19/07/2010

MINHA CASA, SUA CASA. XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM.

Introdução.
Mais uma vez vamos celebrar a Páscoa Semanal do Senhor Jesus. Reunimos-nos para ouvir a Palavra e receber o Alimento. Ao invés de acolher o Senhor em nossa casa é Ele quem nos acolhe. E nesse aconchego aprendemos a necessidade de também acolher o outro. Mesmo desconhecido. Andarilhos, excluídos, os sem teto...

2. Hospitalidade. "Meu Senhor, peço-te que não prossigas viagem, sem parar junto a mim, teu servo. (Gn 18, 3)

A tenda de Abraão e Sara se coloca aberta para acolher. Os três desconhecidos são acolhidos com o que se tem de melhor: água para lavar os cansados pés, pão de farinha fina, carne de novilho tenro, coalhada, leite... “Não vos esqueçais da hospitalidade pela qual alguns, sem saber, hospedaram os anjos”. (Hb 13, 2). Em recompensa receberam a promessa de um filho, Isaac, o filho da promessa.

3. Vivência. “O mistério escondido por séculos e gerações, mas agora revelado aos seus santos. (Cl 1, 26)

Paulo acolhe a proposta de Deus em seu coração. Mas não guarda para si. Quer comunicar esse tesouro a todos. Enfrenta desafios. Sofre para dar conta de sua missão. Tudo em solidariedade para com a Igreja. Não basta teorizar! É preciso colocar em prática nosso cristianismo.

4. Melhor parte. “Marta, recebeu-o em sua casa. Maria escolheu a melhor parte.” (Lc 10, 38.42)

A proposta não é colocar Marta e Maria se digladiando. O pano de fundo está na novidade do Reino. A liberdade da mulher em também ser discípula. Jesus vem trazer uma proposta nova. Não os costumes da tradição que ainda hoje prevalece: “lugar de mulher é na cozinha!”. Lugar de todos nós é ser discípulos. Muito em sintonia com Aparecida: discípulos/missionários.

5. Conclusão.

Cada um de nós é chamado a colher. E ser acolhido. Ouvir e servir. Juntar as duas propostas e fazer de nossa ação uma mudança de paradigmas. O mundo hoje precisa entrar em sintonia com as linhas do Reino. E somos nós os encarregados de fazer valer o que o Reino pede a todos. Abertos ao acolhimento. Abertos ao ser missionário. Abertos à não exclusão. Todos discípulos/missionários.

Fonte:Mons. Antonio Romulo Zagotto

catedral@dci.org.br

Nenhum comentário: