- Introdução.
“Anunciamos, Senhor a vossa
morte, e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”. Em todas
as eucaristias nos encontramos com o Ressuscitado e corajosamente proclamamos a
morte e a ressurreição do Senhor. Vivemos neste contexto: o já e o ainda não.
Sem medo. Sabemos que um dia vamos nos encontrar definitivamente com Ele. Por
isso não nos atemorizam os alarmistas. Ao chegarmos ao fim do ano litúrgico a
Igreja nos prepara também para o fim dos tempos. As coisas deste mundo passam.
Só Deus não é transitório. Ele é eterno. Quem fica com ele tem a garantia da
eternidade.
O profeta Malaquias lembra que
Deus não se esquece dos justos, isto é, daqueles que procuram levar adiante o
projeto de Deus, fazendo-lhe a vontade. A vitória final caberá a eles, e não
aos ímpios. Para os justos se levantará o sol da justiça e assim perceberão que
eles são os verdadeiros vencedores. O refrão do salmo nos ajuda a rezar: O
Senhor virá julgar a terra inteira; com justiça julgará. (Sl 97, 9).
Acho de fina ironia a frase de
Paulo: “... muito ocupados em não fazer nada.”. (2 Ts 3, 11).
Alguns cristãos de Tessalônica, pensando que o fim estava próximo, queriam só
aguardar o fim. Não trabalhavam mais. Viviam à custa da Comunidade. São Paulo
insiste na necessidade de se ficar atendo ao final dos tempos, mas também
assumir as tarefas do dia-a-dia para se apresentar ao Senhor vigilantes.
Três são as mensagens deste trecho.
A primeira é a de que não podemos colocar nossa segurança nas coisas deste
mundo. O Templo, referência religiosa, dava garantia ao judeu de que Deus
estava ali. Mas Deus continua com seu povo com templo ou sem templo. A
segurança não está no prédio de pedras, mas em Deus! A segunda mensagem e a de
que as catástrofes anunciadas anunciam um mundo novo. Muitas vezes nos fixamos
nas catástrofes e não percebemos que Deus vem criar “novos céus e nova
Terra.” (2 Pd 3, 13; Ap 21, 1). A terceira
mensagem é a de que Deus está conosco. Dar este testemunho de fé! Permanecer
firmes.
Conclusão.
Fim de ano. Fim dos tempos. Tempo
de fazer um balanço de nossas vidas para saber se estamos em sintonia com a
proposta do Ressuscitado. Saber que Ele caminha conosco, nos dando segurança.
Nada deve nos atemorizar. Os sinais dos tempos apontam para tempos novos. Nossa
caminhada firme nos fará vencedores. Enquanto estamos aqui devemos dar o
testemunho de firmeza. “Segura na mão de Deus e vai...”.
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
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