1. Introdução
Nosso encontro com o Ressuscitado, nesta Páscoa semanal, vai nos alertar sobre a conduta que cada um de nós deve ter em sintonia com a proposta da Palavra. Temos a Palavra que serve de guia para nossas atitudes. E ela é clara! Optar pelos valores propostos pela Palavra como fio condutor para nossa vida. Neste Domingo, dia da Bíblia, cada um de nós é chamado a responder aos apelos desta Palavra que “é lâmpada para os meus pés e luz para o meu caminho!”. (Sl 119, 105). Mais uma vez opção pelos pobres! Mais uma vez escolha dos valores do Reino!
2. Ai de vós! “Agora o bando dos gozadores será desfeito.” (Am 6, 7).
O profeta Amós é severo para com aqueles que mantêm à distância os pobres. Eles serão os primeiros a serem castigados. A riqueza de uns poucos é um insulto à pobreza da grande maioria. As categorias defendidas por Deus, no salmo de hoje (Sl 145) demonstra muito bem do lado de quem Deus está: oprimidos, famintos, cativos, cegos, caído, justo, estrangeiro, órfão, viúva. E nós, de que lado estamos?
3. Conselhos úteis. “Guarda o teu mandato até a manifestação gloriosa do Senhor”. (1Tm 6, 14).
“O verdadeiro doutor é aquele que foge da ambição e vive com sobriedade. Seu compromisso primeiro é com a verdade, a qual se manifesta no ministério de Cristo”. São Paulo dá ao bispo Timóteo uma série de conselhos muito úteis para quem está na liderança. Esses mesmos conselhos devem ser seguidos por nossas lideranças hoje, para que possam exercem bem seu ministério. Fugir das coisas perversas, procurar a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a mansidão. Combater o bom combate da fé, até alcançar o prêmio prometido.
4. Justiça seja feita! “Tu recebeste teus bens durante a vida, e Lázaro os males; agora ele encontra aqui consolo, e tu és atormentado”. (Lc 16, 25).
A história do rico e de Lázaro é uma crítica a uma sociedade onde os abastados se distanciam dos pobres. A parábola não tem o interesse de explicar a vida após a morte, mas sim a necessidade de uma conversão imediata, para que a justiça se faça, por meio de uma de uma profunda mudança na nossa sociedade, onde haja partilha, solidariedade e inclusão.
5. Conclusão.
Estamos encerrando o Mês da Bíblia. Nesse domingo celebramos o Dia da Bíblia. Temos a Palavra. O livro que a contem e própria Palavra Encarnada – Jesus! São estas orientações que devem ser seguidas para se construir uma sociedade mais justa e mais solidária. Vamos nos lembrar da temática do mês da Bíblia, “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2) que nos propõe conversão.. O quadro das injustiças sociais deve angustiar o cristão. Enquanto houver um pobre que ainda bata à nossa porta, nossa eucaristia está sendo incompleta! Como lâmpada para guiar nossos passos no caminho da justiça, a Palavra vai nos ajudar a criar este mundo dos sonhos, onde não haverá mais luto, mais dor, mais sofrimento, mais exclusão, mais morte... “Ele vai enxugar toda lágrima dos olhos deles, pois nunca mais haverá morte, nem luto, nem grito, nem dor. Sim! As coisas antigas desapareceram!” (Ap 21, 4).
CI220910
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
14/09/2010
MENTALIDADE NOVA. - XXVº DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Nesse Domingo, nosso encontro com o Ressuscitado nos leva a fazer opções sérias na nossa caminhada. E, sobretudo acolher as propostas revolucionárias do Reinado de Deus, que inverte os valores. Implantar esses valores em nosso coração e em nossa sociedade é um desafio. Os “valores” do mundo apontam para outras direções. Será preciso conversão. Uma mentalidade nova e uma atitude nova deve permear nosso comportamento e o comportamento da sociedade. Construir esse mundo novo é fazer da Eucaristia uma prática.
2. – Em defesa do pobre. “Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.” (Am 8, 6).
Amós investe contra os que maquinam contra os pobres. Suas profecias são um forte discurso contra a falta de justiça existente nas classes dominadoras. Querem se aproveitar das circunstâncias de crise para explorar os pobres. Deus toma a defesa dos pobres. Como o salmo de hoje: Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com nobres do seu povo. (Sl 112, 7-9). Ou como canta Maria: “Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Mt 1, 51-53) Devemos também fazer a mesma opção de Deus: opção pelos pobres.
3. Rezar por todos. “Recomendo que se façam orações a Deus por todos os homens. Deus quer que todos sejam salvos.” (1Tm 2, 1).
Uma das primeiras recomendações que Paulo dá ao bispo Timóteo é a obrigação de rezar por todos, “para que tenhamos uma vida tranqüila e serena, com toda a piedade e dignidade”. Para que rezar? Para a salvação e para se chegar ao conhecimento da verdade. Paulo tem essa convicção, pois só por meio da oração vamos estar em sintonia com as propostas de Jesus. Rezar, rezar e rezar.
4. Sabedoria. “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (Lc 16, 13).
Não existe aqui um elogio à desonestidade e a esperteza. O que se quer chegar é à proposta de comportamento dos cristãos: somos ingênuos no trato com as coisas de Deus: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16, 8). Dinheiro? Para os pobres! Ser fiel nas pequenas coisas. Fazer opção: Deus ou o dinheiro? “Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. É preciso escolher a qual dos dois queremos servir.” Vamos inverter os “valores” falsos do mundo e apresentar o verdadeiro valor: DEUS.
5. Conclusão.
Existe um mandamento muito claro: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. (Mt 22, 37-40). Essas são as duas direções: na vertical – Deus; na horizontal – o próximo. O mundo faz outra proposta: tanto na vertical quanto na horizontal – EU. Será preciso inverter esta direção. Criar esta mentalidade nova significa criar um tempo novo. Significa escrever uma história nova. Como Jonas, devemos anunciar ao mundo (a grande cidade) a conversão.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nesse Domingo, nosso encontro com o Ressuscitado nos leva a fazer opções sérias na nossa caminhada. E, sobretudo acolher as propostas revolucionárias do Reinado de Deus, que inverte os valores. Implantar esses valores em nosso coração e em nossa sociedade é um desafio. Os “valores” do mundo apontam para outras direções. Será preciso conversão. Uma mentalidade nova e uma atitude nova deve permear nosso comportamento e o comportamento da sociedade. Construir esse mundo novo é fazer da Eucaristia uma prática.
2. – Em defesa do pobre. “Contra aqueles que dominam os pobres com dinheiro.” (Am 8, 6).
Amós investe contra os que maquinam contra os pobres. Suas profecias são um forte discurso contra a falta de justiça existente nas classes dominadoras. Querem se aproveitar das circunstâncias de crise para explorar os pobres. Deus toma a defesa dos pobres. Como o salmo de hoje: Levanta da poeira o indigente e do lixo ele retira o pobrezinho, para fazê-lo assentar-se com os nobres, assentar-se com nobres do seu povo. (Sl 112, 7-9). Ou como canta Maria: “Ele realiza proezas com seu braço: dispersa os soberbos de coração, derruba do trono os poderosos e eleva os humildes; aos famintos enche de bens, e despede os ricos de mãos vazias.” (Mt 1, 51-53) Devemos também fazer a mesma opção de Deus: opção pelos pobres.
3. Rezar por todos. “Recomendo que se façam orações a Deus por todos os homens. Deus quer que todos sejam salvos.” (1Tm 2, 1).
Uma das primeiras recomendações que Paulo dá ao bispo Timóteo é a obrigação de rezar por todos, “para que tenhamos uma vida tranqüila e serena, com toda a piedade e dignidade”. Para que rezar? Para a salvação e para se chegar ao conhecimento da verdade. Paulo tem essa convicção, pois só por meio da oração vamos estar em sintonia com as propostas de Jesus. Rezar, rezar e rezar.
4. Sabedoria. “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.” (Lc 16, 13).
Não existe aqui um elogio à desonestidade e a esperteza. O que se quer chegar é à proposta de comportamento dos cristãos: somos ingênuos no trato com as coisas de Deus: “os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. (Lc 16, 8). Dinheiro? Para os pobres! Ser fiel nas pequenas coisas. Fazer opção: Deus ou o dinheiro? “Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. É preciso escolher a qual dos dois queremos servir.” Vamos inverter os “valores” falsos do mundo e apresentar o verdadeiro valor: DEUS.
5. Conclusão.
Existe um mandamento muito claro: “Ame ao Senhor seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma, e com todo o seu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Ame ao seu próximo como a si mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos”. (Mt 22, 37-40). Essas são as duas direções: na vertical – Deus; na horizontal – o próximo. O mundo faz outra proposta: tanto na vertical quanto na horizontal – EU. Será preciso inverter esta direção. Criar esta mentalidade nova significa criar um tempo novo. Significa escrever uma história nova. Como Jonas, devemos anunciar ao mundo (a grande cidade) a conversão.
Fonte:
Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
08/09/2010
BRAÇOS ABERTOS - XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Fazemos neste Domingo a experiência do perdão e da misericórdia de Deus. Deus não desiste. Está sempre pronto a nos perdoar. A iniciativa sempre é dele. Mas nós devemos ter a coragem de empreender o caminho da volta. Gosto de dizer nas confissões, quando alguém se interroga: “Será que Deus vai me perdoar?” – “DEUS NÃO CONTA QUANTAS VEZES NÓS CAÍMOS, CONTA QUANTAS VEZES NÓS NOS LEVANTAMOS!”. Acolhe seu povo de volta, diante da prece de Moisés. Paulo proclama a misericórdia de Deus ao bispo Timóteo. E as três belas histórias do capitulo 15 de Lucas mostram a atitude de Deus para com os pecadores: tudo termina em FESTA! Neste mês da Bíblia também contemplamos a misericórdia de Deus para com o povo de Nínive.
2. Solidariedade. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.” (Ex 32, 14).
Deus quer desistir deste seu povo. O único que vai escapar é Moisés. Moisés insiste na promessa feita aos antepassados. Deus então desiste do mal que havia ameaçado a fazer. Perdoa seu povo. Moisés prefigura Jesus que se faz solidário para com a humanidade e intercede por nós junto ao Pai.
3. Misericórdia. “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.” (1Tm 1, 15).
Paulo se apresenta como aquele que é exemplo do perdão e da misericórdia de Deus. Sua história, sua vida demonstram bem como Deus age na vida e na história das pessoas. Basta ter o coração aberto à ação de Deus. “O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.”
4. Festa! “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte” (Lc 15, 7).
Com certeza a mais bela página da Bíblia! Provocado, Jesus responde com as três histórias que demonstram como age o coração de Deus. Achada a ovelha se faz uma festa! Achada a moeda se faz uma festa! Achado o filho se faz uma festa! O perdão e a misericórdia são festas para o coração de Deus. Quem já fez a experiência da festa do perdão e da misericórdia de Deus sabe muito bem a alegria que se sentir perdoado e amado.
5. Conclusão.
Neste mês da Bíblia temos diante de nós a figura de Jonas. O livro de Jonas tem quatro partes: a vocação e a fuga de Jonas; Jonas no ventre do grande peixe; a pregação de Jonas e a conversão de Nínive e finalmente o desgosto de Jonas diante da misericórdia de Deus. A lição deste livrinho é nos mostrar que Deus é misericórdia e compaixão para com todos. E o que a Palavra de Deus nos ensina neste domingo é justamente isso: “Não sinto nenhum prazer com a morte do pecador. O que eu quero, é que ele mude de comportamento e viva. Convertam-se, convertam-se do seu mau comportamento.” (Ez 33, 11).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Fazemos neste Domingo a experiência do perdão e da misericórdia de Deus. Deus não desiste. Está sempre pronto a nos perdoar. A iniciativa sempre é dele. Mas nós devemos ter a coragem de empreender o caminho da volta. Gosto de dizer nas confissões, quando alguém se interroga: “Será que Deus vai me perdoar?” – “DEUS NÃO CONTA QUANTAS VEZES NÓS CAÍMOS, CONTA QUANTAS VEZES NÓS NOS LEVANTAMOS!”. Acolhe seu povo de volta, diante da prece de Moisés. Paulo proclama a misericórdia de Deus ao bispo Timóteo. E as três belas histórias do capitulo 15 de Lucas mostram a atitude de Deus para com os pecadores: tudo termina em FESTA! Neste mês da Bíblia também contemplamos a misericórdia de Deus para com o povo de Nínive.
2. Solidariedade. “E o Senhor desistiu do mal que havia ameaçado fazer.” (Ex 32, 14).
Deus quer desistir deste seu povo. O único que vai escapar é Moisés. Moisés insiste na promessa feita aos antepassados. Deus então desiste do mal que havia ameaçado a fazer. Perdoa seu povo. Moisés prefigura Jesus que se faz solidário para com a humanidade e intercede por nós junto ao Pai.
3. Misericórdia. “Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.” (1Tm 1, 15).
Paulo se apresenta como aquele que é exemplo do perdão e da misericórdia de Deus. Sua história, sua vida demonstram bem como Deus age na vida e na história das pessoas. Basta ter o coração aberto à ação de Deus. “O povo de Deus não é formado por pessoas que nunca erraram, mas por pecadores que se convertem e são salvos por pura graça.”
4. Festa! “Haverá no céu mais alegria por um só pecador que se converte” (Lc 15, 7).
Com certeza a mais bela página da Bíblia! Provocado, Jesus responde com as três histórias que demonstram como age o coração de Deus. Achada a ovelha se faz uma festa! Achada a moeda se faz uma festa! Achado o filho se faz uma festa! O perdão e a misericórdia são festas para o coração de Deus. Quem já fez a experiência da festa do perdão e da misericórdia de Deus sabe muito bem a alegria que se sentir perdoado e amado.
5. Conclusão.
Neste mês da Bíblia temos diante de nós a figura de Jonas. O livro de Jonas tem quatro partes: a vocação e a fuga de Jonas; Jonas no ventre do grande peixe; a pregação de Jonas e a conversão de Nínive e finalmente o desgosto de Jonas diante da misericórdia de Deus. A lição deste livrinho é nos mostrar que Deus é misericórdia e compaixão para com todos. E o que a Palavra de Deus nos ensina neste domingo é justamente isso: “Não sinto nenhum prazer com a morte do pecador. O que eu quero, é que ele mude de comportamento e viva. Convertam-se, convertam-se do seu mau comportamento.” (Ez 33, 11).
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
03/09/2010
PROPOSTA RADICAL. - XXIII º DOMINGO DO TEMPO COMUM
1. Introdução.
Nosso encontro com o ressuscitado, neste Domingo, nos leva a fazer uma escolha radical. Jesus aponta opções sérias para a nossa vida. Não podemos levar uma “vidinha” tranqüila, ao nosso modo, mas fazer opções radicais em relação às escolhas para a construção do reino. Iniciando o mês da Bíblia, diante de nós está Jonas. Popularmente todos conhecem a história de Jonas, sobretudo aquela historinha de ter sido engolido por um grande peixe e ter ficado três dias na barriga dele para ser vomitado na praia depois. Mas a historinha tem, sobretudo, duas lições importantes para nós: fazer a experiência da misericórdia de Deus e assumir um compromisso sério com a Pastoral da Cidade segundo a ordem dada a Jonas e a nós: “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2).
2. A sabedoria de Deus. “Quem pode conhecer os desígnios do Senhor!” (Sb 9, 13)
Humanamente falando ninguém é capaz de descobrir a verdadeira Sabedoria. Fazemos nossas escolhas, mas muitas das vezes, voltados para os nossos projetos. Deus se mostra a nós. E de uma maneira singular se mostra em Jesus. A religião revelada, a verdadeira sabedoria é a que nos faz ter um encontro com Jesus.
3. Não mais escravos, mas livres. “Recebe-o, não mais como escravo, mas como um irmão querido.” (Fl v15).
Paulo entende que agora é necessário vigorar uma nova compreensão das relações. O escravo Onésimo, mais que um ser humano, agora é cristão. Filemon, seu patrão, deve acolhê-lo agora como um irmão. Foi muito difícil compreender essa nova relação. A escravidão foi uma chaga difícil de ser curada. Ainda hoje quantas são as situações de escravidão que predominam?
4. Proposta radical. “Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33).
As propostas de Jesus sempre são radicais. Nada pela metade. Não mais laços sanguíneos. Tomar a cruz e caminhar atrás são propostas para assumir um projeto que é Dele. Para isso é preciso calcular o risco. Não se pode começar e desistir depois. Como numa construção ou como numa guerra. Estamos em processo de construção. Construção do Reino. Estamos numa guerra. Os enfrentamentos são perigosos. Renúncia. Chegar a alcançar aquilo que Paulo proclamava: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Os santos entenderam essa radicalidade.
5. Conclusão
O fato de ser cristão hoje exige radicalidade. Renúncia. A proposta não é a nossa, mas a de Deus. A grande Sabedoria, revelada, que se chama Jesus. Com todas as suas conseqüências. Seguí-lo não é fácil. Ele fala de renunciar os laços humanos, assumir a cruz, seguir seus passos. Sabemos bem onde isso tudo vai dar: em Jerusalém, na cruz. São esses passos que Ele pede de nós. Com coragem ira à grande cidade, apresentar a proposta de Deus, com o risco de ser crucificado. Não podemos fazer igual a Jonas: fugir. Ao contrario, abrir-se ao chamado e dizer: Eis-me aqui Senhor...
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
Nosso encontro com o ressuscitado, neste Domingo, nos leva a fazer uma escolha radical. Jesus aponta opções sérias para a nossa vida. Não podemos levar uma “vidinha” tranqüila, ao nosso modo, mas fazer opções radicais em relação às escolhas para a construção do reino. Iniciando o mês da Bíblia, diante de nós está Jonas. Popularmente todos conhecem a história de Jonas, sobretudo aquela historinha de ter sido engolido por um grande peixe e ter ficado três dias na barriga dele para ser vomitado na praia depois. Mas a historinha tem, sobretudo, duas lições importantes para nós: fazer a experiência da misericórdia de Deus e assumir um compromisso sério com a Pastoral da Cidade segundo a ordem dada a Jonas e a nós: “Levanta-te e vai à grande cidade” (Jn 1,2).
2. A sabedoria de Deus. “Quem pode conhecer os desígnios do Senhor!” (Sb 9, 13)
Humanamente falando ninguém é capaz de descobrir a verdadeira Sabedoria. Fazemos nossas escolhas, mas muitas das vezes, voltados para os nossos projetos. Deus se mostra a nós. E de uma maneira singular se mostra em Jesus. A religião revelada, a verdadeira sabedoria é a que nos faz ter um encontro com Jesus.
3. Não mais escravos, mas livres. “Recebe-o, não mais como escravo, mas como um irmão querido.” (Fl v15).
Paulo entende que agora é necessário vigorar uma nova compreensão das relações. O escravo Onésimo, mais que um ser humano, agora é cristão. Filemon, seu patrão, deve acolhê-lo agora como um irmão. Foi muito difícil compreender essa nova relação. A escravidão foi uma chaga difícil de ser curada. Ainda hoje quantas são as situações de escravidão que predominam?
4. Proposta radical. “Qualquer um de vós, se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo” (Lc 14, 33).
As propostas de Jesus sempre são radicais. Nada pela metade. Não mais laços sanguíneos. Tomar a cruz e caminhar atrás são propostas para assumir um projeto que é Dele. Para isso é preciso calcular o risco. Não se pode começar e desistir depois. Como numa construção ou como numa guerra. Estamos em processo de construção. Construção do Reino. Estamos numa guerra. Os enfrentamentos são perigosos. Renúncia. Chegar a alcançar aquilo que Paulo proclamava: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20). Os santos entenderam essa radicalidade.
5. Conclusão
O fato de ser cristão hoje exige radicalidade. Renúncia. A proposta não é a nossa, mas a de Deus. A grande Sabedoria, revelada, que se chama Jesus. Com todas as suas conseqüências. Seguí-lo não é fácil. Ele fala de renunciar os laços humanos, assumir a cruz, seguir seus passos. Sabemos bem onde isso tudo vai dar: em Jerusalém, na cruz. São esses passos que Ele pede de nós. Com coragem ira à grande cidade, apresentar a proposta de Deus, com o risco de ser crucificado. Não podemos fazer igual a Jonas: fugir. Ao contrario, abrir-se ao chamado e dizer: Eis-me aqui Senhor...
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br
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