14/10/2010

PERSEVERANTES NA ORAÇÃO - .XXIXº DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução.
Nos últimos domingos aprendemos sobre a fé. A lição que aprendemos neste domingo é sobre a oração. Diante de tantas tecnologias, que aparentemente solucionam todos os problemas da humanidade, nos perguntamos: Será ainda necessário rezar? No passado se rezava para que acontecesse uma intervenção divina. Hoje, com a mudança do eixo religioso (que governava todas as ações humanas no meio rural), para o eixo econômico (para o homem urbano), gera: “Uma concepção de mundo segundo a qual este último se explica por si mesmo, não sendo necessário recorrer a Deus: Deus seria pois supérfluo e até mesmo um obstáculo. Este secularismo, para reconhecer o poder do homem, acaba se colocando acima de Deus ou mesmo negando-o...”. (Puebla [1979], CELAM, 2004, p, 398).

2. Mãos elevadas para o céu. “E, enquanto Moisés conservava a mão levantada, Israel vencia.” (Ex 17, 11)
A fé deve estar sempre unida à ação. Enquanto Moisés intercede, Josué está lutando. Deus atende as súplicas de seu povo diante dos inimigos. São obstáculos a serem vencidos. Mas será necessário também fazer a nossa parte: lutar, lutar, lutar. Uma oração contínua e insistente será a condição para se vencer as dificuldades da vida. Como nos ajuda a rezar o Salmo 120 – “Do Senhor é que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra”. (Sl 120, 2)

3. Como agir. “O homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra”. (2Tm 3, 17).
Evangelizar é enfrentar desafios. Paulo indica ao bispo Timóteo uma maneira de agir. A garantia de conduta é a Escritura Sagrada. O texto de hoje se encaixa bem na proposta missionária deste mês de outubro – mês das missões. Como discípulos/missionários devemos anunciar com coragem a Palavra de Deus. “Proclama a Palavra, insiste oportuna e importunamente, argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina”. (2Tm 4, 2).

4. Deus nos atende. “Deus fará justiça aos que gritam por Ele”. (Lc 18, 7)
A bela lição do Evangelho está na insistência e perseverança. Não podemos desanimar. Deus vai atender àqueles que, através da oração, testemunham o desejo e a esperança de que se faça justiça. A viúva é sempre uma das categorias excluídas (junto com os órfãos e os estrangeiros). O juiz injusto mostra que se um homem tão mau atende um pedido incessante, muito mais Deus, que é bom, vai nos atender.

5. Conclusão.
Com a palavra os santos: “Nada se compara em valor à oração; ela torna possível o que é impossível, fácil o que é difícil. E impossível que caia em pecado o homem que reza.”. (São João Crisóstomo). “Quem reza certamente se salva; quem não reza certamente se condena.” (Santo Afonso de Ligório). Mesmo diante de tantas soluções práticas que a modernidade traz para nós, não podemos prescindir de Deus. As diversas maneiras de rezar vão nos ajudar a estar mais próximos de Deus e Ele mais próximo de nós.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto
catedral@dci.org.br

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