1. Introdução.
A celebração de hoje nos ajuda a entender a necessidade de tomar consciência que um dos grandes pecados da sociedade hoje é o TER. Vivemos numa sociedade que não partilha, não é solidária, não acolhe... Cada vez mais individualista e subjetivista, a sociedade empobrece, exclui e mata as pessoas. O que conta é o que tenho, a minha pessoa, o meu bem-estar... Não olho para as necessidades do outro, não me importo com o meu vizinho, não vivo a solidariedade e a partilha. A Palavra nos mostra a necessidade de acolher, de viver a radicalidade do nosso batismo e o corte radical daquilo que nos prende aos bens, mesmo os laços de parentesco... Parece radical demais, mas o projeto do Reino exige radicalidade: é tomar a cruz! O convite não é brincadeira. É algo sério e comprometedor.
2. Primeira Leitura: 2Rs 4, 8-11.14-16a – Repartir para receber...
Eliseu é acolhido pela rica viúva, estéril. Dá a ele um abrigo. Deus retribui o gesto com a fecundidade. Recorda-nos a promessa cumprida em Abraão, em Isabel, em Maria... Quem é generoso para com o projeto de Deus é recompensado com a Vida. Não devemos buscar bens materiais e abundância, fora de Deus. É dele que vem a vida, os bens, a recompensa.
3. Segunda Leitura: Rm 6, 3-4.8-11 – Vida nova, jeito novo
Depois do batismo o cristão passa a ter um comportamento diferente: os valores que antes eram valores já não são mais. Já não mais o pecado, mas a graça, não mais a morte mas a vida. E vida supõe partilha, acolhimento, solidariedade. Deve assumir um jeito novo de viver, diferente daquele que a sociedade nos apresenta.
4. Evangelho: Mt 10, 37-42 – Radicalidade do Evangelho
O texto nos assusta. Mas o Evangelho não é brincadeira! O refrão não é digno de mim deixa claro que a nossa opção é pelo Reino e não pelos bens materiais. A cruz é uma proposta séria, pois Jesus mesmo a assumiu. E é nos pequenos gestos: acolhida, copo d’água, que a radicalidade do Evangelho é colocado em prática. Uma solidariedade com os que têm a coragem de anunciar e denunciar. Quantos estão sendo pisoteados, excluídos, marginalizados e precisam ser acolhidos...
5. Reflexão.
1.Estamos exercitando nossa pastoral de acolhida?
2. Nosso batismo muda nosso jeito de ser?
3. Vivemos a radicalidade do Evangelho?
6. Dinâmica:
Se não houver, criar a Pastoral da acolhida na Comunidade. Não só que acolhe as pessoas na porta da igreja, mas que acolhe os que se mudam para a Comunidade, acolhe os mais necessitados, acolhe os mendigos que transitam pelas nossas estradas.
Fonte: Mons. Antônio Romulo Zagotto
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