29/11/2011

IIº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução:
O tempo do Advento é tempo de conversão. Como na Quaresma fazemos uma preparação para a Páscoa, também no Advento fazemos uma preparação para o Natal. Num primeiro momento refletimos sobre o final dos tempos. Num segundo momento nos preparamos imediatamente para a festa do Natal. Preparar-se para esta festa significa converter-se. Nosso coração, nossas atitudes, nosso modo de viver e agir devem passar por um processo de conversão, de mudança. O apelo profético é justamente este: sair da escravidão (do exílio) e ir para a liberdade. Aguardar o Dia do Senhor é ficar atento, não com medo, mas com o coração aberto à justiça, mudando nossas atitudes. A Boa Notícia é que vem o Messias prometido. Mas é preciso conversão para acolhê-lo.



Primeira Leitura: Is 40, 1-5.9-11 – Uma boa notícia!

O profeta anuncia palavras consoladoras: os exilados estão voltando. A escravidão acabou. É tempo de um novo êxodo. Deus, como outrora no deserto, caminha com o seu povo. Agora com a ternura de um pastor que cuida do rebanho. Da opressão, da tristeza, da escravidão, agora brota a esperança, a alegria, a libertação. É Deus agindo de novo.  



Segunda Leitura: 2Pd 3, 8-14 – Convertidos e renovados.

Pedro insiste para que não se fique de braços cruzados esperando o fim do mundo. O tempo de Deus não é o nosso tempo. Aguardar o Dia do Senhor, na prática, é a cada dia buscar a santidade, esperando este tempo de justiça. Ele deve nos encontrar sem mancha nem culpa, vivendo na paz.



Evangelho: Mc 1, 1-8 – A Boa Notícia de Jesus.

A pregação de João Batista é o grito profético de advertência: vai chegar o Messias tão esperado. É preciso conversão. Sua figura já é uma pregação viva: modo de se vestir, modo de se alimentar, lugar onde mora... Totalmente diferente dos valores assumidos pelos poderosos. Acolher o Messias é acolher este novo estilo de vida. Para isso, é preciso conversão.



Reflexão.

1. Estamos vivendo um processo de conversão?

2. Buscamos a santidade? Construímos justiça?

3. Qual estilo de vida buscamos?

4. Lembrara a Campanha para a Evangelização. Distribuir envelopes...



Dinâmica:

Colocar outras peças no presépio.






22/11/2011

Iº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução
Iniciamos com o Tempo do Advento um novo ano litúrgico. O Advento (a palavra provém obviamente do latim adventus e significa "chegada"), tem dois aspectos que estão intimamente unidos. 1. É um tempo de preparação para as festas de Natal cujo conteúdo é a primeira vinda do Salvador Jesus Cristo na sua humanidade ("Tu do Pai desceste salvando todo o Povo"). 2. Advento é sempre também um tempo particularmente intenso da espera da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos (para que esperemos com plena confiança a vinda de nosso Salvador Jesus Cristo). O termo é utilizado pela Igreja Católica para designar as quatro semanas que antecedem o dia 25 de dezembro e que são utilizadas para a preparação do Natal, a festa do nascimento de Jesus Cristo. Nesse período, a liturgia procura ressaltar o espírito de conversão aos princípios evangélicos, a fé em Deus que nos criou e nos redimiu por amor e a esperança que se traduz em obras concretas pelo estabelecimento de uma sociedade justa e fraterna, prenúncio do Reino de Deus anunciado pelo Messias. O primeiro domingo do Advento marca o início do Ano Litúrgico, ou seja, do calendário oficial da Igreja Católica. O advento é um tempo especial para fazermos um questionamento sério sobre nossa vida pessoal e também sobre o mundo em que vivemos. É um momento privilegiado para averiguarmos se a semente de amor e justiça lançada por Jesus Cristo no coração dos homens está nascendo e frutificando.
Primeira Leitura: Is 63, 16b-17.19b; 64,2b-7 – Volta como Pai e Redentor.
A súplica, uma das mais belas páginas da Escritura, lembrando os bens outrora vividos pelo povo e devido ao seu pecado, é justamente castigado. Novamente é Deus quem deve tomar a iniciativa e voltar para o seu povo, como Pai e Redentor. Pai como fonte de vida e redentor como aquele que liberta. Deus não abandona a obra de suas mãos. Como o oleiro, tem cuidado com o vaso frágil.
Segunda Leitura: 1Cor 1, 3-9 –Esperar contra toda esperança...
São Paulo sabe da necessidade de se ficar atento, aguardando a vinda do Senhor. Deus dá este Dom de esperança à Comunidade para que persevere. Deus é fiel! Esta verdade deve nos estimular a viver atentos até ao fim, até ao Dia do Senhor. Nossa força é Ele!
Evangelho: Mc 13,33-37 –Vigiai!
Esta deve ser a nossa atitude: de vigilância. Não sabemos nem o dia nem a hora. Não podemos ficar dormindo. É responsabilidade nossa construir o projeto do reino, para não ser pegos desprevenidos, de mãos vazias... O Tempo do Avento, nesta sua primeira parte, nos ajuda a fazer um sério exame de consciência, para ver se de verdade estamos atentos.
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus é o nosso Pai e Redentor? Pedimos sua vinda?
2. Em quem depositamos nossas esperanças?
3. Estamos acordados, construindo o Reino?
4. Lembrar da Campanha para a Evangelização.
Dinâmica:

Começar a montar o presépio.


Mons. Antonio Romulo Zagotto

18/11/2011

WALL STREET

Certos movimentos de rua acabam dando certo. As convulsões no mundo árabe derrubaram os instalados ditadores em efeito dominó. O fim trágico de Muamar Kadafi demonstra que o“povo unido jamais será vencido!” Começa agora uma invasão ao coração do capitalismo – Wall Street. A moçada quer por que quer uma distribuição justa de rendas. Olha o comunismo ai gente! Vejo o movimento mais na perspectiva cristã do que na perspectiva comunista. Volto para o início do cristianismo e vejo as primeiras comunidades se organizando: “Todos os que abraçaram a fé eram unidos e colocavam em comum todas as coisas; vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre todos, conforme a necessidade de cada um.” (At 2, 42-45) e “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava propriedade particular as coisas que possuía, mas tudo era posto em comum entre eles. Com grande poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E todos eles gozavam de grande aceitação. Entre eles ninguém passava necessidade, pois aqueles que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos; depois, ele era distribuído a cada um conforme a sua necessidade.(At 4, 32-35). Um estudo realizado por um instituto de desenvolvimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado na terça-feira, 06 de dezembro de 2006, revelou que dois por cento dos adultos do planeta detêm mais de metade da riqueza mundial, incluindo propriedades e ativos financeiros. Apesar de a renda global estar distribuída de forma desigual, a distribuição da riqueza é ainda mais distorcida, afirmou o estudo do Instituto Mundial de Pesquisa sobre a Economia do Desenvolvimento, da Universidade das Nações Unidas. "A riqueza está fortemente concentrada na América do Norte, na Europa e nos países de alta renda da Ásia e do Pacífico. Os moradores desses países detêm juntos quase 90 por cento do total da riqueza do planeta", disse a pesquisa. Delfim Neto dizia da necessidade de fazer o bolo crescer para depois ser distribuído. Mas parece, não só para o Brasil, mas para todo mundo que o bolo cresce, mas a distribuição não acontece. “Farinha pouca? Meu pirão primeiro!” A questão está no ponto de vista. Visto pelos ricos, este negócio de distribuição de riqueza vai engendrar uma discussão danada. Jean Jacques Rousseau (1712– 1778) escreveu a sua obra Sobre a origem da desigualdade entre os homens: a desigualdade social e política não é natural, não deriva da vontade divina, nem sequer é uma conseqüência da desigualdade natural entre os homens. Pelo contrário, a sua origem é o resultado da propriedade privada, da apropriação privada da riqueza do mundo inteiro, e dos benefícios privados derivados dessa apropriação. A ironia é que a revolução não começa na Praça Vermelha, em Moscou, mas em Wall Street, em Nova Iorque, coração do capitalismo selvagem. “Occupy Wall Street!”.



CI181111
Mons. Antonio Romulo Zagotto
arz@dci.org.br

16/11/2011

34º Domingo do Tempo Comum – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

Introdução:

Encerrando a nossa caminhada do Ano Litúrgico, celebramos a festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Sabemos muito bem como Jesus conquistou esta realeza. Caminhando firme para a prisão, para a tortura, para a morte. O seu trono é a cruz e a sua coroa a de espinhos... Em nada se assemelha aos reis e poderosos deste mundo. A direção do poder de Jesus é bem outra: a do serviço, a da humildade, a da opção pelos pobres e esquecidos da sociedade. O Evangelho de hoje mostra claramente quem vai participar deste reinado. Sua realeza liberta, torna o homem mais livre do pecado e da escravidão, mais capaz de viver a verdadeira liberdade dos filhos e filhas de Deus. Devemos ser súditos apaixonados pelo projeto do Reino, promovendo o homem integralmente. Os que nos virem deverão também se apaixonar por este projeto. O prefácio deste Domingo define o Reino de Jesus, como um reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz. Infelizmente a sociedade de hoje está longe destas realidades. Será que quando Ele voltar o mundo estará mudado?
Primeira Leitura: Ez 34, 11-12.15-17.30-31– Libertos e conscientes.
O povo tem consciência de que Deus é a verdadeira autoridade: Ele tem um projeto de vida e que liberta. É preciso escolher governantes que façam com que o projeto de Deus se torne realidade. Deus será o pastor de seu povo. Ele será Rei e Juiz. Quem estiver no poder, deverá fazer com que este modo de governar se concretize.
Segunda Leitura: 1 Cor, 1520.26.28 – Rei ressuscitado!
Paulo demonstra que Cristo ressuscitou dentre os mortos para reassumir a sua realeza. E esta realeza perpassa para cada um de nós: desde o Batismo somos constituídos reis. Só que nas condições dele e não nos modelos que a sociedade nos apresenta. Com uma vantagem: reinaremos com Ele!
Evangelho: Mt 25, 31-46 – Rei que julga e colhe.
O Rei-pastor, de Ezequiel, é Jesus, sentado no trono, julgando suas ovelhas. O seu juízo não levará em conta as obras megalomaníacas, mas as obras de misericórdia. Assim a cada dia devemos nos perguntar o que estamos fazendo para estar em sintonia com esta proposta. Para a salvação, para estar ao lado do Rei é preciso estender a mão aos pobres, excluídos, marginalizados. Esta é o projeto dele. Este também deve ser o nosso projeto, se quisermos eternamente reinar com ele. O resto é perda de tempo...
Reflexão.
1. Temos consciência de que Deus é o nosso Rei?
2. Como vivemos a nossa dimensão real, recebida no Batismo?
3. Vivemos as obras de misericórdia?(1. Dar de comer a quem tem fome; 2. Dar de beber a quem tem sede; 3. Vestir os nus; 4. Acolher os peregrinos; 5. Visitar os enfermos; 6. Visitar os presos; 7. Sepultar os mortos)
4. Lembrar que iniciamos hoje a Campanha para a Evangelização. Neste ano, o lema a nos iluminar, “Ele veio curar nossos males”, foi escolhido em sintonia com o da próxima Campanha da Fraternidade (Saúde Pública). Objetiva sensibilizar os fiéis sobre a responsabilidade diante do sofrimento humano como elemento essencial para a realização do trabalho evangelizador a fim de que, pela palavra, pela ação e pela doação pessoal e material, todos contribuam de maneira mais efetiva para a ação evangelizadora da Igreja.
Dinâmica:
Apresentar a lista das obras de misericórdia e fazer aqui o exame de consciência para ver se estamos de acordo com o projeto do Reino.

Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

08/11/2011

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Quando chega o fim do ano litúrgico, a Igreja pedagogicamente nos ajuda a refletir no fim dos tempos. Não para que tenhamos medo, não para que nos angustiemos, mas para que, cheios de esperança e prudência, estejamos preparados. Não de uma maneira alarmista, mas de uma maneira sábia, a Igreja, sobretudo na liturgia, nos ajuda a refletir sobre este tema tão importante. Muitas vezes passamos nossas vidas ocupados com as coisas deste mundo que nos esquecemos de meditar sobre as coisas que irão acontecer no fim dos tempos. Enquanto esperamos a vinda do Senhor, devemos estar ocupados, não por força, mas com alegria, com a causa do Reino. Não podemos desfalecer, nem ficar apegados às coisas adquiridas. Não podemos colocar nossa segurança nos bens que passam, mas no Bem que não passará nunca. Atentos à vinda do Senhor devemos ser como a mulher virtuosa, para que este dia não nos surpreenda como um ladrão, sendo fiel na administração dos bens que o Senhor colocou em nossas mãos e que devem ser multiplicados.



Primeira Leitura: Pr 31, 10-13.19-20.30-31 – Bonita por fora e por dentro.

O texto canta as virtudes da mulher dona-de-casa e a sua alegria: é trabalhadora, tem interesse pelos pobres, tem sabedoria e bondade, doa-se totalmente e tem temor a Deus. Cada cristão deve assumir este tipo de comportamento na expectativa da vinda do Senhor. O texto já aponta para a emancipação da mulher. Deve nos ajudar a nos emancipar dos projetos do mundo e assumir os projetos de Deus, para estarmos preparados.



Segunda Leitura: 1Ts 5, 1-6 – Sempre alerta!

São Paulo enumera as condições para aguardar a vinda do Senhor: não sabemos quando Ele vem; chega momento mais inesperado; devemos estar sempre atentos (vigilantes) e sóbrios. Esta sobriedade aqui pode ser interpretada como uma atitude de tranqüilidade, fugindo da histeria...



Evangelho: Mt 25, 14-30 – Mão cheias...

Os talentos devem ser frutificados. Enquanto o Senhor não volta de sua “viagem”, é preciso não perder de vista o empenho da generosidade no agir. O projeto do Reino exige de nós participação. Não podemos ficar acomodados, preguiçosamente aguardado o fim do mundo. Se não, até o pouco que temos nos será tirado. Neste tempo a Igreja tem insistido e nos convoca a todos para um mutirão de evangelização! Não cruzemos nossos braços.  




Reflexão.

1. Procuramos os valores do Reino ou outros valores?

2. Como aguardamos a vinda do Senhor?

3. Estamos multiplicando nossos talentos?



Dinâmica:
Apresentar os diversos serviços da Comunidade como dons recebidos e que devem ser multiplicados. Encenar quem está de fora, não fazendo nada, para que seja convidado a participar do grupo que já atua na vida da Comunidade


03/11/2011

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM – TODOS OS SANTOS

Introdução:

Na festa de hoje olhamos para os nossos irmãos e irmãs que já alcançaram a contemplação definitiva de Deus. Estão, como dizemos, no céu. Mas olhamos também para cada um de nós que devemos constantemente buscar esta santidade. Os santos e santas de ontem são um apelo para que nós, os santos e santas de hoje para que demos um testemunho constante de vida de santidade. Deus é santo. E o apelo dele é justamente este: “Sede santos, pois Eu sou santo!” (cf. Lv 11,45). Buscar a santidade não é algo extraordinário, fazer milagres, produzir coisas fantásticas... Os grandes santos fizeram as coisas ordinárias de um modo extraordinário.  Deus nos torna filhos e filhas: já temos a vida dele em nós. Basta conservar esta vida da graça  para sermos santos. Mas os desafios  são inumeráveis: devemos enfrentar as perseguições, os dragões, as tentações... Temos as armas: a Palavra de Deus, a Eucaristia, os Sacramentos, a vida em Comunidade...



Primeira Leitura: Ap 7,2-4-9.14 – João viu o número...

A marca na fronte é o sinal da salvação e da pertença as Deus. O número 144.000 (12x12x1.000) é o número total e perfeito. A salvação está aberta a todos (todas as nações, tribos, raças e línguas) A veste branca lembra a pertença ao novo povo (batismo) e as palmas, o enfrentamento dos desafios.  Ser santo é pertencer aos assinalados, sem distinção de raça ou status e fazer parte dos que enfrentam os desafios para que o Reino aconteça.



Segunda Leitura: 1Jo 3, 1-3 – Filhos do Santo.

Muitos de nós desconhecemos esta grande dignidade: somos filhos e filhas de Deus. O Batismo abre para nós esta porta e a partir daí devemos manter esta dignidade, custe o que custar. A semelhança plena se dará quando Cristo se manifestar na sua glória. Mas desde agora devemos viver esta dignidade. Não esperar ser santo depois...



Evangelho: Mt 5, 1-12a - Bem-aventurados...

Os valores são totalmente invertidos. Só os santos entenderam a realidade das bem-aventuranças. Parece uma utopia dizer que bem-aventurados são os pobres, os perseguidos, os que choram, os que são puros... A sociedade hoje elege outros valores. Mas a verdadeira santidade está em buscar e em viver as bem-aventuranças. Isto custou a vida de Jesus e custou a vida de muitos santos e santas. Se quisermos ser santos e se quisermos um mundo novo devemos praticar as bem-aventuranças.




Reflexão.

1. Estamos buscando a santidade, apesar dos desafios?

2. Como estamos vivendo o nosso Batismo?

3. As Bem-aventuranças são sonho ou realidade?



Dinâmica:

Entrar com imagens de vários santos de ontem e de hoje, na procissão de entrada.