Introdução:
A cada
Eucaristia que celebramos nossa esperança se renova. Vemos diante de nós um
mundo onde as diversas mazelas se multiplicam: nosso país, "maior nação
católica do mundo", é composto por maioria de deserdados, imenso exército
de mutilados pela pobreza, fome, desemprego, doença, miséria… São verdadeiros
"pobres do Senhor", sem terra e sem teto, privados de liberdade e
vida. Mas diante deste quadro não podemos desanimar. Deus optou por eles.
Devemos construir uma história nova e uma sociedade nova. Nossa Eucaristia deve
se transformar num compromisso de criar condições de redenção desses que estão
à margem da vida, excluídos e esquecidos pelo sistema. Temos que devolver a
dignidade e a liberdade aos que foram privados delas. Dar condições para que
todos possam ouvir, isto é, tenham participação ativa e para que todos possam
falar, isto é, condições de fazer uma análise crítica de tudo quanto nos
rodeia.
A profecia de Isaías fala da
volta dos exilados. O texto se dirige as pessoas privadas de esperança e vida.
Isaías chama essas pessoas de desanimadas: são os que foram traídos em suas
expectativas, manipulados e roubados em sua dignidade por serem mutilados
fisicamente. A eles dirige-se o encorajamento do profeta: "Coragem! Não
tenham medo! Aí está o seu Deus!". O texto esclarece quem são esses
desanimados: são cegos, surdos, coxos e mudos, em síntese, os mutilados da
sociedade (em sentido físico ou não!). Deus dos inválidos e mutilados
posiciona-se a favor dos que foram privados de ver, ouvir, andar e falar. São
imagens do sonho de Deus em relação à humanidade - uma nova criação - não mais
mutilados, mas todos saudáveis. Não mais deserto, mas abundância de água. Um
novo paraíso é possível!
II Leitura: Tg 2, 1-5 –
Opção pelos pobres.
Quem tem fé não faz acepção
de pessoas. O texto da carta de São Tiago é muito claro: é impossível ser fiel
a Deus e continuar explorando e oprimindo os pobres. Isso é difamar o nome
cristão. A fé torna todos iguais. Por isso, devem cessar opressões e
explorações, pois não se trata de igualdade teórica. A fé conduz a relações
sociais justas.
Evangelho: Mc
7, 31-37 – Faz tudo bem!
A missão de Jesus inicia nova criação. Para isso Ele abre
os ouvidos e a boca dos homens, para que eles sejam capazes de ouvir e falar,
isto é, discernir a realidade e dizer a palavra que transforma. Não poder ouvir
nem falar torna a humanidade incapaz de se comunicar com Deus e entre si. Jesus
vem tornar isso capaz: de novo a humanidade pode ouvir Deus e falar com Ele e
pode ouvir o outro e falar com ele. Assim se cria uma nova sociedade e uma nova
história.
Reflexão.
1. Temos esperança em nosso
coração?
2. Criamos condições sociais
justas?
3. Ajudamos a construir uma
nova sociedade e uma nova história?
Dinâmica:
Entrar com a Bandeira do Brasil
(Lembrando o 7 de setembro)
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