13/10/2011

CATÓLICOS DESOBEDIENTES

Existe uma organização que se auto-intitula “Católicas com direito de decidir”. É uma espécie de grupo feminista, que só assume o que lhes for de bom agrado. Se for bom para elas, aceitam. Se não for bom, rejeitam. Funciona mais ou menos assim: escolho do Evangelho e da Igreja o que me agrada. O que me desagrada jogo fora. Faço essa introdução, pois tenho me preocupado com uma espécie de católicos desobedientes. Nas pequenas coisas e nas grandes coisas. Por exemplo: aprendemos no Catecismo que nos preparou para Primeira Eucaristia que devemos nos confessar pelo menos uma vez por ano. Atendendo aos adolescentes em confissão para a Crisma vejo que a grande maioria só vai se confessar agora, quatro ou cinco anos depois. Desobedecemos a um dos mandamentos (o segundo) da Igreja que nos propõe – “Confessar-se ao menos uma vez por ano”. O mesmo acontece com a participação dominical na Comunidade. A questão da Missa ou Celebração é assumida como proposta vaga, sem obrigação, sem peso de mandamento. E, sobretudo sem a necessidade de se colocar a Eucaristia como centro da vivência cristã. Se der tempo... Se não tiver jogo... Se as visitas forem embora... Se a praia... A Missa ou Celebração não é um dado prioritário. É secundário. Em primeiro lugar as coisas que me interessam. Depois, se der, as coisas de Deus. Aqui também uma questão de mandamento (o primeiro) – “Participar da Missa aos Domingos e outras festas de guarda, ficando livre de trabalhos e de atividades que pudessem impedir a santificação desses dias”. Coisas que aprendemos (?) na preparação para a Primeira Eucaristia. E depois são colocadas no fundo da gaveta, junto com a lembrancinha recebida no dia da festa e que serão esquecidas. E as desobediências vão se acumulando a ponto da consciência ficar como que anestesiada, que não nos incomodamos mais com os compromissos que temos com para com Deus e para com a Igreja. Fica difícil pedir ao jovem, agora que reassuma uma caminhada comprometedora, com uma participação fiel a tudo o que aprendeu e deve colocar em prática. Se é “de pequenino que se torce o pepino”, agora já não dá mais. “O costume do cachimbo põe a boca torta!” Chegamos tarde. Colocar o trem nos trilhos agora é uma tarefa árdua. Batizou e sumiu. Voltam para crismar e somem. Voltam para o casamento e seja lá o que Deus quiser... Presas fáceis para estas incontáveis seitas que atraem o jovem mais pelo emocional do que pelo compromisso sério! “Aquele que é fiel nas coisas pequenas, será também fiel nas coisas grandes. E quem é injusto nas coisas pequenas, será também nas grandes” (Lc 16, 10) ...

 CI111011

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto



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