Introdução:
I Leitura: Dt
4, 1-2.6-8 – Voltar a observar a Lei de Deus e não a dos homens...
Reflexão.
Dinâmica:
A Lei foi
estabelecida para que povo pudesse se caracterizar como Povo de Deus. Previa
umas poucas coisas a serem observadas: observar o sábado, oferecer alguns
sacrifícios, pagar o dízimo e, sobretudo, observar a lealdade (amor e justiça).
Mas aos poucos estes simples modos de se comportar foram sendo cercados de
tantas minúcias, que quase que ficava impossível observar as leis. Até
hoje a Lei de Deus é simples. Se na verdade a humanidade cumprisse as Leis de
Deus, o mundo seria diferente! Basta dar olhada ao redor e ver como as Leis de
Deus são desrespeitadas: bastaria observar só o que Jesus pede – “Amar a Deus
sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo” - (cf Mt 22, 36-40), e com
certeza, o mundo seria totalmente diferente.
O povo está no exílio. Será
preciso uma volta à fonte da Lei dada por Deus. Isto é a característica do povo
de Deus. Dentre todos os povos é o único que tem uma Lei dada pelo próprio
Deus. As outras leis são humanas! Mais tarde muita coisa foi acrescentada a lei
– dificultado o cumprimento dela. Ao colocar num mesmo plano todos os
preceitos, religiosos e morais, civis e cultuais, com sutilezas casuísticas,
seguir a Lei terminava por carregar um jugo por demais pesado e a Lei se tornava
uma cadeia de escravidão. Ao invés de libertar, escravizava!
II Leitura: Tg 1,
17-18.21b-22.27– A verdadeira Lei.
Temos aqui um dos pontos
centrais do NT: o culto que se pede aos cristãos não se resume em cerimônias ou
em saber fórmulas de cor. O verdadeiro culto é a entrega de si mesmo a Deus
para viver a justiça na prática. Não difamar o próximo (língua); socorrer e
defender os pobres e marginalizados (órfão e viúva) e não se comprometer
com a estrutura injusta da sociedade (corrupção do mundo).
Evangelho: Mc 7,
1-8.14-15.21-23– Lei de Deus X Lei dos Homens
O texto reúne
diversas sentenças de Jesus, numa polêmica entre “puro e impuro”, tocando
também na relação entre os Mandamentos de Deus e as tradições humanas (“dos
antigos”). Jesus mostra como certas interpretações humanas sufocam a
vontade de Deus. Falando assim, Jesus insere-se na tradição dos profetas que
olham o interior da pessoa e não para as práticas meramente exteriores e
formais. Religião é muito mais do que ir à Igreja, participar de um grupo, ter
uma fita ou cordão pendurado no pescoço! Jesus vem suprimir as falsas
tradições, que hoje de uma maneira sutil estão entrando de novo na Igreja
(moralismo, legalismo tradicionalismo...). Jesus vem trazer uma nova
moralidade: nada de hipocrisia! (ver a lista dos treze vícios – cf v 21 e 22) uma espécie de síntese de tudo o que de ruim o ser humano é
capaz de fazer contra si próprio e contra os outros.
1.
Temos consciência de que somos o Povo de Deus?
2.
Na prática, como estamos vivendo nossa religião?
3. Nossa fé esta em
sintonia com a nossa vida?
Fazer o Ato Penitencial em cima
da Lista dos treze vícios de Mc 7, 21-22