1. Introdução.
O tempo Pascal nos coloca em íntima comunhão com o Ressuscitado. Mas deve nos colocar também em íntima comunhão com a Comunidade. Jesus se manifesta muitas vezes, depois de ressuscitado, fácil de ser reconhecido. Outras vezes não se o reconhece. É assim hoje. Muitas vezes é fácil viver a religião. Outras vezes é difícil reconhecer na face do outro a própria face de Jesus. A Eucaristia nos ajuda encontrar Jesus, mas, nos compromete a ir ao encontro de Jesus mesmo quando o outro não se parece com Ele.
2. Primeira Leitura: At 2,14.22-33 - O que morreu está vivo!
Pedro apresenta um resumo do anúncio fundamental da igreja. Tudo o que o AT anunciara se realiza em Jesus. Uma estrutura injusta o matou, mas o Pai, condenando esta estrutura o ressuscita. Passa a ser o Senhor do Universo. Cabe a nós, como testemunhas destes fatos anunciar esta grande notícia e denunciar toda estrutura injusta, causadora da morte.
3. Segunda Leitura: 1Pd 1,17-21 - Que preço!
Pedro descreve o valor do cristão resgatado pelo sangue precioso de Jesus. Daí a nossa importância e a nossa dignidade. Temos a Deus como Pai, somos filhos e filhas, irmãos e irmãs. Uma sociedade que empobrece, que discrimina e que exclui, vai contra estes princípios. O nosso testemunho de anúncio e de denúncia deve ajudar a construir uma sociedade justa e solidária.
4. Evangelho: Lc 24,13-35 - Ele está no meio de nós!
É outra vez Domingo! Jesus ressuscitado aparece agora caminhando com dois discípulos. Eles, de imediato, não o reconhecem. A caminhada é eucarística: liturgia da Palavra/liturgia Eucarística. Jesus continua caminhado com a humanidade; Jesus continua anunciado e denunciando por meio de sua Palavra; Jesus continua a questionar a humanidade para que partilhe o pão, partilhe a vida. A nossa celebração nos ajuda a por em prática estes ensinamentos. Mas é preciso levá-los para a vida.
5. Reflexão.
1. Nossa Comunidade denuncia a estrutura injusta que hoje continua excluindo, continua matando?
2. Temos consciência do nosso preço?
3. Como são nossas celebrações? Só Fé? Só Vida? Levamos para casa um compromisso de transformar a sociedade?
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
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