28/06/2011

DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM.


1. Introdução.

A liturgia deste domingo nos ensina onde encontrar Deus. Encontramos Deus na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez. Deus se revela aos pequenos, aos humildes. Será necessário mudar nossos critérios. Buscamos aplausos, elogios, títulos, cargos importantes. Mas Deus aponta outros caminhos. A Eucaristia mesmo demonstra isso: Ele se faz alimento, na pequenez do pão consagrado. Lição para cada um de nós. Devemos assumir uma atitude de humildade. A ação de Jesus nos ensina como fazer este caminho: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Fl 2.8).

2. Primeira leitura – Zc 9, 9-10 – Eis que teu rei, humilde, vem ao teu encontro.

O povo está dominado pelo poder opressor do inimigo. Mas Deus tem um projeto de libertação. O projeto não será realizado mediante o poder opressor e a força militar, mas através da ação do Messias, cuja característica fundamental é a justiça e a solidariedade com os pobres. O Messias construirá a paz, isto é, a vida plena para todas as nações, chamadas que são a fazer parte do povo de Deus. Segundo Mt 21,4-9, Jesus é a realização plena deste anúncio.

3. Segunda Leitura – Rm, 8, 9.11-13 – Se, pelo Espírito, fizerdes as obras do copo morrer, vivereis.

Uma vez batizados devemos viver segundo o Espírito. As obras da carne devem ser deixadas de lado. Aqui entra o chamado processo de conversão. Viver segundo o Espírito é sinal de pertença. Não mais pertencer ao mundo mas pertencer a Deus. E assumir os valores do Reino.

4. Evangelho – Mt 11, 25-30 – Eu sou manso e humilde de coração.

Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.

5. Conclusão

Reviravolta de valores. Numa sociedade idolatra que só crê na força, no poder, na riqueza, nos sucessos de todo o tipo… Jesus revela-nos que Deus confia os seus segredos aos mais pequenos… aqueles que não aparecem nas primeiras páginas dos jornais… aqueles que não contam grande coisa… Uma vez mais, é a reviravolta dos valores e o convite a retificar os nossos julgamentos e os nossos comportamentos.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

FESTA DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO


Introdução:

A festa de São Pedro e São Paulo, chamados colunas da Igreja, deve nos ajudar a refletir sobre a importância da instituição à qual pertencemos e o compromisso que devemos ter para com ela. Lembra também nossa fidelidade ao sucessor de Pedro, o Papa, colocado a serviço de toda a Igreja. Como Família de Deus, como Povo de Deus, a Igreja é sinal profético da presença do Reino entre nós. Olhando para os santos que hoje celebramos, percebemos que também nós devemos estar disponíveis para anunciar este Reino e se necessário dar até a nossa vida por ele. A celebração de hoje é também uma oportunidade para sentir se estamos em sintonia com a nossa Igreja Diocesana, com o seu projeto pastoral, com o seu jeito de vida em Comunidades, com a sua opção pelos pobres,...

I Leitura: At 12, 1-11 – Liberdade, liberdade...

Pedro está preso. A Igreja reza pela sua libertação. Deus intervém. As lições são muito claras: Deus, como outrora liberta o seu povo da escravidão do Egito, liberta agora o seu novo povo da opressão dos inimigos. A ação milagrosa remete a á ressurreição de Jesus, que é libertado do túmulo. Não é mais tempo de escravidão, de morte, de prisão. O tempo agora é de liberdade.

II Leitura: 2Tm 4, 6-8.17-18 – Deus é meu libertador!

Paulo está no fim de sua vida. Se sento só. Muitos o abandonaram. Faz uma retrospectiva: lutas, perseguições, firmeza na fé... Se as pessoas o abandonaram Deus permanece com ele. Isto o anima e o incentiva: O Senhor ficou comigo e me deu forças... Isto o encorajou a enfrentar todas as dificuldades. Não trabalhamos para Deus, para a Igreja , para a Comunidade para receber aplausos e recompensas materiais. Nossa recompensa é Deus.

Evangelho: Mt 16, 13-19 – Pedro = Pedra

Jesus chama Pedro de pedra. Pedro chama Jesus de Messias. Pedro não aceita a cruz de Jesus. Jesus chama Pedro de tentação, pedra de tropeço. E é nesta oportunidade que Jesus fundamenta sua Igreja. Na fragilidade humana de Pedro e na sua impetuosidade. A partir deste momento, Jesus toma o rumo de Jerusalém, onde sabe que vai ser preso, torturado e morto. A sua Igreja deve trilhar o mesmo caminho.

Reflexão.

1. Que ação concreta assumimos para libertar os oprimidos, excluídos, injustiçados?

2. Trabalhamos para Deus e para a Comunidade para receber recompensas materiais?

3. Como somos Igreja hoje?

Dinâmica:

Depois do Evangelho, entrar com um quadro do papa e cantar o Hino a São Pedro.

1. Nas águas da Galiléia/ Quando eras pescador / Para o serviço te chama/ Teu Jesus, mestre e Senhor.

(Refrão)

São Pedro Apóstolo,/ Oh! Santo e glorioso padroeiro,/ Dos céus muitas bênçãos,

Prá Diocese de Cachoeiro (bis)

2. Dizendo O desconhecer / Traíste o teu Senhor/ Mas por três vezes declaras/Ao Cristo todo o amor

3. És nosso padroeiro/ Faz-nos dizer com amor/ “Só tu é que tens palavras/ De vida eterna, Senhor.”

4. És pedra Simão Pedro/ Como base da Igreja/ Ajuda-nos aqui na terra/ E lá do céu nos proteja





22/06/2011

13º DOMINGO DO TEMPO COMUM (30.06. 02)


1. Introdução.

A celebração de hoje nos ajuda a entender a necessidade de tomar consciência que um dos grandes pecados da sociedade hoje é o TER. Vivemos numa sociedade que não partilha, não é solidária, não acolhe... Cada vez mais individualista e subjetivista, a sociedade empobrece, exclui e mata as pessoas. O que conta é o que tenho, a minha pessoa, o meu bem-estar... Não olho para as necessidades do outro, não me importo com o meu vizinho, não vivo a solidariedade e a partilha. A Palavra nos mostra a necessidade de acolher, de viver a radicalidade do nosso batismo e o corte radical daquilo que nos prende aos bens, mesmo os laços de parentesco... Parece radical demais, mas o projeto do Reino exige radicalidade: é tomar a cruz! O convite não é brincadeira. É algo sério e comprometedor.

2. Primeira Leitura: 2Rs 4, 8-11.14-16a – Repartir para receber...

Eliseu é acolhido pela rica viúva, estéril. Dá a ele um abrigo. Deus retribui o gesto com a fecundidade. Recorda-nos a promessa cumprida em Abraão, em Isabel, em Maria... Quem é generoso para com o projeto de Deus é recompensado com a Vida. Não devemos buscar bens materiais e abundância, fora de Deus. É dele que vem a vida, os bens, a recompensa.

3. Segunda Leitura: Rm 6, 3-4.8-11 – Vida nova, jeito novo

Depois do batismo o cristão passa a ter um comportamento diferente: os valores que antes eram valores já não são mais. Já não mais o pecado, mas a graça, não mais a morte mas a vida. E vida supõe partilha, acolhimento, solidariedade. Deve assumir um jeito novo de viver, diferente daquele que a sociedade nos apresenta.

4. Evangelho: Mt 10, 37-42 – Radicalidade do Evangelho

O texto nos assusta. Mas o Evangelho não é brincadeira! O refrão não é digno de mim deixa claro que a nossa opção é pelo Reino e não pelos bens materiais. A cruz é uma proposta séria, pois Jesus mesmo a assumiu. E é nos pequenos gestos: acolhida, copo d’água, que a radicalidade do Evangelho é colocado em prática. Uma solidariedade com os que têm a coragem de anunciar e denunciar. Quantos estão sendo pisoteados, excluídos, marginalizados e precisam ser acolhidos...


5. Reflexão.

1.Estamos exercitando nossa pastoral de acolhida?

2. Nosso batismo muda nosso jeito de ser?

3. Vivemos a radicalidade do Evangelho?

6. Dinâmica:

Se não houver, criar a Pastoral da acolhida na Comunidade. Não só que acolhe as pessoas na porta da igreja, mas que acolhe os que se mudam para a Comunidade, acolhe os mais necessitados, acolhe os mendigos que transitam pelas nossas estradas.



Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

CORPUS CHRISTI

1. Introdução:

A instituição da Eucaristia já celebrada na Quinta-feira Santa é hoje celebrada com honra e alegria, que não poderia se manifestar naquele dia, pois estávamos na Semana Santa, às vésperas da Comemoração da Morte-ressurreição do Senhor. Esta festa, na quinta-feira depois da solenidade da Santíssima Trindade, começou a ser celebrada em 1214. A procissão, depois da celebração, percorrendo as diversas ruas de nossa Comunidade, foi introduzida aos poucos. Tem-se notícia dela, em Roma, desde 1350. A Eucaristia é o centro e o fundamento de nossa vida cristã. “Ele está no meio de nós!”, dizemos tantas vezes em nossas celebrações! Ele se faz comida e bebida para sermos também comida e bebida para todos.


2. Primeira Leitura: Dt 8,2-3.14b-16a - Deus alimenta seu povo

Deus liberta, guia e alimenta seu povo no deserto. Quer que todos cheguem à Terra Prometida e tenham vida. Mas é preciso ser fiel a esta escolha e a esta aliança. O maná, figura da Eucaristia, e as provações do deserto, mostram que devemos aprender as lições da vida e viver a proposta de Deus em nossas vidas. Não basta comungar. É preciso assumir compromisso.


3. Segunda Leitura: 1Cor 10,16-17 - Comungar Jesus, comungar o irmão.

A comunhão com o corpo e o sangue de Cristo na Eucaristia é também comunhão com a Comunidade. Celebrar só não basta! É preciso traduzir nossas celebrações em ações transformadoras! Fé e Vida! Se faltar uma dessas dimensões em nossa Comunidade, nossas celebrações estarão incompletas!

4. Evangelho: Jo 6,51-58 - Pão que sustenta

O texto nos ensina a viver a Eucaristia como recepção de Jesus, que dá a vida verdadeira, por sua presença entre nós (carne) e pela sua morte-ressureição (sangue). A Eucaristia é o sacramento que nos une a este projeto de vida e de morte-ressurreição, nos comprometendo a dar também nossa vida para os outros


5. Reflexão.

1. Estamos assumindo compromissos libertadores?

2. Como, na prática, estamos vivendo Fé e Vida?

3. Como são nossas celebrações?


6. Dinâmica:

Fazer uma bela procissão, se possível com tapetes confeccionados pela Comunidade.


14/06/2011

SANTÍSSIMA TRINDADE


1. Introdução.

Quando celebramos a Santíssima Trindade não celebramos um mistério curioso, que nossa razão não alcança! Celebramos um mistério que cada vez mais que mergulhamos nele, mais infinito se torna. Aprendemos que há um só Deus em três Pessoas. A Trindade passa para nós uma maneira de se viver em Comunidade. Ela é a Comunidade perfeita. Nossa Comunidade deve se esforçar para vivenciar aqui os atributos vividos em Deus: Amor, partilha, doação, comunhão, comunicação,... Depois de Pentecostes, a Igreja sai em missão, pregando a fé, batizando a todos em nome da Trindade. A celebração de hoje deve renovar em nós um ato de adoração ao nosso Deus, um compromisso de vida em Comunidade e um esforço missionário.



2. Primeira Leitura: Ex 34,4b-6.8-9 - Aliança.

Moisés recebe a revelação do Deus da Aliança: Deus de compaixão e de piedade, lento para a cólera e cheio de amor e fidelidade. Nosso Deus mantém conosco uma relação de amor fiel. É Deus quem toma a iniciativa de renovar a aliança com o seu povo. Nós devemos nos curvar diante deste Deus que se mantém fiel até hoje e dar uma resposta de fidelidade a estas propostas amorosas que faz a cada um de nós.



3. Segunda Leitura: 2Cor 13,11-13 - Como imitar a Trindade.

Este pequeno texto nos ajuda a fazer um exame de consciência para ver como está nossa Comunidade. Ficar alegres, procurar a perfeição e estar animados, ter os mesmos sentimentos, viver na paz, resgatar a afetividade... Se vivermos estes conselhos estaremos retratando a vida que é vivida na Trindade. Ela é a Comunidade perfeita: devemos nos esforçar para alcançar esta perfeição!



4. Evangelho: Jo 3,16-18 - Aliança renovada.

A Aliança celebrada no AT se concretiza através de Jesus. Deus não quer que os homens se percam, nem sente prazer em condená-los. Temos um Deus que nos ama, Deus de compaixão e de piedade, lento para a cólera e cheio de amor e fidelidade. Adoramos este Deus que nos dá esta vida nova.



5. Reflexão.

1. Somos fiéis à Aliança?

2. Como nossa Comunidade retrata a Trindade?



Dinâmica:

Renovar as promessas do Batismo.




Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

07/06/2011

PENTECOSTES .

- 1. Introdução
Com a celebração de Pentecostes termina o Tempo Pascal. A Comunidade passa a viver sob a ação do Espírito Santo. É um tempo novo para a Igreja, é um tempo novo para o mundo! Somos sacudidos interiormente por um fogo novo e um vento impetuoso! Não há mais o que temer! Aquele que venceu a morte se torna presente, de forma invisível, mas real, para que, por meio do Espírito Santo, o cristão deixe de lado as obras da carne e construa a obra de Deus. É o aniversário da Igreja, que corajosamente abre as portas e anuncia um tempo novo. Pela força do Espírito Santo somos constituídos missionários. Este mesmo Espírito nos renova interiormente e renova a face da terra.

2. Primeira Leitura: At 2,1-11 - O Espírito gera a Igreja.

Lucas reúne várias passagens do AT para relatar o fato Pentecostes: os 50 dias após a Páscoa, no Sinai, onde o povo celebra a Aliança e recebe a Lei; a manifestação de Deus, no Sinai, entre fogo e fumaça; o inverso do acontecimento de Babel (Gn11,1-9). O que importa é crer no que está na base de toda Comunidade cristã: o Espírito Santo faz compreender e continuar o testemunho de Jesus. As portas se abrem e começa o tempo da Igreja.

3. Segunda Leitura: 1Cor 12,3b-7.12-13 - Ministérios, carismas e serviços

O Espírito Santo suscita na Comunidade vários carismas, ministérios e serviços. São habilidades para fazer seus trabalhos para o bem de todos. Os fenômenos carismáticos não têm finalidade em si mesmos, mas para a Comunidade. Entender a ação do Espírito Santo na Comunidade exige delicadeza e discernimento: ninguém pode se dizer dono do Espírito Santo nem se pode duvidar da sua ação na Igreja.

4. Evangelho: Jo 20,19-23 - O Espírito derramado.

Infundindo na Comunidade pós-pascal o Espírito Santo, Jesus quer dar a ela uma vida nova e mostrar-lhe o objetivo de sua missão: sem medo, continuar a atividade dele. Somos construtores da Paz, somos missionários da Boa Nova e anunciadores de um novo tempo, Tempo de Graça.

5. Reflexão.

1. Estamos tendo a coragem par abrir as portas e anunciar o projeto de Jesus?

2. Os ministérios, carismas e serviços são dons para a Comunidade?

3. Vivemos o sacramento da Crisma?

Dinâmica:

Duas vasilhas com óleo perfumado. Formam-se duas filas. Cada um faz uma cruz na fronte do outro, renovando o Sacramento da Crisma, dizendo: O DOM de Deus esteja contigo!

No final da celebração, fazer o Rito para Apagar o Círio, dar a benção com Círio Pascal aceso, depois apagá-lo, deixando-o junto à pia batismal ou guardando-o em uma caixa bonita.

RITO PARA APAGAR DO CÍRIO PASCAL

(Domingo de Pentecostes)

Obs.: O suporte o do Círio Pascal deve estar junto à pia batismal. Alguém segura o Círio junto ao que preside.

Terminada a oração depois da comunhão o que preside se dirige junto ao círio ainda aceso e faz uma breve introdução à liturgia da luz:

Presidente Irmãos e irmãs, na noite na qual se deu vida ao alegre tempo Pascal, o “dia de cinqüenta dias”, no momento de acender o Círio, nós aclamamos a Cristo nossa Luz. E a luz do Círio pascal nos acompanhou nestes cinqüenta dias e contribuiu não pouco a nos fazer recordar a grande realidade do Mistério pascal. Hoje, no dia de Pentecostes, ao fechar-se o Tempo da Páscoa, o Círio é apagado, este sinal nos é tirado, também porque, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado e cheios do fogo dos dons do Espírito Santo, agora, devemos ser nós, “Luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, em meio aos irmãos, para guiá-los no êxodo em direção ao céu, à “terra prometida” definitiva. Veremos agora, no desenrolar do ano litúrgico, resplender a luz do Círio Pascal, sobretudo em dois momentos importantes do caminhar da Igreja: Na primeira Páscoa que viveram os seus filhos com a recepção do Batismo, e por ocasião da última Páscoa, quando, com a morte, ingressarão na verdadeira vida.

O cantor dirige-se ao ambão, e de lá canta as invocações a Cristo.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Presidente: Cantando, em reto tom estas e as demais invocações.

Ó Sol da justiça, raio bendito, primeira fonte de luz, o ardentemente desejado, acima de tudo e de todos; poderoso, inescrutável e inefável; alegria do bem, visão da esperança satisfeita, louvado e celeste, Cristo criador, Rei da glória, certeza da vida/, preenche os vazios da nossa voz com a Tua Palavra onipotente, oferecendo-a como súplica agradável ao teu Pai altíssimo/.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Presidente: Esplendor da glória do Pai, que difunde a claridade da verdadeira luz, raio da luz, fonte de todo esplendor/. Tu, dia que ilumina o dia, Tu verdadeiro sol, penetra com a tua luz constante e infunde nos nossos sentidos a chama do teu Espírito/.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Presidente: Sois a lâmpada da casa paterna que ilumina com luz ardente/. Sois o sol da justiça, o dia que jamais escurece, a luminosa estrela da manhã/.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Presidente: Sois do mundo o verdadeiro doador da Luz, mais luminoso que o sol pleno, todo luz e dia/, ilumina os profundos sentimentos do nosso coração/.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Presidente: Ó Luz dos meus olhos, doce Senhor, defesa dos meus dias, ilumina Senhor o meu caminho, pois sois a esperança na longa noite/. Ó chama viva da minha vida, ó Deus, minha luz/.

Cantor: Cristo, Luz do mundo!

Todos: Demos graças a Deus!

Coral: Hino Pascal “Cristo venceu Aleluia”

Terminado o Hino Pascal, o Presidente faz a inclinação ao Círio Pascal, e o toma nas mãos. Depois, voltado para o povo, canta a oração.

Digna-Te, ó Cristo, nosso dulcíssimo Salvador, de acender as nossas lâmpadas da fé; que em Teu templo elas refuljam constantemente, alimentadas por Ti, que sois a luz eterna; sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo/. Faz que vejamos, contemplemos, desejemos somente a Ti, que só a Ti amemos, sempre no fervente aguardo de Ti, Que vives e reinas pelos séculos dos séculos/. (Traçando o sinal da cruz com o Círio Pascal diz) E abençoe-vos o Deus Todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.

E toda a assembléia aclama, cantando: Amem! Amem! Amem!

Presidente: Vamos em paz e o Senhor nos acompanhe.

No final da celebração, depois de dar a benção com Círio Pascal aceso, apagá-lo, seja levado ao Batistério.

Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto

01/06/2011

ASCENSÃO DO SENHOR



1. Introdução.

A festa da Ascensão do Senhor nos ensina que o homem Jesus passa a ser o Senhor Glorificado. O homem visível, do convívio cotidiano, passa a ser invisível, numa realidade infinita e misteriosa. Jesus volta para o Pai, de onde saiu, para dizer à humanidade que há uma nova esperança para todos: toda a humanidade é convidada a também a se esforçar para conseguir este lugar. Na nossa celebração já vivemos esta realidade celestial: Deus já nos dá o seu mais precioso dom que é Ele mesmo; vivemos a partilha, a solidariedade; formamos uma sociedade de iguais... Devemos nos esforçar para viver aqui na terra estas realidades do céu.

2. Primeira Leitura: At 1,1-11 - Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai...

A descrição da Ascensão de Jesus é um modo de falar sobre a sua volta para o mistério da vida de Deus. O homem Jesus, visível, se torna invisível. Não podemos ficar olhando para o alto, passivos, mas assumir a missão, preparando o mundo para a volta do Senhor.

3. Segunda Leitura: Ef 1,17-23 - Cabeça e membros glorificados.

Paulo nos exorta a termos esperança para alcançarmos também a mesma herança dada a Jesus: depois de sua morte-ressurreição Eles está sentado junto do Pai, como o Senhor. Como membros de um corpo onde Ele é a cabeça, também nós seremos glorificados como Ele.


4. Evangelho: Mt 28,16-20 - Continuadores de sua missão.

É momento de despedida, mas é também momento de compromisso. É festa, pois Jesus reassume o seu lugar junto do Pai; mas é momento de enfrentar os desafios. Temos uma missão; continuar a obra da construção do Reino: construir Comunidades, anunciar e denunciar. Não estamos sozinhos: “... eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo.”

5. Reflexão.

1. Esperamos que as coisas aconteçam ou assumimos a tarefa de construtores do Reino?

2. Em que baseamos nossa esperança?

3. Enfrentamos os desafios?

Dinâmica:

Entrar com uma faixa onde deve estar escrito: “ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!”


Ler ou distribuir os textos do Doc. de Aparecida:

Nº - 31 - No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e glorificado pelo Pai, nesse rosto doente e glorioso, com o olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação à liberdade dos filhos de Deus, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A Igreja está a serviço de todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.

Nº - 65 - Isto deveria nos levar a contemplar os rostos daqueles que sofrem. Entre eles estão as comunidades indígenas e afro-americanas que, em muitas ocasiões, não são tratadas com dignidade e igualdade de condições; muitas mulheres são excluídas, em razão de seu sexo, raça ou situação sócio-econômica; jovens que recebem uma educação de baixa qualidade e não têm oportunidades de progredir em seus estudos nem de entrar no mercado de trabalho para se desenvolver e constituir uma família; muitos pobres, desempregados, migrantes, deslocados, agricultores sem terra, aqueles que procuram sobreviver na economia informal; meninos e meninas submetidos à prostituição infantil ligada muitas vezes ao turismo sexual; também as crianças vítimas do aborto. Milhões de pessoas e famílias vivem na miséria e inclusive passam fome. Preocupam-nos também os dependentes das drogas, as pessoas com limitações físicas, os portadores e vítimas de enfermidades graves como a malária, a tuberculose e HIV – AIDS, que sofrem a solidão e se vêem excluídos da convivência familiar e social. Não nos esqueçamos também dos seqüestrados e aqueles que são vítimas da violência, do terrorismo, de conflitos armados e da insegurança na cidade. Também os anciãos que, além de se sentirem excluídos do sistema produtivo, vêem-se muitas vezes recusados por sua família como pessoas incômodas e inúteis. Sentimos as dores, enfim, da situação desumana em que vive a grande maioria dos presos, que também necessitam de nossa presença solidária e de nossa ajuda fraterna. Uma globalização sem solidariedade afeta negativamente os setores mais pobres. Já não se trata simplesmente do fenômeno da exploração e opressão, mas de algo novo: da exclusão social. Com ela o pertencimento à sociedade na qual se vive fica afetado, pois já não se está abaixo, na periferia ou sem poder, mas se está de fora. Os excluídos não são somente “explorados”, mas “supérfluos” e “descartáveis”.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

catedral@dci.org.br