07/06/2010

DEUS É O DEUS DA VIDA!

Introdução:
Neste Domingo, ao retomarmos a caminhada litúrgica dos Domingos do Tempo Comum, nos deparamos com o mistério da morte. Algo sem explicação humana, mas com uma conotação transcendente na dimensão da fé. Em nossas cidades existem muitos caminhos que levam morte. Caminhos para todas aquelas formas e estilos de vida que privilegiam a chamada “cultura da morte”. Cultura que assassina principalmente nossos jovens, que mata nossas crianças e que coloca nossa vida em constante risco. São jovens que colocam suas vidas no limite; arriscam-se em carros e motos em nossas rodovias e estradas. São crises emocionais que terminam em tragédias. São também caminhos de morte a crescente desestruturação em tantas famílias, que transformam suas casas em brigas, discussões, desilusões, depressão e muita violência que, não poucas vezes, também termina em morte. É preciso reverter esses caminhos.

Sinais de Esperança
Elias é um homem de Deus. Capaz de restituir a vida onde ela já não mais existia. Jesus é o grande profeta que vem restituir a vida, diante do cortejo da morte. Deus não quer a morte. A vontade de Deus é que todos tenham vida e vida plena (cf Jo 10,10). Homens de Deus, profetas que anunciam uma condição nova para a humanidade. Infelizmente a humanidade construiu para si um fosso que leva à morte. Deus quer reverter esse caminho. E somos nós hoje a anunciar essa possibilidade a todos.

Eucaristia, fonte de vida.
Quando nos reunimos para celebrar a Eucaristia, nos reunimos para celebrar a vida. “Eu sou o pão da vida” (Jo 6, 35) diz Jesus que nos alimenta. O alimento que aqui recebemos é fonte de vida. Pela sua morte-ressurreição, memória que fazemos na Eucaristia celebrada, Jesus quer de nós continuadores de sua missão. Como Elias devemos estar levando esperança e vida verdadeiras, pois o verdadeiro profeta não é portador da morte para o povo. O sinal de que o profeta anuncia a palavra de Deus é o fato de ele ser portador de vida. Jesus ao ressuscitar o filho da viúva vem anunciar um novo tempo: onde não haverá mais morte, mais dor, mais desolação.

Concluindo.
Diante de nós estão dois caminhos: um que leva à morte e outro que leva à vida. Mais ainda: podemos estar conduzindo as pessoas à morte ou conduzindo para a vida. Fazer opção pela “cultura da morte” é optar pela violência, pelas drogas, pelos carros e motos em alta velocidade... Jesus se apresenta como caminho verdade e vida!(cf Jo 14,6). Ele é vida! E quer que sejamos instrumentos de vida. Nossa Eucaristia deve se traduzir em gestos concretos que produzam vida. Salvar vidas – esta é a tarefa de cada um de nós. Vidas humanas e a natureza. Eucaristia na prática.

Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br

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