Jesus é o grão de trigo que foi sepultado nesta terra, para que de seu lado aberto brotasse uma vida nova, vida diferente. Diante de Jesus, que cura os doentes, que pronuncia palavras sublimes ou faz prodígios, há quem se escandalize e quem se comova, há os que se convertem e os que ironizam. Diante de Jesus morto na cruz só há silêncio: ele me amou até morrer por mim. Cada um se encontra sozinho diante do mistério de Cristo: "Deus morreu e nós o traspassamos. Nós o matamos encerrando-o no invólucro deteriorado das idéias rotineiras, exilando-o em formas de piedade sem conteúdo ou em preciosismos arqueológicos; matamo-lo pela ambigüidade da nossa vida que lançou um véu obscuro sobre ele" (J. Ratzinger). A fé cristã recebe da cruz de Jesus sua forma característica: dizer sim à aventura de perder a própria vida, dizer sim a um amor autêntico.
I Leitura: Jr 31,31-34 – Nosso Deus é o Deus da Aliança.
Os caps. 30-31 de Jeremias, de onde é tirada a leitura, constituem o pequeno livro das "Consolações de Israel” destinado a infundir nos exilados a esperança do retomo. O profeta compara essa volta com uma nova aliança, que terá suas raízes no mais intimo do coração. Neste momento difícil, o profeta descortina um futuro cheio de esperança: Deus realizará uma aliança nova com o povo: as estruturas do poder serão superadas pela fraternidade e as estruturas econômicas pela partilha justa dos bens que Deus concede a todos.
II Leitura: Hb 5,7-9 – Sacerdote da Nova e Eterna Aliança....
O autor da carta se serve dos Sl 2,7 e 1019,4 para proclamar Jesus Cristo Filho de Deus e Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisec: Ele é verdadeiramente Deus; é plenamente e totalmente verdadeiro homem e é indissoluvelmente Deus-homem. Tomou sobre si nossas dores, nossos pecados e a partir de sua presença no mundo nos deu condições de reatarmos uma nova aliança com Deus: de novo somos filhos e com direito à salvação.
Evangelho: Jo 12,20-33 – Se o grão de trigo não morrer...
A grande novidade que Deus tem para os homens está em Jesus, que vai revelar na cruz a vida nova. Aí ele demonstra o maior ato de amor: doação de sua própria vida em favor dos homens. Na cruz Jesus demonstra o grau perfeito de ser o Redentor, morrendo como escravo, escravo rebelde, fugitivo. Matava-se na cruz o escravo que optasse pela liberdade: a liberdade é o supremo pecado contra o regime de dominação. Quem quiser seguir Jesus tem que optar por este mesmo caminho: “quem quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga” (Mc 8,34)
Reflexão.
1. Estamos no projeto da Nova Aliança? Reconstruindo uma nova sociedade? Associar a CF/12.
2. Se somos FILHOS, onde está a dignidade dos filhos?
3. Como está o nosso seguimento a Jesus? Temos a coragem de morrer para dar frutos?
Dinâmica: Fazer a Profissão de Fé diante da uma grande CRUZ erguida à frente da Assembléia.
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