29/07/2011

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução:

Somos convidados a um banquete! Cada vez que nos reunimos para celebrar, celebramos a festa daqueles que ouviram o chamado do Senhor e se dispõem a assumir a gratuidade dos dons de Deus: sacia nossa sede, mata nossa fome, cria novas condições de vida, convida para a volta... Viver a celebração na Comunidade já é concretizar a utopia de uma sociedade onde não haverá mais fome, mais exclusão, mais violência, mais morte. Os sofrimentos serão superados, pois teremos a certeza que nada pode nos separar do amor de Cristo. Mas não basta viver esta realidade só no momento da celebração: é preciso fazer com que tudo o que celebramos se torne realidade também no nosso dia-a-dia... O banquete, o alimento para todos, a certeza de que o Senhor está conosco, apesar de tudo, devem nos incentivar a enfrentar as barreiras e os desafios.

2. Primeira Leitura: Is 55,1-3 – Felizes os convidados...

O profeta faz um convite para os exilados: voltem para casa. Muitos não acolhem este convite, pois já se dão por satisfeitos com aquilo que têm no exílio. Os poucos que voltam descobrem que a realidade material prometida não se concretiza, mas a realização plena virá depois. O que justifica a participação no banquete é ter fome e sede e não a posição social, o ter dinheiro. Deus não olha as posses das pessoas, mas sim as suas necessidades.

3. Segunda Leitura: Rm 8, 35.37- 39 – Apesar de tudo, Deus continua firme.

São Paulo enumera as dificuldades e os desafios pelos quais passou: a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada. São desafios pessoais e de fora. Muitas vezes nos desesperamos e nos afastamos de Deus, devido aos desafios. Para Paulo, “nada pode nos separar do amor de Cristo”! Não podemos desanimar, pois apesar de tudo, Deus está conosco: “Ele está no meio de nós!”.

4. Evangelho: Mt 14, 13-21 – O Banquete do Reino.!

No deserto, Jesus tem compaixão do povo. Os discípulos pensam na solução material: não têm dinheiro! Jesus pensa na solução do Reino: partilha e gratuidade! São sinais de um novo modo de vida e de anúncio do reino. Quando Jesus pede aos discípulos que distribuam o alimento, pede a cada um de nós que sejamos continuadores de sua missão. Não basta comungar, é preciso construir uma sociedade onde não haja mais fome e exclusão


5. Reflexão.

1. Nossos valores são os valores do Reino?

2. Carregamos dentro de nós a certeza de que, apesar das dificuldades, Deus caminha conosco?

3. Estamos tentando construir uma sociedade de acordo com o sonho de Jesus?


6. Dinâmica:

Cestas com pães para serem distribuídos no final da celebração.


Fonte - Mons. Romulo



19/07/2011

17º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução.

Diante de tantos desmandos de nossas autoridades, da corrupção, do desvio dos bens públicos, da imoralidade e subserviência, nos perguntamos se existe sabedoria naqueles que nos governam. Devido ao desgoverno, o povo de Deus enveredou muitas vezes por caminhos errados, traindo a Aliança. Este era o grande pecado dos reis: atrair o povo para caminhos que contrariavam a Lei. Não se deve pedir favores pessoais, mas a sabedoria. Salomão entendeu que não governava para si, mas para o povo. O cristão batizado deve entender que a verdadeira sabedoria é acolher o Filho, já que fomos criados a imagem e semelhança de Deus. E no Evangelho se aprende que sábio é quem faz opção pelos valores do Reino. A celebração de hoje deve nos ajudar a pedir sabedoria para quem nos governa e sabedoria para nós, para fazermos a opção acertada.

2. Primeira Leitura: 1Rs 3, 5.7-12 – Dai-nos Sabedoria!

O sonho de Salomão mostra que o que o povo quer são governantes que governem para o povo e não para si. Salomão não pede para si, mas para ser um bom governante. A verdadeira sabedoria é aquela que é capaz de discernir e realizar a justiça. Se isto não acontecia, os profetas levantavam sua voz e denunciavam os desmandos.

3. Segunda Leitura: Rm 8, 28-30 – Imagem e semelhança de Deus.

O projeto de Deus é claro. Quer salvar a todos. Mas o homem é livre: pode ou não aceitar este projeto. Sábio é aquele que assume o projeto de Deus, acolhendo a vida e a salvação e rejeitando a morte e a condenação.

4. Evangelho: Mt 13, 44-52 – O Reinado de Deus.

Mais três parábolas sobre o Reino. As duas primeiras mostram a preciosidade do Reino. É preciso deixar tudo para aderir a este projeto. A terceira retoma as lições da parábola do joio: é preciso ter paciência. Sábio é aquele que é capaz de entender e viver tudo isso. São coisas renovadas e que tomam novo sentido

5. Reflexão.

1. Pedimos sabedoria para nós e para quem nos governa?

2. Estamos acolhendo o projeto de Deus, acolhendo vida e salvação ou o outro projeto, de morte e perdição?

3. Os valores do reino são verdadeiros valores para nós ou os trocamos por valores materiais?

6. Dinâmica:

Apresentar os valores da Sociedade (ter, poder, prazer) que vão contra os valores do Reino (justiça, solidariedade, partilha, amor, serviço) em cartazes com figuras que simbolizem estes valores.

Mons. Romulo

12/07/2011

16º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução:
Muitas vezes desanimamos vendo o mal vencer. Alguns gostariam de fazer justiça com as próprias mãos, resolvendo de vez as injustiças, as desigualdades, os desmandos. Mas Deus fala para nós: “Tenham paciência”... O confronto definitivo vai acontecer e então sim vai haver a separação e o bem sairá vencedor! O próprio Deus é paciente e misericordioso. O que seria de nós se Ele de imediato nos julgasse e condenasse. Quantos sobrariam? Nesta paciência histórica, devemos pedir ao Espírito Santo que nos ajude a enfrentar as dificuldades e ter a necessária paciência. O reino é como uma pequenina semente, que vai crescendo lentamente. É como o fermento que leveda toda a massa e a gente nem vê! Paciência, muita paciência!

2. Segunda Leitura: Sb 12, 13.16-19 – Deus misericórdia.

Deus não sai aniquilando as pessoas sem mais nem menos. Ele é paciente até com os inimigos. Esta é a grande lição que o povo deve aprender: amar as pessoas, ter esperança, ter paciência para dar tempo para que o outro se converta...

3. Segunda Leitura: Rm 8, 26-27 – O Espírito nos aponta o caminho.

Diante das dificuldades, dos desafios, ficamos desorientados e perdidos. Não sabemos como agir e para onde ir. Mas o Espírito Santo nos orienta e nos dirige para que possamos assumir o rumo certo e agir conforme a vontade de Deus. Não estamos sozinhos! O Espírito Santo caminha conosco e nos dá a segurança necessária.

4. Evangelho: Mt 13, 24-43 - Reino de Deus.

Três parábolas sobre o Reino e explicação de uma delas, dão corpo ao texto de hoje. A história do joio e do trigo nos ajuda a ter paciência e não querer fazer justiça com as próprias mãos. A da semente de mostarda e a do fermento mostram que o Reino acontece apesar de nossa presença. A tensão constante entre o bem e o mal faz parte da nossa história. Cabe a cada um de nós saber conviver com ela e ter a esperança que o bem vai vencer!

5. Reflexão.

1. Aprendemos as lições que Deus nos ensina: amor, esperança, paciência?

2. Deixamos nos conduzir pelo Espírito Santo ou pelos nossos impulsos?

3. Somos fortes o suficiente para dar tempo ao tempo?

6. Dinâmica:

Fazer aqui o Ato penitencial, pedindo perdão pelas nossas impaciências, pelo nosso desamor, pela falta de esperança.


Fonte: Mons. Romulo

06/07/2011

15º DOMINGO DO TEMPO COMUM

1. Introdução:

O tema da nossa celebração é a Palavra. Não uma palavra humana, mas a Palavra de Deus. Esta mesma Palavra que se encarna, que é anunciada, que deve ser ouvida e vivida. Cada um de nós deve cuidar para que esta Palavra continue sendo anunciada e ressoe a cada geração como Palavra de salvação. Não podemos pensar que só os padres e bispos que são os encarregados de anunciar a Palavra. Todos nós, recebemos no nosso Batismo, o ministério profético, com a autoridade de anunciar e denunciar. Lançar a semente, não importa o terreno! Anunciar o reino, não importa quem acolhe! Neste final de milênio a Igreja faz um apelo para que com novo ardor, novo entusiasmo, anunciemos a verdade que é Jesus. Ele é a Palavra verdadeira. Que a nossa celebração nos comprometa com o anuncio...
2. Primeira Leitura: Is 55, 10-11 – É como a chuva que lava, é como o fogo que abrasa...

O profeta vê na Palavra que vem de Deus algo igual à chuva que vem do céu. A chuva fecunda a semente e transforma o deserto em lugar fértil e verde. Assim é a Palavra: vai realizar o projeto libertador de Deus, fecundando, dando vida, transformando... A continuação do texto fala em libertação e paz!

3. Terceira Leitura: Rm 8, 18-23 – Semente que brota.

Paulo compara a criação com algo que vai explodir em vida. Parece com a semente que tem a vida dentro de si, esperando a chuva para germinar. Fala que dentro do coração da criação está a esperança. Ela vai nascer, vai crescer, vai se libertar! Não estamos destinados à morte mas à vida! Como um parto, como o romper da casca, como o germinar, nascemos para a vida, para a liberdade de filhos de Deus!


4. Evangelho: Mt 13, 1-23 – A Palavra é a Semente.

As atitudes que não podemos assumir diante da Palavra são claras e explicadas pelo próprio Jesus: não deixar que ela seja roubada, i. é, guardá-la com todo cuidado; não ser “só do momento”, como diz o povo “fogo de palha”; não deixá-la sufocar pelo ter, prazer, poder, pelo materialismo que mata a Palavra. Devemos ser terra boa, que produza muitos frutos. Anunciar a Palavra sem medo. Fazê-la frutificar.

5. Reflexão.

1.Somos anunciadores de um tempo novo, de vida nova?

2. Temos esperança de um tempo novo, que devemos fazer acontecer?

3. Que tipo de terreno somos?


6. Dinâmica:

Distribuir sementes, na chegada das pessoas ou no final da celebração.



Mons. Antonio Romulo Zagotto