04/09/2012

23º DOMINGO DO TEMPO COMUM


 
Introdução:

A cada Eucaristia que celebramos nossa esperança se renova. Vemos diante de nós um mundo onde as diversas mazelas se multiplicam: nosso país, "maior nação católica do mundo", é composto por maioria de deserdados, imenso exército de mutilados pela pobreza, fome, desemprego, doença, miséria… São verdadeiros "pobres do Senhor", sem terra e sem teto, privados de liberdade e vida. Mas diante deste quadro não podemos desanimar. Deus optou por eles. Devemos construir uma história nova e uma sociedade nova. Nossa Eucaristia deve se transformar num compromisso de criar condições de redenção desses que estão à margem da vida, excluídos e esquecidos pelo sistema. Temos que devolver a dignidade e a liberdade aos que foram privados delas. Dar condições para que todos possam ouvir, isto é, tenham participação ativa e para que todos possam falar, isto é, condições de fazer uma análise crítica de tudo quanto nos rodeia. 

 I Leitura: Is 35,4-7a – Vez e voz...

A profecia de Isaías fala da volta dos exilados. O texto se dirige as pessoas privadas de esperança e vida. Isaías chama essas pessoas de desanimadas: são os que foram traídos em suas expectativas, manipulados e roubados em sua dignidade por serem mutilados fisicamente. A eles dirige-se o encorajamento do profeta: "Coragem! Não tenham medo! Aí está o seu Deus!". O texto esclarece quem são esses desanimados: são cegos, surdos, coxos e mudos, em síntese, os mutilados da sociedade (em sentido físico ou não!). Deus dos inválidos e mutilados posiciona-se a favor dos que foram privados de ver, ouvir, andar e falar. São imagens do sonho de Deus em relação à humanidade - uma nova criação - não mais mutilados, mas todos saudáveis. Não mais deserto, mas abundância de água. Um novo paraíso é possível!

II Leitura: Tg 2, 1-5 – Opção pelos pobres.

Quem tem fé não faz acepção de pessoas. O texto da carta de São Tiago é muito claro: é impossível ser fiel a Deus e continuar explorando e oprimindo os pobres. Isso é difamar o nome cristão. A fé torna todos iguais. Por isso, devem cessar opressões e explorações, pois não se trata de igualdade teórica. A fé conduz a relações sociais justas.

Evangelho: Mc 7, 31-37 – Faz tudo bem!

A missão de Jesus inicia nova criação. Para isso Ele abre os ouvidos e a boca dos homens, para que eles sejam capazes de ouvir e falar, isto é, discernir a realidade e dizer a palavra que transforma. Não poder ouvir nem falar torna a humanidade incapaz de se comunicar com Deus e entre si. Jesus vem tornar isso capaz: de novo a humanidade pode ouvir Deus e falar com Ele e pode ouvir o outro e falar com ele. Assim se cria uma nova sociedade e uma nova história.


Reflexão.

1. Temos esperança em nosso coração?

2. Criamos condições sociais justas?

3. Ajudamos a construir uma nova sociedade e uma nova história?

Dinâmica:

Entrar com a Bandeira do Brasil (Lembrando o 7 de setembro)

 

 

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