Introdução.
Neste primeiro domingo do mês de
agosto, iniciando nosso mês vocacional, nos encontramos com o Ressuscitado que
nos aponta os valores do Reino. Aos cidadãos do Reino não cabe o acúmulo de
bens materiais. Nossa vocação nos destina a valores que não perecem: coisas
do alto, como nos diz São Paulo. O povo na sua sabedoria bem diz: “Caixão
não tem gaveta!”. Bens materiais acumulados não serão levados. Vão ficar,
para muitas vezes, gerar divisão familiar, brigas, rompimentos... O conselho de
Jesus é muito claro: “Acumulai para vós tesouros no céu, onde a ferrugem e a
traça não corroem e onde os ladrões não assaltam nem roubam.” (Mt 6, 20).
- Valores.
“Que
resta ao homem de todos os seus trabalhos?” (Ecl 2, 22).
A poesia do Livro do Eclesiastes
tem uma frase tão guardada e repetida pelo nosso povo: “Vaidade das
vaidades, tudo é vaidade!” (Ecl 1, 2). Mais uma vez prevalece a palavra de
Jesus: “De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a
sua vida?” (Mt 16, 26). O verdadeiro sábio é aquele que descobre que
a vida é passageira.
- Coisas
do alto. “Esforçai-vos
para alcançar as coisas do alto, onde está Cristo.” (Cl 3, 1).
São Paulo apresenta uma listinha
das coisas que ainda nos prendem a terra: imoralidade, impureza, paixão, maus
desejos, cobiça, mentira... E podíamos acrescentar ainda mais uma dezenas de
pecados que nos prendem a este mundo. Mas Paulo insiste: revestistes-vos do
homem novo. Por isso buscar as coisas que têm verdadeiro valor: as coisas do
alto. Os “bens” deste mundo devem ser estirpados, cortados pela raiz. Um longo
processo de conversão.
- Acúmulo
inútil. “E
para quem ficará o que acumulaste?” (Lc 12, 20).
O verdadeiro valor para o
discípulo é – “Buscar em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça; e
Jesus continua – o resto vos será dado por acréscimo.” (Lc 12, 31). Resto
– a sobra, o que não tem valor. Acumular bens é não ter confiança. Não
somos daqui. Estamos aqui apenas de passagem. Fica aqui o exemplo daquelas
pessoas que no momento do sepultamento ouvem as palavras consoladoras de Jesus:
“Vinde bendito de meu Pai.” (Mt 25, 34). Fizeram tanto bem e não levam
bem material nenhum! Só bens espirituais! Apresentam-se diante de Deus de mão
cheias!
- Conclusão.
O salmo de hoje nos ajuda na
nossa conclusão:
(Sl 89, 3-6)
“Vós fazeis voltar ao pó todo
ser mortal, quando dizeis: ‘voltai ao pó, filhos de Adão!’ Pois mil
anos são para vós como ontem, qual vigília de uma noite que passou.
Eles passam como o sono da
manhã, são iguais à erva verde pelos campos: De manhã ela floresce vicejante,
mas à tarde é cortada e logo seca.”
6. Dinâmica
Um belo e grande pão para ser
repartido no final da celebração
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