26/03/2014

4º DOMINGO DA QUARESMA


 

Introdução:

No dia do nosso batismo fomos ungidos sacerdotes, profetas e reis. Esta unção nos marcou como filhos e filhas de Deus, pelo banho na água. Recebemos uma vela acesa, no compromisso de viver como filhos da luz. A liturgia de hoje evoca toda esta dimensão batismal. Davi ungido rei, lembra a cada um de nós nosso chamado ao serviço pastoral e social. Paulo quer que vivamos como filhos da luz. Ao curar o cego de nascença, Jesus pede que ele se lave na piscina... A quaresma é este tempo forte de preparação para a Páscoa da Ressurreição, tempo em que os catecúmenos se preparavam para o Batismo. Somos hoje chamados a reviver a intensidade deste sacramento em nossa vida. Diante de desafios, como o trafico humano, as violências, as agressões lembrados pela Campanha da Fraternidade, devemos assumir o anúncio e a denúncia proféticas, o serviço, sobretudo à causa dos excluídos e celebrar a vida, dom precioso que Deus nos dá e que está sendo tão negligenciada!

 

 I Leitura: 1Sm 16,1b.6-7.10-13a - Quem vê cara não vê coração.

A unção de Davi mostra que Deus não age de acordo com os critérios humanos. A unção carismática, feita pelo profeta, legitima esta escolha por parte de Deus. A história esta cheia de exemplos claros dos erros cometidos, quando se escolhe algo ou alguém seguindo apenas os critérios humanos. Deus escolhe sempre o que não tem valor, elege sempre o pobre, está do lado do excluído...

 

II Leitura: Ef 5,8-14 - Ser filhos da luz

São Paulo termina o texto de hoje com um hino batismal: “Desperte você que está dormindo. Levante-se dentre os mortos e Cristo o iluminará.” Quem assumir de verdade o seu batismo vai produzir frutos de bondade, de justiça, de verdade, de solidariedade e de paz.

 

Evangelho: Jo 9,1-41 - Não basta ter olhos abertos para enxergar...

O cego é todo o oprimido, alienado. Jesus quer libertá-lo. Mas o poder não quer deixar! Curado, tem que enfrentar os desafios e precisa mudar de lado. Jesus então o admite na nova comunidade. O poder não quer sair perdendo. Mas Jesus desmascara o poder. Não basta ter olhos abertos para enxergar...

 

Reflexão.

1. Como estamos vivendo a nossa tríplice missão batismal: profeta, sacerdotes, servos?

2. Lutamos para construir uma sociedade exista bondade, verdade e justiça?

3. Temos coragem de enfrentar o poder e denunciar as injustiças? Sobretudo tudo o que Campanha da Fraternidade/2014 vem denunciando?

 

Dinâmica:

Fazer aqui o Ato penitencial, e retirar a venda que cobre os olhos daqueles que fazem os pedidos de perdão.

 

Lembrar que o Evangelho pode ser dialogado (O livro da Diocese para a leitura da Paixão tem no final o texto do Evangelho deste domingo em forma de diálogo)

 

 

 

05/03/2014

Iº DOMINGO DA QUARESMA


 
Introdução:

Começamos a Quaresma. Um tempo de enfrentamentos. Vamos nos enfrentar, fazendo um sério exame de consciência. Vamos enfrentar um modelo social excludente, que empobrece e produz morte e morte violenta. Vamos enfrentar desafios tentadores. Como enfrentaram nossos primeiros pais e como enfrentou Jesus. No paraíso houve uma desistência da luta, uma derrota. No deserto houve um enfrentamento corajoso, que saiu vitorioso. Jesus é exemplo de luta, de ousadia, de coragem! Devemos imitá-lo! A celebração que nos reúne nos fortalece para que possamos enfrentar as diversas tentações. “Se é prá ir prá luta eu vou...”.

 

 I Leitura: Gn 2,7-9;3,1-7 - Quem tudo quer tudo perde.

A descrição poética da criação não quer dar informações cientificas sobre a origem do homem, mas entender e interpretar a existência humana, com seus desafios e mistérios herdados de seu passado. Saídos das mãos de um Deus oleiro, mostra a nossa fragilidade. O jardim com a árvore da vida, a bondade de Deus que nos sustenta. A árvore do bem e do mal, a ganância de ter tudo, algo só de Deus e que o homem queria para si.  A serpente, o deus dos vizinhos, tentação de apostasia e superstição. Ao homem nu, diante do mal, é oferecida a veste nova, na esperança de um Redentor.

 

II Leitura: Rm 5,12-19 - Da morte para a vida.

Paulo faz as comparações entre Adão e Jesus, entre o pecado e a graça, entre a morte e a vida. A humanidade, mergulhada no reino do pecado e da morte, assemelha-se a Adão. A humanidade, introduzida no reino da graça e da vida, assemelha-se a Jesus. Um só levou todos ao pecado. Um só levou todos à vida. Neste tempo de quaresma contemplamos Jesus que assume com coragem o caminho para a cruz, de onde redimirá a humanidade toda.

 

Evangelho: Mt 4,1-11 - Ele venceu, nós venceremos!

Diante de nós está o Jesus humano, que enfrenta os desafios do demônio. É a experiência da própria Comunidade que no dia-a-dia enfrenta os desafios. Faltaria algo, se no inicio da vida de Jesus Ele não tivesse enfrentado o demônio e o vencido. Mas Ele o fez para mostrar à humanidade a possibilidade de também vencer as tentações. Jesus é tentado a satisfazer suas necessidades imediatas (prestígio, poder, riquezas), mas supera as tentações, apresentando um projeto que transforma as estruturas. A Palavra que sai da boca de Deus, não tentar o Senhor, adorar ao Senhor Deus, são expressões que mostram sua confiança e sua obediência ao projeto do Pai.

 

Reflexão.

1. Quais as tentações que nos rodeiam? O Ter, o Prazer, o Poder...

2. Como estamos participando da Campanha da Fraternidade? Estamos nos empenhando em resolver o problema do tráfico humano, sendo construtores da Liberdade?

3. Somos sinceros ao rezar “e não nos deixeis cair em tentação...”?

 

Dinâmica:

Fazer o Ato Penitencial depois da homilia. (Em todos os domingos)

- Trazer numa cesta ou bandeja, uma sacola representando dinheiro, uma roupa rica, uma garrafa de bebida e enquanto se canta, coloca-se sobre estas coisas uma cruz.

- Lembrando a última preparação para o batismo, o padre ou animador traça a cruz sobre a Assembléia e todos fazem uma cruz na testa da pessoa que está do lado.