01/06/2011

ASCENSÃO DO SENHOR



1. Introdução.

A festa da Ascensão do Senhor nos ensina que o homem Jesus passa a ser o Senhor Glorificado. O homem visível, do convívio cotidiano, passa a ser invisível, numa realidade infinita e misteriosa. Jesus volta para o Pai, de onde saiu, para dizer à humanidade que há uma nova esperança para todos: toda a humanidade é convidada a também a se esforçar para conseguir este lugar. Na nossa celebração já vivemos esta realidade celestial: Deus já nos dá o seu mais precioso dom que é Ele mesmo; vivemos a partilha, a solidariedade; formamos uma sociedade de iguais... Devemos nos esforçar para viver aqui na terra estas realidades do céu.

2. Primeira Leitura: At 1,1-11 - Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus Pai...

A descrição da Ascensão de Jesus é um modo de falar sobre a sua volta para o mistério da vida de Deus. O homem Jesus, visível, se torna invisível. Não podemos ficar olhando para o alto, passivos, mas assumir a missão, preparando o mundo para a volta do Senhor.

3. Segunda Leitura: Ef 1,17-23 - Cabeça e membros glorificados.

Paulo nos exorta a termos esperança para alcançarmos também a mesma herança dada a Jesus: depois de sua morte-ressurreição Eles está sentado junto do Pai, como o Senhor. Como membros de um corpo onde Ele é a cabeça, também nós seremos glorificados como Ele.


4. Evangelho: Mt 28,16-20 - Continuadores de sua missão.

É momento de despedida, mas é também momento de compromisso. É festa, pois Jesus reassume o seu lugar junto do Pai; mas é momento de enfrentar os desafios. Temos uma missão; continuar a obra da construção do Reino: construir Comunidades, anunciar e denunciar. Não estamos sozinhos: “... eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo.”

5. Reflexão.

1. Esperamos que as coisas aconteçam ou assumimos a tarefa de construtores do Reino?

2. Em que baseamos nossa esperança?

3. Enfrentamos os desafios?

Dinâmica:

Entrar com uma faixa onde deve estar escrito: “ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS!”


Ler ou distribuir os textos do Doc. de Aparecida:

Nº - 31 - No rosto de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, maltratado por nossos pecados e glorificado pelo Pai, nesse rosto doente e glorioso, com o olhar da fé podemos ver o rosto humilhado de tantos homens e mulheres de nossos povos e, ao mesmo tempo, sua vocação à liberdade dos filhos de Deus, à plena realização de sua dignidade pessoal e à fraternidade entre todos. A Igreja está a serviço de todos os seres humanos, filhos e filhas de Deus.

Nº - 65 - Isto deveria nos levar a contemplar os rostos daqueles que sofrem. Entre eles estão as comunidades indígenas e afro-americanas que, em muitas ocasiões, não são tratadas com dignidade e igualdade de condições; muitas mulheres são excluídas, em razão de seu sexo, raça ou situação sócio-econômica; jovens que recebem uma educação de baixa qualidade e não têm oportunidades de progredir em seus estudos nem de entrar no mercado de trabalho para se desenvolver e constituir uma família; muitos pobres, desempregados, migrantes, deslocados, agricultores sem terra, aqueles que procuram sobreviver na economia informal; meninos e meninas submetidos à prostituição infantil ligada muitas vezes ao turismo sexual; também as crianças vítimas do aborto. Milhões de pessoas e famílias vivem na miséria e inclusive passam fome. Preocupam-nos também os dependentes das drogas, as pessoas com limitações físicas, os portadores e vítimas de enfermidades graves como a malária, a tuberculose e HIV – AIDS, que sofrem a solidão e se vêem excluídos da convivência familiar e social. Não nos esqueçamos também dos seqüestrados e aqueles que são vítimas da violência, do terrorismo, de conflitos armados e da insegurança na cidade. Também os anciãos que, além de se sentirem excluídos do sistema produtivo, vêem-se muitas vezes recusados por sua família como pessoas incômodas e inúteis. Sentimos as dores, enfim, da situação desumana em que vive a grande maioria dos presos, que também necessitam de nossa presença solidária e de nossa ajuda fraterna. Uma globalização sem solidariedade afeta negativamente os setores mais pobres. Já não se trata simplesmente do fenômeno da exploração e opressão, mas de algo novo: da exclusão social. Com ela o pertencimento à sociedade na qual se vive fica afetado, pois já não se está abaixo, na periferia ou sem poder, mas se está de fora. Os excluídos não são somente “explorados”, mas “supérfluos” e “descartáveis”.

Fonte: Mons. Antonio Romulo Zagotto

catedral@dci.org.br



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