24/05/2011

NÃO ESTAMOS SOZINHOS! - 6º Domingo de Páscoa


1. Introdução.

Estamos nos aproximando da Festa de Pentecostes. A liturgia aproveita e, didaticamente, começa a nos preparar para este grande acontecimento. O Espírito Santo dinamiza a Igreja e faz com que ela cresça. Este mesmo Espírito encoraja os cristãos a enfrentar os desafios. O Evangelho declara que não ficaremos órfãos: o Espírito Santo estará conosco como nosso consolador e nosso defensor. A celebração de hoje nos ajuda a assumir uma caminhada confiante. Não estamos sozinhos. A Palavra que é semeada em nosso coração e a Eucaristia que nos alimenta são dons gerados pelo Espírito para a vida de nossa Comunidade.

2. Primeira Leitura: At 8,5-8.14-17 - Missão de Jesus, missão da Igreja.

Lucas descreve o crescimento da Igreja. Os discípulos continuam a ação de Jesus: anúncio do reino, expulsão dos demônios, curas. Mas não são obras humanas: são obras produzidas pelo Espírito. Sem Ele nada disso estaria acontecendo! Hoje ainda a Igreja continua a obra de Jesus, impulsionada pela força do Espírito Santo.

3. Segunda Leitura: 1Pd 3,15-18 - Não tenham medo!

No versículo anterior (14), há uma pista para se entender que tipo de sofrimento é este descrito no texto de hoje: o sofrimento por causa da justiça. Pedro escreve aos injustiçados, marginalizados, peregrinos, já considerados como subversivos e conspiradores. É preciso enfrentar o sofrimento, para que a exemplo de Jesus, pelo Espírito, tenhamos vida.

4. Evangelho: Jo 14,15-21 - Temos um Defensor. Não estamos sozinhos.

Jesus envia o Espírito Santo como nosso defensor. Não nos deixa órfãos. A Comunidade deve viver o projeto de Jesus: assumir o seu mandamento. Esta é a condição para que o Espírito haja. Se não retratarmos a obra de Jesus, se não dermos continuidade ao seu projeto, estaremos optando pela mentira, pela morte. Amar significa optar pela Verdade, pela Vida.

5. Reflexão.

1. Nossos projetos são meramente humanos ou estamos nos deixando conduzir pelo Espírito?

2. Como estamos enfrentando os desafios?

3. Somos continuadores da obra de Jesus?



6. Dinâmica:

Fazer aqui o Rito da Misericórdia: a) pedir perdão pelo nosso comodismo.

b) pedir perdão pelo nosso medo.

c) pedir perdão por não assumir o projeto de Jesus.



Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

catedral@dci.org.br



16/05/2011

PEDRAS DE CONSTRUÇÃO - Vº Domingo de Páscoa


1. Introdução.

As palavras chaves deste Domingo são: serviço, construção, caminho. Viver como o Ressuscitado é comprometer-se com o seu projeto. Depois do lava-pés Jesus diz: “O que Eu fiz, fazei vós também” (Jo 13,15) Devemos servir. Jesus é a pedra fundamental, nós somos chamados a ser pedras na construção deste projeto novo. Ele se apresenta como Caminho, Verdade e Vida. Jesus não indica caminhos, ensina verdades, promete vida! Ele mesmo em pessoa é Deus no meio de nós. Só Ele pode se proclamar Caminho, Verdade e Vida. A celebração que nos reúne deve nos ajudar a assumir o serviço, a ser pedra na construção eclesial e a assumir Jesus como Caminho, Verdade e Vida.



2. Primeira Leitura: At 6,1-7 - Rezar sim, trabalhar também!

Diante das primeiras dificuldades, a comunidade inteira é convocada para examinar a questão e chegar a uma decisão. Os serviços (ministérios) vão surgindo na Igreja diante das necessidades concretas. Os bens são colocados a serviços dos necessitados (viúvas). Por causa destas atitudes muitos começaram a participar da vida da comunidade cristã. (cf. Mt 5,16 e 1Pd 2,12).



3. Segunda Leitura: 1Pd 2,4-9 - Pedra Viva, pedras vivas...



Pedro descreve Jesus como uma pedra viva e quer que cada cristão seja também uma pedra viva. A pedra serve para a construção, mas serve também para tropeço. Quem aceita Jesus, constrói com Ele. Quem o rejeita tropeça e cai. Pelo Batismo passamos a fazer parte desta construção: sacerdotes, profetas e servos!



4. Evangelho: Jo 14,1-12 - Caminho, Verdade e Vida.



Jesus é o caminho verdadeiro para a vida. Ninguém poderia se proclamar caminho, Verdade e Vida a não ser Jesus! Ele é o caminho seguro que nos conduz ao Pai! Só Ele é a verdade encarnada. É pela sua morte-ressurreição que temos Vida! Quem vê Jesus vê o Pai; quem vê o cristão deve ver Jesus. Devemos ser continuadores desta presença libertadora de Jesus na Comunidade e na Sociedade. Gosto de repetir o que Jesus diz no Evangelho de hoje: “E para onde eu vou vós conheceis o caminho.” (Jo 14,4). Nós já conhecemos o caminho. Precisamos indicá-lo aos outros...



5. Reflexão.



1. Como estão nossos ministérios (serviços) na Comunidade? Somos servos ou queremos que nos sirvam?

2. Estamos participando da construção de uma sociedade nova? Hoje, em Salvador, na Bahia, acontece a beatificação de Irmã Dulce, que conhecemos entre nós como o “Anjo bom da Bahia”. Ela será invocada como Beata Irmã Dulce dos Pobres, porque sua vida foi toda ela dedicada aos pobres. Lutou para construir uma sociedade nova.

3. Seguimos atalhos, mentiras e morte?



Dinâmica:

Cada pessoa do CPC trazer uma pedra (paralelepípedo ou tijolo), com o nome de sua pastoral ou serviço e montar uma parede. Deixar buracos na parede e dinamizar, perguntando o que falta (pastorais, serviços) para a parede (comunidade) ficar mais a serviço.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


catedral@dci.org.br



10/05/2011

DOMINGO DO BOM PASTOR - 4º Domingo de Páscoa

1. Introdução.

Este Domingo é o Domingo do Bom Pastor. Dia de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas. Olhando para Jesus, O Bom Pastor, queremos pedir mais pastores para o nosso rebanho. Não só pastores instituídos (padres, religiosos ou religiosas), mas também pastores que assumam com generosidade nossas pastorais. Este é um nome tão repetido e assumido em nossa Diocese, mas que muitas vezes não motivou ainda nossas Comunidades a assumir o modelo de Igreja proposto para a nossa caminhada diocesana. A Celebração de hoje deve nos ajudar a rezar ao Bom Pastor mas também a nos comprometer com o rebanho!

2. Primeira Leitura: At 2, 14a.36-41 - O crescimento do rebanho

Pedro apresenta como assumir o projeto de Jesus: a conversão! O Batismo insere a pessoa numa nova comunidade. É preciso deixar de lado as estruturas injustas produzidas pelo pecado e assumir o projeto do Reino. Morrer para o pecado e ressuscitar para a vida nova. O Batismo nos coloca no rebanho do Bom Pastor e nos compromete com um jeito novo de vida.

3. Segunda Leitura: 1Pd 2,20b.-25 - Cordeiro e Pastor.

Pedro descreve o sofrimento de Jesus para justificar o nosso sofrimento: é na dimensão do Reino que sofremos. Lembra Mt 5, 10, sofrer para o Reino. Como Cordeiro, Jesus passa pelo sofrimento para nos resgatar. A partir daí torna-se Pastor, e nós como ovelhas fazemos parte deste rebanho.

4. Evangelho: Jo 10,1-10 - Vida em abundância.

Os pastores guardavam suas ovelhas todas num mesmo curral, à noite. Um ficava vigiando. O ladrão não tinha condição de entrar pela porta. Só se derrubasse a cerca. Pela manhã, cada um chamava suas ovelhas e elas seguiam seu pastor, reconhecendo seu chamado. Jesus se apresenta como Porta. Uma abertura libertadora, que liberta as ovelhas para pastagens. O redil opressor é aberto, para que todos tenham vida. Jesus não quer ninguém prisioneiro, doente, excluído: quer que todos tenham vida.



5. Reflexão.

1. Como estamos vivendo o nosso Batismo? Nosso rebanho está aumentando?

2. Como estão nossas pastorais? Temos preocupação com as pastorais sociais?



Dinâmica:

Apresentar as atividades de nossa Comunidade. Interrogar-se sobre as atividades que ainda não existem.



Obs.: No lugar da oração da Comunidade, rezar a Oração pelas Vocações.



1. Senhor da messe e pastor do rebanho, faz ressoar em nossos ouvidos o teu forte e suave convite: "Vem e segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir a tua voz.

Cantando: Envia, envia Senhor, operários para a messe, escuta, escuta esta prece, multidões te esperam, Senhor!



2. Senhor, que a messe não se perca por falta de operários. Desperta as nossas comunidades para a missão. Ensina a nossa vida a ser serviço. Fortalece os que querem dedicar-se ao Reino, na vida consagrada e religiosa.

Cantando: Envia, envia Senhor, operários para a messe, escuta, escuta esta prece, multidões te esperam, Senhor!



3. Senhor, que o rebanho não pereça por falta de pastores. Sustenta a fidelidade dos nossos bispos, padres e ministros. Dá perseverança aos nossos seminaristas. Desperta o coração dos nossos jovens para o ministério pastoral na tua Igreja.

Cantando: Envia, envia Senhor, operários para a messe, escuta, escuta esta prece, multidões te esperam, Senhor!



4. Senhor da messe e pastor do rebanho, chama-nos para o serviço do teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder "sim".

Cantando: Envia, envia Senhor, operários para a messe, escuta, escuta esta prece, multidões te esperam, Senhor!

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


catedral@dci.org.br





04/05/2011

ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS - IIIº DOMINGO DE PÁSCOA


1. Introdução.

O tempo Pascal nos coloca em íntima comunhão com o Ressuscitado. Mas deve nos colocar também em íntima comunhão com a Comunidade. Jesus se manifesta muitas vezes, depois de ressuscitado, fácil de ser reconhecido. Outras vezes não se o reconhece. É assim hoje. Muitas vezes é fácil viver a religião. Outras vezes é difícil reconhecer na face do outro a própria face de Jesus. A Eucaristia nos ajuda encontrar Jesus, mas, nos compromete a ir ao encontro de Jesus mesmo quando o outro não se parece com Ele.

2. Primeira Leitura: At 2,14.22-33 - O que morreu está vivo!

Pedro apresenta um resumo do anúncio fundamental da igreja. Tudo o que o AT anunciara se realiza em Jesus. Uma estrutura injusta o matou, mas o Pai, condenando esta estrutura o ressuscita. Passa a ser o Senhor do Universo. Cabe a nós, como testemunhas destes fatos anunciar esta grande notícia e denunciar toda estrutura injusta, causadora da morte.

3. Segunda Leitura: 1Pd 1,17-21 - Que preço!

Pedro descreve o valor do cristão resgatado pelo sangue precioso de Jesus. Daí a nossa importância e a nossa dignidade. Temos a Deus como Pai, somos filhos e filhas, irmãos e irmãs. Uma sociedade que empobrece, que discrimina e que exclui, vai contra estes princípios. O nosso testemunho de anúncio e de denúncia deve ajudar a construir uma sociedade justa e solidária.

4. Evangelho: Lc 24,13-35 - Ele está no meio de nós!

É outra vez Domingo! Jesus ressuscitado aparece agora caminhando com dois discípulos. Eles, de imediato, não o reconhecem. A caminhada é eucarística: liturgia da Palavra/liturgia Eucarística. Jesus continua caminhado com a humanidade; Jesus continua anunciado e denunciando por meio de sua Palavra; Jesus continua a questionar a humanidade para que partilhe o pão, partilhe a vida. A nossa celebração nos ajuda a por em prática estes ensinamentos. Mas é preciso levá-los para a vida.

5. Reflexão.

1. Nossa Comunidade denuncia a estrutura injusta que hoje continua excluindo, continua matando?

2. Temos consciência do nosso preço?

3. Como são nossas celebrações? Só Fé? Só Vida? Levamos para casa um compromisso de transformar a sociedade?



Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


catedral@dci.org.br