08/09/2011

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:
O tema do perdão nos ajuda a reflexão desta nossa celebração. Falar em perdão será, sem dúvida, uma das tarefas das mais difíceis de ser assumida pelo cristão. Nós falamos muito em amar, em ser generosos, em fraternidade, mas quando se necessita de um gesto concreto de perdão, sempre encontramos um desculpa. É o outro que não quer falar comigo, é o outro que me ofendeu, é o outro que não quer me perdoar... Sempre buscamos desculpas para não assumir o perdão na sua radicalidade. O que seria de nós se Deus não nos perdoasse? Sempre rezamos: “perdoai como nós perdoamos...” Isto acontece na realidade? Não basta rezar o Pai Nosso, mas é preciso vivê-lo na prática. Receber o perdão de Deus é fazer a experiência da sua infinita misericórdia. Dar o nosso perdão ao próximo é estender esta ação de Deus através de nós. E só podemos receber a Eucaristia quando de verdade vivermos esta comunhão com Deus e com o irmão.
Primeira Leitura: Eclo 27, 30 – 28,9 –Pequei Senhor, misericórdia...
O texto lembra o Pai Nosso. Fala do perdão e da misericórdia. São gestos que repetem os gestos de Deus para com o seu povo. Devemos perdoar e ser misericordiosos, pois Deus perdoou o seu povo e teve misericórdia para com ele. É preciso lembrar-se sempre da Aliança: apesar das infidelidades do povo, Deus se mantém sempre fiel.
Segunda Leitura: Rm 14, 7-9 – De acordo com Ele...
São Paulo entende que a partir de uma compreensão de que somos de Deus, não tem mais justificativa ter medo da morte, começar a fazer julgamentos, ser legalistas... Nosso modo de agir deve estar em sintonia com o modo de agir do Senhor. Os critérios são os dele e não os nossos.
Evangelho: Mt 18, 21-35 – Critérios: Amor e misericórdia!
Voltam aqui as palavras perdão e misericórdia. O perdão não tem limites (nem quatro, como dizia a Lei, nem só sete, como quer Pedro, mas setenta vezes sete). Somos filhos ricos, pois perdoados (recebemos dez mil talentos). Não tem razão de ser não perdoarmos as pequeninas coisas que fazem contra nós se recebemos o perdão infinito de Deus. É preciso perdoar como fomos perdoados.
Reflexão.
1. Como estamos exercendo o perdão?
2. Que critérios usamos? Os nossos ou os de Deus?
3. O Pai Nosso é apenas uma fórmula repetida ou uma oração praticada?
4. Mês da Bíblia – Livro do Êxodo – Deus presente na travessia...
Dinâmica:
Fazer aqui o abraço da paz, na dimensão do perdão e da acolhida.
Mons. Antonio Romulo Zagotto

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