28/06/2011

DÉCIMO QUARTO DOMINGO DO TEMPO COMUM.


1. Introdução.

A liturgia deste domingo nos ensina onde encontrar Deus. Encontramos Deus na simplicidade, na humildade, na pobreza, na pequenez. Deus se revela aos pequenos, aos humildes. Será necessário mudar nossos critérios. Buscamos aplausos, elogios, títulos, cargos importantes. Mas Deus aponta outros caminhos. A Eucaristia mesmo demonstra isso: Ele se faz alimento, na pequenez do pão consagrado. Lição para cada um de nós. Devemos assumir uma atitude de humildade. A ação de Jesus nos ensina como fazer este caminho: “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.” (Fl 2.8).

2. Primeira leitura – Zc 9, 9-10 – Eis que teu rei, humilde, vem ao teu encontro.

O povo está dominado pelo poder opressor do inimigo. Mas Deus tem um projeto de libertação. O projeto não será realizado mediante o poder opressor e a força militar, mas através da ação do Messias, cuja característica fundamental é a justiça e a solidariedade com os pobres. O Messias construirá a paz, isto é, a vida plena para todas as nações, chamadas que são a fazer parte do povo de Deus. Segundo Mt 21,4-9, Jesus é a realização plena deste anúncio.

3. Segunda Leitura – Rm, 8, 9.11-13 – Se, pelo Espírito, fizerdes as obras do copo morrer, vivereis.

Uma vez batizados devemos viver segundo o Espírito. As obras da carne devem ser deixadas de lado. Aqui entra o chamado processo de conversão. Viver segundo o Espírito é sinal de pertença. Não mais pertencer ao mundo mas pertencer a Deus. E assumir os valores do Reino.

4. Evangelho – Mt 11, 25-30 – Eu sou manso e humilde de coração.

Com sua palavra e ação, Jesus revela a vontade do Pai, que é instaurar o Reino. Contudo, os sábios e inteligentes não são capazes de perceber a presença do Reino e sua justiça através de Jesus. Ao contrário, os desfavorecidos e os pobres é que conseguem penetrar o sentido dessa atividade de Jesus e continuá-la. Jesus veio tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o povo. Em troca, ele traz novo modo de viver na justiça e na misericórdia: doravante, os pobres serão evangelizados e partirão para evangelizar.

5. Conclusão

Reviravolta de valores. Numa sociedade idolatra que só crê na força, no poder, na riqueza, nos sucessos de todo o tipo… Jesus revela-nos que Deus confia os seus segredos aos mais pequenos… aqueles que não aparecem nas primeiras páginas dos jornais… aqueles que não contam grande coisa… Uma vez mais, é a reviravolta dos valores e o convite a retificar os nossos julgamentos e os nossos comportamentos.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

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