08/06/2012

DÉCIMO DOMINGO DO TEMPO COMUM
Introdução
Os evangelhos apresentam a vida de Jesus como uma luta constante contra o mal. Começa com a tentação no deserto. Seguidas vezes há um enfrentamento, um confronto entre Jesus e o diabo. No final parecia que o demônio sairia vencedor, na paixão e morte de Jesus. Jesus sai vencedor. Sua vitória é dada a todos. O demônio é um inimigo que não pode ser menosprezado. Nossa vida, como a de Cristo é um constante duelo com o mal e com as potências do maligno. Começamos nossa vida, no batismo, vencendo o demônio (exorcismo e renúncia a satanás). Libertados e libertadores.
Primeira Leitura - Gn 3, 9-15
O homem sonha possuir liberdade e vida plenas; porém, na sua auto-suficiência, ele produz o contrário: escravidão e morte. As relações de fraternidade transformam-se em relações de poder e opressão; a relação de partilha transforma-se em exploração, e esta produz a riqueza de poucos e a pobreza de muitos. Desse modo, as relações ficam distorcidas e quebradas, tanto dos homens entre si como dos homens com a natureza. Nesse clima gerado pelo mal, que tende a se multiplicar, o caminho já não leva para a vida, mas para a morte. Tudo perdido? Não. O texto litúrgico, que visa à explicação do evangelho, só fala da condenação da serpente (diabo) que será definitiva quando a descendência da mulher lhe esmagar a cabeça.
Segunda Leitura - 2Cor 4, 13-18-5,1
Para quem não tem fé, a morte é o fim de tudo. Mas para quem está comprometido na fé e segue a Jesus, a morte é passagem para a dimensão definitiva da vida. Nosso corpo mortal se desgasta e desfaz na vida terrestre; mas, através da ressurreição, Deus leva o nosso ser à vida plena. Paulo emprega uma imagem muito familiar no Oriente: quando continuam a caminhada, os nômades do deserto desmontam a tenda do acampamento porque o deserto não é sua moradia estável. O mesmo acontece conosco: este mundo é o lugar onde vivemos e construímos a nossa história, cujo fim é a comunhão e participação na própria vida divina.
Evangelho - Mc 3, 20-35
Em Jesus está presente o Espírito Santo, que o leva à missão de libertar e desalienar os homens. Por isso ele é acusado de estar «possuído por um espírito mau.» Tal acusação é pecado sem perdão. Para os acusadores, o bem é mal, e o mal é bem. Eles, na verdade, estão comprometidos e tiram proveito do mal; por isso, não reconhecem e não aceitam Jesus. Enquanto a família segundo a carne está «fora», a família segundo o compromisso da fé está «dentro», ao redor de Jesus. Sua verdadeira família é formada por aqueles que realizam na própria vida a vontade de Deus, que consiste em continuar a missão de Jesus.

Reflexão
1. Quais os sinais do demônio nos dias de hoje?
2. Temos consciência de que "não somos daqui"?
3. Como está nossa vivência de libertados e libertadores?
Dinâmica:
Renovar as promessas do batismo.

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