14/09/2012

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução

Seguir Jesus não é fácil: as propostas dele são claras: renúncia, cruz e seguimento. O caminho que Ele nos propõe é o mesmo que Ele caminhou. Assumir estes valores requer de cada um de nós coragem, desprendimento e confiança. Cada celebração que nos reúne é um apelo a este seguimento e um fortalecimento pessoal e comunitário para assumir este projeto. Muitas vezes nos sentimos desanimados e é preciso reabastecer nossas forças nos sacramentos e no convívio comunitário. Há necessidade de mudança de atitudes para entender este apelo que Jesus nos faz. A cruz não é final, mas nos aponta para a Ressurreição e para a vida. Depois de apontar a Pedro qual o caminho que vai seguir, Jesus mostra que este caminho é também o do discípulo. Ele não oferece facilidades. Renúncia significa deixar de lado nossos projetos; tomar a cruz significa assumir o projeto libertador dele e  segui-lo é enfrentar os desafios que Ele mesmo enfrentou. Ele não nos ilude: quem quiser, sabe que vai assumir algo difícil. Mas Ele não nos deixa sozinhos. Caminha na frente para dar o exemplo.

Primeira Leitura: Is 50, 5-9a

Israel tem nos próprios pecados o único documento para provar por que está separado de Deus. Apesar de tudo, Deus continua fiel e, como no primeiro êxodo, está disposto a lutar contra tudo e contra todos para libertar e reunir o seu povo. Este, porém, parece não confiar em Deus. É o terceiro «cântico do Servo do Senhor». A missão do Servo é, aqui, apresentada como encorajamento aos fracos e abatidos. Para isso, não resiste ao que Deus lhe pede e não recua diante das dificuldades e ataques de adversários. Quem o acusará se o seu advogado é o próprio Deus? Os adversários serão apanhados na mesma armadilha que lhe tinham preparado. Tal foi a atitude de Jesus, e é a característica fundamental de seus seguidores.

Segunda Leitura - Tg 2, 14-18

Tiago insiste em uma fé que se concretiza nas obras, sobretudo no amor ao próximo e na oração. É provável que Tiago reaja a interpretações ou conseqüências abusivas e unilaterais da doutrina de Paulo. Na verdade, Paulo não é contra as obras, pois uma fé autêntica deve produzi-las (cf. Rm 2,6.15-16; Gl 5,6; 1Ts 1,3). Paulo afirma, para quem não tem fé em Jesus Cristo, que a fé é indispensável. Tiago afirma, para quem tem fé que concretizá-las em obras é indispensável. Dizer que tem fé, mas não mostrar as obras é como dizer “Senhor, Senhor”. Não salva ninguém. Nos vv. 15 a 16, Tiago apresenta uma comparação concreta: se você não ajuda seu irmão necessitado suas palavras bonitas não servem para nada. Assim também diz o v. 17: fé sem obras é morta, ou seja, para nada serve. O v. 18 quer dizer que mostrar a fé pelas obras é possível, mas é impossível demonstrar uma fé sem as obras. Numa palavra a fé é inseparável das obras. Fé e obras de caridade são os dois lados de uma única moeda.

 

Evangelho - Mc 8, 27-35

A pergunta de Jesus força os discípulos a fazer uma revisão de tudo o que ele realizou no meio do povo. Esse povo não entendeu quem é Jesus. Os discípulos, porém, que acompanham e vêem tudo o que Jesus tem feito, reconhecem agora, através de Pedro, que Jesus é o Messias. A ação messiânica de Jesus consiste em criar um mundo plenamente humano, onde tudo é de todos e repartido entre todos. Esse messianismo destrói a estrutura de uma sociedade injusta, onde há ricos à custa de pobres e poderosos à custa de fracos. Por isso, essa sociedade vai matar Jesus, antes que ele a destrua. Mas os discípulos imaginam um messias glorioso e triunfante. A morte de cruz era reservada a criminosos e subversivos. Quem quer seguir a Jesus esteja disposto a se tornar marginalizado por uma sociedade injusta (perder a vida) e mais, a sofrer o mesmo destino de Jesus: morrer como subversivo (tomar a cruz).
Reflexão.

1. Apesar das perseguições temos esperança?

2. Nossa fé se traduz em obras?

3. Somos sérios seguidores? Renuncia; tomar a cruz e seguimento...

Dinâmica:

Entrar com uma grande cruz ao se proclamar o evangelho

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