele para sermos também redentores da humanidade.
c)
Seguimento
Na prática
assumir o que Aparecida quer de nós. Discípulos = seguidores do Mestre.
Missionários = propagadores da Boa Noticia do Mestre.
Dinâmica
Depois
do Evangelho entra com uma cruz grande e colocá-la em destaque no presbitério