14º DOMINGO DO
TEMPO COMUM
Introdução:
As comunidades celebram a fé naquele que se encarnou no
seio de Maria, se fez homem, sofreu, foi morto, sepultado e ressuscitou. Na
celebração da Eucaristia recebemos aquele que foi rejeitado por ser
trabalhador, filho de Maria, uma pessoa como as demais do seu tempo, na aldeia
de Nazaré. Em outras palavras, recebemos aquele que encarnou plenamente a
realidade humana. Estabelecer comunhão com ele é encarnar-se também e correr
todos os riscos: indiferença e rejeição, injúrias, perseguições e angústias. A
missão profética poderá encontrar resistência, sofrer críticas, ser
desacreditada. Não importa! O importante é exercer nossa missão profética,
anunciando e denunciando.
I Leitura: Ez 2, 2-5 –
A verdade dói...
Ezequiel é um sacerdote exilado
na Babilônia. Deus se manifesta através do profeta para dizer que Ele continua
interessado em seu povo: quer a libertação, quer a vida. Mas o povo vai se
mostrar indiferente. Não vai gostar do recado profético, pois costumam rejeitar
os profetas, desde Moisés, até o próprio Cristo. Mas, pelo menos saberão que há
um profeta no meio deles, que Deus não fica calado. No batismo recebemos a
missão profética: não podemos nos calar diante dos novos desafios no nosso
tempo.
II Leitura: 2Cor 12, 7-10 - Céu e inferno.
Paulo
acabara de falar das grandes revelações que teve, pois Deus o privilegiou com
experiências extraordinárias. Ele poderia se orgulhar dessas experiências,
recorrendo a elas como argumentos para aquelas ocasiões em que era contestado,
como os conflitos que transparecem nas cartas aos coríntios. Passa por
experiências do céu. Mas também sofre o “inferno” quando se refere
a este espinho na carne. Ele experimenta um paradoxo: são os consolos de quem
se entrega à missão, mas ao mesmo tempo as incompreensões, as rejeições, os
limites humanos. O que não pode é desanimar...
Evangelho: Mc 6, 1-6 – Causa de escândalo.
Depois de ter
feito milagres, os conterrâneos de Jesus se escandalizam: não querem admitir
que alguém como eles, possa ter sabedoria superior à dos profissionais e
realize ações que indiquem que Ele é Deus. Para eles o empecilho é aceitar que
Deus se encarnou, se fez homem, num contexto social... Ainda hoje as ações da
Igreja, continuadora das ações de Jesus, são criticadas, sobretudo quando se
coloca ao lado dos pobres, dos excluídos, dos marginalizados, quando denuncia
as desigualdades, as injustiças sociais, a violência...
Reflexão.
1. Estamos assumindo nossa missão
profética?
2. Diante das críticas, como
reagimos?
3. Apesar das rejeições
continuamos nossa tarefa evangelizadora?
Dinâmica: Entrar com uma
Bíblia grande e bonita, uma cruz grande, com os nomes dos profetas de hoje.
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