07/08/2012

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Introdução:

Somos imediatistas. A liturgia da palavra de hoje nos permite, mais uma vez, pensar na questão do imediatismo, presente em muitas iniciativas tanto das Igrejas quanto de outras instituições. Queremos resultados imediatos, conseguidos de preferência pelas vias mais fáceis e cômodas. Andamos à cata de milagres e prodígios. O maravilhoso nos atrai e os pequenos sinais de Deus passam despercebidos, porque nada têm de espetacular. Num primeiro momento, nada significam. Com o tempo vão se mostrando eficazes e duradouros. Só depois descobrimos que o dedo de Deus agia dentro de nós e de nossas ações! A paciência, a fé, a esperança são virtudes de quem caminha e constrói. Não podemos querer tudo prontinho, sem esforço de nossa parte.

  I Leitura: Ex 16, 2-4.12-15 – Pão do céu.

Dois fenômenos naturais (a migração das codornizes e a resina da tamareira) são usados por Deus para saciar a fome do povo no deserto. Aos olhos da fé estes fenômenos são a intervenção de Deus junto ao seu povo, para que não caiam na tentação da volta à escravidão: o povo não aceita a precariedade do deserto, desestimula o projeto de liberdade e considera normal a escravidão do Egito só porque havia relativa fartura de comida. "Escravos, sim, mas de barriga cheia". "Deus dando saúde, o resto a gente se vira!", pensam muitos hoje em dia.


II Leitura: Ef 4, 17.20-24 - Tudo novo!

São Paulo insiste na mudança: renunciar ao passado e assumir o homem novo. Novas criaturas. Não mais a escravidão, mas a liberdade. Não mais o pecado, mas a graça. Cristo é este homem novo. Devemos despir-nos do homem velho, sem autenticidade e assumir Jesus em nossas vidas: Ele sim vive para sempre e quer de nós criaturas livres e santas.


Evangelho: Jo 6, 24-35 –  Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!

Fica fácil seguir um Jesus que multiplica o pão. Todos correm atrás d’Ele. Não será preciso fazer mais nada: é só pedir que, num passe de mágica, resolve os problemas do povo. Todos teriam comida na boca na hora que precisassem! Ninguém precisaria mais trabalhar, suar, dar duro. Ele resolveria tudo. Ficam na superficialidade. Mas é preciso passar do imediatismo para a realidade: Jesus sacia a fome do povo para apontar para algo mais profundo - Ele é o alimento verdadeiro – saciando a fome que há no coração da humanidade, dando a todos paciência, fé e esperança.


Reflexão.

1. Como vemos os sinais da história?

2. Estamos assumindo ser novas criaturas?

3. Somos imediatistas, à cata de milagres?



Dinâmica:

Ler o texto sobre  o Mês das vocações:




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