27/09/2011

PERTENÇA

Depois de ler em ZENIT uma reflexão sobre o que o Papa Bento XVI disse sobre a IGREJA, demonstrando que pertencer à Igreja é questão séria, convidando a não ficar com uma idéia “superficial” sobre a Igreja, pensei que o texto deveria ser panfletado nas nossas missas dominicais, depois de lido e refletido pelo que presidisse naquele domingo.  O Papa fez essa afirmação no fim da tarde da quinta-feira, 21 de setembro de 2011, em Berlim, ao presidir à celebração da missa no Estádio Olímpico, com a presença de 70 mil católicos, no contexto de sua viagem à Alemanha: A Igreja não é “uma das muitas organizações presentes numa sociedade democrática”, mas o próprio corpo de Cristo; pertencer ao Corpo de Cristo constitui uma “decisão séria” que cada um tem de tomar. “Alguns olham para Igreja, detendo-se no seu aspecto exterior – constatou o Papa – e assim “ela aparece-lhes apenas como uma das muitas organizações presentes numa sociedade democrática; e, segundo as normas e leis desta, se deve depois avaliar e tratar inclusive uma figura tão difícil de compreender como é a “Igreja””. “Se depois se vem juntar ainda a experiência dolorosa de que, na Igreja, há peixes bons e maus, trigo e joio, e se o olhar se fixa nas realidades negativas, então nunca mais se desvenda o grande e profundo mistério da Igreja.” “Crescem insatisfação e descontentamento, se não virem realizadas as próprias idéias superficiais e errôneas de “Igreja” e os próprios “sonhos de Igreja””, disse o Papa. Bento XVI se referiu ao evangelho recém-proclamado: “Jesus não diz: “Vós sois a videira”; mas: “Eu sou a videira, vós os ramos”. Isto significa: “Assim como os ramos estão ligados à videira, assim também vós pertenceis a Mim! Mas, pertencendo a Mim, pertenceis também uns aos outros””. Esta relação recíproca – advertiu o Papa – “não se trata de qualquer relação ideal, imaginária, simbólica, mas é – apetece-me quase dizer – um pertencer a Jesus Cristo em sentido biológico, plenamente vital”. “Ele continua a viver na sua Igreja neste mundo. Ele está conosco, e nós estamos com Ele. “Porque Me persegues?”: destas palavras se conclui que é a Jesus que ferem as perseguições contra a sua Igreja. E, ao mesmo tempo, não estamos sozinhos quando somos oprimidos por causa da nossa fé. Jesus está conosco.” A Igreja é o ““universal sacramento de salvação”, que existe para os pecadores, a fim de lhes abrir o caminho da conversão, da cura e da vida. Esta é a verdadeira e grande missão da Igreja, que Cristo lhe conferiu”, afirmou, rejeitando outras “visões superficiais”. “Cada um de nós vê-se aqui confrontado com tal decisão. E o Senhor, na sua parábola, insiste na seriedade da mesma: “Se alguém não permanecer em Mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem””. “A escolha aqui pedida faz-nos compreender, de modo insistente, o significado existencial da nossa opção de vida.” “Ao mesmo tempo a imagem da videira é um sinal de esperança e confiança”, pois Deus “sabe transformar em amor mesmos as coisas pesadas e acabrunhadoras da nossa vida. Importante é “permanecermos” na videira, em Cristo”. “No nosso tempo de inquietação e indiferença, em que tanta gente perde a orientação e o apoio; em que a fidelidade do amor no matrimônio e na amizade se tornou tão frágil e de breve duração; em que nos apetece gritar, em nossa necessidade, como os discípulos de Emaús: “Senhor, fica conosco, porque anoitece, sim, é escuro ao nosso redor!”; aqui o Senhor ressuscitado oferece-nos um refúgio, um lugar de luz, de esperança e confiança, de paz e segurança. Onde a secura e a morte ameaçam os ramos, aí, em Cristo, há futuro, vida e alegria.”
Que possamos nos deliciar com esta bela reflexão sobre a pertença à Igreja e a nossa responsabilidade de batizados nesta Igreja. Não podemos ficar apenas olhando o negativo, mas perceber a grandiosidade de sermos católicos, apostólicos romanos.

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Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

27º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

“Quem está de pé cuide para não cair” (1Cor 10,12). Nós somos os continuadores do Povo da Promessa. Recebemos como herança a riqueza do Projeto do Reino. Devemos cuidar da vinha, não assumir a postura do povo que tinha por obrigação levar adiante a promessa. Rejeitaram a Aliança, não aceitaram os profetas, mataram o Messias. Corremos o mesmo risco, se não tomarmos os cuidados devidos: São Paulo nos orienta como fazer – viver a retidão das promessas e ter a certeza de que Deus está conosco. Temos agora um compromisso: levar a diante o Projeto do Reino, para quando o Senhor vier possa nos encontrar vigilantes, no trabalho da expansão do Reino, para que este não nos seja tirado e dado a outros.

Primeira Leitura: Is 5, 1-7 – Responsabilidade nossa.

Deus deposita confiança em seu povo. Esperava dele o direto mas produziram injustiça. Esperava justiça e o povo oprimido está desesperado... A parábola da vinha lembra o esposo carinhoso que cuida de tudo para o casamento, mas lembra também o juízo de Deus. Diante de nós está a escolha: podemos ser cuidadosos para com a obra que o Senhor deixa em nossas mãos, ou produzir obras que não estão em sintonia com o projeto. A responsabilidade é nossa!

Segunda Leitura: Fl 4, 6-9 – Dar testemunho.

Paulo termina sua carta aos Filipenses com diversas recomendações: viver a oração, ter atitudes retas, dando testemunho, levar adiante seus ensinamentos... Quem assumir este modo de viver estará em sintonia com a proposta do apóstolo. Tudo isto exige uma mudança de comportamento: Paulo insiste na alegria de ser cristão. Vale a pena levar adiante o projeto!

Evangelho: Mt 21, 33-43 – Novo povo.

A parábola da vinha é um alerta sério para todos nós. Dirigindo-se diretamente à elite religiosa e política (fariseus, sacerdotes, anciãos, escribas...) de seu tempo, que se julgava santa e salva, Jesus investe duramente contra eles. Tira-se a vinha deles e a oferece aos desprezados por eles: foi esta gente que acreditou em Jesus. Os outros não: eles o odiaram, invejaram e mataram.


Reflexão.

1. Que cuidados estamos tendo com o Projeto do Reino?

2. Que tipo de frutos estamos produzindo?

3. De que lado estamos? Do lado das elites? Do lado de quem acreditou em Jesus? 

Dinâmica:

Durante a leitura do Evangelho, entrar com uma bela cesta de frutas (uvas, maçãs, peras, laranjas, bananas...) e depois, no momento do ofertório, colocar perto do altar. No final, distribuir para o povo.

 Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

23/09/2011

26º DOMINGO DO TEMPO COMUM - DIA DA BÍBLIA

9 Introdução:

Diante do convite que Deus nos faz, podemos ter atitudes diferentes. A proposta de Deus exige de nós uma resposta. Podemos dizer sim ou não. Somos todos filhos do Pai que faz para nós um convite: “Ide trabalhar na minha vinha!”. Ele convidou todo o seu povo: pobres e ricos, justos e pecadores, cobradores de impostos e prostitutas, pescadores e sacerdotes, escribas e fariseus. Todos foram e são convidados como filhos e filhas do Pai. Mas cada um deu um tipo de resposta. Uns continuam dizendo não, não assumindo o projeto do Reino e achando até que estão certos em suas atitudes. Outros têm a coragem de dizer sim e enfrentar as conseqüências desta resposta e muitas vezes dão a própria vida para defender os valores do Reino: são os que assumem a Palavra na sua radicalidade.


Primeira Leitura: Ez 18, 25-28 – Pagar pelos erros dos outros?

A mentalidade do povo é que nós pagamos pelos pecados de nossos antepassados. Pensa que quando acontece algo de mal com alguém é conseqüência das gerações passadas. O profeta mostra que cada um é responsável por sua conduta e que cada um tem a possibilidade de se converter, mudando o rumo de sua própria vida. Os erros do passado podem ser consertados agora, bastando que haja, de verdade, uma conversão sincera.


Segunda Leitura: Fl 2, 1-11 – Humilhado e exaltado.

O hino, bem conhecido no seu tempo, mostra como Deus amou o mundo nos dando o seu próprio Filho. O movimento de descida, de humilhação, mostra como Jesus se despoja de sua natureza divina e assume nossa natureza humana. O movimento de exaltação mostra como Jesus, depois de sua morte-ressurreição, passa a ser de novo o Senhor, o Kyrios.
 

Evangelho: Mt 21, 28-32 – Errar é humano, permanecer no erro...

A atitude do filho mais velho é a atitude de quem se converte, diante da proposta do Reino. A atitude do filho mais novo é a atitude dos que se consideram já justos e santos e não se convertem. Não bastam boas intenções. É preciso, na prática, assumir as propostas de Jesus: conversão, arrependimento, cumprimento sério das obrigações....
 

Reflexão.

1. Culpamos os outros pelos nossos erros?

2. Qual a nossa atitude diante do convite que Deus nos faz?

3. Dia da Bíblia – travessias...


Dinâmica:

Hoje é o DIA DA BÍBLIA. Não se esquecer de fazer uma bela introdução do Evangeliário (nunca dizendo que a Bíblia é a palavra de Deus – a Palavra de Deus é Jesus!), no início da celebração e depois da Proclamação da Palavra fazer com que ele seja passada no meio do povo para ser tocado e beijado.

 Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto


INCONGRUÊNCIAS...

Outro dia fui chamado às pressas para atender uma grávida que estava numa situação de risco. Levei o frasco do óleo dos enfermos e o livrinho do Ritual para a Unção. Em lá chegando me deparei com uma menina ainda, barriguda, com aparência de desnutrida... Cumprimentei a todos e perguntei a ela se queria conversar um pouco e receber o Sacramento. Ela disse que não. Só queria uma benção. Não queria Sacramento, pois estava freqüentando outra igreja. Comecei a conversar: Como assim, outra igreja? É que Jesus é o mesmo seu padre! Eu me batizei na Católica. Foi o senhor quem me batizou. Foi o senhor mesmo que também me crismou. Mas agora estou em outra igreja. Eu fiquei meio assustado e comecei a perguntar: Quem falou que Jesus é o mesmo? Acho que não. O Jesus dos católicos tem Mãe e o Jesus deles não! E como você faz para comungar? É que lá tem a ceia... Mas a ceia não é comungar o Corpo e o Sangue de Cristo. É comer um pedacinho de pão e beber um pouquinho de vinho (muitas vezes suco de uva!). O pastor, por mais esforço que faça não recebeu o “poder” para transformar o pão e o vinho no Corpo e no Sangue de Cristo. Ela ficou me olhando sem dar resposta. Comecei a fazer uma prece por ela, impondo-lhe minhas mãos. E sai de lá desolado, pois muitos estão desertando de nossas fileiras, porque querem celebrações animadas, encontros que tocam o emocional, curas, prosperidade... Sem fundamentação nenhuma, vemos despencar o número de católicos e inchar o número dos evangélicos. Não dos evangélicos sérios. Que também sentem na carne a defasagem. Mas os neopentecostais, que fazem um barulho danado, apelando para encenações absurdas, que enganam os desavisados. Se o católico tivesse um mínimo de segurança na sua formação doutrinal, jamais trocaria a sua Igreja por outra, diante da beleza de seu conteúdo dogmático. Não precisaria ser doutor em teologia. Bastaria saber os princípios de nossa fé e teria a convicção que a máxima defendida por nós é verdadeira: “Extra Ecclesiam nulla salus”. Sinto-me apunhalado pelas costas quando um Ministro da Eucaristia ou da Palavra muda de religião. Que formação teve? Como pode jogar fora um tesouro tão precioso para assumir algo inconsistente? Quem nasceu lá tudo bem. Mas quem é daqui perder a Mãe, a Eucaristia, o perdão dos pecados e tanta outra coisa tão bonita? Não dá para entender...  Verdadeiras incongruências!
Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



08/09/2011

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:
O tema do perdão nos ajuda a reflexão desta nossa celebração. Falar em perdão será, sem dúvida, uma das tarefas das mais difíceis de ser assumida pelo cristão. Nós falamos muito em amar, em ser generosos, em fraternidade, mas quando se necessita de um gesto concreto de perdão, sempre encontramos um desculpa. É o outro que não quer falar comigo, é o outro que me ofendeu, é o outro que não quer me perdoar... Sempre buscamos desculpas para não assumir o perdão na sua radicalidade. O que seria de nós se Deus não nos perdoasse? Sempre rezamos: “perdoai como nós perdoamos...” Isto acontece na realidade? Não basta rezar o Pai Nosso, mas é preciso vivê-lo na prática. Receber o perdão de Deus é fazer a experiência da sua infinita misericórdia. Dar o nosso perdão ao próximo é estender esta ação de Deus através de nós. E só podemos receber a Eucaristia quando de verdade vivermos esta comunhão com Deus e com o irmão.
Primeira Leitura: Eclo 27, 30 – 28,9 –Pequei Senhor, misericórdia...
O texto lembra o Pai Nosso. Fala do perdão e da misericórdia. São gestos que repetem os gestos de Deus para com o seu povo. Devemos perdoar e ser misericordiosos, pois Deus perdoou o seu povo e teve misericórdia para com ele. É preciso lembrar-se sempre da Aliança: apesar das infidelidades do povo, Deus se mantém sempre fiel.
Segunda Leitura: Rm 14, 7-9 – De acordo com Ele...
São Paulo entende que a partir de uma compreensão de que somos de Deus, não tem mais justificativa ter medo da morte, começar a fazer julgamentos, ser legalistas... Nosso modo de agir deve estar em sintonia com o modo de agir do Senhor. Os critérios são os dele e não os nossos.
Evangelho: Mt 18, 21-35 – Critérios: Amor e misericórdia!
Voltam aqui as palavras perdão e misericórdia. O perdão não tem limites (nem quatro, como dizia a Lei, nem só sete, como quer Pedro, mas setenta vezes sete). Somos filhos ricos, pois perdoados (recebemos dez mil talentos). Não tem razão de ser não perdoarmos as pequeninas coisas que fazem contra nós se recebemos o perdão infinito de Deus. É preciso perdoar como fomos perdoados.
Reflexão.
1. Como estamos exercendo o perdão?
2. Que critérios usamos? Os nossos ou os de Deus?
3. O Pai Nosso é apenas uma fórmula repetida ou uma oração praticada?
4. Mês da Bíblia – Livro do Êxodo – Deus presente na travessia...
Dinâmica:
Fazer aqui o abraço da paz, na dimensão do perdão e da acolhida.
Mons. Antonio Romulo Zagotto

01/09/2011

TRAVESSIA: passo a passo, o caminho se faz - Ex 15, 22 - 18, 27

O mês da Bíblia 2011 nos faz mergulhar no Livro do Êxodo. O Tema: “Travessia – passo a passo, o caminho se faz” nos motiva a descobrir os passos da caminhada a ser percorrida por nós que somos hoje o Povo de Deus fazendo a nossa travessia. O Lema: “Aproximai-vos da presença do Senhor!“ (Ex 16,9), nos impulsiona a manter vivo o desejo de experimentar a presença de Deus que nos ama, ilumina e guia nossos passos nas travessias pelos caminhos da vida. E nos faz viver as experiências do deserto. Com todas as suas lições. Fome, sede, inimigos... O povo de Deus vai fazendo a experiência purificadora da caminhada. São vários os testes a que o povo é submetido. E será preciso superar todos eles. Falta pão? Deus dá o maná e as codornizes (Ex 16, 1-36). Falta água? Deus purifica as águas de Meriba e tira água da pedra (Ex 15, 22-27 e 17, 1-7). Os inimigos atacam? Deus dá vitória por meio da oração (Ex 17, 8-16). Segundo o biblista Marc Girard, o significado do deserto na Bíblia é ambivalente. Do ponto de vista positivo, pode significar lugar de refúgio (Sl 55, 8-9; 1 Rs 19, 3-4; Ap 12, 6); preparação para uma missão (Mt 4, 1) e lugar privilegiado de contato com Deus (Os 2, 16). Do ponto de vista negativo, o deserto é lugar de provação, tal como foi esta caminhada do povo de Israel no deserto do Sinai (Dt 8, 2-5). A saga de Moisés, retratada de uma maneira fantasiosa no belo filme Os Dez Mandamentos, é a saga de muitos povos que ainda hoje têm que enfrentar o êxodo provocado por muitas causas. Baixos salários, atração das cidades, desemprego, catástrofes, latifúndios... A expulsão das pessoas de seus lugares provoca o desenraizamento de tanta gente, trazendo como conseqüência a perda da identidade de muitos. Quantos de nós saímos da roça para vir para a cidade. Quantos dos nossos saíram de seus países de origem para procurar outras condições de vida. Italianos, libaneses, japoneses, alemães... Quantos e quantos! O povo da promessa avançou. Apesar das dificuldades. Apesar das tentações. Conseguiu chegar à Terra das Promessas. Nossos êxodos também devem nos levar a condições libertadoras. Não caminhamos sozinhos. Deus caminha conosco. Ao retomarmos essa caminhada do Povo de Deus, podemos encontrar luz e inspiração para enfrentar com coragem e ousadia os desafios da nossa caminhada hoje. Participe com sua família dos grupos de reflexão ou grupos bíblicos em famílias, sobre o tema do Mês da Bíblia. Esse é um espaço onde você terá a oportunidade de conhecer mais a Bíblia com o auxílio do material de estudo e reflexão oferecido pela Igreja, para ajudá-lo a fazer da Bíblia, Palavra de Deus, sustento e força para a sua caminhada. Celebre com sua comunidade o Dia da Bíblia, último domingo de setembro.



Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



23º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:

A nossa participação na vida da Comunidade e da Sociedade implica num comportamento coerente. Ao profeta, além de sua tarefa de ser sempre a voz que grita para que o povo deixe o pecado e se converta, tem também a tarefa de despertar o povo para a esperança, sendo vigilante, atento às menores necessidades do povo. Não é a voz de um Deus que castiga, mas que está atento. Devemos saber agir de acordo com o modo de agir de Deus. Muitas vezes somos precipitados em julgar alguém, em excluir este ou aquele. Temos modelos de comportamento, normas como agir, para não ferir as pessoas e magoar quem por acaso errou. Misericórdia deve ser o nosso modo de agir para com as pessoas. A Celebração de hoje nos ajuda a entender como nos comportar na vida da Comunidade e na Sociedade.


Primeira Leitura: Ez 33, 7-9 – Sentinela.

O profeta é constituído como sentinela. Deve anunciar e denunciar. As duas tarefas proféticas são claras: clamar pela conversão e apontar caminhos de esperança. Mas não basta só falar. É preciso ter atitudes coerentes em relação ao discurso. “o povo ouve mais as testemunhas que os mestres...” já dizia Paulo VI, no documento “Evangelii Nuntiandi”, base de nossa Evangelização profética hoje.

Segunda Leitura: Rm 13, 8-10 – “Ama e faze o que quiseres...”

São Paulo insiste na atitude do amor. Ao elencar os mandamentos os resume no amor. Jesus nos dá um novo mandamento, que substitui todos os outros: “Eu vos dou um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros...” O amor é a expressão perfeita de todo a Lei.

Evangelho: Mt 18, 15-20 – Prudência e justiça.

O acolhimento gradativo de quem errou mostra como deve ser nossa atitude. O final parece que aponta para a exclusão. Mas devemos nos lembrar como Jesus tratou os pagãos e os cobradores de impostos: com misericórdia. Esta deve ser a nossa atitude. Procurar todos os meios para que não haja divisão, extravios... A Comunidade deve se alegrar pela volta do que se desligou, lembrando a parábola do filho pródigo... Ou a do Pastor que vai a busca da ovelha...


Reflexão.

1. Como estamos exercendo nossa missão profética?

2. Somos legalistas ou vivemos a Lei do Amor?

3. Como tratamos as pessoas que se afastam da Comunidade? Como está nossa pastoral da Acolhida?


Dinâmica:

Duas tábuas da lei, no ato penitencial, que devem ser substituídas por um coração bem grande e bonito na hora do hino de louvor.


Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto