21/08/2012

21º DOMINGO DO TEMPO COMUM


Introdução:

Nos dias de hoje parece que fica fácil ser religioso. Basta ter Deus no coração e fazer uma mistura de credos e religiões e a consciência fica calma. Queremos viver nossa vidinha sem se comprometer com nada, ou preferimos um caminho religioso próprio, individualista. O cristianismo parece ser difícil de ser seguido. Sacrifício, cruz, renúncias. Jesus não nos engana. Não amacia nem adoça as propostas. Muitos não têm força para aceita-lo e vão embora. Parece que o que se pede é demais! Mas é preciso fazer uma opção: “Tu tens palavras de vida eterna. A quem iremos?” Daí a necessidade da conversão pessoal e das estruturas. João Paulo II escreveu um livro chamado “Sinal de Contradição” (cf Lc2, 34), mostrando bem que devemos ser discípulos convictos, dispostos a seguir Jesus até a cruz. Não podemos buscar Deus apenas para satisfazer nossas necessidades e submetê-lo à nossa vontade!

 I Leitura: Js 24, 1-2a.15-17 – Serviremos ao Senhor.

De posse da terra, o povo tem de fazer uma opção: Deus ou os ídolos. O povo, portanto, é colocado diante de uma decisão que deverá mudar os rumos da história e da sociedade. Deixar os ídolos é abandonar um sistema social injusto - a fim de não cair de novo na escravidão - para aderir ao Senhor, o Deus da vida e da liberdade, construindo uma sociedade de acordo com seu projeto. Não há meio termo: ou se cria uma sociedade justa e fraterna, onde todos possam gozar a vida e a liberdade, ou se volta a repetir um sistema social onde o povo é reduzido à escravidão e à morte.


II Leitura: Ef 5, 21-32 – Mistério grande!

São Paulo mostra como deve ser a vida em família. Algumas coisas podem até ser questionáveis, devido à cultura da época. Mas Paulo imprime um caráter cristão às relações familiares, transformando-as em sinal, sacramento: o princípio orientador é sempre a conduta de Cristo, aqui em relação com sua Igreja. Viver esta proposta, muitas vezes é difícil. Mas a vida conjugal é construída sempre na alegria e na tristeza, na saúde e na doença...
 

Evangelho: Jo 6, 60-69 – A quem iremos nós?

A linguagem é dura, não só pelas suas implicações teológicas, mas, sobretudo pelas conseqüências: Aceitar um Deus-Homem, (carne), não realiza os anseios de um Messias político. Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar a vida aos homens, isto é, para viver em favor dos homens. Ele se oferece em favor dos homens, dando sua própria vida (carne e sangue). Comungar é assumir este compromisso de também se doar. Um Deus que nos alimenta, para que cheios de coragem e esperança retomemos nosso caminho e encorajemos outros a se encherem também de coragem e esperança. Como Pedro devemos também professar a nossa fé, não só por palavras, mas com nosso testemunho: “A quem iremos Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna.”



Reflexão.

1. Estamos criando uma sociedade nova?

2. Como está a vida familiar’

3. Nossa fé esta em sintonia com a nossa vida?


Dinâmica:

Escrever e distribuir para o povo no final da celebração: “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.


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