Introdução:
Nos dias de hoje
parece que fica fácil ser religioso. Basta ter Deus no coração e fazer uma
mistura de credos e religiões e a consciência fica calma. Queremos viver nossa vidinha
sem se comprometer com nada, ou preferimos um caminho religioso próprio,
individualista. O cristianismo parece ser difícil de ser seguido. Sacrifício,
cruz, renúncias. Jesus não nos engana. Não amacia nem adoça as propostas.
Muitos não têm força para aceita-lo e vão embora. Parece que o que se pede é
demais! Mas é preciso fazer uma opção: “Tu tens palavras de vida eterna. A quem
iremos?” Daí a necessidade da conversão pessoal e das estruturas. João Paulo II
escreveu um livro chamado “Sinal de Contradição” (cf Lc2, 34), mostrando bem
que devemos ser discípulos convictos, dispostos a seguir Jesus até a cruz. Não
podemos buscar Deus apenas para satisfazer nossas necessidades e submetê-lo à
nossa vontade!
I Leitura: Js 24,
1-2a.15-17 – Serviremos ao Senhor.
De posse da terra, o povo tem de
fazer uma opção: Deus ou os ídolos. O povo, portanto, é colocado diante de uma
decisão que deverá mudar os rumos da história e da sociedade. Deixar os ídolos
é abandonar um sistema social injusto - a fim de não cair de novo na escravidão
- para aderir ao Senhor, o Deus da vida e da liberdade, construindo uma
sociedade de acordo com seu projeto. Não há meio termo: ou se cria uma
sociedade justa e fraterna, onde todos possam gozar a vida e a liberdade, ou se
volta a repetir um sistema social onde o povo é reduzido à escravidão e à
morte.
São Paulo mostra como deve
ser a vida em família. Algumas coisas podem até ser questionáveis, devido à
cultura da época. Mas Paulo imprime um caráter cristão às relações familiares,
transformando-as em sinal, sacramento: o princípio orientador é sempre a
conduta de Cristo, aqui em relação com sua Igreja. Viver esta proposta, muitas
vezes é difícil. Mas a vida conjugal é construída sempre na alegria e na
tristeza, na saúde e na doença...
Evangelho: Jo 6, 60-69 – A quem
iremos nós?
A linguagem é
dura, não só pelas suas implicações teológicas, mas, sobretudo pelas
conseqüências: Aceitar um Deus-Homem, (carne), não realiza os anseios de um
Messias político. Jesus é o Filho de Deus que se encarnou para dar a vida aos
homens, isto é, para viver em favor dos homens. Ele se oferece em favor dos
homens, dando sua própria vida (carne e sangue). Comungar é assumir este
compromisso de também se doar. Um Deus que nos alimenta, para que cheios de
coragem e esperança retomemos nosso caminho e encorajemos outros a se encherem
também de coragem e esperança. Como Pedro devemos também professar a nossa fé,
não só por palavras, mas com nosso testemunho: “A quem iremos Senhor? Só Tu
tens palavras de vida eterna.”
Reflexão.
1. Estamos criando uma sociedade
nova?
2. Como está a vida familiar’
3. Nossa fé esta em
sintonia com a nossa vida?
Escrever e distribuir para o povo
no final da celebração: “A quem iremos Senhor? Tu tens palavras de vida
eterna. Nós cremos firmemente e reconhecemos que tu és o Santo de Deus”.
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