26/11/2013

Iº DOMINGO DO ADVENTO


 
Introdução

Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada") tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.

 I Leitura: Is 2, 1-5 - Um novo tempo, um novo povo

                        Isaías lembra ao povo que no futuro todos se dirigirão para Jerusalém, para que participem da Aliança. As armas se transformarão em instrumentos de paz. O sentido político, da importância de Jerusalém, se transforma numa profecia, dando um sentido novo, para um novo tempo, para um novo povo.

 
II Leitura: Rm 13, 11-14a - A salvação é agora!

                        O cristão deve aproveitar este momento de Deus: - na vigilância;

                                                                                                    - na mortificação

                                                                                                    - construindo a paz.

O cristão não pode desperdiçar este tempo. Nunca se acomodar. Sem o fanatismo, com o medo de que o fim do mundo está próximo, mas também sem se misturar com as coisas do  mundo: bebedeiras, orgias, imoralidades, ...

Evangelho: Mt 24, 37-44 - Olhos e ouvidos bem abertos.

                        Jesus insiste na vigilância. O Evangelho esta cheio de alertas para que todos estejam atentos. Não sabemos o dia nem a hora! Existe uma íntima relação com o texto acima de Rm 13.

Reflexão.

1. Devemos estar preparados... Para que? Para um Natal cheio de poesia, emoção e sentimentalismo, ou para fazer a vida acontecer de verdade?

2. O que fazer neste tempo do Advento? A Novena do Natal, a participação nas celebrações, preparar um Natal especial em Comunidade, especialmente para os mais pobres...

3. Estamos vivendo de verdade um novo tempo, um novo povo, uma nova Comunidade? “Dias melhores virão...” Como fazer isto acontecer?

 Dinâmicas:

a) Entrar com a primeira vela do Advento, durante a profissão de fé.

b) Começar a montar o presépio ( por etapas = cada Domingo uma parte)

 

12/11/2013

FIRMES E FORTES! - XXXIIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM


 
  1. Introdução.

“Anunciamos, Senhor a vossa morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”. Em todas as eucaristias nos encontramos com o Ressuscitado e corajosamente proclamamos a morte e a ressurreição do Senhor. Vivemos neste contexto: o já e o ainda não. Sem medo. Sabemos que um dia vamos nos encontrar definitivamente com Ele. Por isso não nos atemorizam os alarmistas. Ao chegarmos ao fim do ano litúrgico a Igreja nos prepara também para o fim dos tempos. As coisas deste mundo passam. Só Deus não é transitório. Ele é eterno. Quem fica com ele tem a garantia da eternidade.

 Vencedores. Nascerá para vós o sol da justiça.”. (Ml 3, 20a).

O profeta Malaquias lembra que Deus não se esquece dos justos, isto é, daqueles que procuram levar adiante o projeto de Deus, fazendo-lhe a vontade. A vitória final caberá a eles, e não aos ímpios. Para os justos se levantará o sol da justiça e assim perceberão que eles são os verdadeiros vencedores. O refrão do salmo nos ajuda a rezar: O Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará. (Sl 97, 9).

 Aguardar trabalhando. “Quem não quer trabalhar, também não deve comer”. (2 Ts 3, 10).

Acho de fina ironia a frase de Paulo: ... muito ocupados em não fazer nada.”. (2 Ts 3, 11). Alguns cristãos de Tessalônica, pensando que o fim estava próximo, queriam só aguardar o fim. Não trabalhavam mais. Viviam à custa da Comunidade. São Paulo insiste na necessidade de se ficar atendo ao final dos tempos, mas também assumir as tarefas do dia-a-dia para se apresentar ao Senhor vigilantes.

 Firmes! É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida”. (Lc 21, 19).

Três são as mensagens deste trecho. A primeira é a de que não podemos colocar nossa segurança nas coisas deste mundo. O Templo, referência religiosa, dava garantia ao judeu de que Deus estava ali. Mas Deus continua com seu povo com templo ou sem templo. A segurança não está no prédio de pedras, mas em Deus! A segunda mensagem e a de que as catástrofes anunciadas anunciam um mundo novo. Muitas vezes nos fixamos nas catástrofes e não percebemos que Deus vem criar “novos céus e nova Terra.” (2 Pd 3, 13; Ap 21, 1). A terceira mensagem é a de que Deus está conosco. Dar este testemunho de fé! Permanecer firmes.

Conclusão.

Fim de ano. Fim dos tempos. Tempo de fazer um balanço de nossas vidas para saber se estamos em sintonia com a proposta do Ressuscitado. Saber que Ele caminha conosco, nos dando segurança. Nada deve nos atemorizar. Os sinais dos tempos apontam para tempos novos. Nossa caminhada firme nos fará vencedores. Enquanto estamos aqui devemos dar o testemunho de firmeza. “Segura na mão de Deus e vai...”.

 
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


 

 

 

 

 

05/11/2013

DEUS DOS VIVOS! - XXXIIº DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO C


 
Introdução

Falar de vida eterna para o mundo de hoje parece incongruência. Queremos a vida aqui. Realizar as coisas aqui. Ser feliz aqui... Vida depois da morte seria uma espécie de fuga desse mundo, sem se comprometer em mudanças.  Para o cristão Deus é o Deus da vida. A vida daqui e a vida de depois. Cremos na Ressurreição. Cristo é a nossa garantia de ressuscitados. A liturgia desses últimos dias nos ajudou a fazer essa reflexão: Finados, Todos os Santos...

Primeira Leitura - 2Mc 7, 1-2.9-14 - O Rei do Universo nos ressuscitará  para uma vida eterna.

É uma das páginas mais comoventes de toda a Bíblia, mostrando que o tempo de perseguição se torna ocasião de educar para o testemunho capaz de enfrentar até o sacrifício da própria vida. Aqui aparece, pela primeira vez e com clareza, a crença na ressurreição. A fé na ressurreição não é neutra: Deus ressuscita os justos para a vida; quanto aos injustos, não ressuscitarão: seu destino é a morte definitiva.

Segunda Leitura - 2Ts 2, 16-3,5 - O Senhor  vos confirme em toda boa ação e palavra.

A comunidade cristã não precisa temer o final dos tempos. Ao contrário, deve agradecer a Deus, pois, ouvindo o Evangelho, abraçando o compromisso da fé e abrindo-se para dar o testemunho de Jesus Cristo, ela já se encontra no caminho da salvação. O importante é continuar fiel à tradição apostólica e dar testemunho da fé através do anúncio e da prática do bem. Ao lado da prática da fé, a oração em favor dos evangelizadores exprime a solidariedade no testemunho e na difusão do Evangelho.

Evangelho - Lc 20, 27-38 - Deus não é o Deus dos mortos, mas dos vivos.

Há realmente ressurreição? Jesus desmoraliza os saduceus, apresentando o cerne das Escrituras: Deus é o Deus comprometido com a vida. Ele não criou ninguém para a morte, mas para a aliança consigo para sempre. A vida da ressurreição não pode ser imaginada como cópia do modo de vida deste mundo. Ressurreição não na base da ciência , mas na dimensão da fé.

Reflexão

1. Damos corajoso testemunho do Deus da vida?

2. Colocamos nossa esperança em Deus?

3. Cremos na ressurreição ou...?

 Dinâmica

Entrar com uma criança recém nascida, uma muda de planta e um jarro com água (significando a VIDA)

 

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto