13/12/2011

IVº DOMINGO DO ADVENTO


Introdução:

Neste quarto Domingo do Advento refletimos sobre os planos de Deus, que prepara a sua presença entre nós, na caminhada da história da salvação. Escolhe um povo, o liberta da escravidão, dá a ele a posse da terra... Finalmente assume a nossa natureza humana e vem habitar entre nós! As lições da Palavra de Deus em nossa celebração de hoje são especiais: de nada vale uma igreja ou uma capela muito bonita se nós não formarmos a verdadeira morada de Deus. Um templo de pedras de nada significa se os que participam das celebrações não realizam o ser morada de Deus e presença d’Ele na sociedade. A verdadeira casa de Deus, sua morada, somos nós. Ele se manifesta hoje ao mundo através de nós. Quando Maria abre o seu coração para acolher o Filho, ela se torna morada por excelência de Deus. Mas não o guarda para si. Concebe Jesus e o entrega ao mundo. Viver o Natal é viver esta partilha de Jesus com os outros.
Primeira Leitura: 2 Sm 7, 1-5.8b-12.14a.16– Cumprindo as promessas.
Davi quer construir um templo para Deus, com o intuito de perpetuar a sua memória. Mas, através do profeta, Deus inverte a proposta: é o próprio Deus quem vai construir uma casa para Davi. Casa tem os diversos sentidos: moradia, templo, descendência... Deus não vai construir uma casa de pedras, mas vai dar a Davi uma descendência incomparável: dela vai nascer o Messias prometido.
Segunda Leitura: Rm 16,25-27 – Glória!
São Paulo termina sua carta com uma exclamação de louvor: é a alegria da comunidade que já vive o tempo em que se realizam as promessas feitas no passado. Na pessoa e na obra de Jesus tudo se realiza. E Ele assume nossa humanidade para selar a veracidade das promessas. Por isso a alegria de poder viver estas realizações.
Evangelho:Lc 1, 26-38 – Somos templos.
As promessas se cumprem. Maria faz com que as promessas de Deus, feitas no passado se tornem realidade. Ela concebe em seu ventre e em sua vida o Messias prometido. Deus faz sua morada em meio as nossas moradas. As realizações das promessas em Jesus é obra exclusiva de Deus e não do homem, embora não se dê sem a colaboração humana, representada pela aceitação de Maria. Ela se torna templo vivo de Deus. Semelhantes a ela, somos também templos vivos. Devemos dar à luz a Jesus para o mundo!
Reflexão.
1. Confiamos na realização das promessas de Deus?
2. Celebrar o natal é apenas celebrar com comidas e bebidas?
3. Estamos sendo templos vivos?
Dinâmica:
Colocar novas peças no presépio, deixando a manjedoura vazia, para só colocar o Menino Jesus na celebração da noite do Natal.

Mons. Antonio Romulo Zagotto

06/12/2011

IIIº DOMINGO DO ADVENTO

Introdução:
Estamos nos aproximando do Natal do Senhor. As figuras de Isaías e de João Batista, nos ajudam na liturgia de hoje a perceber qual o projeto de Deus em Jesus, para conosco. O plano de vida de Jesus é um plano que inverte os planos humanos. Nada de grandiosidade, nada de fantástico, mas um projeto para os pobres, excluídos, marginalizados. Ungido pelo Espírito, Jesus vem trazer algo de novo para a humanidade. Mas não podemos ter uma atitude passiva, como se Ele fosse, magicamente solucionar tudo. Ele quer a nossa participação para que o seu projeto seja o nosso projeto também.
Primeira Leitura: Is 61, 1-2a. 10-11 – A missão do profeta.
O texto de Isaías destaca a missão do profeta: ser um anunciador de vida, de liberdade e de paz, para as categorias mais esquecidas e excluídas da sociedade. Jesus toma para si este projeto e o assume até as últimas conseqüências: Ele é o verdadeiro ungido (Messias), que vem dar a sua vida para que todos tenham vida.
Segunda Leitura: 1 Ts 5, 16-24 – Vida em comunidade.
São Paulo traça modos de comportamento em Comunidade: viver em alegria, respeitar os dirigentes, ajudar quem está em dificuldade, criar um clima de oração... Ter um espírito crítico para optar sempre pelo bem, sem se deixar enganar pelo mal.
Evangelho:Jo 1, 6-8.19-28 – Ele que é!
João tem a humildade profética de dizer que não é o Messias, nem Elias, nem profeta. Aponta para Jesus. Ele sim que é a luz. É aquele que batiza no Espírito: essa expressão define a obra primordial de Jesus – regenerar a humanidade no Espírito Santo. João é a testemunha que prepara os caminhos. Sincero, não quer o lugar de Jesus. Cada um de nós deve apontar para Jesus, dando testemunho d’Ele.
Reflexão.
1. Nosso projeto de vida é semelhante ao do profeta?
2. Como nos comportamos em Comunidade?
3. Apontamos para Jesus, dando testemunho?
4. Coleta da Campanha para a Evangelização...
Dinâmica:
Colocar novas peças no presépio.
Mons. Antonio Romulo Zagotto

IMACULADA CONCEIÇÃO DE NOSSA SENHORA

Introdução:
Esta é uma festa que está no coração dos cristãos desde o começo do cristianismo. A tradição cristã sempre sentiu que a Mãe seria isenta do pecado para poder dar à luz ao Santo dos Santos. Pio IX, em 1854, proclama este sentimento cristão como dogma da Igreja: Maria foi concebida sem a marca do pecado! A força que preservou Maria do pecado é a mesma força que nos remiu na Cruz. Em vista dos méritos redentores de Jesus, Maria foi isenta do pecado. O Pai quis preparar uma digna habitação para o seu Filho. Por isso preserva a Mãe do pecado. Também nós, purificados no Batismo, devemos ser uma digna habitação d’Ele. Nós participamos desta força redentora, segundo nossas limitações, mas também segundo a graça de Deus. Maria, Mãe e modelo, deve apontar para nós o caminho da santidade, na contínua conversão.
Primeira Leitura: Gn 3, 9-15.20 – Nova Eva.
Hoje o texto não quer destacar o castigo. Destaca a figura da Mulher e sua descendência, que vai pisar a cabeça da serpente. A tradição cristã vê aqui a figura de Maria, a Mãe do Messias prometido. O NT vai chamar Maria de Mulher (Jo 2,4; 19,26). Se a primeira cede à tentação, Maria vence a serpente e dá esperança á toda humanidade.
Segunda Leitura: Ef 1, 3-6.11-12 –Escolhidos e predestinados.
A riqueza do texto é um resumo de tudo o que o Pai fez por nós, por meio de seu Filho. Somos filhos, destinados à santidade e ao amor, e por isso herdeiros. Tudo isso se realiza em Maria, de um modo único e admirável.
Evangelho:Lc 1, 26-28 – Cheia de graça!
Deus cumpre a sua promessa. Maria é a colaboradora para que estas promessas se cumpram. O anjo a chama de “cheia de graça”. No momento da encarnação, o Filho vai encontrar um lugar digno d’Ele: Ele que não conheceu o pecado quis que Maria, sua Mãe, para salvar-nos do pecado, fosse imune da culpa. Assim o mal é definitivamente vencido. A Mulher pisa a cabeça da serpente. Com isso, também saímos vencedores.
Reflexão.
1. Procuramos como Maria, pisar a cabeça da serpente?
2. Temos consciência de que somos destinados à santidade?
3. Vemos em Maria nossa Mãe e nosso modelo?
Dinâmica:
Fazer o Ato Penitencial após a homilia: Um coração manchado, com diversos pecados, rasgado depois do Ato Penitencial. Um coração, com a figura de Jesus, no hino de louvor.

Mons. Antonio Romulo Zagotto