Introdução:
I Leitura: Ex 16,
2-4.12-15 – Pão do céu.
Evangelho: Jo
6, 24-35 – Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
Somos imediatistas.
A liturgia da palavra de hoje nos permite, mais uma vez, pensar na questão do
imediatismo, presente em muitas iniciativas tanto das Igrejas quanto de outras
instituições. Queremos resultados imediatos, conseguidos de preferência pelas
vias mais fáceis e cômodas. Andamos à cata de milagres e prodígios. O
maravilhoso nos atrai e os pequenos sinais de Deus passam despercebidos, porque
nada têm de espetacular. Num primeiro momento, nada significam. Com o tempo vão
se mostrando eficazes e duradouros. Só depois descobrimos que o dedo de Deus
agia dentro de nós e de nossas ações! A paciência, a fé, a esperança são
virtudes de quem caminha e constrói. Não podemos querer tudo prontinho, sem
esforço de nossa parte.
Dois fenômenos naturais (a
migração das codornizes e a resina da tamareira) são usados por Deus para
saciar a fome do povo no deserto. Aos olhos da fé estes fenômenos são a
intervenção de Deus junto ao seu povo, para que não caiam na tentação da volta
à escravidão: o povo não aceita a precariedade do
deserto, desestimula o projeto de liberdade e considera normal a escravidão do
Egito só porque havia relativa fartura de comida. "Escravos, sim, mas de
barriga cheia". "Deus dando saúde, o resto a gente se vira!",
pensam muitos hoje em dia.
II Leitura: Ef 4,
17.20-24 - Tudo novo!
São Paulo insiste na mudança:
renunciar ao passado e assumir o homem novo. Novas criaturas. Não mais a
escravidão, mas a liberdade. Não mais o pecado, mas a graça. Cristo é este homem
novo. Devemos despir-nos do homem velho, sem autenticidade e assumir Jesus em
nossas vidas: Ele sim vive para sempre e quer de nós criaturas livres e santas.
Fica fácil
seguir um Jesus que multiplica o pão. Todos correm atrás d’Ele. Não será
preciso fazer mais nada: é só pedir que, num passe de mágica, resolve os
problemas do povo. Todos teriam comida na boca na hora que precisassem! Ninguém
precisaria mais trabalhar, suar, dar duro. Ele resolveria tudo. Ficam na
superficialidade. Mas é preciso passar do imediatismo para a realidade: Jesus
sacia a fome do povo para apontar para algo mais profundo - Ele é o alimento
verdadeiro – saciando a fome que há no coração da humanidade, dando a todos
paciência, fé e esperança.
Reflexão.
1. Como vemos os sinais da
história?
2. Estamos assumindo ser novas
criaturas?
3. Somos imediatistas, à cata de
milagres?
Dinâmica:
Ler o texto sobre o Mês das
vocações:
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