12/08/2010

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA - 15 de Agosto

Introdução.
No dia 1º de Novembro de 1950, Pio XII declarou como verdade infalível de nossa fé, que Maria “a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso de sua vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celeste”. Celebramos hoje esta festa, que declara Maria já assumindo a condição de resgatada para junto de Deus, como seu Filho. As correntes de pensamento que se dividem entre a sua possível morte ou a sua simples arrebatação, já na velhice, sem experimentar as sombras da morte não são contempladas pela declaração papal. Para a Igreja importa é que Maria já está junto de Deus, destino que cada um de nós deve procurar, assumindo o que Maria assumiu aqui, enquanto personagem de nossa história: o projeto de Deus, se colocando totalmente disponível a Ele. Para Maria, Assunção significa o definitivo reencontro entre a Mãe e o Filho. Para nós, significa a concretização do nosso próprio destino futuro.

2. Vencer os dragões de ontem e de hoje... “Uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés.” (Ap 12, 1).

A figura da mulher é a figura da vida. A figura do dragão é a figura da morte. A mulher, para o redator, sem dúvida é a Igreja que vence as tribulações e perseguições de seu início. O dragão, sem dúvida, é sinal de todos os desafios que queriam impedir o avanço do Reino. A tradição junta à figura desta mulher a pessoa de Maria, que vence o dragão e assume o projeto de Deus. Nós hoje somos chamados a enfrentar os desafios e assumir o Reino, para também alcançar o que Maria alcançou.

3. Ressuscitada com o Ressuscitado! “Cristo, como primícias; depois os que pertencem a Cristo.” (1Cor 15, 23).

São Paulo discorre sobre a ressurreição de um modo apaixonado. Prova que pela morte vem a vida. Uma transformação gloriosa, descrita por Paulo, de uma maneira não científica, mas que entra na dimensão da fé: um corpo glorioso, semelhante ao corpo do Ressuscitado. Maria antecipa esta transformação é já está glorificada junto de seu Filho, no céu. Um aceno para todos nós, nos chamando a participar também desta glorificação!

4. Cantar as belezas da vida... “O Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor: elevou os humildes.” (Lc 1, 49.52).

O cântico de Maria é o cantar das maravilhas que Deus realizou, realiza e vai realizar. O mistério da presença de Deus na nossa história traz a segurança de que não estamos sozinhos. Caminhar com Ele é ter certeza que os excluídos, os fracos, os famintos terão vez e voz. A jovem que cantou estas maravilhas concretiza este sonho de todos nós é já recebeu a recompensa definitiva: já está junto de Deus em corpo e alma.

5. Conclusão.

A festa de hoje é um aceno que Maria faz para todos nós. Ela assumiu já a condição que cada um de nós vai assumir se retamente nos deixar guiar pelas propostas de Deus. Dar com convicção o nosso “sim”, seguir com fidelidade nossa vocação, levar Jesus às pessoas... Imitar Maria em vida para depois, com ela, triunfar eternamente no céu. A festa da Assunção de Maria é a festa que nos aponta para o céu, nosso lugar definitivo.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

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