11/05/2012

6º DOMINGO DE PÁSCOA

Introdução:

O amor é a essência da vida de Deus e das pessoas. O Pai ama o Filho comunicando-lhe o Espírito Santo. Jesus nos ama infundindo-nos seu Espírito, tornando-nos seus amigos e companheiros de luta na implantação do projeto de vida. Assim formamos comunidade com a Trindade. O amor gera comunidade entre as pessoas, levando-as a superar barreiras, pois ele não discrimina por nenhum motivo. Amar é compromisso sério com o povo que sofre, pois ninguém conhece Deus a não ser a partir da solidariedade com os empobrecidos. Amar ou não amar: eis a questão. Aí se joga a sorte do cristianismo e de qualquer religião, pois sem o amor nem o próprio Deus existe. O Amor como dom, nos vem de Deus; o Amor como doação nos direciona aos irmãos.

 I Leitura: At 10,25-26.34-35.44-48O amor que não discrimina

 Com a entrada de Pedro na casa de Cornélio, a Igreja dá o primeiro passo oficial em direção aos pagãos. Pensemos no "estágio" de Pedro na casa de Cornélio, onde se detém por alguns dias, tendo que superar os preconceitos de raça, religião e pureza ritual.Ele deve "engolir" o que considerava "profano e impuro", mas que Deus purificou pela prática da justiça. O pedido da família de Cornélio, a fim de que Pedro ficasse aí hospedado por alguns dias, foi motivado pelo desejo de continuar a catequese. E a catequese de Pedro devia estar isenta de preconceitos, pois o amor de Deus (e dos cristãos) não pode discriminar. O amor de Deus, portanto, não discrimina. Por ser semente do Reino, a Igreja também não deve discriminar, mas unir em torno do que é essencial. Tarefa árdua para quem anda carregado de preconceitos, receios e bloqueios.

 II Leitura: 1Jo 4, 7-10 – Experimentar Deus no Amor

Para provar que o amor é compromisso solidário, João apresenta a prova da encarnação: Deus envia seu Filho único ao mundo, para que, por meio dele, tenhamos vida. A encarnação-redenção prova, sem sombra de dúvida, que amar é doar-se para que todos possuam a vida. O v. 10 prova que o amor não é teoria. O autor está para definir o que é amor: "Nisto consiste o amor". Nós esperaríamos bela conceituação abstrata. Mas ele não diz o que é o amor, e sim o que ele fez; ou melhor: diz o que é o amor através daquilo que realizou em favor das pessoas: "Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele quem nos amou e enviou seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados". Na ótica divina, amor se traduz em fatos concretos, geradores de vida nova e plena. Se foi Deus quem começou a amar, nossa vida de amor nada mais é do que resposta à iniciativa dele. Amando, experimentaremos quem ele é.


Evangelho: Jo  15, 9-17 – O Amor gera Comunidade.

O texto de hoje dá seqüência ao do domingo passado. Aí a ênfase era colocada no permanecer em Jesus, como os ramos (comunidade de iguais) estão unidos à videira; aqui, a ênfase recai sobre o resultado do permanecer, que é o amor (que se traduz em frutos, isto é, missão). De fato, nos versículos de hoje, insiste-se fortemente nas palavras amar, amor (9 vezes), que são o fruto de quem permanece unido a Cristo. No discurso de despedida de Jesus, é revelado à comunidade o segredo do sucesso na missão. Para dar frutos duradouros a comunidade precisa ir, ou seja, sair para a missão.


Reflexão.

1. Como estamos acolhendo os diferentes?

2. Na prática, como estamos vivendo o Amor?

3. Estamos ligados, produzindo frutos ou...?

Dinâmica:

Motivar bem o abraço da Paz, que pode ser feito após a Homilia.


Nenhum comentário: