07/03/2012

3º DOMINGO QUARESMA

Introdução:
Nossa expressão de aliança para com Deus, muitas vezes se manifesta apenas numa visita dominical a uma igreja ou a um ato religioso apressado, para cumprir um preceito. O ato repetitivo de ir à igreja ou de fazer alguma oração decorada descaracteriza nosso pacto amoroso para com Deus. Ele é o Deus da aliança. A quaresma é uma oportunidade para que se retome a caminhada da aliança. Os atos quaresmais, do jejum, da esmola e da oração, facilitam este recomeçar. Será preciso chegar à Páscoa com o coração preparado para participar da Ressurreição de Jesus. A Campanha da Fraternidade também nos ajuda a ir ao encontro do outro, sobretudo do doente, para resgatar a sua dignidade.

I Leitura: Ex 20, 1-17 – A Aliança libertadora!

A primeira observação a fazer é que essa Lei (os dez mandamentos) é apresentada como a Lei da Aliança. Toda Aliança supõe cláusulas estipuladas entre os contratantes, É preciso ter conhecimento explícito das condições da Aliança, para poder permanecer nela e saber quais as infrações que a rompem. Deus oferece uma Aliança ao povo de Israel. É um imenso privilégio ser aliado do Deus poderoso que libertou o povo do Egito. Alias para que Israel possa continuar a gozar da proteção e do amor benevolente desse Deus, e ao mesmo tempo usufruir da liberdade, Deus lhe dá a garantia de uma Aliança. Ora, essa Aliança tem como condição necessária os 10 mandamentos. É nesse contexto que deve ser compreendido o decálogo. Os mandamentos não são simples princípios éticos, nem apenas normas de boa convivência. Caminho religioso. Margens que seguram o rio para que caminhe para o mar. Placas indicativas. Ver o lado positivo.

II Leitura: 1Cor 1, 22-25 – Jesus Crucificado! Causa de escândalo...

No Primeiro Testamento o sinal da aliança não é mais o sangue dos cordeiros, mas o sangue de Cristo (consagração do cálice). Por isso, no anúncio cristão, o evento pascal não é mais a libertação do Egito, mas o Cristo crucificado. A salvação é agora obtida mediante a fé no acontecimento da cruz. A cruz é poder e sabedoria de Deus, porque capaz de dar a salvação; enquanto a sabedoria humana, judaica ou grega, que não reconhece cruz uma força salvífica, se tornou incapaz de indica aos  homens uma via de salvação.
Evangelho: Jo 2, 13-25 – Novas propostas!

A renovação do culto exigida por Cristo é fortemente acentuada neste episódio evangélico. Cristo é rejeitado em seu ato de purificação messiânica das antigas estruturas cultuais, mas essa rejeição servirá para dar nascimento ao novo centro de culto, o seu corpo. Cristo se torna assim a nova proposta de Deus ao homem. Quem quer adorar a Deus em espírito e verdade deve fazê-lo em Cristo, mas isso exige a fé, que tem como pressuposto a total realização do evento salvífico. Não mais o templo, não mais os ricos, não mais o poder...
Reflexão.

1. Como estamos vivendo a aliança. Associar à CF/12

2. Que Cristo anunciamos?

3. Quais as novas propostas: nova religião, novas opções, novo modo de servir.



Dinâmica: Fazer a aspersão da água no Ato Penitencial e renovar as promessas do batismo, depois da Homilia.


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